AS ENCHENTES EM XIQUE-XIQUE (BA)
Nos últimos 300 anos, as enchentes periódicas do Rio São Francisco sempre foram uma constante não só em Xique-Xique mas em todas as cidades ribeirinhas, como bem mostram as informações existentes no Arquivo Público da Bahia.
A minha geração, da década de 1940 ainda se lembra perfeitamentre da grande enchente de 1949 que inundou a maior parte da cidade, naquela época com uma pequena população que não superava os 5.000 habitantes, tendo causado grandes prejuizos materiais, principalmente aos comerciantes, pois destruiu muitos imóveis e obrigou muitas famílias e empresários se mudarem para as partes mais altas da cidade. A casa da minha mãe, situada no lado norte da Praça D. Máximo foi totalmente invadida pelas águas nos obrigando a mudar para uma pequena casa alugada, situada na Avenida, quase em frente ao Cesar Zama, de propriedade do Sr. Pompílio. Apesar da minha pouca idade, apenas 6 anos, lembro-me perfeitamente dessa enchente pois, quase que diariamente a gente vinha à Praça D. Máximo para verificar o estado em que se encontrava a nossa casa. O nível da água, na Praça D. Maximo chegou a atingir, aproximadamente 1 metro de profundidade e isso nos permitia andar de paquete e também tomar banho, já que a inexistência do jardim fazia com que a praça mais parecesse um grande lago onde era permitido até a pesca de pequenos peixes.
Essa enchente foi amplamante fotografada e muitos xiquexiquenses ainda contam com um grande acervo de fotos sobre essa grande cheia, como bem mostra a fotografia em preto e branco, da Praça D. Máximo inundada, especialmente selecionada para essa matéria.
Nos últimos 300 anos, as enchentes periódicas do Rio São Francisco sempre foram uma constante não só em Xique-Xique mas em todas as cidades ribeirinhas, como bem mostram as informações existentes no Arquivo Público da Bahia.
A minha geração, da década de 1940 ainda se lembra perfeitamentre da grande enchente de 1949 que inundou a maior parte da cidade, naquela época com uma pequena população que não superava os 5.000 habitantes, tendo causado grandes prejuizos materiais, principalmente aos comerciantes, pois destruiu muitos imóveis e obrigou muitas famílias e empresários se mudarem para as partes mais altas da cidade. A casa da minha mãe, situada no lado norte da Praça D. Máximo foi totalmente invadida pelas águas nos obrigando a mudar para uma pequena casa alugada, situada na Avenida, quase em frente ao Cesar Zama, de propriedade do Sr. Pompílio. Apesar da minha pouca idade, apenas 6 anos, lembro-me perfeitamente dessa enchente pois, quase que diariamente a gente vinha à Praça D. Máximo para verificar o estado em que se encontrava a nossa casa. O nível da água, na Praça D. Maximo chegou a atingir, aproximadamente 1 metro de profundidade e isso nos permitia andar de paquete e também tomar banho, já que a inexistência do jardim fazia com que a praça mais parecesse um grande lago onde era permitido até a pesca de pequenos peixes.
Essa enchente foi amplamante fotografada e muitos xiquexiquenses ainda contam com um grande acervo de fotos sobre essa grande cheia, como bem mostra a fotografia em preto e branco, da Praça D. Máximo inundada, especialmente selecionada para essa matéria.
Depois dessa grande cheia, o Rio São Francisco resolveu dar um descanso à população e somente em 1979 novamente resolveu subir o cais e inundar a cidade. Devido às intensas chuvas caidas nos estados de Minas e Bahia, e ante a existência de novos equipamentos, essa enchente, pode-se dizer, foi prevista pelo Ministério da Agricultura que logo tratou de avisar às autoridades estaduais sobre a possibilidade da ocorrência de uma grande enchente semelhante a de 1949.
Previamente avisada as autoridades estaduais e municipais puderam tomar algumas providências preventivas e a medida que as águas iam subindo no cais as pessoas foram mudando de residência e de ponto comercial para lugares mais altos de modo que em fevereiro de 1979, quando as aguas tomaram as ruas da cidade os imóveis já estavam todos desocupados. Os prejuizos foram mínimos e praticamente nada se perdeu pois tudo foi retirado a tempo.
Segundo informações de pessoas que registraram os detalhes, inclusive fotograficamente, a enchente de 1979, mesmo menor que a de 1949, castigou bastante a sede do municipio e expulsou a população das suas residências e casas comerciais em quase 10 ruas paralelas ao curso do rio, tendo invadido a Av. J. Seabra num percurso de 300 metros, sem contudo causar prejuizos de monta pois, como dito anteriormente, as mudanças foram feitas antecipadamente e com calma.
A foto colorida nos dá uma ideia da profundidade da água do rio na Praça 6 de julho ou Praça do Pirulito, como era conhecida na época. Vê-se claramente uma barca relativamente grande ancorada em frente à bela casa de D. Alcina.
No ano seguinte, 1980, novamente o Rio São Francisco subiu o cais da cidade e penetrou em algumas ruas em menor proporção do que a enchente do ano anteior.
Mas, a essa altura dos acontecimentos as autoridades estaduais e municipais entraram em pânico com a possibilidade de a cidade passar a sofrer enchentes anuais e, por causa disso, tomando uma precipitada decisão ergueram, atabalhoadamente e sem nenhum senso de estética e de saneamento urbano o famigerado PAREDÃO que até hoje enfeia a cidade e é a causa e o foco de muitas doenças por haver se transformado num sanitário publico.
Mas, a essa altura dos acontecimentos as autoridades estaduais e municipais entraram em pânico com a possibilidade de a cidade passar a sofrer enchentes anuais e, por causa disso, tomando uma precipitada decisão ergueram, atabalhoadamente e sem nenhum senso de estética e de saneamento urbano o famigerado PAREDÃO que até hoje enfeia a cidade e é a causa e o foco de muitas doenças por haver se transformado num sanitário publico.
MEUS CONTERRÂNEOS, DERRUBEMOS O PAREDÃO DA VERGONHA PARA QUE XIQUE-XIQUE VOLTE A SER A SIMPÁTICA CIDADE À MARGEM DO VELHO CHICO.
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