Gilberto Dimenstein
Nunca, em toda a sua história, um país acompanhou tão atentamente uma redação, como ocorreu agora com o Tiririca, obrigado a provar que sabe ler e escrever. Só o fato de ter de fazer esse teste já demonstra que ele esteve muito longe do ensino. Ele teria uma chance agora de fazer um lance de marketing maravilhoso e, ao mesmo tempo, ajudar o país - e sem o menor esforço.
Se eu fosse o Tiririca, eu daria um lição a todos os que debocham (e com razão são muitos) e faria da cobrança por uma educação melhor uma plataforma permanente. Começaria reconhecendo que a vida não lhe deu as condições necessárias para estudar, mas sabe de sua importância. Teve até sorte de se virar bem como palhaço, mas é uma ínfima minoria. Montaria uma assessoria capaz de acompanhar números, analisar projetos em andamento e, quem sabe, até propor soluções. Pediria ajuda a entidades como Unicef, Unesco, Todos pela Educação, para embasar suas propostas. Todos, posso garantir, teriam prazer em ajudar se tivessem a segurança de que não se trata, digamos, de uma palhaçada.
Com sua capacidade de comunicação com as camadas mais pobres, seria um belo e produtivo exemplo.
O leitor, a essa altura, deve estar achando que, com essas ideia, eu devo ser uma espécie de Tiririca sem graça. Talvez.
Mas, provavelmente, a educação só será realmente vital em nossa nação quando não elegermos Tiriricas. Ou, se elegermos, pudermos vê-los fazendo coisas sérias. Nada pode ser mais sério para alguém acusado de analfabeto do que defender a educação. "
"Gilberto Dimenstein é um jornalista brasileiro, nascido no dia 28 de agosto de 1956. Formado na Faculdade Cásper Líbero, é colunista da Folha de S.Paulo e da rádio CBN. Já foi diretor da Folha de S. Paulo na sucursal de Brasília e correspondente internacional em Nova Iorque daquele periódico. Trabalhou também no Jornal do Brasil, Correio Braziliense, Última Hora, revista Visão e Veja. Foi acadêmico visitante da programa de direitos humanos da Universidade de Columbia, em NOva York.
Nunca, em toda a sua história, um país acompanhou tão atentamente uma redação, como ocorreu agora com o Tiririca, obrigado a provar que sabe ler e escrever. Só o fato de ter de fazer esse teste já demonstra que ele esteve muito longe do ensino. Ele teria uma chance agora de fazer um lance de marketing maravilhoso e, ao mesmo tempo, ajudar o país - e sem o menor esforço.
Se eu fosse o Tiririca, eu daria um lição a todos os que debocham (e com razão são muitos) e faria da cobrança por uma educação melhor uma plataforma permanente. Começaria reconhecendo que a vida não lhe deu as condições necessárias para estudar, mas sabe de sua importância. Teve até sorte de se virar bem como palhaço, mas é uma ínfima minoria. Montaria uma assessoria capaz de acompanhar números, analisar projetos em andamento e, quem sabe, até propor soluções. Pediria ajuda a entidades como Unicef, Unesco, Todos pela Educação, para embasar suas propostas. Todos, posso garantir, teriam prazer em ajudar se tivessem a segurança de que não se trata, digamos, de uma palhaçada.
Com sua capacidade de comunicação com as camadas mais pobres, seria um belo e produtivo exemplo.
O leitor, a essa altura, deve estar achando que, com essas ideia, eu devo ser uma espécie de Tiririca sem graça. Talvez.
Mas, provavelmente, a educação só será realmente vital em nossa nação quando não elegermos Tiriricas. Ou, se elegermos, pudermos vê-los fazendo coisas sérias. Nada pode ser mais sério para alguém acusado de analfabeto do que defender a educação. "
"Gilberto Dimenstein é um jornalista brasileiro, nascido no dia 28 de agosto de 1956. Formado na Faculdade Cásper Líbero, é colunista da Folha de S.Paulo e da rádio CBN. Já foi diretor da Folha de S. Paulo na sucursal de Brasília e correspondente internacional em Nova Iorque daquele periódico. Trabalhou também no Jornal do Brasil, Correio Braziliense, Última Hora, revista Visão e Veja. Foi acadêmico visitante da programa de direitos humanos da Universidade de Columbia, em NOva York.
Por suas reportagens sobre temas sociais e suas experiências em projetos educacionais, Gilberto Dimenstein foi apontado pela revista Época em 2007 como umas das cem figuras mais influentes do país.
Ganhou O Prêmio Nacional de Direitos Humanos junto com D. Paulo de Evaristo Arns, o Prêmio Criança e Paz, do Unicef, Menção Honrosa do Prêmio Maria Moors Cabot, da Faculdade de Jornalismo de Columbia, em Nova York. Também ganhou os prêmios Esso ( categoria principal) e Jabuti, de melhor livro de não-ficção.
Foi um dos criadores da Andi ( Agência de Notícias dos Direitos da Infância), disseminada pelo Brasil e vários países da América Latina. Em 2009, um documento preparado na Escola de Administração de Harvard, apontou-o como um dos exemplos de inovação comunitária, por seu projeto de bairro-escola, desenvolvido inicialmente em São Paulo, replicado em todo o país. O texto foi enviado ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
O senador Cristovam Buarque, que criou a bolsa-escola quando era governador do Distrito Federal, revelou, em livro intitulado " A força de uma ideia", de Carlos Herique Araújo e Marcelo Aguiar, que Dimenstein é um dos inspiradores desse programa. Na página 25, Cristovam afirma: " Dimenstein não só ajudou a aprimorar a idéia, mas, sobretudo, foi a primeira pessoa a me alertar da importância dela. Foi dele que ouvi a frase: 'agarre esta ideia e deixe as outras de lado', quando anos depois eu já era candidato a governador". O bolsa-escola foi uma das bases para a montagem do Bolsa-Família, que atende a 11 milhões de família. " (Wikipédia - A Enciclopedia Livre)
Ganhou O Prêmio Nacional de Direitos Humanos junto com D. Paulo de Evaristo Arns, o Prêmio Criança e Paz, do Unicef, Menção Honrosa do Prêmio Maria Moors Cabot, da Faculdade de Jornalismo de Columbia, em Nova York. Também ganhou os prêmios Esso ( categoria principal) e Jabuti, de melhor livro de não-ficção.
Foi um dos criadores da Andi ( Agência de Notícias dos Direitos da Infância), disseminada pelo Brasil e vários países da América Latina. Em 2009, um documento preparado na Escola de Administração de Harvard, apontou-o como um dos exemplos de inovação comunitária, por seu projeto de bairro-escola, desenvolvido inicialmente em São Paulo, replicado em todo o país. O texto foi enviado ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
O senador Cristovam Buarque, que criou a bolsa-escola quando era governador do Distrito Federal, revelou, em livro intitulado " A força de uma ideia", de Carlos Herique Araújo e Marcelo Aguiar, que Dimenstein é um dos inspiradores desse programa. Na página 25, Cristovam afirma: " Dimenstein não só ajudou a aprimorar a idéia, mas, sobretudo, foi a primeira pessoa a me alertar da importância dela. Foi dele que ouvi a frase: 'agarre esta ideia e deixe as outras de lado', quando anos depois eu já era candidato a governador". O bolsa-escola foi uma das bases para a montagem do Bolsa-Família, que atende a 11 milhões de família. " (Wikipédia - A Enciclopedia Livre)
Pela exgensão do currículo, o Blog XIQUEXIQUE sente-se a vontade para publicar o artigo acima - SE EU FOSSE TIRIRICA.
Ilustre jornalista Gilberto Dimenstein:
ResponderExcluirO senhor tem razão em usar esta frase: "Se eu fosse Tiririca". Mas pensando bem, ele é o único culpado. Um artista famoso como ele é, não é mais para estar esperando que os outros leiam para ele.
Quanto ao direito de assumir o seu lugar como deputado federal, lá no congresso Nacional, se dependesse de mim, Tiririca assumiria. O problema não é porque ele é analfabeto, e sim, puxador de votos, que muitos não chegaram lá. Por essa razão, hoje tentam esbarrá-lo para não assumir o seu cargo que foi confiado pelo povo brasileiro. Aí é aonde surge uma pergunta: E para que fazer eleição se quem se elege não pode assumir? Por que essas regras não são ativadas na hora de registrar a candidatura? Isso é uma verdadeira brincadeira.
Vai Tiririca, assumir um cargo tão importante. Não é só você que não tem estudos. São vários que estão lá e nada sabem fazer. Só se elegem uma vez na vida. Vai Tiririca. Tira a tua máscara de palhaço e ponha a máscara de político, que com certeza, não faz a mínima diferença.
Mas o único culpado foi sem dúvida, você Tiririca. Por que não estudou agora depois que chegou a fama? É claro que se eu morasse lá, eu teria dado o meu voto a você, simplesmente porque é um grande artista e faz o Brasil ri com a sua humildade.
José Mendes Pereira – Mossoró-Rn.