O Sr. Antônio Guedes de
Brito nasceu no ano de 1627 na cidade do Salvador (BA), filho do Sr. Antônio
de Brito Correia e de D. Maria Guedes de Brito.
Foi um dos grandes sertanistas do século XVII, tendo em 1650 sido chamado de “grande sertanejo e guerreador do índio hostil”,
ganhando o direito de ser “mestre de campo e regente do São Francisco”.
No ano de 1681
tornou-se coronel e, posteriormente, juiz do senado da
Bahia.
Por herança e por compras
tornou-se proprietário de 111 léguas de terras, além da metade de Mata de São João as quais com as doações do governo da Bahia, iam do Rio Itapicuru ao Rio São
Francisco e deste até o Rio Paraguaçu.
Na propriedade situada no Município de
Mata de São João (BA),
instalou a sede dos seus negócios, com o brasão de Barão da Casa da Ponte, construiu a casa sede e
residências para colonos e implantou canaviais, engenhos e usinas de
açúcar, fazendas e currais de gado.
A metrópole
portuguesa fez-lhe em reconhecimento pelos
relevantes serviços prestado a Bahia e ao Brasil, doação da margem direita do Rio São
Francisco, estendendo e abrangendo uma área de centenas de léguas quadradas,
desde a altura da Chapada Diamantina, incluindo Morro do chapéu, chegando até o
atual estado de Minas Gerais, na altura do Rio das Velhas.
Após a morte de Antônio Guedes de Brito, a sua filha Isabel Guedes de Brito nomeou o sertanista Manoel Nunes Viana, dando-lhe todo poder para administrar o milionário patrimônio rural da família.
Toda propriedade urbana e rural em toda a extensão da margem direita do Rio São Francisco, incluída nos limites do atual estado da Bahia teve origem e escritura pública no imenso latifúndio de Antônio Guedes de Brito – Barão da Casa da Ponte, incluindo aí as fazendas Praia, Saco dos Bois, Tiririca, Várzea Grande, Marrecas, Riacho Grande, São Domingos, Canabrava do Gonçalo, Olho d’Água do Gonçalo, Riacho de Areia, Lagoa de Canabrava, São Gabriel, Fazendinha, Carnaúba, Riacho Largo, Roça de Dentro, Matinha, Maxixe, Gavião Forquilha, Vacaria e uma infinidade de outras propriedades mais que seculares.
No município de Xique-Xique (BA) Antônio Guedes de Brito situou em
No livro de autoria
de Massimo Ricardo Benedictis, A Bahia de
Hoje, volume II, página 34, está escrito, referindo-se a origem da
propriedade histórica do espaço onde se localiza o município de Senhor do
Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique: “Em
1663, o então Rei de Portugal doou ao Conde da Casa da Ponte a área de terras
onde depois seria criado o município (de Xique-Xique BA)”.
Fonte: "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique", de Cassimiro Neto.
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