segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Prefeito de Xique-Xique (BA): CARLOS DE SOUZA SANTOS

Prefeito Carlos de Souza Santos
– 1983-1989 –

Mandato: 31 de janeiro de 1983 a 01 de janeiro de 1989.
Vice-Prefeito: Francisco Marçal da Silva.
Presidentes da República: João Batista de Oliveira Figueiredo (15.03.1979-15.03.1985) e José Sarney (15.03.1985-15.03.1990).
Governadores da Bahia: Antonio Carlos Magalhães (15.03.1979-15.03.1983) e João Durval Carneiro (15.03.1985-15.03.1987).
Delegado de Polícia: Jorge Carvalho Nogueira

Carlos de Souza Santos, o nosso conhecidíssimo CARLITO, foi o 11º Prefeito Municipal de Xique-Xique. Fez o Curso Primário nas Escolas Reunidas Cezar Zama, situada na Av. J.J. Seabra, como todos os meninos xiquexiquense que nasceram nas décadas de 1930 e 1940. Segundo ele próprio conta, quem mais o cativou e lhe serviu de exemplo e dedicação profissionais foi a Professora Maria Custódia Chaves (Profa. Neném) com a qual estudou todo o Curso Primário. Concluído o Curso Primário, único nível de estudos existente em Xique-Xique, naquela época, Carlito, aos 15 anos, por ter uma certa aptidão para a prática do futebol, passou a jogar no Esporte Clube Bahia de Xique-Xique, time recém criado por velhos desportistas locais como Lalias, Leopoldo e Adonias, em campo de terra batida situado na Ponta da Ilha, tendo sido um dos maiores artilheiros do futebol xiquexiquense. Mais tarde jogou no Flamengo de João Pacheco e, por muitas vezes, vestiu a camisa da seleção de Xique-Xique, ao lado de Vicente, Menininho, Pacheco, Chiquinho e Petu; Besta Brava e Baé; Carlito, Rodolfo, Eládio e Vital, escala que costuma lembrar com grande satisfação. Desejando continuar na prática do futebol, mas, também tendo uma oportunidade para estudar, Carlito mudou-se para a cidade de Belo Horizonte (MG), onde, conseguiu uma colocação no time do Asas Futebol Clube, onde teve oportunidade de jogar durante o campeonato mineiro. Não satisfeito Carlito resolveu ir para a cidade de São Paulo, onde decidiu reiniciar os estudos. Fez o Curso Ginasial e em seguida o Técnico em Contabilidade. Nas horas vagas ainda jogava nos times que se formavam no bairro onde morava. No final da década de 1960, já formado e experiente em contabilidade, Carlito resolveu retornar a Xique-Xique, estabelecendo o primeiro escritório de contabilidade da cidade. Cuidou da escrita da prefeitura municipal no período de 1971 a 1973. Nas eleições municipais de 1982 o nome de Carlos de Souza Santos foi lembrado e lançado para prefeito municipal tendo como companheiro de chapa para vice-prefeito o ex-prefeito Francisco Marçal da Silva. Sua administração começou no dia 31 de janeiro de 1983 e se estendeu até o dia 1º de janeiro de 1989, ou seja, por praticamente seis anos.
A administração do prefeito Carlos de Souza Santos foi repleta de realizações em todos os setores de interesse da população, tanto na sede municipal quanto nas sedes dos distritos de Nova Iguira, Tiririca e Copixaba como nos povoados próximos e mais distantes e mais carentes, inclusive nas ilhas.
Na área educacional o prefeito Carlos de Souza Santos construiu, reconstruiu, recuperou e ampliou dezenas de escolas nas mais distintas localidades:
I) Construiu o Prédio Escolar Maria Custódia Chaves, localizado na Rua Aurélio Gomes Miranda, bairro de Santa Marta, cujo nome foi uma homenagem à sua Professora do Curso Primário;
II) Construiu o Prédio Escolar Nossa Senhora da Conceição, localizado no bairro de Pedrinhas;
III) Construiu o Prédio Escolar Menino Jesus, localizado no bairro da Ponta da Ilha;
IV) Construiu o Prédio Escolar Lígia Santos. Localizado na Rua Seis, bairro Polivalente.
V) Construiu o Prédio Escolar Moisés Pereira Bessa, no povoado de Barreiros, distrito de Tiririca;
VI) Construiu o Prédio Escolar Alípio Bessa, no povoado de Ilhota, distrito de Copixaba;
VII) Construiu o Prédio Escolar Herculano Pereira Bastos, na Vila de Copixaba;
VIII) Construiu o Centro Cenecista Manoel Alves Bessa, na Vila de Copixaba.
IX) Instituiu o Escudo, a Bandeira e o Hino Municipal da cidade de Xique-Xique;
X) Concluiu e inaugurou o Salão de Cultura José Barbosa e Silva.
Na área da saúde, o Prefeito Carlos Santos construiu os seguintes postos todos no interior do município:
I) Posto de Saúde da vila de Nova Iguira;
II) Posto de Saúde do povoado de Barreiros, distrito de Tiririca;
III) Posto de Saúde do povoado de Retiro da Picada, pertencente ao distrito de Copixaba.
Objetivando melhorar a qualidade de vida da população foram pavimentados a paralelo os seguinte logradouros: Rua Aurora, Rua Marechal Floriano Peixoto, Rua 24 de Outubro, Rua Dom Pedro II, Rua Castro Alves.
Valorizando a parte histórica da cidade, o Prefeito Carlos Santos restaurou e reurbanizou a Praça D. Máximo. Foi nessa Praça que o tropeiro portugues, no ano de 1700, sob licença de Theobaldo José Miranda Pires de Carvalho, dono do local por estar dentro da sua Fazenda Praia, em cumprimento a uma promessa, mandou construir o templo, que dedicou à imagem do Senhor do Bonfim e que se transformou atualmente na igreja Matriz do Senhor do Bonfim.
Como amante do esporte, o Prefeito Carlos Santos tomou as seguintes providências:
I) Construiu o Ginásio de Esportes na Praça Conselheiro Luiz Viana, zona sul da cidade, parte histórica, onde Xique-Xique começou em 1700;
II) Celebrou convênio de parceria com a Liga Xiquexiquense de Desportos – LXXD, passando-lhe verbas para organizar os campeonatos municipais;
III) Fez doação de verbas e de materiais aos clubes filiados à Liga Xiquexiquense de Desportos – LXXD;
IV) Reformou o Estádio Municipal Dr. Hélcio Bessa, recuperando suas instalações – camarins de atletas e árbitros, alambrado, iluminação, gramado, arquibancadas, bilheterias;
V) Assinou convênio de parceria especial com a Liga Xiquexiquense de Desportos – LXXD, através do qual possibilitou à seleção municipal de futebol participar de torneios e campeonatos intermunicipais organizados e dirigidos pela Federação Baiana de Futebol – FBF, resultando em honrosas colocações nos eventos disputados.
Na área social, destacam-se as seguintes decisões:
I) Fez doação de uma área de terreno ao Lions Club International, localizada no perímetro urbano;
II) Fez doação de terreno ao empresário Eser Rocha para construção do Carranca Grande Hotel, no perímetro urbano.
Na área do abastecimento construiu:
I) O Porto de Pescados
II) O Centro de Distribuição de Varejo – também chamado de Mercado do Pescador
III) O Centro Comunitário
IV) Através de convênio de parceria, celebrado com o governo estadual, construiu o Complexo Policial, onde se instalou a Delegacia de Polícia.
O interior do município também ganhou obras realizadas pelo prefeito Carlos de Souza Santos:
I) Implantação nas vilas de Nova Iguira, Tiririca e Copixaba do Sistema de Distribuição de Energia Hidrelétrica da Companhia Hidrelétrica do São Francisco – CHESF, gerada pela Usina Hidrelétrica de Sobradinho,
Muitos povoados subordinados à sede municipal e aos distritos de Nova Iguira, Tiririca e Copixaba foram também beneficiados pelo Sistema de Distribuição de Energia Hidrelétrica da CHESF.
II) Perfuração e instalação de vários postos artesianos e tubulares em muitas comunidades pequenas, principalmente nos povoados da região da caatinga do município, onde a escassez e, às vezes, a falta do precioso líquido provoca conseqüências cruciais para seres humanos, animais e vegetais.
Durante a administração Carlos Santos a Câmara Municipal apreciou inúmeros projetos, muitos deles oriundos do Poder Executivo, outros de autoria dos próprios vereadores.
Todos os projetos aprovados pelos vereadores foram sancionados pelo prefeito Carlos de Souza Santos, transformando-os em leis municipais.
I) Lei Municipal n° 246, de 11 de setembro de 1985, denominando de “Casa Dr. Reinaldo Teixeira Braga”, a um imóvel localizado na Vila de Tiririca;
II) Projeto de Lei n° 8, de 12 de setembro de 1985, de autoria do vereador Ruy Castro Avelino de Oliveira Rocha, criando a Biblioteca Demósthenes Barnabé da Silva;
III) Lei Municipal n° 272, de 1° de setembro de 1987, denominando “Creche Arlete Magalhães” a uma escolinha resultante da adaptação do imóvel que serviu por quase 50 anos à usina de luz, localizada na Rua Góes Calmon, nesta Cidade;
IV) Lei Municipal n° 273, de 1° de setembro de 1987, denominando de Centro de Abastecimento e Administração Josué Carneiro Souza, localizado no distrito de Copixaba;
V) Lei Municipal n° 274, de 1° de setembro de 1987, dando nomes a duas escolas municipais na sede: Prédio Escolar Maria Custódia Chaves, no bairro de Santa Marta e Prédio Escolar Nossa Senhora da Conceição, no bairro de Pedrinhas;
VI) Lei Municipal n° 275, de 10 de outubro de 1987, dando nomes a quatro escolas construídas no interior do município: Prédio Escolar Moisés Pereira Bessa, no povoado de Barreiros, distrito de Tiririca; Prédio Escolar Alípio Bessa, no povoado de Ilhota, no distrito de Copixaba; Prédio Escolar Herculano Pereira Bastos, na Vila de Copixaba; Centro Cenecista Manoel Alves Bessa, na Vila de Copixaba.
VII) Lei Municipal n° 285, de 04 de abril de 1988, denominando a antiga Rua da CERNE pelo novo nome de Rua Dr. Délio de Souza Ledoux ;
VIII) Lei Municipal n° 286, de 04 de abril de 1988, denominando a antiga Rua Dois do bairro Polivalente, pelo nome de Rua Demósthenes Barnabé da Silva;
IX) Lei Municipal n° 287, de 17 de junho de 1988, denominando de Praça da Bíblia ao largo localizado entre o Condomínio Santo Inácio e a quadra de esportes do Colégio Municipal Senhor do Bonfim;
X) Lei Municipal n° 289, de 28 de outubro de 1988, denominando a antiga Rua Principal, do bairro Santa Marta, com o nome de Rua Aristóteles Marçal da Silva;
XI) Lei Municipal n° 290, de 28 de outubro de 1988, denominando de Avenida Lions Clube ao trecho que começa no contorno rodoviário da BA – 052 até depois do Carranca Grande Hotel.
Durante a administração Carlos Santos (1983/1989), o Poder Legislativo era composto pelos seguintes vereadores:
Antenor Miranda da Silva, Clóvis Peregrino de Souza, Dário Antonio de Figueiredo, Domingos Alves da Costa, Dorival Alves de Santana, Eliecy Félix Tarrão, Francisco Marçal Filho, Jaime Alves de Souza, Lourivaldo R. dos Santos, Ney Alves de Carvalho, Renato Sampaio Chagas, Rúbison Bruno Lobo e Ruy Avelino Castro de Oliveira Rocha
Durante a administração do Prefeito Carlos Santos, aconteceram em Xique-Xique os seguintes eventos:
18 de fevereiro de 1983: Faleceu Francisco Emerenciano da Cruz, último prefeito nomeado que exerceu o mandato no período de 12 de dezembro de 1947 e 16 de janeiro de 1948, quando passou a faixa de Prefeito Municipal para o Sr. Aurélio Gomes Miranda. Profissionalmente exerceu as atividades de alfaiate, carteiro e funcionário público municipal.
01 de março de 1983: Nasceu Maria de Fátima Rodrigues dos Santos filha de Abenício Ferreira dos Santos e de Maria Lourdes Rodrigues Lima.
07 de março de 1983: Nasceu Glaucivânia Lima Moreira, filha de Antonio Moreira Alves e de Ilcene Lima Moreira.
07 de maio de 1983: Faleceu Angelita de Azevedo Fernandes, serventuária da Justiça da Bahia,que durante muitos anos exerceu a função de Tabeliã de Notas
28 de maio de 1983: Edson Raimundo Marques Guerreiro se casou com Tanisley Beatriz Marques Guerreiro
28 de junho de 1983: Nasceu Scharlina Francisco Alves filha de José Francisco Alves e de Júlia Soares Alves.
10 de julho de 1983: Nasceu Mônica Soares Oliveira filha de José de Deus Soares e de Marlita de Santana Soares.
04 de agosto de 1983: Foi inaugurado o Terminal Pesqueiro localizado no bairro da Ponta da Ilha.
1983: Foi instalada, a agência do Banco Brasileiro de Descontos – BRADESCO, na Rua Monsenhor Costa, área comercial da cidade.
24 de agosto de 1983: Faleceu Edgardo Pessoa da Silva, na cidade de Brasília, Distrito Federal o grande mecânico conhecido como “Seu Gui” Seu corpo foi trasladado para Xique-Xique, onde está sepultado.
06 de setembro de 1983: Faleceu Maria Euza Pinheiro Meira, filha de Gustavo Pinheiro Sobrinho e de Ana Angélica Pinheiro Marques. Era esposa de Joel Firmo de Meira, com quem havia se casado no dia 29 de janeiro de 1953
01 de novembro de 1983: Nasceu César Augusto Carvalho de Figueiredo, filho de Marivaldo Figueiredo Santos e de Arlete Pires de Carvalho e Figueiredo.
08 de novembro de 1983: Nasceu Thiago Meira Guerreiro filho de Edson Raimundo Marques Guerreiro e de Tanisley Beatriz Meira Guerreiro
27 de novembro de 1983: Nasceu Renata Kelly da Franca Oliveira, filha de Maria Aparecida Oliveira da Franca.
22 de dezembro de 1983: Faleceu, aos 68 anos de idade, Ney Gomes Barreto, comerciante e uma das lideranças de Xiquei-Xique.
1983: Terminou o Campeonato Municipal de Futebol, tendocomo campeão o Esporte Clube Brasinha e vice-campeão o Esporte Clube Cruzeiro.
13 de janeiro de 1984: Nasceu Igor Dioclécio do Nascimento filho de Ruy Muniz do Nascimento e de Maria José Dioclécio do Nascimento.
15 de janeiro de 1984: Foi fundada a Associação Atlética BANEB, pelos funcionários da agência local do Banco do Estado da Bahia S. A – BANEB.
14 de fevereiro de 1984: Antonio Ferreira Pedra se casou com Ezey Rodrigues Pedra.
14 de maio de 1984: Clodoaldo Magalhães Barreto se casou com Eneide Maria Lopes Rocha Magalhães,. A cerimônia religiosa foi celebrada pelo padre Edson, no templo da Igreja Matriz Senhor do Bonfim.
25 de julho de 1984: Os desportistas Edvaldo José Barbosa e Renato Pinheiro fundaram o Grêmio Futebol Clube, sendo escolhido como seu primeiro presidente Edvaldo José Barbosa.
31 de agosto de 1984: Nasceu Simone Alves de Carvalho, filha de Ademar Carvalho Juvenal e de Zélia Alves de Carvalho.
14 de outubro de 1984: Nasceu Jânides Alves Pinheiro, filho de Jorge Pinheiro Meira e de Helena Alves Pinheiro.
14 de novembro de 1984: Nasceu Thaís Guedes Silveira filha de Agnaldo Lopes da Silveira e de Ozilda Guedes Silveira.
21 de novembro de 1984: Nasceu Josey Santana Soares, filho de José de Deus Soares e de Marlita de Santana Soares.
07 de dezembro de 1984: Nasceu Geórgia Nunes Almeida filha de Onildo Ferreira de Almeida e de Maria da Glória Nunes Almeida.
12 de dezembro de 1984: Nasceu Marina Brito dos Santos, , filha de José Jerobson Rodrigues dos Santos e de Maria Aparecida de Souza Brito Santos.
28 de dezembro de 1984: Nasceu Francidalva Vieira de Sena, filha de Manoel Gonçalves de Sena e Edízia Vieira de Sena.
09 de fevereiro de 1985: Faleceu Ivan Alves Jacobina, na cidade do Salvador, filho de Pedro Alves Jacobina e de Mariana Nunes Jacobina.
26 de fevereiro de 1985: Nasceu Pollyana Rodrigues Pedra filha de Antonio Ferreira Pedra e de Ezey Rodrigues Pedra.
04 de março de 1985: Foi inaugurada a Escola Arco-Íris, situada à Rua Carlos Santos, n° 605, A fundadora, proprietária e mantenedora é a professora Lígia Filomena de Menezes Santos.
23 de abril de 1985: Nasceu Rafael Barreto Fraga, filho de Wilton Carlos Vieira Fraga e de Ana Maria Barreto Fraga.
***24 de abril de 1985: Nasceu Paulo Nunes do Nascimento Júnior filho de Paulo Nunes do Nascimento e de Elizabete da Costa Nascimento.
30 de abril de 1985: Joel Firmo de Meira se casou com Míriam Torres Meira, no cartório da vila de Tiririca, distrito do município de Xique-Xique.
14 de maio de 1985: Nasceu Edileusa Marques Ferreira, na Fazenda Umbuzeiro, distrito de Nova Iguira, município de Xique-Xique, estado da Bahia, filha de José Cleido Conceição e de Marineusa Marques Ferreira.
junho de 1985: Foi inaugurado o Complexo Policial da cidade localizado na Avenida Lions Clube.
julho de 1985: Inaugurado o Mercado de Peixes. Localiza-se na Rua José Peregrino de Souza.
17 de agosto de 1985: Nasceu Rogério Santos Carvalho, filho de Manoel Rodrigues Carvalho e Emília dos Santos Carvalho.
13 de setembro de 1985: Faleceu o Doutor Clodoaldo de Magalhães Avelino, na cidade de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais. Clodoaldo de Magalhães Avelino nasceu no dia 23 de janeiro de 1899, em Xique-Xique, filho de Agrário de Magalhães e de Francisca de Magalhães Avelino. Na oportunidade, o Prefeito Municipal de Chique-Chique Carlos de Souza Santos decretou luto oficial por três dias.
21 de outubro de 1985: Nasceu Silvana Marçal da Silva Santos, , filha de Ademar Ribeiro da Silva e de Tercina Marçal da Silva.
07 de novembro de 1985: Nasceu Paloma Pereira da Silva filha de João Ferreira Cavalcante e de Marisete Pereira da Silva.
14 de novembro de 1985: Gilvânio Andrade da Cunha se casou com Edna Almeida Cunha,. O ato civil foi celebrado no Fórum Conselheiro Luiz Viana, sendo celebrante a oficiala Francisca Herondina de Abreu Machado e o juiz de paz João Alves Araújo.
27 de novembro de 1985: Foi inaugurado o Carranca Grande Hotel. Classificado pelo órgão competente como hotel de três estrelas, ele fica localizado na Avenida Lions Clube, no bairro São Francisco de Assis. Pertence ao empresário Eser Rocha.
17 de dezembro de 1985: Nasceu Valtércio Silva Rodrigues, filho de Antonio Carlos Paz Rodrigues e de Irlene Silva Rodrigues.
1985: Encerrou-se o Campeonato Municipal de Futebol, sagrando-se campeão o Esporte Clube Cruzeiro e vice-campeão o Grêmio Futebol Clube.
1° de janeiro de 1986: A Viação Águia Branca, sediada em Colatina, estado do Espírito Santo, comprou a Empresa Cristo Rei e todas as suas linhas, iniciando imediatamente a operar linhas de Xique-Xique a Salvador, além das linhas das localidades intermediárias, antes servidas pela empresa anterior.
26 de janeiro de 1986: Nasceu Cicléia Alves Rocha de Carvalho, filha de Sindovaldo Alves Rocha e de Maria das Graças do Nascimento
09 de fevereiro de 1986: Nasceu Marivânia Lima Galdino filha de Pedro Pereira dos Santos e de Sonia Pereira Lima.
17 de fevereiro de 1986: Nasceu Alércia Carvalho Muniz filha de Laércio Muniz Ferreira e de Arlete Raimunda de Carvalho Muniz
19 de fevereiro de 1986: Foi fundada a Associação Comercial Industrial e Agropecuária ACIAX, cuja sede funciona provisoriamente na Rua Rui Barbosa, n° 455.
20 de fevereiro de 1986: Foi inaugurada a Cerâmica Barro Forte, no distrito de Nova Iguira, neste município.
28 de março de 1986: Faleceu, aos 73 anos, o xiquexiquense João Pinheiro Bastos filho de Liberato Pinheiro Bastos e de Amélia Pinheiro da Mata. João Pinheiro Bastos foi agricultor, fazendeiro, comerciante e político.
23 de maio de 1986: Gildásio Pereira Bastos se casou com Eronilda Pessoa Bastos
agosto de 1986: Foi aberta, em Xique-Xique, uma delegacia da Associação de Professores Licenciados da Bahia – APLB Sindicato – filiada a Central Única dos Trabalhadores, localizando-se à Rua Marechal Floriano Peixoto, n° 60, sendo escolhidas as Profas. Rosângela Camandaroba e Zélia Alves Jacobina como delegadas.
10 de agosto de 1986: Faleceu Geraldo Francisco Pinheiro, na rodovia BA-052, em desastre automobilístico, próximo à cidade de Xique-Xique, estado da Bahia, filho de Antonio Francisco Pinheiro e de Petronília Francisca Pinheiro.
13 de agosto de 1986: Afonso Carlos Nicácio Rodrigues se casou com Maria Aparecida da Silva Rodrigues,
01 de setembro de 1986: Nasceu Fernando César Carvalho de Figueiredo, filho de Marivaldo Figueiredo Santos e de Arlete Pires de Carvalho e Figueiredo.
20 de setembro de 1986: Artur Sampaio Chagas se casou com Nívea Cristina Pinheiro Leite Sampaio
10 de outubro de 1986: Faleceu Aquilino Martins de Abreu
19 de outubro de 1986: Faleceu, aos 75 anos de idade o comerciante Nizan Gomes Cunha, uma das lideranças da cidade. Era filho de José Gomes e de Isabel Machado Cunha.
01 de novembro de 1986: Nasceu Amara Pereira Bessa, filha de Everaldo Leite Bessa e de Clarice Pereira de Souza.
20 de novembro de 1986: Foi inaugurado o Mercado de Carnes da cidade..
30 de novembro de 1986: Nasceu Eder Henrique Pessoa Bastos, filho de Gildásio Pereira Bastos e de Eronilda Pessoa Bastos.
04 de dezembro de 1986: Nasceu Patrício Pinheiro Santos, filho de José Francisco Gonçalves dos Santos e de Isaltina Pinheiro Santos.
13 de dezembro de 1986: José Procópio do Nascimento se casou com Magnólia Santos do Nascimento
20 de dezembro de 1986: Manoel Amâncio Feitosa Ramos se casou com Maria de Fátima Carvalho Ramos
1986: Chegou a seu final o Campeonato Municipal de Futebol de Chique-Chique sagrando-se campeão o Esporte Clube Brasinha e vice-campeã a Associação Atlética BANEB.
01 de janeiro de 1987: Nasceu Francisco Bonfim Alves de Souza filho de Inácio Alves de Souza e de Maria Eunice de Souza.
21 de janeiro de 1987: Nasceu Laís Campos Gomes, no povoado de Barreiros, distrito de Tiririca de Luizinho, município de Xique-Xique, estado da Bahia, filha de Juvenal Teodoro Gomes e de Rosa Alves Machado
31 de janeiro de 1987: Nasceu Edinilson Borges Santos filho de José Cecílio dos Santos e de Flaviana Borges Santos.
27 de março de 1987: Nasceu Arnaldo de Jesus Filho, filho de Arnaldo de Jesus e de Juvercina Soares dos Santos.
17 de abril de 1987: Nasceu Pâmola Pereira da Silva filha de João Ferreira Cavalcante e de Marisete Pereira da Silva.
27 de abril de 1987: Agnaldo Lopes d Silveira se casou com Ozilda Guedes Silveira
11 de junho de 1987: José Alves Cavalcante Filho se casou com Aíde Cunha Carvalho Cavalcante,
03 de agosto de 1987: Nasceu Elder da Costa Cruzfilho de Edílson Rodrigues da Cruz e de Joana da Costa Cruz.
17 de dezembro de 1987: Leônidas Pereira Oliveira se casou com Agmar Silvestre Oliveira.
12 de janeiro de 1988: Foi inaugurada a Cerâmica Xique-Xique – CERXIQ localizada a margem da BA – 052.
16 de maio de 1988: Nasceu Thiara Meira Guerreiro filha de Edson Raimundo Marques Guerreiro e de Tanisley Meira Guerreiro.
13 de junho de 1988: Nasceu Nathália Caroline Rocha Pinheiro filha de Everaldo Nilo da Franca Pinheiro e de Zeila Rocha Pinheiro
15 de junho de 1988: Dílson Ferreira dos Santos se casou com Delzuíta Pereira de Melo Santos, na vila de Nova Iguira, Xique-Xique.
02 de julho de 1988: Milton Souza Gomes se casou com Eleni Malaquias Barreto Gomes,
03 de agosto de 1988: Nasceu Marinalda da Silva Maia, filha de Edivaldo Nogueira Maia e de Aditina da Silva Maia
06 de setembro de 1988: Nasceu Rubens Gomes da Silva, no povoado de Utinga, município de Xique-Xique, filho de Ildebrando Gomes da Rocha e de Rosa Maria Caetano dos Santos..
08 de outubro de 1988: Gustavo Ruben da Franca Pinheiro se casou com Almira Nogueira Bastos, na Igreja Matriz do Senhor do Bonfim.
15 de outubro de 1988: Nasceu Yan Frederico Brito dos Santos filho de José Jerobson Rodrigues dos Santos e de Maria Aparecida de Souza Brito Santos.
03 de novembro de 1988: Faleceu José Antonio dos Santos
1988: Terminou o Campeonato Municipal de Futebol de Xique-Xique. Os clubes vencedores foram: campeão o Esporte Clube Bahia e vice-campeão o Esporte Clube Brasinha.

domingo, 28 de novembro de 2010

Evangelho visto pela arte africana: SERMÃO DA MONTANHA

SERMÃO DA MONTANHA
Mateus 5, 1-12

1. E vendo Jesus a multidão, subiu ao monte e, depois de se ter sentado, aproximaram-se seus discípulos.
2. E ele começou a ensiná-los dizendo:
3. Bem-aventurados os mendigos de espirito porque deles é o reino dos céus.
4. Bem-aventurados os mansos porque eles possuirão a terra.
5. Bem-aventurados os que choram porque eles serão consolados.
6. Bem-aventurados os que têm fome e sede de Justiça, porque eles serão fartos.
7. Bem-aventurados os misericordiosos porque eles alcançarão misericórdia.
8. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
9. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
1O. Bem-aventurados os que têm sido perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
11. Bem-aventurados sois quando vos injuriarem ,vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
12. Alegrai-vos e exultai porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram os profetas que existiram antes de vós.

Pôr do Sol em XIQUE-XIQUE (BA).


Somente os xiquexiquenses ou os que adotaram e residem na cidade, não mais se emocionam com o diário ocaso do Sol. Não por falta de beleza mas porque esse belo fenômeno ocorre diariamente e essa prodigalidade, infelizmente se transforma em banalidade.
Mas, para os que não têm a privilégio dessa paisagem diária, o pôr do sol por detrás da Ilha do Gado Bravo e refletindo os seus dourados raios sobre o Lago Ipueira, sempre é motivo de emoção ao contemplar as fotos semanais que aqui são publicadas para deleite dos prezados seguidores.
É nessa hora que as centenas de canoas chegam à margem, após um dia de grande pescaria, para o descanso diário dos nossos pescadores.
















































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Foto antiga de Xique-Xique (BA): O CLUBE OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO.

A OPERÁRIA

Esta é uma foto muito antiga e muito importante para o acervo histórico de Xique-Xique, que me foi enviada por um estimado seguidor para divulgação, arquivo e deleite dos demais leitores do Blog.
Segundo a pessoa que me enviou trata-se da construção do Clube Operário situado na Praça 6 de Julho.
Os mais velhos certamente se lembrarão dessa época e os mais novos, que atualmente frequentam o clube, terão uma visão do esforço feito pelos seus ascendentes para construir tão belo prédio ainda na primeira metade do século passado.

Foto interessante: A HORA DO SONO

A HORA DO SONO

Não há atividade que resista à chegada do sono de uma criança.
Todo cuidado é pouco, por parte dos tomadores de conta, mesmo quando pensam que os pequeninos estão fazendo algo que não os adormecerá.

















































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Evangelho Dominical: 1º DOMINGO DO ADVENTO

PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO

Hoje acendemos a vela vermelha da Coroa do Advento.

A Coroa de Advento tem a sua origem em uma tradição pagã européia. No inverno, se acendiam algumas velas que representavam o “fogo do deus sol” com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltassem. Os primeiros missionários cristão aproveitaram essa tradição para evangelizar as pessoas. Partiam de seus próprios costumes para anunciar-lhes a fé. Assim, a coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos.
A cada domingo, durante as missas, acenderemos uma vela da coroa do Advento, até completar quatro, e então na noite de Natal, surgirá a luz maior que simboliza o próprio Jesus, filho de Deus entre os homens.
EVANGELHO DO DIA (Mateus 24, 37-44) - Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: “A vinda do Filho do homem será como no tempo de Noé. Pois, nos dias antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. E eles nada perceberam até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do homem. Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada. Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor. Compreendei bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do homem virá”. – Palavra da salvação.

"COMENTÁRIO DO PADRE PAULO BAZAGLIA, ssp
Mais uma vez entramos no tempo do Advento e somos convidados a nos preparar para o Natal de nosso Senhor. As portas do Advento este ano se abrem com um texto de Mateus, o evangelho da justiça do reino.
Como nos tempos de Noé, em que ninguém se dava conta da falta de justiça, também nós somos alertados. Já não por causa de um dilúvio, mas porque o próprio Jesus vem, e com ele se inicia nova história. Ele vem quando menos esperamos, e ainda há muito que fazer para que a justiça de Deus seja realidade em nosso mundo. Daí o convite à vigilância, a estar preparados.
A vinda de Jesus, há 2 mil anos, continua acontecendo a cada instante, em cada gesto de justiça, em cada ação de vida que põe às claras as injustiças deste mundo. E em cer¬to momento esta vinda acontecerá para nós de modo definitivo, não quando quisermos nós, mas quando o próprio Senhor decidir.
É como se escrevêssemos a história de nossa vida num livro. Em certo momento Deus tomará a caneta de nossa mão e escreverá “fim”. O convite do evangelho, portanto, é para que escrevamos uma história bela a cada página, porque não seremos nós a terminá-la – uma vez que este fim será apenas uma etapa, o início da vida eterna com a qual Deus nos presenteará.
Estar preparados para a vinda do Senhor é reconhecer sua presença em nosso meio. É tomar conta da sua casa, casa que é o mundo e que é o reino, casa que se constrói com a justiça evangélica, com relações fraternas que resgatam a dignidade dos mais necessitados. Em outras palavras, estar preparados é viver em atitude de vigilância, atentos a tudo o que não é conforme aos valores do reino. E, sobretudo, agir para que esses valores se tornem realidade já aqui.
Que este tempo de preparação para o Natal seja, para nós e para nossas comunidades, momento privilegiado para arrumarmos a casa da nossa vida. Porque a visita que Deus nos faz não é uma visita qualquer. Ele vem para nos dar uma nova vida."

CRÔNICAS XIQUEXIQUEANAS

A CERA DE CARNAÚBA EM XIQUE-XIQUE (BA).
Juarez Morais Chaves
A carnaubeira ou copernifera cerífera, árvore da família Arecaceae é uma planta endêmica do Nordeste Brasileiro, conhecida, também como “árvore da vida”, pois oferece ao nordestino uma infinidade de usos desde a sua raiz usada como diurético até a cêra utilizada em componente eletrônicos. Não carece de adubação, de defensivos e nem de mecanização agrícola e, por ser muito resistente às secas a sua palmeira embeleza à paisagem nordestina .
O principal produto da carnaubeira é a cera que se obtém das folhas, insumo valioso que entra na composição de diversos produtos industriais como cosméticos, cápsulas de remédios, componentes eletrônicos, produtos alimentícios e cêras polidoras com franco mercado na América do Norte, Europa e Ásia.
Fazendo jus à fama de que da carnaúba nada se perde, a folha triturada, após a colheita do pó, serve como adubo para milhares de pequenas roças substituindo a contento e com grandes vantagens ecológicas os adubos químicos, além de poder, também, ser utilizada na alimentação de ovinos e caprinos por conter 7% de proteína.
Atualmente a produção e a exportação de cêra de carnaúba é feita pelos Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, segundo Edgar Gadelha Pereira Filho, presidente do Sindicato das Indústrias Refinadoras de Cera de Carnaúba no Estado do Ceará (SINDICARNAÚBA), com seis indústrias filiadas, responsáveis pela produção de cerca de 8 mil toneladas, dentro de um total brasileiro estimado em 15 mil toneladas. As indústrias do Ceará concentram cerca de 50% da produção nacional, as indústrias do Piauí, 40%, ficando o Rio Grande do Norte com 10% (Gazeta Mercantil, São Paulo, 28 abr. 2005, p. B-14).
A primeira exportação de cêra de carnaúba ocorreu em 1894, para a Inglaterra, partindo do Porto de Parnaíba (PI), chegando esse Estado a responder, na década de 1940, por 2,3% das exportações brasileiras de cera de carnaúba, quando ocorreram as maiores vendas durante a II Guerra Mundial. Com a fim da guerra, final da década de 1940 e início de 1950 a demanda por cera de carnaúba começou a declinar.
O município de Xique-Xique também teve a sua participação no envio da cêra de carnaúba para os beligerantes países durante a segunda grande guerra.
No segundo quartel do século XX, muitas famílias xiquexiquenses ficaram ricas com a extração da cera de carnaúba. Essa pujança ainda hoje está representada pelas excelentes residências que naquela época foram construídas e que ainda estão de pé comprovando o período de opulência dos produtores de cêra.
Em Xique-Xique (BA), a exemplo das demais regiões do Nordeste, a carnaubeira também era nativa e abundante em quase todos os milhares de quilômetros quadrados que compunham o extenso município, principalmente na região banhada pelo Rio Verde, afluente do São Francisco, nas encostas da Chapada Diamantina e nos distritos de Copixaba e Marrecas.
No entanto, as áreas de carnaubais nativos estavam inclusas em grandes latifúndios nas mãos de pouquíssimos xiquexiquenses representados pelos famosos "coronéis" da guarda nacional, tais como Lithercílio Baptista da Rocha, Hermenegildo de Souza Nogueira, José de Souza Nogueira, Adão Moreira Bastos, apenas para citar uns poucos.
Como os carnaubais proliferavam gratuitamente nas suas extensas fazendas acreditaram, os latifundiários xiquexiquenses, que aquela riqueza era uma dádiva dos deuses e nunca se preocuparam em aplicar àquela cultura os mínimos conhecimentos tecnológicos para a obtenção de um produto em moldes competitivos, racionais e econômicos. Eram, por assim dizer, uns exploradores da terra. Na época apropriada, agosto a dezembro, quando as folhas estavam carregadas de pó cerífero, lá se iam vários trabalhadores, navalha na ponta de uma extensa vara a cortar folha por folhas, correndo o risco de uma delas, na queda, ficar enfiada em seu corpo, tal a velocidade com que caiam com a afiada ponta, feita pela navalha, virada para baixo.
Após a colheita, com as folhas já secas, os trabalhadores se enfiavam embaixo de uma “tolda” de pano e com o auxilio de uma vareta iam batendo em cada folha e extraindo o pó branco que mal chegava a 100 gramas por carnaubeira. Mas essa baixa produtividade não era questionada, pois o custo de produção era ínfimo em relação ao grande preço que, a cera, produto final estava alcançando no mercado exterior. O pó extraído era submetido a um cozimento dando origem à cera tipo “A” oriunda da parte central das folhas novas e a cera tipo “B”, de cor alaranjada ou preta, obtida das folhas mais velhas.
Enquanto as indústrias estrangeiras, desde a fonográfica até a cosmética, utilizavam a cera da carnaúba como principal insumo para fabricação de seus diversos produtos, os proprietários de carnaubais em Xique-Xique contavam anualmente com um grande reforço financeiro em seus orçamentos e esbanjavam dinheiro para todos os lados. As casas eram suntuosas, os filhos estudavam em Salvador, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e era uma constante a demonstração de riqueza por toda a família.
Mas, a tecnologia descobriu um substituto para a cêra de carnaúba e, por ser mais barato, passou a ser utilizado na fabricação de diversos produtos ocasionando uma redução de mercado para a cêra natural. Mas, ocorreu apenas a redução do mercado e não a extinção. Mas, os nosso fazendeiros xiquexiquenses não se deram conta desse detalhe e, simplesmente, abandonaram a atividade de produção de cêra e os carnaubais puderam se desenvolver livres daquela pode anual sem nada receber em troca em termos de tratos culturais.
A produção de cera para disputar a redução do mercado exigia dos produtores um melhor manejo do carnaubal para obter uma maior produtividade que compensasse a acirrada concorrência que foi iniciada com a redução da demanda. Isso implicaria em um melhor trabalho de administração e a injeção de recursos financeiros coisas que estavam fora dos planos dos nossos produtores de cera, pois, toda a vida, desde a adolescência, se acostumaram a obter a cera sem nada investirem.
As extensas áreas de terras continuaram e continuam ocupadas com carnaubeiras, mas os donos dos carnaubais preferiram utilizá-las, apenas no criação extensiva do gado bovino. Era, em termos de técnica, uma atividade muito parecida e até mais barata que a obtenção de cera, pois, os animais passavam todo o ano soltos dentro do carnaubal e somente uma vez por ano eram juntados para a ferra dos nascidos.
Os velhos coronéis foram morrendo e os filhos acostumados à vida de ricos, graduados e residindo em Salvador, não se dispuseram a continuar com a exploração da pecuária extensiva e muito menos retornar á produção de cera da carnaúba e assim as extensas terras, sem cercas, ficaram abandonadas e aos poucos foram sendo vendidas a preço baixo ou mesmo invadidas por outras pessoas. Também não se dispuseram a usar o recurso legal da reintegração de posse e assim, com raríssimas exceções, os grandes latifúndios antes nas mãos de poucos grandes fazendeiros agora estão distribuídos entre outras pessoas já que os descendentes dos "coronéis" não continuaram com a saga.
Mas, apesar de a economia da carnaúba nunca haver sido reconhecida e nem estimulado pelos governos do Nordeste como algo importante para o seu desenvolvimento, vem, nos últimos anos, ao contrário do que se prega, aumentando a produção e as exportações de cera como conseqüência de novos usos industriais, como revestimento de frutos “in natura” e cápsulas de remédios, pois, por suas características orgânicas, é produto natural e insubstituível.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Beneficiadoras de Cera de Carnaúba do Estado do Ceará (Sindicarnaúba), as exportações de cera cresceram 40% em 2007 e ocupa a 6ª posição na pauta das exportações cearenses. Nesse ano, a produção conjunta do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte soma 30 milhões de quilos de pó, correspondente a 18 milhões de quilos de cera, e movimenta US$ 60 milhões de faturamento por ano, com 90% das vendas destinadas ao mercado externo.
Os três Estados nordestinos possuem aproximadamente 25 indústrias de refinamento da cera, com capacidade de beneficiamento em torno de 35 mil toneladas por ano. A cera industrializada serve para fazer batons, adesivos, cera dental e ceras em geral, além de acabamento de couro e madeira. O produto é usado ainda em fios elétricos, chicletes, filmes fotográficos e impermeabilizantes. Tem aplicação no setor de informática em "chips", "tonners", código de barras, papel carbono e filmes plásticos. A palha também poderá ser usada, em breve, na ração de caprinos e ovinos, de acordo com pesquisa da Embrapa. No Ceará, a exportação de 8,25 mil toneladas de cera propiciou receitas no valor de US$ 21,20 milhões em 2005, além de gerar 100 mil empregos. Como meio de combate à pobreza, o Ceará iniciou um projeto para transferir tecnologia a algumas comunidades a fim de permitir a extração da cera por meio de secador solar, assim como para dar alternativas ao uso da palha da carnaúba, como a fabricação de papel e peças artesanais.
O Parque Estadual das Carnaúbas, criado pelo governo do Estado do Ceará por meio do Decreto nº 28.154, de 15 fev. 2006, localizado na cidade de Granja (335 km de Fortaleza), nas imediações do distrito de Timonha, com mais de 10 mil hectares, destina-se a dar proteção integral à carnaúba, árvore símbolo do Estado.
O que aconteceu com a produção de cera de carnaúba em Xique-Xique foi a mesma coisa acontecida com o cultivo da cebola 50 anos depois: falta de empreendedorismo dos empresários xiquexiquenses. Não tiveram coragem ou não quiseram enfrentar o mercado na primeira pequena dificuldade que se lhes apresentou. Bastou uma queda no mercado internacional da cera para que todos, sem exceção, abandonassem a extração do produto.
É a velha falta de vocação para a atividade agropecuária. O lucro no comércio é mais fácil e mais rápido. Não há porque estar se desgastando dentro de um imóvel rural, sob sol e chuva, lidando com empregados desqualificados quando se pode com mais conforto ficar detrás de um balcão esperando a chegada do freguês. É puramente uma questão de opção.
Não podemos é colocar a culpa sobre o governo ou sobre o mercado. No sistema capitalista, a nossa economia, a atividade privada tem que investir e por si só descobrir as melhores maneiras de concorrer no mercado.
Xique-Xique dispõe, pois, de uma abundância de água que poderá ser utilizada na agricultura irrigada e de um grande carnaubal, no interior do município, resistente à seca. Somente esses dois fatores são suficientes para alavancar o desenvolvimento agrícola no nosso município se houvesse empresário disposto a isso.

Cantinho da Seresta

O SERESTEIRO

O Blog JUAREZ MORAIS CHAVES fez uma seleção de músicas genuinamente brasileiras, tocadas e cantadas na segunda metade do século passado, principalmente nos anos 1960, ilustradas com a "cifra" para violão e que estarão semanalamente sendo divulgadas.






























Arte Sacra na Bahia: NOSSA SENHORA DA FÉ

NOSSA SENHORA DA FÉ

Imagem vinda de Portugal, no século XVII, em madeira policromada e dourada. A virgem está de pé sobre peanha que figura o orbe celeste ao qual estão sobrepostos querubins e 3 anjos. Um deles usa venda nos olhos, simbolizando a total entrega que exige a fé. (A fé é cega); outro apresenta um livro aberto onde se lê “Tota pulchra es MARIA” e o terceiro deles usa a tiara pontifícia.
Esta imagem encontra-se na Sacristia da Catedral Basílica da cidade do Salvador.
(Bahia: Tesouros da Fé -2000)



Foto do Rio São Francisco: O VAPOR E O CARRO DE BOI.

O pequeno vapor "encostado" e o carro de boi são os dois mais tradicionais meios de transporte que existiam em toda região sãofranciscana nos idos da década de 1950.
O vapor deveria estar se reabastecendo de lenha, combustível que era consumido pela caldeira para acionar a "roda" que o impulsionava ou, pegando alguma carga. Poderia, também estar recebendo ou desenbarcando passageiros. Naquela década o vapor era o meio de transporte mais utilizado pela população ribeirinha ante a inexistência de rodovias e ferrovias na região.
O carro de boi, também era bastante utilizado no transporte de cargas, diversos materiais e eventualmente de pessoas.
"Bahia - Rio São Francisco - 1995
Foto de Marcel Gautherot"






























Cantinho Ecológico:

"ECOLOGIA E MISSÃO: ECOPEDAGOGIA
Padre J.B. Libanio

Tudo começa na infância. "De pequenino se torce o pepino", reza o provérbio. Se as crianças se educam em meio a doentio consumismo e exigem cada vez mais coisas, a luta ecológica anda perdida. Falta-nos construir uma pedagogia em vista da ecologia.
Pedagogia pretende conduzir a criança em direção à maturidade humana, segundo a etimologia. Dois termos da definição merecem reparo: conduzir e maturidade. Conduzir denota indicar o caminho ou até mesmo forçar a pessoa a seguí-lo. Assim se pensou a pedagogia durante muito tempo. Uma revolução pedagógica preferiu apostar na autonomia, na criatividade e na liberdade do educando, de maneira que o pedagogo se comporta antes como indutor do que existe no formando.
Numa relação bilateral, tal concepção seduz-nos. Mas acontece que a criança não chega ao pedagogo como terreno virgem ou simplesmente carregando potencialidades positivas. A cultura dominante a disputa todo o tempo. E injeta nela, desde cedo, atitude de fruição crescente de bens materiais, sem mínima consideração da consequência de tal prática. Nesse momento, só uma pedagogia que intervenha diretamente com outra visão consegue corrigir o desequilíbrio.
E a maturidade? Que significa? De novo a ambiguidade. Às vezes identifica-se simplesmente com a autonomia, com a capacidade de tomar decisão por si mesmo. Ótimo. Mas ela não se constrói no vazio. As decisões se tomam no concreto da cultura presente de uma sociedade. E, se esta se impregna de consumismo, alguém pode pensar que se faz maduro consumindo. Consumo, logo existo. De novo, cabe intervenção pedagógica que mostre outro tipo de maturidade. Maduro significa ser crítico diante das ilusões ideológicas da cultura consumista atual e batalhar pelo equilíbrio ecológico."

domingo, 21 de novembro de 2010

CANTINHO ECOLÓGICO: ECOLOGIA E MISSÃO


SOBRIEDADE: VIRTUDE ECOLÓGICA
Padre J. B. Libanio, sj
À medida que nos conscientizamos da gravidade da situação, percebemos a urgência de cultivar novas virtudes. A catequese ensinou-nos as virtudes teologais da fé, esperança e caridade e as virtudes cardeais da temperança, prudência, justiça e fortaleza. Bem entendidas, elas englobam as outras. No entanto, a fim de explicitar melhor a novidade do momento ecológico, vale formular de modo diferente algumas virtudes.
A sobriedade aproxima-se da temperança. Mas, como esta se vinculara muito à questão da busca de prazer por parte do indivíduo, ficou sem cuidado o aspécto da ganância de bem materiais pela via do consumismo.
É esse desequilíbrio que atinge em cheio a ecologia. E a resposta vem de uma virtude que cultive a sobriedade.
A sede consumista, frequentemente provocada de modo artificial, açula a produção de bens materiais para satisfazê-la. Cria-se passagem rápida e imperceptível do desejo para a necessidade, da sedução dos olhos para a aquisição do bem. E na base está o jogo central do capitalismo de produzir para vender e assim, pela compra, aumenta o lucro e o investimento a fim de produzir ainda mais com recursos tecnológicos cada vez mais sofisticados. Entra-se nesse círculo infernal sem saída se não se rompe o movimento.
A sobriedade corta o mal pela raiz. Impede o primeiro passo da sedução consumista que alimenta os seguintes. Instaura o critério da moderação, da austeridade, do autocontrole em face dos bens materiais. Estabelece outro movimento: qualidade de vida, frugalidade e parcimônia, de modo que a abundância dos bens de consumo já não atrai. Força então sua diminuição.
Alegra-se com a justa medida para viver melhor teor de existência.

Foto do Rio São Francisco: A Carranca e o Remeiro

A CARRANCA E O REMEIRO

"A carranca, como elemento construtivo da barca, tem mais que a proporcionalidade de uma figura de proa convencional, pois excede o limite e a função de um arremate. Ela se conjuga a todo o barco que é o seu corpo, configurando uma imagem zoomórfica de gigantescas formas, como acentuava Durval Vieira de Aguiar" (Clarival do Prado Valladares).
Isso está patente na foto que ilustra, onde a figura do remeiro realça a proporção da fantástica carranca feita por Afrânio, imaginário de Barreiras (BA)., barca "Casa Vermelha", depois chamada de "Minas Gerais".
João Félix achava "que sem figura a barca grande não tinha graça, ficava muito feia, com ela ficava mais bonita, ficava mesmo".
(Bahia - Rio São Francisco - 1995). Fotografia de Marcel Gautherot.









Cantinho da Seresta

O SERESTEIRO

O Blog XIQUEXIQUE fez uma seleção de músicas genuinamente brasileiras, tocadas e cantadas na segunda metada do século passado, principalmente nos anos 60, ilustradas com a "cifra" para violão e que estarão semanalamente sendo divulgadas.















Arte Sacra da Bahia: CRISTO GLORIOSO


RESSURREIÇÃO

Cristo Glorioso ou Ressuscitado.

Imagem do século XIX em madeira esculpida e policromada (altura 118 cm), símbolo do triunfo da Vida Eterna sobre a Morte. A pintura tem como eixo o jogo cromático baseado no equilíbrio entre as cores quase complementares azul (nuvem estilizada) e o vermelho cádmo alaranjado (manto), ambas em baixa saturação. A suave encarnação, entalhe delicado, postura serena, pouca definição muscular, bela movimentação em direções contrárias do manto e do peritônio branco, esgrafitado de dourado, além das ondas em queda suave de seu cabelo trigueiro, somam-se para formar a imagem do Cristo em sua glória.

Essa imagem encontra-se no Museu da Catedral Basílica de Salvador

(Bahia: Tesouros da Fé- 2000)

Foto Antiga em Xique-Xique: O PAREDÃO

A GÊNESE DO "PAREDÃO"

Os xiquexiquenses mais jovens talvez não se sensibilizem com o horrendo "PAREDÃO", que impede a bela vista do Lago Ipueira, pois já nasceram sob o domínio do mesmo.
A infeliz "obra" começou a ser construída na administração do Prefeito Reinaldo Braga lá pelos idos de 1981 e foi concluída sob a administração do Prefeito Hélcio Bessa, no ano de 1982.
O Dr. Hélcio, filho da terra e que dedicou toda a sua vida profissional à saúde dos xiquexiquenses, teve uma ótima oportunidade para barrar o crime ambiental que estava sendo construído em detrimento da sua terra natal. No entanto, deixou passar a excelente oportunidade.
A foto acima é do início da construção do famigerado PAREDÃO (1981), numa vista tomada do meio do Lago Ipueira.
Vejam que as casas comerciais da Av. Rio Branco, desde o começo da construção já estavam encobertas e a Igreja, ao longe, mostrava apenas o final da torre e a cruz.
Nesses 28 anos de construído, o PAREDÃO já causou à cidade, todos os prejuízos a que tinha direito: transformou-se em sanitário público, abriga precárias bibocas sem nenhuma fiscalização sanitária onde se vendem alimentos sem as mínimas condições de higiene e se pratica a baixa prostituição, transformou todo o espaço Beira Rio em área de terceira categoria, totalmente desvalizada e indesejada por moradores e comerciantes, no que pese, ser, em outras cidades à beira de rio ou de mar, a área mais valorizada.
Precisamos de autoridades municipais fortes e que tenham coragem de botar o PAREDÃO abaixo, sanear a área e transformá-la num espaço disputado pela população para construção dos suas residências, a exemplo do que está acontecendo, por exemplo, com a cidade de Juazeiro (BA), com localização, em relação ao rio, igual a Xique-Xique.

Pôr do sol em Xique-Xique (BA)

Pôr do Sol


É mais um ocaso singular em Xique-Xique.
O Sol já se escondeu por detrás da Ilha do Gado Bravo e desta somente se vê o perfil contra o céu avermelhado.
As barcas descansam da labuta diária ancoradas no Lago Ipueira.
Os pescadores já estão em suas casas desfrutando o merecido descanso após um dia de luta nem sempre recompensado com boa pescaria. Mas, isso não o desistimula e amanhã cedinho estarão de novo nas águas do Lago lançando suas redes e linhas de pescar.

Crônica: A CULTURA DA CEBOLA EM XIQUE-XIQUE (BA)


A cultura da Cebola em Xique-Xique (BA)
Juarez M. Chaves

O município baiano de Xique-Xique, não obstante estar situado na margem direita do Rio São Francisco, tendo a banhar-lhe a Ipueira, grande lago com mais de 10 km de extensão e quase meio quilômetro de largura, formado pela Ilha do Gado Bravo que fica em frente à cidade, nunca teve vocação agrícola.
A cidade, desde que me entendo, sempre viveu da atividade comercial que era feita, principalmente através dos vapores e barcas no rio São Francisco. Era comum a existência de grandes comerciantes locais que dispunham de depósitos para armazenarem os grãos adquiridos junto aos pequenos agricultores situados nos seus antigos distritos de Tiririca, Várzea Grande, Uibaí. Central, Mundinho, etc.. ou até mesmo em municípios vizinhos como Irecê e Morro do Chapéu.
Os comerciantes locais, acostumados, desde muito tempo, ao lucro fácil e à rápida rotatividade do seu capital nunca se preocuparam em explorar as férteis terras situadas no arquipélago que cerca a cidade, utilizando a irrigação facilitada pelo grande potencial hídrico formado pelas águas do Velho Chico. Nada disso os tirava da visão de curto prazo que encarava a agricultura como uma atividade demorada e altamente arriscada ante a certeza da seca na região. Esqueciam que tinham um grande rio na porta. Preferiam comprar aos pequenos produtores os grãos já colhidos da pouca safra que por acaso tivessem conseguido.
Agricultura mesmo e em pequena escala, existia apenas nas várias ilhas do município, nas áreas de vazantes do rio, conhecidas, também como “lameiros”, cujos ilhéus por ocasião das feiras semanais, apareciam em Xique-Xique para vender os seus poucos produtos agrícolas que eram trazidos em pequenas embarcações e vendidos em redor do mercado Municipal. Eram produtos obtidos em pequeníssima escala e basicamente representados por farinha, tapioca, beijus, batata doce, abóbora, feijão verde e alguma verdura. O pouco dinheiro obtido com as vendas era totalmente gasto no comércio local com a obtenção daquilo que não produziam nas ilhas: o fumo, o açúcar, a cachaça, o café, o vestuário, o medicamento e outras coisas mais. Assim, o dinheiro não saía da cidade.
Paralelamente à atividade comercial a elite de Xique-Xique experimentava, também, uma rudimentar pecuária extensiva com os bovinos sendo criados soltos e pastando na imensa caatinga do grande território do município. Somente uma vez por ano era feita uma tentativa de juntar esses animais para que o ferro do fazendeiro fosse colocado no bezerro ou garrote que nascera. Nesse momento os vaqueiros ganhavam algum dinheiro pois o sistema era na base de 4 por 1 ou seja o vaqueiro tinha direito a 25 % dos novos animais ferrados.
Essa despreocupação ou comodismo com a pecuária, com toda certeza foi um vício adquirido desde que os primeiros habitantes, liderados pelo rico português Theobaldo José Miranda Pires de Carvalho aportou no ano de 1695 na localidade onde hoje está situada a cidade de Xique-Xique e ali estabeleceu uma grande fazenda de gado.
Com o cultivo da cebola, aconteceu algo diferente na atividade agrícola local.
Introduzida no Nordeste no final da década de 1940, já na década seguinte predominava no Vale do Rio São Francisco principalmente na divisa Bahia e Pernambuco. Na segunda metade da década de 1960 o plantio de cebola tornou-se a moda entre os agricultores pernambucanos que possuíam imóveis rurais na margem do São Francisco tendo como principal pólo produtor a cidade de Petrolina. que faz divisa com a Bahia.
Com o aumento do custo dos insumos agrícolas e principalmente o preço da terra, nos municípios pernambucanos, muitos ceboleiros e alguns agrônomos decidiram “subir” o rio e se estabeleceram em várias cidades ribeirinhas da Bahia, com destaque para Xique-Xique que era banhada por uma imensa Ipueira, ideal para a lavoura irrigada.
No que pese a nata inaptidão para a agricultura, a chegada dos ceboleiros pernambucanos experientes, cheios de vontade e determinação que de logo atacaram as terras improdutivas, comprando-as ou arrendando-as, contaminou a elite xiquexiquense dona de terras na beira do rio e assim foi deflagrado a "febre" da cebola no município, criando uma expectativa no sentido de alavancar a atividade agrícola que era tangida sem muita vocação e pouca técnica.
Assim, esses primeiros ceboleiros trabalharam por mais de 20 anos dando ao município de Xique-Xique a oportunidade de uma grande produção de cebola além de outros produtos como o melão e a melancia que eram plantadas em consórcio e que gerando rendas extras para os produtores abasteciam os mercados das capitais do País. No decorrer desse tempo, os xiquexiquenses que pouco entendiam de agricultura e absolutamente nada de cebola, foram assimilando a tecnologia da irrigação e passaram, eles próprios a também produzir a cebola em suas terras antes totalmente improdutivas.
Foi um período de franco desenvolvimento agrícola no município quando se utilizou intensivamente o insumo água permitindo um acréscimo constante na produção de cebola. Foi um tempo em que as terras situadas na margem do rio, antes improdutivas tiveram a sua unidade de área imediatamente valorizada pela grande demanda para aquisição de propriedade e para arrendamentos.
Essas transações foram estimuladas, também, pela facilidade com que os bancos federais – Banco do Brasil e Banco do Nordeste – concediam empréstimos para o custeio rural do plantio de cebola no município de Xique-Xique, surgindo assim, uma conjunção de fatores que contribuiu e impulsionou a agricultura da cebola irrigada e conseqüentemente o aumento da riquezas em Xique-Xique, movimentando todas as faces de sua modesta economia.
Com a elevação do preço da terra na beira do rio São Francisco, os ceboleiros que continuavam chegando de Pernambuco tiveram que entrar pelo interior do município e se estabeleceram no distrito de Tiririca, atual cidade de Itaguaçu da Bahia, banhado pelo Rio Verde, afluente do São Francisco. As terras banhadas pelo pequeno Rio Verde, férteis e ainda de pouco valor, aumentaram consideravelmente a produção de cebola no município de Xique-Xique, transformando-o no maior produtor de cebola do Estado da Bahia. A produção foi tão grande que os ceboleiros tiveram que adquirir modernas máquinas para fazer a seleção e embalagem do produto, vez que feita manualmente não estava dando vencimento à produção que saia da terra. Contam os mais velhos que diariamente saiam de Xique-Xique para os mercados consumidores mais de 200 caminhões carregados de cebola.
Mas, passadas duas décadas de intensa produção de cebola, quando muitos xiquexiquenses adquiriram grandes patrimônios, surgindo novos ricos além da geração de um grande número de empregos na agricultura, ocorreu o momento inesperado da decadência e com isso a total derrocada dos ceboleiros em todo o município e o total abandono da atividade.
Muitas são as explicações para o desastre. Alegam os estudiosos do fenômeno que faltou interesse do governo estadual, no sentido de construir um Mercado do Produtor, para receber a safra. Outros alegam que os órgãos federais e estaduais de fomento à agricultura não forneceram a devida assistência técnica para que a lavoura se desenvolvesse a contento. Culpam, também, o MERCOSUL que criava todas as facilidades para que os ceboleiros argentinos colocassem toda a produção dentro do Brasil a preços bem menores que o custo de produção brasileiro, atingindo em cheio a cebola sãofranciscana, principalmente a cultivada em Xique-Xique.
No meu entender o fim da cultura de cebola em Xique-Xique, que durante 20 anos se desenvolveu com muito sucesso por contar com abundância de água principal insumo de qualquer agricultura que se queira implantar no Nordeste, foi a incompetência política e o desinteresse para com a atividade agrícola, fatores que até hoje ainda prevalecem no meio empresarial da minha terra. A argumentação da concorrência da cebola importada e a ausência de ajuda governamental são meras desculpas esfarrapadas para justificar a inércia dos nossos políticos e empresários.
O final da cebola em Xique-Xique, veio apenas ratificar que o interesse local visa apenas a atividade comercial não havendo, por enquanto a motivação do nosso empresário local para os assuntos relacionados com a agricultura e a pecuária. A cebola e os seus consórcios de melão, melancia, tomate, cenoura, beterraba, etc continuam sendo produzidos e consumidos em todo o mundo e o xiquexiquense, não obstante dispor de água e terra em abundância se vê obrigado a consumir esse alimentos produzidos em outros municípios que não possuem água e nem a sua extensão territorial.
É uma humilhação e uma falta de amor próprio que precisam ser analisadas e superadas para que o nosso município, possuidor dos maiores recursos naturais destinados à agropecuária se veja empobrecido e sem expressão política ou econômica, simplesmente porque as nossas lideranças não acordam para sair do marasmo e do comodismo condições sine que non para que chegue o desenvolvimento. A permanecer no que está, sempre seremos uma cidade baiana de terceira categoria, no que pese a nossa já considerável população e extensão territorial do município.

Foto Interessante: DESCANSO DA LEOA


A SESTA

Nada como uma soneca após o almoço, mesmo correndo o risco de despencar do galho.

Evangelho visto pela arte africana: O BOM PASTOR

O BOM PASTOR

JO 10,11-18
Naquele tempo, disse Jesus:
“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. Pois ele é apenas um mercenário que não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. É por isso que meu Pai me ama, porque dou a minha vida, para depois recebê-la novamente. Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; essa é a ordem que recebi de meu Pai”.


Evangelho Dominical: FESTA DE CRISTO REI



FESTA DE CRISTO REI
Lucas (23,35-43)

Naquele tempo, os chefes zombavam de Jesus, dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo se, de fato, é o Cristo de Deus, o escolhido!” Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!” Acima dele havia um letreiro: “Este é o rei dos judeus”. Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!” Mas o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reinado”. Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo, ainda hoje estarás comigo no paraíso”.
"Tu és o rei dos reis!
O Deus do céu deu-te reino, força e glória
E entregou em tuas mãos a nossa história:
Tu és rei e o amor é a tua lei!"
(CD: Liturgia XII, faixa 17 - Paulus)
Comentário de Carlos Francisco Signorelli, Ex-Presidente do CNLB

"O REI DOS POBRES E ESQUEC IDOS

Ele está no alto da cruz, todo ensanguentado. Seus amigos fugiram com medo, à exceção de algumas mulheres. Mesmo sem forças, ainda pode ouvir as zombarias dos grandes de Israel e dos soldados romanos. E a verdade surge de um malfeitor, que também está com os minutos contados: “Jesus, lembra-te de mim quando tiveres entrado no teu reino”. E ele é, de fato, o rei do universo, que ali, no alto da cruz, mais parece um servo sofredor.
O nosso rei é a encarnação de Deus na pobreza do homem, mas é também o símbolo da realeza divina: tive fome e me destes de comer. Em última instância, o nosso rei é o rei dos que estão à margem e esquecidos; ou, como nos dizem os bispos latino-americanos em Aparecida, o nosso rei é um rei que tem rosto: o rosto dos migrantes, das crianças, dos idosos, dos moradores de rua, dos drogados, dos encarcerados, dos desempregados, dos abandonados.
Neste dia nacional dos leigos e leigas, temos de refletir sobre como estamos vivenciando o nosso batismo. Afinal, a vocação laical nos impele a construir o reino de Deus na estrutura da sociedade. Somos os construtores da sociedade na ótica do reino de Deus. Somos, por um lado, “o mundo no coração da Igreja”, mas também, por outro, “a Igreja no coração do mundo”.
Não podemos apenas nos queixar de que os responsáveis pela política, pela economia, pelos meios de comunicação, pela educação e saúde tudo fazem para distanciar nossa realidade daquele reino que a prática de Jesus anuncia. A nossa crítica deve vir junto com o nosso engajamento. Mudar as estruturas, levar o mundo ao ômega do reino, é responsabilidade dos cristãos e cristãs. Transformar as realidades terrestres e orientá-las segundo os valores do reino é nossa função, principalmente daqueles e daquelas que, no seu batismo, receberam a vocação de ser leigos e leigas nessa Igreja de Cristo."

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

PSICULTURA EM XIQUE-XIQUE (BA).

PSICULTURA

Uma das grandes vocações econômicas do Município de xique-Xique, é, ao lado da agricultura irrigada a atividade de psicultura.
Poucas cidades do mundo são banhadas por um grande rio como o São Francisco e podem se dedicar, a um custo relativamente baixo, a essas duas atividades econoômicas por possuirem tão importante e valioso recurso natural ao alcance da mão.
Precisamos, ao lado da agricultura irrigada, estimular os empresário xiquexiquenses a ingressarem na psicultura, que em todas as partes do mundo é tida como uma das mais importantes atividades econômicas visando a obtenção de proteina animal oriunda do peixe.
Por isso, é com extrema felicidade que reforço a divulgação da matéria abaixo, publicada inicialmente no blog XIQUESAMPA e de autoria do xiquexiquense Jorge Meira.
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"JOVENS VISITAM CENTRO INTEGRADO DE RECURSOS PESQUEIROS E AQUICULTURA DE XIQUE-XIQUE .
O Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Xique-Xique – CIRPA, recebeu na última quinta-feira (11), a visita de 90 alunos do Projovem Urbano - Arco Ocupacional Pesca e Piscicultura, pertencentes aos municípios baianos de Xique-Xique e Itaguaçu. O Projovem Urbano tem o objetivo de promover a inclusão social de jovens de 18 a 29 anos que, apesar de alfabetizados, não concluíram o Ensino Fundamental, buscando sua reinserção na escola e no mercado de trabalho.
No CIRPA, os técnicos da Codevasf e funcionários da Prefeitura Municipal de Xique-Xique, apresentaram aos alunos as principais ações da parceria. Em seguida, os visitantes conheceram as instalações da unidade. Para o aluno André Santos da Silva, de 19 anos e natural de Xique-Xique, “a visita foi muito interessante. A piscicultura pode contribuir com a melhoria das condições de vida dos pescadores e ser uma alternativa de desenvolvimento para a cidade”.
André, que é filho de pescador artesanal e pequeno produtor rural, destacou ainda que gostaria de fazer parte de uma cooperativa de criadores de peixe. Essa opinião foi compartilhada com o aluno José da Silva, natural de Itaguaçu e filho de pescador: “Gostaria de ver minha comunidade produzindo peixe através da piscicultura”. Para a professora da turma, Alessandra de Sena Silva, “a visita serviu para que os alunos tivessem contato, na prática, com as técnicas desenvolvidas no Centro Integrado, uma vez que eles estão tendo aulas sobre o tema aquicultura.
A Codevasf e a Prefeitura Municipal de Xique-Xique, parceiros do CIRPA, estão de parabéns ao abrirem as portas para receber esses jovens, contribuindo com uma melhor formação dos mesmos. "

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

AGRADECIMENTOS À NOVA SEGUIDORA



NOVA SEGUIDORA

O BLOG JUAREZ MORAIS CHAVES AGRADECE, SENSIBILIZADO, A CHEGADA DE ANNE CRYSTIE PROMETENDO MANTER A MESMA LINHA EDITORIAL E ESPERANDO PODER CONTINUAR ATENDENDO A EXPECTATIVA DE TODOS OS QUE, GENTILMENTE, SE DIGNAM EM ACOMPANHAR ESTE MODESTO BLOG.

ENCONTRO DE BANDAS EM XIQUE-XIQUE (BA).

1º ENCONTRO DE BANDAS
O Blog XIQUESAMPA, administrado pelo conterrâneo Adriano Brito, informa que no dia 11 de dezembro de 2010 estará se realizando, no PARQUE AQUÁTICO da cidade, o 1º Encontro de Bandas de Xique-Xique, contando com a participação do cantor Ruan Felix.
A renda obtida com a venda dos simbólicos ingressos de R$ 10,00 e mais 1 kg de alimentos não perecíveis, das mesas por R$ 50,00 e dos cachês doados pelas bandas participantes, será totalmente utilizada na compra de um veículo utilitário para o Projeto Social Criança Feliz que leva serviços sociais sem fins lucrativos a todos os cantos do município.
Durante o evento será gravado um DVD com a utilização de 5 câmeras de alta definição, sob a responsabilidade de Édson Nogueira Filmes, para posterior venda aos aficcionados.
As pessoas interessadas em adquirir ingressos ou mesas, poderão entrar em contato com o Sr. Marlon Brando (coordenador), pelos telefones (74) 8808.8805, 9974.1735 ou podem falar com a Rádio FM Xique-Xique, utilizando os telefones (74) 3661.1533 e 3661.1534.
Este Blog apresenta os parabéns aos organizadores do importante evento e pede e espera que os xiquexiquenses apoiem integralmente, com suas presenças, a iniciativa, vez que, é nobre o objetivo do encontro.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

SE EU FOSSE TIRIRICA

"SE EU FOSSE TIRIRICA
Gilberto Dimenstein

Nunca, em toda a sua história, um país acompanhou tão atentamente uma redação, como ocorreu agora com o Tiririca, obrigado a provar que sabe ler e escrever. Só o fato de ter de fazer esse teste já demonstra que ele esteve muito longe do ensino. Ele teria uma chance agora de fazer um lance de marketing maravilhoso e, ao mesmo tempo, ajudar o país - e sem o menor esforço.
Se eu fosse o Tiririca, eu daria um lição a todos os que debocham (e com razão são muitos) e faria da cobrança por uma educação melhor uma plataforma permanente. Começaria reconhecendo que a vida não lhe deu as condições necessárias para estudar, mas sabe de sua importância. Teve até sorte de se virar bem como palhaço, mas é uma ínfima minoria. Montaria uma assessoria capaz de acompanhar números, analisar projetos em andamento e, quem sabe, até propor soluções. Pediria ajuda a entidades como Unicef, Unesco, Todos pela Educação, para embasar suas propostas. Todos, posso garantir, teriam prazer em ajudar se tivessem a segurança de que não se trata, digamos, de uma palhaçada.
Com sua capacidade de comunicação com as camadas mais pobres, seria um belo e produtivo exemplo.
O leitor, a essa altura, deve estar achando que, com essas ideia, eu devo ser uma espécie de Tiririca sem graça. Talvez.
Mas, provavelmente, a educação só será realmente vital em nossa nação quando não elegermos Tiriricas. Ou, se elegermos, pudermos vê-los fazendo coisas sérias. Nada pode ser mais sério para alguém acusado de analfabeto do que defender a educação. "


"Gilberto Dimenstein é um jornalista brasileiro, nascido no dia 28 de agosto de 1956. Formado na Faculdade Cásper Líbero, é colunista da Folha de S.Paulo e da rádio CBN. Já foi diretor da Folha de S. Paulo na sucursal de Brasília e correspondente internacional em Nova Iorque daquele periódico. Trabalhou também no Jornal do Brasil, Correio Braziliense, Última Hora, revista Visão e Veja. Foi acadêmico visitante da programa de direitos humanos da Universidade de Columbia, em NOva York.
Por suas reportagens sobre temas sociais e suas experiências em projetos educacionais, Gilberto Dimenstein foi apontado pela revista Época em 2007 como umas das cem figuras mais influentes do país.
Ganhou O Prêmio Nacional de Direitos Humanos junto com D. Paulo de Evaristo Arns, o Prêmio Criança e Paz, do Unicef, Menção Honrosa do Prêmio Maria Moors Cabot, da Faculdade de Jornalismo de Columbia, em Nova York. Também ganhou os prêmios Esso ( categoria principal) e Jabuti, de melhor livro de não-ficção.
Foi um dos criadores da Andi ( Agência de Notícias dos Direitos da Infância), disseminada pelo Brasil e vários países da América Latina. Em 2009, um documento preparado na Escola de Administração de Harvard, apontou-o como um dos exemplos de inovação comunitária, por seu projeto de bairro-escola, desenvolvido inicialmente em São Paulo, replicado em todo o país. O texto foi enviado ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
O senador Cristovam Buarque, que criou a bolsa-escola quando era governador do Distrito Federal, revelou, em livro intitulado " A força de uma ideia", de Carlos Herique Araújo e Marcelo Aguiar, que Dimenstein é um dos inspiradores desse programa. Na página 25, Cristovam afirma: " Dimenstein não só ajudou a aprimorar a idéia, mas, sobretudo, foi a primeira pessoa a me alertar da importância dela. Foi dele que ouvi a frase: 'agarre esta ideia e deixe as outras de lado', quando anos depois eu já era candidato a governador". O bolsa-escola foi uma das bases para a montagem do Bolsa-Família, que atende a 11 milhões de família. " (Wikipédia - A Enciclopedia Livre)
Pela exgensão do currículo, o Blog XIQUEXIQUE sente-se a vontade para publicar o artigo acima - SE EU FOSSE TIRIRICA.




AGRADECIMENTOS AO NOVO SEGUIDOR



NOVO SEGUIDOR

O BLOG XIQUEXIQUE AGRADECE, SENSIBILIZADO, A CHEGADA DE ECOCENTRO - O PODER DA RECICLAGEM PROMETENDO MANTER A MESMA LINHA EDITORIAL E ESPERANDO PODER CONTINUAR ATENDENDO A EXPECTATIVA DE TODOS OS QUE, GENTILMENTE, SE DIGNAM EM ACOMPANHAR ESTE MODESTO BLOG

domingo, 14 de novembro de 2010

Evangelho Dominical: LUCAS 21, 5-10 - O FIM AINDA NÃO CHEGOU.

"PERSEVERAR PARA GANHAR A VIDA"
(Lucas 21, 5-19)
As cenas do evangelho deste domingo revelam a tentação de anunciar o fim próximo do mundo. Diante da realidade sombria em que vivemos, muitos pretendem até marcar a data do fim catastrófico do cosmos. Há até os que lucram em cima disso. No entanto, o fim de tudo não será determinado pelos homens, mas por Deus, Senhor da história. Será que o evangelho quer de fato anunciar a destruição do mundo?
Na verdade, ele vem questionar nosso modo agressivo de nos relacionar com os outros e nossa ação perversa contra a natureza. As catástrofes sociais e naturais são cada vez mais violentas e são fruto também das opções da humanidade. Deus organizou o cosmos do caos, e nós transformamos o cosmos em caos, a harmonia estabelecida na criação foi quebrada pelo pecado da sociedade. Portanto, nossa mudança de comportamento em relação aos outros e à natureza é condição para que volte a haver equilíbrio na desordem em que estamos imersos – enquanto ainda há tempo.
Jesus veio e anunciou novo reinado, nova harmonia cósmica. Para que se estabeleça, é preciso destruir muitas modalidades de egoísmo, derrubar muros vergonhosos e mentalidades caducas, pôr abaixo sistemas opressores, adotar postura de cooperação em relação aos outros e à natureza. Somente assim o novo céu e a nova terra serão possíveis. O reino proposto por Jesus não combina com o que estamos presenciando e vivendo – e que foi instituído pela humanidade. Não é o cosmos todo que deve ser destruído, mas esse mundo injusto e violento.
O mundo novo por todos desejado já começou com Jesus, mas sua manifestação será lenta e penosa. Sua aparição será semelhante a um parto, que envolve sacrifício e dor. Não devemos nos preocupar com “quando” acontecerá a destruição ou o fim do universo, mas sim em “como” superar a injustiça, a fome, a miséria, a violência que afligem homens e mulheres. Para mudar essa situação, é preciso muito empenho e perseverança, e somente quem perseverar ganhará a vida. "
Padre Nilu Luza, ssp