A energia elétrica na cidade de Xique-Xique (BA), nos anos 1950, funcionava apenas das 18:00 às 22:00 horas e era gerada por uma caldeira a vapor. Por isso a regra geral era a não existência de eletrodomésticos, principalmente a geladeira que somente as pessoas ricas podiam possuí-las, vez que eram movidas a querosene que, naquele tempo chegava em Xique-Xique trazido em latas de 20 litros, pelas barcas que viajavam pelo Rio São Francisco.
Na minha casa, de pobre, a gente não tinha nem o mais simples eletrodoméstico quanto mais uma geladeira a querosene. Mas, eu tinha um tio, vizinho da gente que tinha uma dessas geladeiras e, em muitas ocasiões, assisti, por pura curiosidade infantil ao procedimento, que não tinha nada de fácil, de abastecê-la com querosene e acender o pavio deixando-o no ponto de provocar a refrigeração desejada.
O principal cuidado que esse meu parente tinha era manter bem vigiado o tanque de querosene para não deixar secar e com isso apagar a chama do pavio responsável pelo funcionamento do aparelho. Quando chegava o momento de encher o tanque era preciso, primeiro, apagar a geladeira o que era feito rodando um pequeno dispositivo que ia diminuindo o tamanho do pavio até que a chama se extinguisse. Até aí não havia nada de novidade para mim, acostumado que estava a manipular o pavio do candeeiro de placa, muito utilizado lá em casa quando faltava luz.
À medida que o botão ia sendo girado da direita para a esquerda, o pavio ia diminuindo e a chama passando de um azul forte que era a cor normal de funcionamento até chegar ao amarelo quando se apagava. Nesse momento a geladeira estava no ponto de ser reabastecida de querosene, bastando para isso que se retirasse a tampa do tanque e com o auxilio de um funil colocar o combustível. Feito isso, reiniciava-se o procedimento inverso de acender o pavio e girar o botão até que a chama, de amarela voltasse à cor azul vivo para um perfeito funcionamento do refrigerador.
Na minha casa, de pobre, a gente não tinha nem o mais simples eletrodoméstico quanto mais uma geladeira a querosene. Mas, eu tinha um tio, vizinho da gente que tinha uma dessas geladeiras e, em muitas ocasiões, assisti, por pura curiosidade infantil ao procedimento, que não tinha nada de fácil, de abastecê-la com querosene e acender o pavio deixando-o no ponto de provocar a refrigeração desejada.
O principal cuidado que esse meu parente tinha era manter bem vigiado o tanque de querosene para não deixar secar e com isso apagar a chama do pavio responsável pelo funcionamento do aparelho. Quando chegava o momento de encher o tanque era preciso, primeiro, apagar a geladeira o que era feito rodando um pequeno dispositivo que ia diminuindo o tamanho do pavio até que a chama se extinguisse. Até aí não havia nada de novidade para mim, acostumado que estava a manipular o pavio do candeeiro de placa, muito utilizado lá em casa quando faltava luz.
À medida que o botão ia sendo girado da direita para a esquerda, o pavio ia diminuindo e a chama passando de um azul forte que era a cor normal de funcionamento até chegar ao amarelo quando se apagava. Nesse momento a geladeira estava no ponto de ser reabastecida de querosene, bastando para isso que se retirasse a tampa do tanque e com o auxilio de um funil colocar o combustível. Feito isso, reiniciava-se o procedimento inverso de acender o pavio e girar o botão até que a chama, de amarela voltasse à cor azul vivo para um perfeito funcionamento do refrigerador.
BEM DIFERENTE DE HOJE!!!
Muito boa recordação. Na maioria dos municípios brasileiros nessa época, quando existia energia, era regrada. Apenas para clarear as residências à noite. O tempo, os compromissos noturnos se resumiam no antes da chegada da luz, e no depois da luz ir embora. E ia mesmo. Sem nenhum automatismo, que podemos imaginar, devido a época, na hora certa, o primeiro sinal, após o terceiro, tudo no escuro. Funcionário dedicado, imagina-se. Ele, ou morava na usina da luz, ou, coitado, voltava para casa no escuro!
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