O primeiro título do Brasil e o surgimento do Rei
A sexta Copa, com 35 jogos e 126 gols, foi realizada na Suécia no ano de 1958 e pela primeira vez o Brasil sagrou-se campeão mundial. O jogo final foi realizado contra a Suécia que perdeu por 5 x 2. Fontaine, da França, com 13 gols, foi o da Copa.
Foi a primeira é até hoje única Copa que contou com a
participação de todas as seleções do Reino Unido: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Só os dois últimos se classificaram para o mata-mata e
caíram no primeiro jogo.
Brasil e Inglaterra protagonizaram o primeiro O x O da
história das Copas.
Depois do jogo, o técnico Vicente Feola escalou Zito,
Garrincha e Pelé no time principal, dando adeus à retranca. A seleção engrenou.
Feito em cima da hora para a Copa, o hino brasileiro "A Taça do Mundo é Nossa" virou hit nacional. A
música foi cantada por muitos carnavais nos anos seguintes.
Pelé
era apenas um garoto de 17 anos quase desconhecido quando chegou à Suécia, em
1958, para disputar a sexta Copa do Mundo da história. Mas a goleada por 5 x 2
sobre os donos da casa na final e uma atuação de gala ao lado de outro gênio,
Garrincha, foram suficientes para dar início à mística que até hoje cerca
aquele que depois foi chamado de “Atleta do Século”.
Após
a frustração diante da própria torcida, em 1950, o Brasil enfim chegou ao
título no Estádio Rasunda e se tornou o primeiro país a erguer a taça fora de
seu continente. A Copa na Suécia também consagrou o atacante francês Just
Fontaine, cujo recorde de gols (13 em seis jogos) permanece até hoje.
A
maior novidade foi que o torneio teve cobertura televisiva internacional pela
primeira vez. Três seleções estrearam em Copas do Mundo: União Soviética, País
de Gales e Irlanda do Norte. Os dois últimos, ao lado de Inglaterra e Escócia,
garantiram que os quatro selecionados britânicos disputassem juntos uma Copa do
Mundo da FIFA pela primeira e única vez até hoje.
Os
ingleses não foram muito longe e acabaram eliminados pelos soviéticos, embora
tenham conseguido segurar o primeiro 0 x 0 da história das Copas, diante do
Brasil. Já o País de Gales e a Irlanda do Norte venceram as partidas de
desempate da primeira fase contra Hungria e Tchecoslováquia, respectivamente.
Nas quartas de final, os galeses tiveram pela frente os brasileiros. Resultado:
1 x 0 para o time canarinho, com gol de Pelé, o primeiro dos 12 marcados por
ele em quatro edições da Copa do Mundo.
A
anfitriã Suécia permitira que jogadores profissionais atuassem pela seleção
nacional e, assim, conseguiu fortalecer seu time, que, mesmo desacreditado,
despachou os soviéticos e depois a Alemanha Ocidental para chegar à final.
Sob
o comando do técnico Vicente Feola, a seleção brasileira treinou forte por três
meses e excursionou pela Europa antes de chegar à Suécia. A inovação tática do
sistema 4-2-4 era uma aposta do treinador, mas o time só deslanchou a partir da
última partida da fase de grupos, quando Pelé e Garrincha foram escalados: 2 x
0 na União Soviética.
Na
semifinal, jogo duro entre França e Brasil. Vavá abriu o marcador e Fontaine
empatou, mas os brasileiros foram para o intervalo em vantagem no marcador
graças a um gol de Didi. No segundo tempo, a seleção brasileira aproveitou que
os franceses ficaram com um homem a menos, por causa da lesão do zagueiro Bob
Jonquet, e coube a Pelé a tarefa de definir a vitória. Ele marcou três gols e
selou os 5 x 2.
Seleção campeã. |
Outra
goleada viria na grande decisão. O Brasil entrou com camisas azuis, já que a
Suécia jogava de amarelo. E foram os donos da casa que saíram na frente, logo
aos 4 minutos, com gol de Liedholm. Mas Vavá e Pelé marcaram dois gols
cada e Zagallo fechou a conta. Com a simpatia dos suecos desde o começo do
torneio, os brasileiros fizeram a festa no Estádio Rasunda, dando a volta
olímpica com a bandeira da Suécia. O público também presenciou um nobre
encontro: o rei sueco Gustavo Adolfo foi ao gramado felicitar os campeões do
mundo, incluindo Pelé, que começava seu próprio reinado.
Fonte: Fifa
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