VISITA ANUAL A XIQUEXIQUE
Este ano repetindo um ritual que venho fazendo ao longo da minha vida, passei 15 dias em Xiquexique, de 17 a 31 de julho p/passado. Como sempre acontece nessas ocasiões foram dias muito alegres e cheios de satisfações. Essa é a oportunidade para rever os amigos de muitos anos e percorrer alguns lugares por onde transitei na minha infância e adolescência. Não me canso de várias vezes me dirigir à beira do rio e ficar olhando para a ipueira relebrando os dias que passava pescando mandim e pulando do cais (que não mais existe), quando o rio estava enchendo e permitia o salto.
Mas, uma coisa ainda continua me entristecendo e me incomodando. É a falta de uma BANCA DE REVISTA na cidade. Acredito que seja a única comunidade do mundo com 45.000 habitantes que não dispõe desse instrumento de cultura. Passei o absurdo de ficar 15 dias sem ver um jornal sequer. Procurei um como se procura uma agulha num palheiro. Simplesmente não existe na cidade. Se alguem possui algum exemplar o esconde sob 7 chaves.
É necessário, pois, que os lideres da cidade deem um jeito de o xiquexiquense ler. O maior analfabeto não é quem não sabe ler e sim aquele que, sabendo, não lê. Quem não lê não tem opinião, vive desatualizado, não sabe escolher e fica sem saber o que está acontecendo no resto do mundo. Vamos meus conterrâneos. Introduzamos o JORNAL e as revistas semanais na cidade para que sejam lidos pela população. (JMC-jul/2009)
Este ano repetindo um ritual que venho fazendo ao longo da minha vida, passei 15 dias em Xiquexique, de 17 a 31 de julho p/passado. Como sempre acontece nessas ocasiões foram dias muito alegres e cheios de satisfações. Essa é a oportunidade para rever os amigos de muitos anos e percorrer alguns lugares por onde transitei na minha infância e adolescência. Não me canso de várias vezes me dirigir à beira do rio e ficar olhando para a ipueira relebrando os dias que passava pescando mandim e pulando do cais (que não mais existe), quando o rio estava enchendo e permitia o salto.
Mas, uma coisa ainda continua me entristecendo e me incomodando. É a falta de uma BANCA DE REVISTA na cidade. Acredito que seja a única comunidade do mundo com 45.000 habitantes que não dispõe desse instrumento de cultura. Passei o absurdo de ficar 15 dias sem ver um jornal sequer. Procurei um como se procura uma agulha num palheiro. Simplesmente não existe na cidade. Se alguem possui algum exemplar o esconde sob 7 chaves.
É necessário, pois, que os lideres da cidade deem um jeito de o xiquexiquense ler. O maior analfabeto não é quem não sabe ler e sim aquele que, sabendo, não lê. Quem não lê não tem opinião, vive desatualizado, não sabe escolher e fica sem saber o que está acontecendo no resto do mundo. Vamos meus conterrâneos. Introduzamos o JORNAL e as revistas semanais na cidade para que sejam lidos pela população. (JMC-jul/2009)
Relembrar o passado é sorver da fonte de nossas vidas o aprendizado para compreendermos melhor o presente e, quem sabe, estarmos preparados para o futuro. Juarez, de quem tenho a honra de ser sobrinho e de me dizer afilhado, é um cidadão que materializa bem tal comportamento, conferindo às futuras gerações - e às atuais, locais - a compreensão de suas origens, de sua própria história. Esse blog é uma excelente oportunidade de crescermos sob a luz de nossas origens, ainda que alguns de nós - como eu - não tenham tido a oportunidade de chupar umbu embaixo do pé e de dar saltos do cais para o Velho Chico. Desfrutemos de tal vivência.
ResponderExcluir"Pão e circo para o povo". Faço das palavras do Imperador Vespasiano, as minhas. Ora, para que um povo culto, inteligente, capaz de raciocinar e dicernir, se é mais cômodo mantê-lo sob a égide do assistencialismo?. Acho que isso responde o seu questionamento.
ResponderExcluirP.S: Gostei muito do blog. Tenho materiais (fotos, recortes de jornal) que certamente poderão enriquecê-lo ainda mais.