Naufrágios são acidentes comuns a todo transporte que anda sobre as águas. Existem alguns naufrágios famosos como o do Titanic, outros menos famosos e alguns totalmente desconhecidos. Muitos navios foram a pique no decorrer da segunda grande guerra. Tanto os de guerra quanto os mercantes. No Rio São Francisco, também aconteceram alguns naufrágios, mas a literatura registra apenas 2 que aconteceram com os vapores "Antônio Olinto" e "Santa Clara".
VAPOR "ANTÔNIO OLINTO"
Foi um dos primeiros vapores que navegaram no Rio São Francisco, não sendo conhecido o local da sua construção. Durante a Revolução de 1930, naufragou num ponto do rio abaixo da cidade de Juazeiro (BA), num lugar conhecido por “Caldeirão”, muito fundo e onde até hoje se encontra submerso. Navegava no baixo São Francisco entre as cidades de Juazeiro (BA) e Santa Maria da Boa Vista (PE). O naufrágio causou a morte de muitos soldados da PM do Estado da Bahia, sediados no Batalhão de Juazeiro e que eram transportados para a cidade de Curaçá (BA), para ajudar no combate aos revoltosos. Não existe registro fotográfico do Vapor "Antônio Olinto".
VAPOR "SANTA CLARA"
O "Santa Clara" foi outro famoso vapor que teve um fim trágico. Em 1932 navegava subindo o rio, quando, no lugar denominado “Mucambo do Vento”, local de ventos violentos e grande profundidade, a 18 km acima da cidade de Xiquexique (BA), naufragou, causando a morte, por afogamento, de muitas pessoas entre elas, a filha do comandante Antonio de Mendonça, que se encontrava dormindo trancada no camarote.
Muitas foram as tentativas frustradas visando a retirada do vapor do fundo do rio. Apelou-se, então para o engenheiro Otávio Carneiro presidente da Cia Industria e Viação de Pirapora, proprietária do vapor, que, vindo do Rio de Janeiro e utilizando novas técnicas conseguiu recuperar a embarcação aproveitando a época em que o rio tinha baixado o seu volume de água.
Após a retirado do "Santa Clara" o casco foi reaproveitado na construção de outro vapor que recebeu o nome de “Otávio Carneiro” em homenagem ao engenheiro presidente da Companhia falecido logo após a recuperação do "Santa Clara". O “Santa Clara” era um navio grande e bonito com capacidade para deslocar 50 toneladas. Mas, foi totalmente esquecido pelos sãofranciscanos e por isso não existem fotos do mesmo.
JMC.un/2008.
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