quinta-feira, 30 de junho de 2011
ODE AO NORDESTE
É com imensa satisfação que este Blog divulga o artigo sobre o Nordeste escrito pela Jornalista Paraibana SHEILA RAPOSO, pelo simples fato de que traduz literalmente o sentimento que todo Nordestino tem, estando no Nordeste, em outra parte do Brasil ou do mundo. A Jornalista SHEILA RAPOSO foi muito feliz na redação dessa matéria que mais parece uma poesia fruto de uma grande inspiração e um grande amor pela região que somente o Nordestino sabe e pode sentir.
É com muita alegria, orgulho e satsfação que faço minhas as palavras da grande Jornalista Paraibana.
Leiam e se embriaguem de felicidade, com o texto
"VERGONHA QUE NÃO TENHO DE SER NORDESTINA
Sheila Raposo - Jornalista
Cultivado entre os cascalhos do chão seco e as cercas de aveloz que se perdem no horizonte, cresceu, forte e robusto, o meu orgulho de pertencer a esse pedaço de terra chamado Nordeste.
Sou nordestina. Nasci e me criei no coração do Cariri paraibano, correndo de boi brabo, brincando com boneca de pano, comendo goiaba do pé e despertando com o primeiro canto do galo para, ainda com os olhos tapados de remela, desabar pro curral e esperar pacientemente, o vaqueiro encher o meu copo de leite, morninho e espumante, direto das tetas da vaca para o meu bucho.
Sou nordestina. Falo oxente, vôte e danou-se. Vige, credo, Jesus-Maria e José! Proseio com minha língua ligeira, que engole silabas e atropela a ortoépia das palavras. O meu falar é o mais fiel retrato. Os amigos acham até engraçado e dizem sempre que eu “saí do mato, mas o mato não saiu de mim”. Não saiu mesmo! E olhe: acho que não vai sair é nunca!
Sou nordestina. Lambo os beiços quando me deparo com uma mesa farta, atarracada de comida. Pirão, arroz-de-festa, galinha de capoeira, feijão de arranca com toucinho, buchada, carne de sol... E mais uma ruma de comida boa, daquela que, quando a gente termina de engolir, o suor já está pingando pelos quatro cantos. E depois ainda me sirvo de um bom pedaço de rapadura ou uma cumbuca de doce de mamão, que é pra adoçar a língua. E no outro dia, de manhãzinha, me esbaldo na coalhada, no cuscuz, na tapioca, no queijo de coalho, no bolo de mandioca, na tigela de umbuzada, na orêa de pau com café torrado em casa!
Sou nordestina. Choro quando escuto a voz de Luiz Gonzaga ecoar no teatro de minhas memórias. De suas músicas guardo as mais belas recordações. As paisagens, os bichos, os personagens, a fé e a indignação com que ele costurava as suas cantigas e que também são minhas. Também estavam (e estão) presentes em todos os meus momentos, pois foi em sua obra que se firmou a minha identidade cultural.
Sou nordestina. Me emociono quando assisto a uma procissão e observo aqueles rostos sofridos, curtidos de sol do meu povo. Tudo é belo neste ritual. A ladainha, o cheiro de incenso. Os pés descalços, o véu sobre a cabeça, o terço entre os dedos. O som dos sinos repicando na torre da igreja. A grandeza de uma fé que não se abala.
Sou nordestina. Gosto de me lascar numa farra boa, ao som do xote ou do baião. Sacolejo e me pergunto: pra quê mais instrumento nesse grupo além da sanfona, do triangulo e da zabumba? No máximo, um pandeiro ou uma rabeca. Mas dançar ao som desse trio é bom demais. E fico nesse rela-bucho até o dia amanhecer, sem ver o tempo passar e tampouco sentir os quartos se arriando, as canelas se tremelicando, o espinhaço se quebrando e os pés se queimando em brasa. Ô negócio bom!
Sou nordestina. Admiro e me emociono com a minha arte, com o improviso do poeta popular, com a beleza da banda de pífanos, com o colorido do pastoril, com a pegada forte do côco-de-roda, com a alegria da quadrilha junina. O artista nordestino é um herói, e nos cordéis do tempo se registra a sua história.
Sou nordestina. E não existe música mais bonita para meus ouvidos do que a tocada por São Pedro, quando ele se invoca e mete a mãozona nas zabumbas lá do céu, fazendo uma trovoada bonita que se alastra pelo Sertão, clareando o mundo e inundando de esperança o coração do matuto. A chuva é bendita.
Sou nordestina. Sou apaixonada pela minha terra, pela minha cultura, pelos meus costumes, pela minha arte, pela minha gente. Só não sou apaixonada por uma pequena parcela dessa mesma gente que se enche de poderes e promete resolver os problemas de seu povo, mentindo, enganando, ludibriando, apostando no analfabetismo de quem lhe pôs no poder, tirando proveito da seca e da miséria para continuar enchendo os próprios bolsos de dinheiro.
Mas, apesar de tudo, eu ainda sou nordestina, e tenho orgulho disso. Não me envergonho da minha história, não disfarço o meu sotaque, não escondo as minhas origens. Eu sou tudo o que escrevi, sou a dor e a alegria dessa terra. E tenho pena, muita pena, dos tantos nordestinos que vejo por aí, imitando chiados e fechando vogais, envergonhados de sua nordestinidade. Para eles, ofereço estas linhas"
Sheila Raposo - Jornalista
Cultivado entre os cascalhos do chão seco e as cercas de aveloz que se perdem no horizonte, cresceu, forte e robusto, o meu orgulho de pertencer a esse pedaço de terra chamado Nordeste.
Sou nordestina. Nasci e me criei no coração do Cariri paraibano, correndo de boi brabo, brincando com boneca de pano, comendo goiaba do pé e despertando com o primeiro canto do galo para, ainda com os olhos tapados de remela, desabar pro curral e esperar pacientemente, o vaqueiro encher o meu copo de leite, morninho e espumante, direto das tetas da vaca para o meu bucho.
Sou nordestina. Falo oxente, vôte e danou-se. Vige, credo, Jesus-Maria e José! Proseio com minha língua ligeira, que engole silabas e atropela a ortoépia das palavras. O meu falar é o mais fiel retrato. Os amigos acham até engraçado e dizem sempre que eu “saí do mato, mas o mato não saiu de mim”. Não saiu mesmo! E olhe: acho que não vai sair é nunca!
Sou nordestina. Lambo os beiços quando me deparo com uma mesa farta, atarracada de comida. Pirão, arroz-de-festa, galinha de capoeira, feijão de arranca com toucinho, buchada, carne de sol... E mais uma ruma de comida boa, daquela que, quando a gente termina de engolir, o suor já está pingando pelos quatro cantos. E depois ainda me sirvo de um bom pedaço de rapadura ou uma cumbuca de doce de mamão, que é pra adoçar a língua. E no outro dia, de manhãzinha, me esbaldo na coalhada, no cuscuz, na tapioca, no queijo de coalho, no bolo de mandioca, na tigela de umbuzada, na orêa de pau com café torrado em casa!
Sou nordestina. Choro quando escuto a voz de Luiz Gonzaga ecoar no teatro de minhas memórias. De suas músicas guardo as mais belas recordações. As paisagens, os bichos, os personagens, a fé e a indignação com que ele costurava as suas cantigas e que também são minhas. Também estavam (e estão) presentes em todos os meus momentos, pois foi em sua obra que se firmou a minha identidade cultural.
Sou nordestina. Me emociono quando assisto a uma procissão e observo aqueles rostos sofridos, curtidos de sol do meu povo. Tudo é belo neste ritual. A ladainha, o cheiro de incenso. Os pés descalços, o véu sobre a cabeça, o terço entre os dedos. O som dos sinos repicando na torre da igreja. A grandeza de uma fé que não se abala.
Sou nordestina. Gosto de me lascar numa farra boa, ao som do xote ou do baião. Sacolejo e me pergunto: pra quê mais instrumento nesse grupo além da sanfona, do triangulo e da zabumba? No máximo, um pandeiro ou uma rabeca. Mas dançar ao som desse trio é bom demais. E fico nesse rela-bucho até o dia amanhecer, sem ver o tempo passar e tampouco sentir os quartos se arriando, as canelas se tremelicando, o espinhaço se quebrando e os pés se queimando em brasa. Ô negócio bom!
Sou nordestina. Admiro e me emociono com a minha arte, com o improviso do poeta popular, com a beleza da banda de pífanos, com o colorido do pastoril, com a pegada forte do côco-de-roda, com a alegria da quadrilha junina. O artista nordestino é um herói, e nos cordéis do tempo se registra a sua história.
Sou nordestina. E não existe música mais bonita para meus ouvidos do que a tocada por São Pedro, quando ele se invoca e mete a mãozona nas zabumbas lá do céu, fazendo uma trovoada bonita que se alastra pelo Sertão, clareando o mundo e inundando de esperança o coração do matuto. A chuva é bendita.
Sou nordestina. Sou apaixonada pela minha terra, pela minha cultura, pelos meus costumes, pela minha arte, pela minha gente. Só não sou apaixonada por uma pequena parcela dessa mesma gente que se enche de poderes e promete resolver os problemas de seu povo, mentindo, enganando, ludibriando, apostando no analfabetismo de quem lhe pôs no poder, tirando proveito da seca e da miséria para continuar enchendo os próprios bolsos de dinheiro.
Mas, apesar de tudo, eu ainda sou nordestina, e tenho orgulho disso. Não me envergonho da minha história, não disfarço o meu sotaque, não escondo as minhas origens. Eu sou tudo o que escrevi, sou a dor e a alegria dessa terra. E tenho pena, muita pena, dos tantos nordestinos que vejo por aí, imitando chiados e fechando vogais, envergonhados de sua nordestinidade. Para eles, ofereço estas linhas"
Crônica Xiquexiqueana: A RIFA DO BOI PINTADO
RIFA DO BOI PINTADO
Juarez Morais Chaves
Além das festas religiosas da sede do Município de Xique-Xique (BA)., o dia 26 de julho era também dia de muita reza para os adultos e de muita diversão para as crianças e adolescentes, vez que nessa data festeja-se a Senhora Sant'Ana, avó de Cristo e padroeira da Ilha do Miradouro. A festa em si será, oportunamente, relatada vez que nesta crônica pretende-se apenas contar a história do boi pintado.
Além das festas religiosas da sede do Município de Xique-Xique (BA)., o dia 26 de julho era também dia de muita reza para os adultos e de muita diversão para as crianças e adolescentes, vez que nessa data festeja-se a Senhora Sant'Ana, avó de Cristo e padroeira da Ilha do Miradouro. A festa em si será, oportunamente, relatada vez que nesta crônica pretende-se apenas contar a história do boi pintado.
Transcorria a década de 1940 e a pequena igreja de Senhora Sant'Ana, da Ilha do Miradouro estava bastante deteriorada e necessitando de um urgente trabalho de recuperação. Não havia interesse do dono da Ilha, Cel. Litercílio Rocha, em gastar dinheiro recuperando o templo. Achava que somente o fato de permitir o ingresso dos romeiros em suas terras já era mais do que suficiente para ganhar o reino dos céus. Debalde foram os pedidos dirigidos a Belo Horizonte, local da residência do referido coronel e dono da Ilha para que pelo menos ajudasse nas despesas de restauração. O Cel. Litercílio Rocha continuou insensível para os reclamos da pequena comunidade residente na Ilha do Miradouro e também da sociedade xiquexiquense que tinha como hábito anual fazer as novenas de Senhora Sant'Ana.
Em face disso a juventude xiquexiquense da época, liderada por dois jovens, Custódio Moraes e José Roldão, resolveram unir esforços e angariar recursos para a recuperação da Igreja. Inicialmente vislumbraram que a melhor oportunidade seria promover uma quermesse no período das novenas de Senhora Sant'Ana, onde com a venda de bebidas e guloseimas poderiam levantar os fundos suficientes para a empreitada. No meio do novenário constataram que, devido a pobreza do lugar dificilmente conseguiriam o numerário suficiente. Precisariam urgentemente de uma idéia, mas uma idéia brilhante, para conseguir o dinheiro necessário.
Em face disso a juventude xiquexiquense da época, liderada por dois jovens, Custódio Moraes e José Roldão, resolveram unir esforços e angariar recursos para a recuperação da Igreja. Inicialmente vislumbraram que a melhor oportunidade seria promover uma quermesse no período das novenas de Senhora Sant'Ana, onde com a venda de bebidas e guloseimas poderiam levantar os fundos suficientes para a empreitada. No meio do novenário constataram que, devido a pobreza do lugar dificilmente conseguiriam o numerário suficiente. Precisariam urgentemente de uma idéia, mas uma idéia brilhante, para conseguir o dinheiro necessário.
Matutaram, matutaram e tiveram a idéia. Não sei quem a teve, mas a mesma foi de logo encampada pelos dois jovens. Fariam uma rifa de um boi. Mas, que boi? Eles não eram fazendeiros e nem tinham para quem pedir o animal a ser rifado. Tiveram então a brilhante idéia de rifar o boi "Pintado".
Boi "Pintado", principal reprodutor bovino de propriedade do Cel. Litercílio Rocha, era conhecido de todos por ser um marruá de excelente procedência, mestiço da raça indubrasil de pelagem preta e branca, daí o seu nome, adquirido em Minas Gerais e destinado a melhorar a genética do seu rebanho no sertão baiano. Talvez fosse o único animal, na região, que não gozava da felicidade de pastar solto no sertão. Sempre vivia estabulado e comia em cocheiras. Por tudo isso, quando os jovens Custódio Moraes e José Roldão, divulgaram que o boi "Pintado" seria rifado para com o dinheiro arrecadado iniciarem a restauração da Igreja de Senhora Sant'Ana do Miradouro, todo o povo de Xique-Xique e arredores se empolgou e entraram de cabeça na campanha da venda dos bilhetes da rifa do boi famoso.
Boi "Pintado", principal reprodutor bovino de propriedade do Cel. Litercílio Rocha, era conhecido de todos por ser um marruá de excelente procedência, mestiço da raça indubrasil de pelagem preta e branca, daí o seu nome, adquirido em Minas Gerais e destinado a melhorar a genética do seu rebanho no sertão baiano. Talvez fosse o único animal, na região, que não gozava da felicidade de pastar solto no sertão. Sempre vivia estabulado e comia em cocheiras. Por tudo isso, quando os jovens Custódio Moraes e José Roldão, divulgaram que o boi "Pintado" seria rifado para com o dinheiro arrecadado iniciarem a restauração da Igreja de Senhora Sant'Ana do Miradouro, todo o povo de Xique-Xique e arredores se empolgou e entraram de cabeça na campanha da venda dos bilhetes da rifa do boi famoso.
E, a confiança do povo não era infundada. Custódio Moraes filho de família ilustra da cidade era um dos mais promissores comerciantes do lugar. José Roldão era um artista e gênio da pintura e ganhava a vida exercendo a profissão de pintor das residências da elite xiquexiquense. Era estimado e respeitado por toda a sociedade e todos gostariam de possuir recursos financeiros para disporem, em suas casas, de decorações criadas e pintadas por José Roldão. A dupla, portanto, que encabeçava a rifa era imbatível.
A venda dos bilhetes durou até o dia 25 de julho, último dia da novena e o sorteio foi realizado no dia seguinte, pela manhã, logo após a missa da festa da Padroeira. Sorteado o nome do felizardo toda a população, principalmente as pessoas que adquiriram os bilhetes, ficou na expectativa aguardando o momento da entrega do valioso reprodutor. Imediatamente José Roldão, portando um objeto embrulhado em papel, se apresentou como o entregador do prêmio. Dirigindo-se à pessoa contemplada entregou-lhe o embrulho e pediu que abrisse. Ansiosamente o pacote foi desembrulhado e surge uma pintura em tela muito bem feita, por Roldão, de um BOI PINTADO. No que pese a beleza da tela, todos os que colaboraram com a rifa estavam certos de que estava sendo rifado o boi "Pintado" do Cel. Litercílio Rocha.
José Roldão, já que Custódio Moraes havia zarpado, sumido da vista de todos, ainda tentou explicar que o bilhete da rifa dizia que era o sorteio do boi pintado, mas o povo revoltado, comandado pelo ganhador da rifa não aceitou nenhuma explicação e partiu para dar-lhe o devido corretivo pelo engano a que submetera toda a população. Mas, como José Roldão era magro e ligeiro, conseguiu escapar da turba revoltada e passou muitos dias escondidos.
Até hoje não se sabe o paradeiro dessa tela produzida pelo mestre José Roldão. Muitos dos cidadãos que estavam presentes àquela festa de Senhora Sant'Ana do Miradouro e que por certo, também, compraram um bilhete da rifa, gostariam de possuí-la ornamentando a sala principal da sua residência, não só para registrar o prazeiroso evento da famosa rifa, mas também para poder possuir uma obra rara do nosso artista xiquexiquense.
Desejo informar aos leitores que a rifa do boi pintado é fato realmente acontecido em Xiquexique na primeira metade do sec. XX e que devido a inexistência de um periódico para registrá-lo foi sendo, oralmente, repassado através das gerações e, como "quem conta um conto aumenta um ponto", diz o ditado, existem várias versões sobre o tema. Essa, que agora divulgo, foi a que me chegou através de conversas com pessoas idosas de Xique-Xique.
jmc/
A venda dos bilhetes durou até o dia 25 de julho, último dia da novena e o sorteio foi realizado no dia seguinte, pela manhã, logo após a missa da festa da Padroeira. Sorteado o nome do felizardo toda a população, principalmente as pessoas que adquiriram os bilhetes, ficou na expectativa aguardando o momento da entrega do valioso reprodutor. Imediatamente José Roldão, portando um objeto embrulhado em papel, se apresentou como o entregador do prêmio. Dirigindo-se à pessoa contemplada entregou-lhe o embrulho e pediu que abrisse. Ansiosamente o pacote foi desembrulhado e surge uma pintura em tela muito bem feita, por Roldão, de um BOI PINTADO. No que pese a beleza da tela, todos os que colaboraram com a rifa estavam certos de que estava sendo rifado o boi "Pintado" do Cel. Litercílio Rocha.
José Roldão, já que Custódio Moraes havia zarpado, sumido da vista de todos, ainda tentou explicar que o bilhete da rifa dizia que era o sorteio do boi pintado, mas o povo revoltado, comandado pelo ganhador da rifa não aceitou nenhuma explicação e partiu para dar-lhe o devido corretivo pelo engano a que submetera toda a população. Mas, como José Roldão era magro e ligeiro, conseguiu escapar da turba revoltada e passou muitos dias escondidos.
Até hoje não se sabe o paradeiro dessa tela produzida pelo mestre José Roldão. Muitos dos cidadãos que estavam presentes àquela festa de Senhora Sant'Ana do Miradouro e que por certo, também, compraram um bilhete da rifa, gostariam de possuí-la ornamentando a sala principal da sua residência, não só para registrar o prazeiroso evento da famosa rifa, mas também para poder possuir uma obra rara do nosso artista xiquexiquense.
Desejo informar aos leitores que a rifa do boi pintado é fato realmente acontecido em Xiquexique na primeira metade do sec. XX e que devido a inexistência de um periódico para registrá-lo foi sendo, oralmente, repassado através das gerações e, como "quem conta um conto aumenta um ponto", diz o ditado, existem várias versões sobre o tema. Essa, que agora divulgo, foi a que me chegou através de conversas com pessoas idosas de Xique-Xique.
jmc/
quarta-feira, 29 de junho de 2011
FESTA DE SÃO PEDRO EM XIQUE-XIQUE (BA)
FESTA DE SÃO PEDRO
Como último evento das festas juninas em Xique-Xique (BA), e após as bem sucedidas homenagens a São João no bairro da Ponta da Ilha, chega a vez de o bairro dos Paramelos festejar o santo que tem as chaves do céu: SÃO PEDRO.
Como último evento das festas juninas em Xique-Xique (BA), e após as bem sucedidas homenagens a São João no bairro da Ponta da Ilha, chega a vez de o bairro dos Paramelos festejar o santo que tem as chaves do céu: SÃO PEDRO.
Em Xique-Xique, as comemorações a São Pedro, no dia 29 de junho, são tão antigas quanto as festas de São João, no tempo das fogueiras. No entanto, era um santo comemorado exclusivamente pelas viúvas. Somente as viúvas faziam fogueiras em frente à casa no dia 29 de junho. Em Xique-Xique, naquele tempo, a casa que tinha um fogueira acesa nessa dia, já se sabia, era casa de viúva. Isso, contudo, não tirava o mérito de São Pedro, como o Patrono dos Pescadores, ramo profissional muito forte em Xique-Xique.
Este ano, com o apoio da Prefeitura Municipal, a festa dedicada a São Pedro estará sendo realizada nos dias 1, 2 e 3 do próximo mês, na Praça Luiz Viana local onde se pode instalar um palco Profissional e barracas de comidas e bebidas para atender ao grande número de pessoas que lá estarão se divertindo.
No que pese a excelente programação que foi montada para os 3 primeiros dias de julho, onde deverão estar se exibindo muitas bandas e cantoras, o povo católico não deve esquecer que a principal homenagem a São Pedro, é a que será realizada na pequena capela a ele dedicada e bem próxima da Praça Luiz Viana. Portanto, antes de se dirigirem para a diversão da Praça Luiz Viana, dêm uma passadinha na Capela de São Pedro, para, pelo menos, cumprimentar o homenageado.
Estão de pararabéns, pois, os organizadores da festa: Nino Meira, Dalton Clemente, Gilson Bonfim, Eládio Costa e Neusa Clemente, bem como a Prefeitura Municipal de Xique-Xique que tem se mostrado sensível a esses folguedos populares e que representam a nossa cultura.
Programação das festas profanas dedicadas a São PedroEstão de pararabéns, pois, os organizadores da festa: Nino Meira, Dalton Clemente, Gilson Bonfim, Eládio Costa e Neusa Clemente, bem como a Prefeitura Municipal de Xique-Xique que tem se mostrado sensível a esses folguedos populares e que representam a nossa cultura.
Dia 1º/julho - 19:00 às 21:00 h - Os Forrozeiros do São Francisco;
21:00 às 00:00 h - Patrícia Molhada;
00:00 às 04:00 h - Banda Swingueira.
Dia 02/julho - 19:00 às 21:00 h - Sinhá Fundunga e Samba de Roda;
21:00 às 23:00 h - Dubiran
23:00 às 24:00 h - Huan Félix
24:00 às 03:00 h - Agrimério
03:00 às 04:00 h - Dubiran
Dia 03/julho - 17:00 às 18:30 h - Brincadeiras com crianças - Os reis do riso;
19:00 às 21:00 h - Quadrilha Junina
21:00 às 00:00 h - Morena Kubiçada
00:00 às 04:00 h - Armandinho e os Rubis da Princesa
segunda-feira, 27 de junho de 2011
FESTA DA ARGOLINHA EM XIQUE-XIQUE (BA)
FESTA DA ARGOLINHA
Como uma das partes da programação do festivo mês de junho, acontece em Xique-Xique (BA)., o interessante jogo conhecido como Festa da Argolinha idealizado pelo xiquexiquense de coração Professor Reinaldo Antunes, conhecido como “Reinaldo Povão”, cujos cavaleiros exibem, em 4 modalidades de provas as suas performances sobre o lombo de um cavalo.
Realizada esporadicamente desde 1986, a Festa da Argolinha passou, desde 2007, a fazer parte da programação das festas juninas, sempre apresentada no dia de São João.
O patrono Reinaldo Povão, ante a sua grande penetração na sociedade de Xique-Xique, consegue patrocínios dos empresários locais e da Prefeitura Municipal com os quais adquire prêmios para os vencedores e providencia camisas, carros de som e o que for necessário para a realização da festa.
Este ano, a Festa da Argolinha fez uma homenagem póstuma ao jovem “Marcos Vieirinha”, assíduo participante das festas realizadas em anos anterior e que teve a sua vida precocemente encerrada por um infarto fulminante.
Basicamente os participantes da Festa de Argolinha se submetem a 4 tipos de provas nas seguintes modalidades: “prova do salto”, “prova do chicote”, “prova da argolinha” e “prova do lenço”.
Este ano a Festa foi realizada no bairro das Pedrinhas e 84 cavaleiros se exibiram para uma platéia de mais de 2000 pessoas, tendo 10 cavaleiros recebido brindes troféus e medalhas. Os 3 primeiros colocados foram:
1º : Adailton de Várzea Grande – Prêmio: TV 14 polegadas;
2º : Bodega de Várzea Grande – Prêmio: aparelho de DVD;
3º : Marcos de Várzea Grande – Prêmio: câmera fotográfica.
Deve ser registrado que apenas um cavaleiro xiquexiquense ficou entre os 10 primeiros, sendo os outros 9 colocados oriundos do distrito de Várzea Grande pertencente ao município vizinho de Itaguaçu da Bahia, tido como celeiros de grandes cavaleiros por ser uma região tradicionalmente criadora de bovinos.
Abaixo alguns flagrantes do evento.
OBS: Informações gentilmente cedidas por Jorge Meira e fotos de Édson Nogueira.
Como uma das partes da programação do festivo mês de junho, acontece em Xique-Xique (BA)., o interessante jogo conhecido como Festa da Argolinha idealizado pelo xiquexiquense de coração Professor Reinaldo Antunes, conhecido como “Reinaldo Povão”, cujos cavaleiros exibem, em 4 modalidades de provas as suas performances sobre o lombo de um cavalo.
Realizada esporadicamente desde 1986, a Festa da Argolinha passou, desde 2007, a fazer parte da programação das festas juninas, sempre apresentada no dia de São João.
O patrono Reinaldo Povão, ante a sua grande penetração na sociedade de Xique-Xique, consegue patrocínios dos empresários locais e da Prefeitura Municipal com os quais adquire prêmios para os vencedores e providencia camisas, carros de som e o que for necessário para a realização da festa.
Este ano, a Festa da Argolinha fez uma homenagem póstuma ao jovem “Marcos Vieirinha”, assíduo participante das festas realizadas em anos anterior e que teve a sua vida precocemente encerrada por um infarto fulminante.
Basicamente os participantes da Festa de Argolinha se submetem a 4 tipos de provas nas seguintes modalidades: “prova do salto”, “prova do chicote”, “prova da argolinha” e “prova do lenço”.
Este ano a Festa foi realizada no bairro das Pedrinhas e 84 cavaleiros se exibiram para uma platéia de mais de 2000 pessoas, tendo 10 cavaleiros recebido brindes troféus e medalhas. Os 3 primeiros colocados foram:
1º : Adailton de Várzea Grande – Prêmio: TV 14 polegadas;
2º : Bodega de Várzea Grande – Prêmio: aparelho de DVD;
3º : Marcos de Várzea Grande – Prêmio: câmera fotográfica.
Deve ser registrado que apenas um cavaleiro xiquexiquense ficou entre os 10 primeiros, sendo os outros 9 colocados oriundos do distrito de Várzea Grande pertencente ao município vizinho de Itaguaçu da Bahia, tido como celeiros de grandes cavaleiros por ser uma região tradicionalmente criadora de bovinos.
Abaixo alguns flagrantes do evento.
OBS: Informações gentilmente cedidas por Jorge Meira e fotos de Édson Nogueira.
SÃO JOÃO NA FAZ. CARNAÚBA EM XIQUE-XIQUE (BA)
SÃO JOÃO EM XIQUE-XIQUE
Nos dia 18 e 24 deste mês, publiquei neste Blog crônicas sobre como era a festa de São João em Xique-Xique na década de 1950, quando tinha como característica única o uso de uma fogueira representada por um grande galho de Pajeú, árvore nativa, que era, após ser enfeitado com muitas prendas, enterrado na porta da casa para ser "derrubado" apos a destruição do tronco pelo fogo.
Pensei que essa tradicional brincadeira não mais existisse em minha terra e a crônica publicada tinha um quê de melancolia, pelo desaparecimento de tão genuina forma de homenagear São João, exclusiva de Xique-Xique.
Mas, qual não foi a minha surpresa ao receber da amiga Zélia Jacobina, de Xique-Xique, fotos da festa de São João realizada na tradicional Faz. Carnaúba, onde ainda se usa todo o ritual do galho enfeitado de prendas.
No que pese o festejo ser destinado a uma pequena plateia, por ser numa fazenda particular, a inciativa é das mais notáveis e digna de louvor por manter, mesmo simbolicamente, a derrubada de uma fogueira e a apanha dos presentes presos nos galhos. Vejam que são jovens e até crianças que avançam sobre as prendas sob as vista e os sorrisos de parentes e amigos presentes na festa.
De parabéns os proprietários da Faz. Carnaúba por manterem uma tradicão tão importante para a nossa cultura xiquexiquense.
domingo, 26 de junho de 2011
Evangelho Dominical: MATEUS 10,37,42
O Senhor Jesus nos propõe através desta liturgia, o desapego, a prontidão e total obediência a Deus. Todo e qualquer gesto de caridade ao próximo é considerável pela ótica de Deus, na medida em que a Fé nele está em primeiríssimo lugar. Portanto irmãos e irmãs, o desapego pelas coisas e também em parte pelas pessoas, nos é recomendado em função da total observância da palavra de Deus.
Evangelho de São Mateus 10,37-42.
Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos: 37“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. 38Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. 39Quem procura conservar a sua vida, vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. 40Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.41Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo. 42Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa”.
Palavra da Salvação!
Evangelho de São Mateus 10,37-42.
Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos: 37“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. 38Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. 39Quem procura conservar a sua vida, vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. 40Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.41Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo. 42Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa”.
Palavra da Salvação!
sábado, 25 de junho de 2011
Fato Histórico de Xique-Xique: DESCOBERTA DO LAGO IPUEIRA
Pelos relevantes serviços prestados ao Rei de Portugal, Dom João III, o nobre Duarte Coelho Pereira recebeu, em 10 de março de 1534, a doação da Capitania Hereditária de Pernambuco, tendo tomado posse da Capitania no dia 09 de março de 1935.
No ano de 1545, já com Pernambuco em franco desenvolvimento, o Donatário Duarte Coelho Pereira, organizou uma expedição para explorar o Rio São Francisco.Iniciando a viagem a partir da foz do rio São Francisco, Duarte Coelho Pereira ia observando, atentamente todo o panorama e anotando minuciosamente todas as ilhas, quedas d’água, cachoeiras, lagoas, braços e afluentes de ambas as margens, tendo viajado até a foz do Rio Carinhanha, afluente do Rio São Francisco.
Das anotações do diário de viagem da expedição Duarte Coelho Pereira constam referências aos acidentes geográficos da região de Xique-Xique (BA), principalmente sobre a Lagoa de Itaparica, e o arquipélago que circunda o nosso Lago Ipueira, único existente em toda a extensão do Rio São Francisco.
O Lago Ipueira, pois, foi descoberto em 1545 e é de grande importância para a História de Xique-Xique, porque foi na sua margem direita que o português Theobaldo José Miranda Pires de Carvalho estabeleceu, em 1685 a Fazenda Praia, núcleo inicial da cidade.
Essa Fazenda, em 1700 tornou-se um arraial, em 1714 virou Freguesia, em 1832 virou sede de município emancipado com o nome de Vila, em 1857 ganhou o direito de ser Comarca e em 1932 ganhou o título de Cidade, demonstrando, assim uma grande trajetória ascensional.
Durante esses 326 anos em que a nossa comunidade cresceu, o nosso Lago Ipueira foi uma importante referência para a nossa cidade e sempre foi pródigo no fornecimento do pescado para saudável alimentação dos xiquexiquenses e formação de uma comunidade de pescadores cuja tradição se mantém até hoje.
Por tudo isso, pelos grandes benefícios que o nosso Lago Ipueira vem prestando à Xique-Xique nesses mais de 3 séculos de convivência, ele merece receber das nossas autoridades Estaduais e Municipais todo tipo de carinho e tratamento visando dotá-lo de águas límpidas e não poluídas. Informações extraídas do livro "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique (História de Chique-Chique)", de Cassimiro Machado Neto.Fotos de Édson Nogueira.
No ano de 1545, já com Pernambuco em franco desenvolvimento, o Donatário Duarte Coelho Pereira, organizou uma expedição para explorar o Rio São Francisco.Iniciando a viagem a partir da foz do rio São Francisco, Duarte Coelho Pereira ia observando, atentamente todo o panorama e anotando minuciosamente todas as ilhas, quedas d’água, cachoeiras, lagoas, braços e afluentes de ambas as margens, tendo viajado até a foz do Rio Carinhanha, afluente do Rio São Francisco.
Das anotações do diário de viagem da expedição Duarte Coelho Pereira constam referências aos acidentes geográficos da região de Xique-Xique (BA), principalmente sobre a Lagoa de Itaparica, e o arquipélago que circunda o nosso Lago Ipueira, único existente em toda a extensão do Rio São Francisco.
O Lago Ipueira, pois, foi descoberto em 1545 e é de grande importância para a História de Xique-Xique, porque foi na sua margem direita que o português Theobaldo José Miranda Pires de Carvalho estabeleceu, em 1685 a Fazenda Praia, núcleo inicial da cidade.
Essa Fazenda, em 1700 tornou-se um arraial, em 1714 virou Freguesia, em 1832 virou sede de município emancipado com o nome de Vila, em 1857 ganhou o direito de ser Comarca e em 1932 ganhou o título de Cidade, demonstrando, assim uma grande trajetória ascensional.
Durante esses 326 anos em que a nossa comunidade cresceu, o nosso Lago Ipueira foi uma importante referência para a nossa cidade e sempre foi pródigo no fornecimento do pescado para saudável alimentação dos xiquexiquenses e formação de uma comunidade de pescadores cuja tradição se mantém até hoje.
Por tudo isso, pelos grandes benefícios que o nosso Lago Ipueira vem prestando à Xique-Xique nesses mais de 3 séculos de convivência, ele merece receber das nossas autoridades Estaduais e Municipais todo tipo de carinho e tratamento visando dotá-lo de águas límpidas e não poluídas. Informações extraídas do livro "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique (História de Chique-Chique)", de Cassimiro Machado Neto.Fotos de Édson Nogueira.
Arte Sacra da Bahia: EVANGELISTA SÃO MATEUS
Galeria de fotos do Cineasta Édson Nogueira - O LAGO
PÔR DO SOL NO LAGO IPUEIRA
Clássica foto do nosso cotidiano e insuperável pôr do Sol por detrás da Ilha do Gado Bravo, em frente a Xique-Xique, tão bem registrado pelo cineasta xiquexiquense Édson Nogueira.
No que pese a grande competência e sensibilidade do nosso fotógrafo, um pôr do Sol sobre o Lago Ipueira, face à inédita beleza do fenômeno, independe da perícia do profissional.
Fica, contudo, o mérito de Édson ter ficado na beira do rio esperando o melhor momento para registrar tão belo ocaso.
Parabéns Édson, continue fotografando Xique-Xique para deleite dos que não têm a felicidade de aí continuarem residindo.
Normandia ontem e hoje: RESTAURAÇÃO DO CEMITÉRIO
sexta-feira, 24 de junho de 2011
FESTA DE SÃO JOÃO NA "PONTA DA ILHA" EM XIQUE-XIQUE (BA)
SÃO JOÃO NA "PONTA DA ILHA"
Conforme divulgado neste blog, no dia 18 passado, a festa de São João no bairro Ponta da Ilha foi uma das mais animadas da cidade.
Promovida pela Prefeitura Municipal e patrocinada pelo comércio local a festa contou com a presença maciça dos moradores locais e também de outros bairro atraídos pelos conjuntos musicais que animavam com músicas juninas.
As fotos são de autoria do nosso cineasta Édson Nogueira que deu cobertura cinematográfica total ao evento.
Foto Antiga de Xique-Xique: DATILOGRAFIA EM XIQUE-XIQUE
PRIMEIRA TURMA - 1930
Como bem demonstra a foto, o Curso de Datilografia sempre foi muito procurado e frequentado pelos jovens xiquexiquenses.
A foto registra os datilógrafos concludentes de 1930 e nela estão grandes personagens da nossa terra.
Na década de 1950 eu concluí esse curso tendo como mestra a Profa. Diva Dourado que transmitiu essa técnica a dezenas de jovens e que muito me serviu quando fiz o primeiro concurso público.
Atualmente com a popularidade dos computadores, que têm o mesmo teclado das máquinas de datilografia, esse curso não mais é procurado e os jovens se contentam em operar o teclado utilizando apenas 2 ou 3 dedos.
Mudaram até o nome de DATILOGRAFAR para DIGITAR.
Para mim, DATILÓGRAFO é o que, usando o teclado do computador, escreve textos utilizando os 10 dedos das mãos ao passo que DIGITADOR é que escreve usando no máximo 4 dedos. Eram, como a gente chamava naquele tempo de CATILÓGRAFO, pois, ficava "catando" as letras no teclado.
Eu sou datilógrafo, ex-aluno da Profa. Diva Dourado.
Crônica Xiquexiqueana: FESTA DE SÃO JOÃO EM XIQUE-XIQUE (BA)
FESTA DE SÃO JOÃO EM XIQUE-XIQUE (BA).
Juarez M. Chaves
(parte final)
Enquanto as famílias se divertiam sentadas na calçada, com os fogos de artifício, a “fogueira”, ainda não queimada, era visitada pelos jovens “derrubadores de fogueiras”, grupos que tinham como diversão, nessa noite, derrubar as “fogueiras” e retirar todos os prêmios. Eles chegavam balançavam o galho enterrado e pressionavam os donos da “fogueira” a colocarem fogo na pilha de lenha, pois só assim com o fogo queimando a base conseguiriam quebrar o tronco da “fogueira”. Mas o dono respondia que ainda não estava na hora e caso houvesse insistência de algum deles tentando subir no galho era imediatamente rechaçado com o uso do buscapé.
Enquanto as famílias se divertiam sentadas na calçada, com os fogos de artifício, a “fogueira”, ainda não queimada, era visitada pelos jovens “derrubadores de fogueiras”, grupos que tinham como diversão, nessa noite, derrubar as “fogueiras” e retirar todos os prêmios. Eles chegavam balançavam o galho enterrado e pressionavam os donos da “fogueira” a colocarem fogo na pilha de lenha, pois só assim com o fogo queimando a base conseguiriam quebrar o tronco da “fogueira”. Mas o dono respondia que ainda não estava na hora e caso houvesse insistência de algum deles tentando subir no galho era imediatamente rechaçado com o uso do buscapé.
Num determinado momento, o dono da “fogueira” levado pela pressão e também desejando fazer o uso dos buscapés que estavam estocados, resolvia colocar fogo na pilha de lenha em volta do galho enterrado e cheio de presentes. Era o sinal para os derrubadores. Começavam a se aproximar, pois, calculavam que no máximo, a depender do diâmetro do tronco do galho, em 1 hora a “fogueira” estaria no ponto de "avançar".
No entanto, tentavam acelerar a derrubada pulando sobre a pilha de lenha, ainda em fogo baixo, e puxando a “fogueira” inclinando-a para, antecipadamente, colherem os presentes presos nos galhos mais baixos. Nessa hora e para evitar a derrubada precoce da “fogueira” ainda “fria”, como se dizia, os buscapés entravam em cena.
Dois ou três dessas "armas", sempre acesas e com os fachos de fagulhas incandescentes dirigidos, conseguiam manter os "derrubadores" afastados do tronco da “fogueira” e forçando-os a esperarem o momento que, por si só, destruída na sua base, pelo fogo, se inclinasse e caísse ao chão. Somente nessa hora, era permitido o avanço para o saque dos presentes.
Mas, mesmo nessa hora os donos da “fogueira”, sadicamente, continuavam com os buscapés acesos e dirigidos, agora para o grupo de "derrubadores" que se acotovelavam em volta dos galhos na busca de obter as melhores prendas. Procuravam basicamente dinheiro ou outro objeto mais valiosos, deixando de lado as frutas e pedaços de cana de açúcar que não valiam as queimaduras de buscapés. Terminado o saque se dirigiam para outra “fogueira” e assim passavam toda a noite de São João até que não existisse nenhuma “fogueira” em pé, mesmo as mais modestas e pobres que eram derrubadas, agora, pelo simples prazer de derrubar.
As famílias donas das melhores e maiores “fogueiras” sempre tiveram muita tranqüilidade e segurança no ataque, com buscapés, aos "derrubadores", pelo simples fato de terem absoluta certeza de que os atacados não esboçariam reação equivalente por não possuírem dinheiro para compra desses fogos que era um dos mais caros fabricados pelo Seu Romualdo.
Foi com base nessa observação que nos fins dos anos 50 e início dos anos 60, um grupo de estudantes, 8 a 10 jovens, na faixa dos 16 para 17 anos e residentes nas ruas onde se situavam as melhores “fogueiras”, resolveu dar uma de "derrubadores". No começo da noite o grupo saiu visitando e conhecendo todas as “fogueiras” e antes das 20 horas já tinha elegido a do Seu Tiburcio (nome fictício), como a melhor, a maior e a mais bem sortida daquele São João. Seu ibúrcio era comerciante e fazendeiro, residente numa importante Praça e que, sempre, a cada ano, fora dono de uma das melhores e mais sortidas “fogueiras” da cidade. Naquele ano, contudo ultrapassou a todos e a sua “fogueira” destacou-se das demais, sendo por isso a escolhida pelos jovens estudantes xiquexiquenses para ser “derrubada”.
Dois ou três dessas "armas", sempre acesas e com os fachos de fagulhas incandescentes dirigidos, conseguiam manter os "derrubadores" afastados do tronco da “fogueira” e forçando-os a esperarem o momento que, por si só, destruída na sua base, pelo fogo, se inclinasse e caísse ao chão. Somente nessa hora, era permitido o avanço para o saque dos presentes.
Mas, mesmo nessa hora os donos da “fogueira”, sadicamente, continuavam com os buscapés acesos e dirigidos, agora para o grupo de "derrubadores" que se acotovelavam em volta dos galhos na busca de obter as melhores prendas. Procuravam basicamente dinheiro ou outro objeto mais valiosos, deixando de lado as frutas e pedaços de cana de açúcar que não valiam as queimaduras de buscapés. Terminado o saque se dirigiam para outra “fogueira” e assim passavam toda a noite de São João até que não existisse nenhuma “fogueira” em pé, mesmo as mais modestas e pobres que eram derrubadas, agora, pelo simples prazer de derrubar.
As famílias donas das melhores e maiores “fogueiras” sempre tiveram muita tranqüilidade e segurança no ataque, com buscapés, aos "derrubadores", pelo simples fato de terem absoluta certeza de que os atacados não esboçariam reação equivalente por não possuírem dinheiro para compra desses fogos que era um dos mais caros fabricados pelo Seu Romualdo.
Foi com base nessa observação que nos fins dos anos 50 e início dos anos 60, um grupo de estudantes, 8 a 10 jovens, na faixa dos 16 para 17 anos e residentes nas ruas onde se situavam as melhores “fogueiras”, resolveu dar uma de "derrubadores". No começo da noite o grupo saiu visitando e conhecendo todas as “fogueiras” e antes das 20 horas já tinha elegido a do Seu Tiburcio (nome fictício), como a melhor, a maior e a mais bem sortida daquele São João. Seu ibúrcio era comerciante e fazendeiro, residente numa importante Praça e que, sempre, a cada ano, fora dono de uma das melhores e mais sortidas “fogueiras” da cidade. Naquele ano, contudo ultrapassou a todos e a sua “fogueira” destacou-se das demais, sendo por isso a escolhida pelos jovens estudantes xiquexiquenses para ser “derrubada”.
Os estudantes, travestidos de "derrubadores de fogueira", fizeram uma "vaquinha" e compraram 3 buscapés para cada um com os quais pretendiam reagir ao ataque do dono da “fogueira” logo que a derrubada fosse iniciada. Seria uma surpresa para a família. Às 20 horas, quando o fogo foi aceso, a “fogueira” escolhida foi cercada e iniciado o processo de tentar incliná-la antes do tronco estar totalmente queimado.
Nessas tentativas, por serem os "derrubadores" conhecidos do dono da fogueira, eram timidamente, ameaçados pelos buscapés, permanecendo, os estudantes, sem reagirem mas com os buscapés escondidos, dentro da camisa. O grupo então decidiu que às 21 horas a “fogueira” seria derrubada de qualquer maneira. Os derrubadores tradicionais tentaram varias vezes se aproximar da “fogueira” do Sr. Tibúrcio, mas quando viam a turma de mais de 10 estudantes, desistiam e partiam a procura de uma menos concorrida. Às 21 horas, um dos estudantes retirou da pilha de lenha um tição em brasa e o colocou estrategicamente, afastado da fornalha. Enquanto isso os dois maiores e mais pesados da turma avançaram decididamente para derrubar a “fogueira”. Nesse momento, sem pena e nem piedade todo o grupo foi atacado pela família dona da "fogueira", com vários buscapés.
Nessas tentativas, por serem os "derrubadores" conhecidos do dono da fogueira, eram timidamente, ameaçados pelos buscapés, permanecendo, os estudantes, sem reagirem mas com os buscapés escondidos, dentro da camisa. O grupo então decidiu que às 21 horas a “fogueira” seria derrubada de qualquer maneira. Os derrubadores tradicionais tentaram varias vezes se aproximar da “fogueira” do Sr. Tibúrcio, mas quando viam a turma de mais de 10 estudantes, desistiam e partiam a procura de uma menos concorrida. Às 21 horas, um dos estudantes retirou da pilha de lenha um tição em brasa e o colocou estrategicamente, afastado da fornalha. Enquanto isso os dois maiores e mais pesados da turma avançaram decididamente para derrubar a “fogueira”. Nesse momento, sem pena e nem piedade todo o grupo foi atacado pela família dona da "fogueira", com vários buscapés.
Imediatamente cada um dos estudantes sacou um buscapé de dentro da camisa, acendeu no tição em brasa e dirigiu o facho de fagulhas em direção a casa. Foi uma surpresa e uma debandada geral. Toda a família dona da "fogueira" correu alvoroçada para dentro da casa e os seus membros sem entenderem o que estava acontecendo, protegidos pelas paredes, ficaram assistindo que a turma de estudantes, calmamente, derrubasse a “fogueira” e retirasse todos os bons prêmios que a ela estavam presos.
E assim, os estudantes sentiram o prazer que os tradicionais "derrubadores de fogueiras" tinham só que foi uma experiência sem os riscos das queimaduras sofridas por eles. Essa iniciativa dos estudantes não foi bem aceita pelos demais donos de “fogueira”, pois lhes tirava a imunidade contra os derrubadores. A partir daí, então, os estudantes não mais podiam encostar numa “fogueira” que logo eram abordados para que não repetissem a batalha que tiveram com o Seu Tibúrcio. Contudo a experiência foi primeira e única. Nunca mais os estudantes derrubaram “fogueiras”.
E assim, os estudantes sentiram o prazer que os tradicionais "derrubadores de fogueiras" tinham só que foi uma experiência sem os riscos das queimaduras sofridas por eles. Essa iniciativa dos estudantes não foi bem aceita pelos demais donos de “fogueira”, pois lhes tirava a imunidade contra os derrubadores. A partir daí, então, os estudantes não mais podiam encostar numa “fogueira” que logo eram abordados para que não repetissem a batalha que tiveram com o Seu Tibúrcio. Contudo a experiência foi primeira e única. Nunca mais os estudantes derrubaram “fogueiras”.
EM TEMPO: Lá em minha casa, situada na Praça D. Máximo, nunca tivemos “fogueiras”, por vários motivos. Em primeiro lugar porque minha Mãe não tinha recursos financeiros para adquirir o galho de pajeú e muito menos desperdiçar coisas que necessitávamos pregando-as nos galhos como prêmios aos derrubadores. Segundo porque tio Custódio irmão de minha Mãe e nosso vizinho de casa, comemorava naquele dia o aniversário de casamento e era lá que a gente ia festejar o São João. Tio Custódio além de sempre fazer uma das maiores e melhores “fogueiras” da cidade era pródigo no fornecimento aos sobrinhos de muitos fogos relativamente inofensivos que eram gastos por nós, sem nenhuma economia. Havia muitos comes e bebes. Não havia razão, pois, para minha Mãe, sua irmã, vizinha e sem recursos financeiros, tentar fazer uma festa concorrente. Minha Mãe apenas por tradição acendia na porta de casa uma pilha de lenha de angico que ficava queimando até se consumir totalmente.
Fotos do Rio São Francisco: OS FEIRANTES
OS FEIRANTES
As barcas a motor diesel, que substituiram os vapores no transporte de pessoas e de mercadorias, são muito utilizadas pelos ribeirinhos quando se deslocam das ilhas onde moram para as sedes dos municípios onde se realizam as grandes feiras livres e onde têm condições de vender os seus produtos artesanais e agrícolas.
O arquipélago existente no Município de Xique-Xique, reune em suas ilhas um grande contingente de pequenos agricultores que nos fins de semana se dirigem à cidade para expor os vasos feitos de argila (barro de louça) e os poucos produtos derivados principalmente da agricultura da mandioca, tais como a farinha, o beiju, a tapioca, a puba, etc.
Toda essa movimentação é feita utilizando-se as barcas a motor.
Foto de Marcel Gautherot
Foto aérea de Xique-Xique: DO SATÉLITE
Esta é uma foto aérea da região onde está a cidade de Xique-Xique (BA), feita por satélite à grande altitude. Dessa altura, destinguem-se claramente o nosso grande Lago Ipueira, o Canal do Guaxinim que separa a Ilha do Gado Bravo da Ilha do Miradouro e ao longe, no canto superior esquerdo, a leito principal do Rio São Francisco.
Enchente 1979 - Fotos inéditas: Pr. Getúlio Vargas em Xique-Xique (BA)
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Evangelho Corpus Christi: JOÃO 6, 51-58
Quando o povo da antiga aliança atravessou o deserto, rumo à terra prometida, Deus fez cair do céu o maná, para que não morresse de fome.
Com sua vida, morte e ressurreição Jesus Cristo suscitou o Povo da nova aliança.
Neste novo Povo Deus derrama o Espírito Santo e o alimenta com o verdadeiro pão do céu: a Eucaristia.
Neste novo Povo Deus derrama o Espírito Santo e o alimenta com o verdadeiro pão do céu: a Eucaristia.
EVANGELHO DO CORPO E SANGUE DE CRISTO.
"Naquele tempo, disse Jesus às multidões dos judeus: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”. Os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?” Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que me recebe como alimento viverá por causa de mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre”.
PISCICULTURA EM XIQUE-XIQUE (BA)
No decorrer da festa de comemoração do aniversário de Xique-Xique, aconteceram, segundo o informado pelas mídias muitas coisas que alegraram e divertiram a população.
Mas, dentre os eventos ocorridos, podemos destacar o patrocinado pela CODEVASF-Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco que, em parceria com a Prefeitura Municipal, através do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Xique-Xique - CIRPA, manteve, durante todos os dias da festa, um quiosque para demonstrar aos xiquexiquenses os programas e projetos que estão sendo desenvolvidos nas áreas de recursos pesqueiros e irrigação. Durante todo o evento estavam presentes técnicos lotados na Estação de Piscicultura de Xique-Xique que com boa vontade faziam demonstrações aos visitantes.
O que chamou mais atenção foram os dois aquários contendo espécies de peixes nativos do Rio São Francisco tais como: Surubim, Mandim, Matrinxã, Curimatá, Piranha, Corvina e Piau pertencentes à Estação de Piscicultura da cidade.
O que chamou mais atenção foram os dois aquários contendo espécies de peixes nativos do Rio São Francisco tais como: Surubim, Mandim, Matrinxã, Curimatá, Piranha, Corvina e Piau pertencentes à Estação de Piscicultura da cidade.
Exposta, também, uma maquete do Projeto de Irrigação Baixio de Xique-Xique, que promete num futuro próximo, grandes transformações e uma nova era de prosperidade para o Município.
Segundo cálculo da CIRPA, o quiosque foi visitado por mais de 10.000 pessoas.
Estão de parabéns a CODEVASF e a Prefeitura Municipal de Xique-Xique, por incluírem nas festividades essa amostra tão importante para o conhecimento da coletividade.
PEIXAMENTO NO RIO SÃO FRANCISCO
O RIO SÃO FRANCISCO, NO TRECHO QUE BANHA O MUNICÍPIO DE XIQUE-XIQUE (BA), RECEBEU 30.000 ALEVINOS DA ESPÉCIE CURIMATÁ.
Em parceria com a Prefeitura Municipal de Xique-Xique (BA), o Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Xique-Xique, Unidade da CODEVASF, soltou 30.000 jovens Curimatãs, na altura do Distrito de Nova Iguira com o objetivo de aumentar a população desses peixes no Município.
Foi um dia de muitas alegrias e esperanças para os pescadores xiquexiquenses, pois, para eles, “O rio São Francisco é tudo, pois é através dele que se obtém o alimento, a renda e o lazer. Qualquer atitude que sirva para melhorar as condições do Velho Chico é sempre bem-vinda”.
Em parceria com a Prefeitura Municipal de Xique-Xique (BA), o Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Xique-Xique, Unidade da CODEVASF, soltou 30.000 jovens Curimatãs, na altura do Distrito de Nova Iguira com o objetivo de aumentar a população desses peixes no Município.
Foi um dia de muitas alegrias e esperanças para os pescadores xiquexiquenses, pois, para eles, “O rio São Francisco é tudo, pois é através dele que se obtém o alimento, a renda e o lazer. Qualquer atitude que sirva para melhorar as condições do Velho Chico é sempre bem-vinda”.
De parabéns a Prefeitura de Xique-Xique por promover tão importante evento.
Foto Denúncia: ESGOTO EM XIQUE-XIQUE (BA)
ESGOTO A CÉU ABERTO
O fedorento PAREDÃO, que conseguiu separar, definitivamente, o xiquexiquense da beira do rio, tem, também, o poder de esconder das vistas da população os esgotos que poluem o nosso Lago Ipueira.
O Lago, de águas mais ou menos paradas, a cada dia fica mais sujo e poluído concorrendo assim para uma diminuição dos peixes, motivado, talvez, pela redução do oxigênio na água.
É constante a queixa dos pescadores sobre a diminuição do pescado no Lago. Será que não é a poluição causada pelos esgotos domésticos que nele desaguam?
A beira do rio, mesmo estando escondida pelo PAREDÃO, merece uma atenção dos nossos poderes Estaduais e Municipais. É uma questão de saúde pública.
Foto Interessante: Feira Livre em Xique-Xique (BA)
Praça D. Máximo, decorada.
A feira livre de Xique-Xique, que começa na sexta-feira, cedo da manhã, a cada dia amplia a sua área de presença, já podendo ser comparada com as grandes feiras existentes em grandes cidades do Nordeste.
O interessante é que durante toda a sexta-feita a calçada norte do jardim da Praça D. Máximo fica tomada de vendedores de camisas de times de futebol, que expostas em cordas estendas entre as árvores, dão um ar de colorida decoração à Praça.
O grande sombreamento existente no logradouro é um estímulo à permanência definitiva dos feirantes.
terça-feira, 21 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
A FESTA DE XIQUE-XIQUE, DEU BODE
O BODE DA FESTA
O grande causídico xiquexiquense, Dr. Jorge Nogueira, desejando coroar a festa de aniversário de Xique-Xique (BA), oficialmente encerrada no dia 12 de junho, resolveu homenagear o ilustre visitante, seu primo e também xiquexiquense, Valtércio Nogueira, residente em Brasília, com um grande churrasco de um bode, animal especialmente escolhido dentre os componentes do seu selecionado criatório de caprinos nas extensas caatingas da região.
O bode escolhido, o mais belo exemplar do plantel do Dr. Jorge, foi oferecido ao homenageado, já abatido e esfolado precisando apenas de um local para ser preparado e degustado por um grupo seleto de comensais, especialmente convidado.
O grande banquete foi realizado na residência da Profa. Divina, no dia 13 de junho, que, com muita satisfação, abriu as portas da sua mansão e colocou à disposição do seleto grupo de convidados toda a sua experiência na arte culinária.
Comenta-se que o caprino sacrificado foi regiamente preparado e oferecido sob diversas modalidades: teve bode cozido, bode assado, costelinhas de bode, buchada de bode e outras iguarias criadas pela experiência e conhecimento da anfitriã.
Este Blog, motivado por tão importante evento, apresenta os parabéns ao Dr. Jorge Nogueira, pela justa homenagem prestada ao ilustre xiquexiquense Valtércio Nogueira, parabeniza, também a anfitriã Profa. Divina, pela disponibilidade e boa vontade em concretizar de maneira gostosa o presente oferecido e, na oportunidade, se solidariza com o grupo de convidados que, degustando um saboroso bode xiquexiquense com muita graça e espiritualidade encerraram dignamente a Festa da Cidade.
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