OS VAPORES DO RIO SÃO FRANCISCO - São Salvador

VAPOR SÃO SALVADOR

O vapor São Salvador foi construído em Juazeiro (BA), em 1937, pela empresa Dourado Viana & Cia., tendo incialmente recebido o nome de "Alfredo Viana". Inicialmente navegou fazendo a linha Juazeiro (BA) a Santa Maria da Vitória (BA), tendo sido mais tarde vendido ao comerciante Clemente Araújo Castro, que o vendeu para a Cia. Indústria e Viação de Pirapora, que, após uma profunda reforma o transformou num vapor de grande porte, com capacidade para transportar 63 toneladas de carga e 100 pessoas entre tripulantes e passageiros, rebatizando-o com o nome de "São Salvador", tendo navegado até o ano de 1969, quando foi desativado e deixado no porto de Ibotirama (BA), quase chegando à destruição total.

A Prefeitura de Ibotirama (BA), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, Companhia de Navegação do São Francisco (FRANAVE) e Cia de Eletricidade da Bahia (COELBA), o Vapor "São Salvador" passou por uma completa recuperação para ser transformado em vapor escola, que levará educação ambiental e cultura às populações ribeirinhas de vários municípios ribeirinhos situados entre as cidades de Pirapora (MG) e Juazeiro/Petrolina (BA/PE). Será equipado com salas de aula e um museu sobre a história do "Velho Chico" e participará intensamente das ações do Programa de Revitalização do Rio São Francisco.

O vapor São Salvador, ao contrario dos outros vapores que foram desativados e se acabaram nos portos de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA)., pela ferrugem e roubo de peças e ferragens, teve a felicidade de ser restaurado e transformado em "escola ambulante" para divulgar a cultura Sãofranciscana por todas as cidades da beira do rio.

Por problemas no motor scania que foi adaptado em lugar da caldeira a lenha, São Salvado ainda não está funcionando. A tripulação já esta a postos e todos estão ansiosos para que o problema no motor se resolva logo e as comunidades ribeirinhas tenham a oportunidade de receber instrução, orientação em várias áreas. O São Salvador terá biblioteca, computadores para noções de informática, aulas sobre cultura, história e meio ambiente. Deverá beneficiar muitas comunidades ribeirinhas de Carinhanha a Xiquexique, pelo menos é esta a proposta.

JMC/2006