No dia 05 de
junho de 1949 o – pastor Gutemberg Nery
Guarabira, missionário da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista
Brasileira, fundou, na cidade de Xique-Xique (BA), uma Igreja da Congregação Batista, tendo fixado residência numa casa situada na Av. J.J. Seabra, esquina com a Rua Castro Alves (foto).
Entre os filhos do Pastor, figurava o garoto, então com menos de dois anos, Guttemberg Nery Guarabyra Filho, nascido no dia 20 de novembro de 1947, na cidade de Barra do Rio Grande, vizinha a Xique-Xique BA, ambas na margem do Rio São Francisco, que mais tarde se transformaria no grande cantor e compositor da conhecida dupla Sá & Guarabyra.
O jovem cantor inicia-se na música cantando hinos religiosos na igreja Batista e mais tarde, aos 15 anos junto com o irmão Gilson Nery Guarabyra, monta um espetáculo de música folclórica, que viaja pelas cidades de Minas Gerais e Bahia. Em 1966 segue para o Rio de Janeiro, onde cantou com Luís Carlos Sá e Sidney Miller na inauguração do Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, em 1967.
Em 1971 assumiu a direção artística do Festival de Juiz de Fora e assinou contrato com a Odeon, quando então foi formado o trio Sá, Rodrix e Guarabyra, que gravou dois LPs na Odeon, Passado, presente, Futuro e Terra.
Em 1973, quando Zé Rodrix se desligou do grupo, surgiu a dupla Sá e Guarabyra, começando com dois LPs pela Odeon: "Nunca", ainda em 1973, e "Cadernos de Viagem", em 1975. O disco "Pirão de peixe com pimenta", Som Livre, 1977, considerado o melhor da dupla, inclui o sucesso “Sobradinho”, um xote moderno.
Em seu décimo aniversário, 1983, a dupla gravou 10 anos juntos, RCA, disco que inclui sucessos como “Espanhola” e “Caçador de mim”, e que marca o fim do rock-rural.
O Cantor e Compositor Gaurabyra morou em Xique-Xique BA enquanto o seu pai foi o Pastor da Igreja Batista da cidade, que fundara no ano de 1949.
Esse tempo deixou perenes marcas na alma do grande compositor. Vejam um dos seus depoimentos sobre a cidade, a mim enviados:
"Domingo, 3 de Outubro de
2010.
Olá
Juarez,
Rapaz, você sofre do mesmo mal que eu.
É impressionante ter saído de
Xique-Xique tão pequeno e mesmo depois de morar em tantas cidades diferentes,
ter feito tantos amigos outros, passar por tantas aventuras diversas, continuar
acordando na velha praça do Pirulito.
Se
penso em escrever um livro, Xique-Xique é o primeiro cenário. Se penso em
rabiscar uma crônica, lá vem Xique-Xique de novo.
O
cais, a igreja, a prefeitura, o Gringo, Cazuzão, o cancelão do campo. Tudo
presente na memória como se houvesse saído de lá anteontem.
Fico
honrado por você publicar a crônica. Envio inclusive uma outra que também fala
de Xique-Xique embora sem citar nominalmente a cidade. Falo sobre um lugarejo
chamado Pedrinhas, que nem sei se existe mais.
Na crônica, chego até lá depois
de discorrer sobre meus tempos de cidade grande. Acho que das minhas crônicas é
a que melhor reflete aquilo que digo lá em cima.
Que por mais que esteja longe e que por
maior que seja o tempo em que saí de Xique-Xique, jamais a esqueço.
Um
super abraço.
Gut
Guarabyra."
Em 1971 assumiu a direção artística do Festival de Juiz de Fora e assinou contrato com a Odeon, quando então foi formado o trio Sá, Rodrix e Guarabyra, que gravou dois LPs na Odeon, Passado, presente, Futuro e Terra.
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