FÉRIAS EM XIQUE-XIQUE
Juarez Morais Chaves
Acabo de retornar da visita anual à minha terra natal, Xique-Xique (BA)., carregado de boas energias para enfrentar mais um ano de trabalho e muitas matérias para alimentar o Blog por um bom período.
Passei 10 dias, sem nada fazer, a não ser perambular pelas ruas relembrando o meu tempo de menino e conversando com alguns poucos conhecidos, da minha faixa etária, colegas e contemporâneos do meu tempo de curso primário na Escolas Reunidas Cesar Zama.
Até hoje, muitos parentes e amigos me questionam como é que eu gasto, em Xique-Xique (BA), um terço das minhas preciosas férias quando poderia estar visitando outras cidades mais importantes do país ou mesmo do exterior. É uma questão sem respostas, vez que as minhas visitas anuais àquela cidade tem um valor, para mim, puramente subjetivo e por isso fica dificil ou mesmo impossível responder a tais questionamentos. Somente as pessoas que, de alguma maneira, amam a terra em que nasceram podem entender a necessidade que tenho de fazer essa "romaria" anual.
É alí, naquela pequenina cidade onde nasci e passei a minha infância e a minha adolescência que recarrego as minhas baterias e elimino todos os estresses acumulados durante os afazeres anuais. Funciona consideravelmente melhor que qualquer sessão de psicoanálise onde outras pessoas investem muito dinheiro para a obtenção de pequenos resultados. Melhor seria que essas pessoas visitassem seus torrões natais uma vez por ano para ficarem livres de todos os problemas que afligem a atual sociedade moderna.
Uma modesta conversa com pessoas que conosco cresceram, uma pequena visita a lugares onde andamos na meninice é mais do que suficiente para que o corpo e a alma fiquem limpos e leves de todos os problemas que enfrentamos no dia a dia na grande cidade.
Por tudo isso a minha visita anual a Xique-Xique tem duas vertentes: a primeira, afetiva e sentimental pela possibilidade de rever lugares por onde andei e rever pessoas estimadas e queridas com quem convivi ao longo do meu crescimento; a segunda me permite que durante um longo circuito por todas as atuais ruas e praças da cidade possa fazer uma avaliação do crescimento urbano ao longo desses últimos 20 anos.
É nessa parte que desejo fazer alguns comentários sobre o que observei no meu passeio pela cidade, vez que, com relação à primeira vertente saí plenamente satisfeito e compensado da viagem.
A cidade cresceu bastante nesses últimos anos e há quem diga estar com uma população estimada em 50.000 habitantes, sendo pois, uma comuniade respeitável e uma das principais da Bahia. No entanto, registrei alguns senões que os estou aqui colocando não com o intuito de apenas criticar a administração pública, mas, ante a minha legitimidade de xiquexiquense que todos os anos comparece à cidade, apresentar às nossas autoridades municipais alguns ítens que pela atual situação em que se encontram, não condizem com o estágio de desenvolvimento de Xique-Xique merecendo, pois, serem sanados ante a facilidade da solução.
III) MERCADO DE PEIXE: Em situação mais precária do que o Mercado Municipal São Francisco, o local onde s
e vende o peixe fresco em Xique-Xique é um verdadeiro atentado à saúde pública. Merece, também, com a maior urgência possível uma visita do Ministério Público. Em mesas imundas ao lado de vísceras de peixe jogadas no chão, ainda mais sujo e disputadas por cães vadios, o pescado é oferecido sem nenhum constrangimento à população. O povo já está tão acostumado com a sujeira que nem sente o fétido odor de tripas podres e nem a imundície sobre a qual os peixes estão acomodados. É um caso de horror. Só vendo para acreditar.

V) GINÁSIO DE ESPORTES GOV. OTTO ALENCAR: Andando a esmo pela querida Xique-Xique, deparei-me com um grande equipamento denominado Ginásio de Esportes Gov. Otto Alencar em completo abandono e total deterioração. Até a coluna da cesta de basquete estava lançada no meio da rua. Acredito que o equipamento pertença ao Município. Verifiquei, também que o Ginásio fica ao lado do Colégio Luiz Eduardo. Assim, poder-se-ia doar o Ginásio ao Colégio para que este o mantivesse e o utilizasse na prática de esporte dos nossos jovens. Fica aí a sugestão para as nossas autoridades municipais.
MMMM
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