Chile - Estádio Nacional |
A consagração de Garrincha
A sétima Copa, com 32 jogos e 89 gols, foi realizada no Chile, no ano de 1962, ocasião em que o Brasil sagrou-se bicampeão mundial. O jogo final foi realizado contra a Tchecoslováquia que perdeu por 3 x 1.
Em maio de 1960, o Chile foi atingido por um grande terremoto e por isso a Copa foi realizada em quatro estádios - Santiago do Chile, Vinha del Mar, Roncagua e Arica - em vez dos oito planejados.
Pelé se machucou logo no segundo jogo, um O x O contra a
Tchecoslováquia. Coube ao goleador Amarildo e a Garrincha, o craque da Copa, suprirem sua ausência. Na semifinal contra o Chile, Garrincha fez dois gols e
comandou a vitória brasileira por 4 a 2. No fim do jogo, porém, acabou expulso.
A sorte foi que o juiz não relatou na súmula. Sem provas da suspensão, o ponta foi liberado para jogar a
final.
O destaque era o Estádio Nacional de Santiago, com as montanhas cobertas de neve da Cordilheira dos Andes ao fundo como cenário.
O
Brasil entrou em campo para defender o título. Depois de encantar o mundo em
1958, Pelé chegou ao Chile já com status de gênio da bola aos 21 anos de idade.
Uma contusão do craque logo na segunda partida, no entanto, obrigou a Seleção Brasileira a procurar outras alternativas. E o Brasil tinha pelo menos dois trunfos para levar o bicampeonato: o intempestivo Garrincha e Amarildo, o Possesso, designado para substituir o camisa 10.
Aos 25 anos, no auge da carreira, Garrincha fez de tudo nos gramados chilenos, naquele que depois seria reconhecido como o maior momento do Anjo de Pernas Tortas. Ele marcou quatro gols no torneio e foi descrito pelo jornal francês L'Equipe como "o ponta-direita mais extraordinário que o futebol já conheceu."
A base da delegação brasileira era de campeões mundiais em 1958, mas com um novo comandante: o técnico Aymoré Moreira, que assumiu o cargo por causa dos problemas de saúde de Vicente Feola. Irmão de Zezé Moreira, que havia dirigido o Brasil em 1954 na Suíça, Aymoré apostou no esquema tático 4-3-3. No primeiro jogo, vitória de 2 x 0 sobre o México, com gols de Zagallo e Pelé. Mas contra a Tchecoslováquia, Pelé deixou o campo com uma lesão na coxa esquerda.
Diante da Espanha, que contava com o húngaro naturalizado Puskas, o Brasil teve dificuldades: saiu atrás com um gol de Adelardo Rodriguez. Mas foi justamente o substituto de Pelé que salvou a pátria. Amarildo fez dois gols e decretou a vitória por 2 x 1.
O adversário das quartas de final foi a Inglaterra. O jogo teve direito até a um cachorro que invadiu o campo, mas quem brilhou mesmo foi o endiabrado Garrincha. Ele abriu o placar, cobrou a falta que resultou no segundo gol, de Vavá, e fechou a conta com um petardo de fora da área: 3 x 1 Brasil.
Os anfitriões contavam com 80 mil vozes a favor para levá-los à final, mas o que os chilenos viram na semifinal foi mais um show de Garrincha. Ele marcou dois gols e ajudou o Brasil a golear por 4 x 2. Vavá fez os outros tentos brasileiros no jogo. A seleção chilena teria de se contentar com o terceiro lugar.
Na final, de novo a Tchecoslováquia. Os comandados de Rudolf Vytlacil haviam empatado com o Brasil na primeira fase, mas na final eram claramente os azarões. Mesmo assim, foram os tchecos que abriram o marcador, com Josef Masopust, meia que receberia o prêmio Bola de Ouro da revista France Football no final daquele ano.
A alegria durou pouco. Dois minutos depois, Amarildo enganou o goleiro Schroif com um chute quase sem ângulo pelo lado esquerdo. No segundo tempo, Amarildo cruzou para Zito arrematar de cabeça, virando o jogo para os brasileiros. Depois da falha de Schroif em uma bola lançada na área, Vavá selou a vitória por 3 x 1. O mundo era verde e amarelo mais uma vez.
O destaque era o Estádio Nacional de Santiago, com as montanhas cobertas de neve da Cordilheira dos Andes ao fundo como cenário.
Uma contusão do craque logo na segunda partida, no entanto, obrigou a Seleção Brasileira a procurar outras alternativas. E o Brasil tinha pelo menos dois trunfos para levar o bicampeonato: o intempestivo Garrincha e Amarildo, o Possesso, designado para substituir o camisa 10.
Aos 25 anos, no auge da carreira, Garrincha fez de tudo nos gramados chilenos, naquele que depois seria reconhecido como o maior momento do Anjo de Pernas Tortas. Ele marcou quatro gols no torneio e foi descrito pelo jornal francês L'Equipe como "o ponta-direita mais extraordinário que o futebol já conheceu."
A base da delegação brasileira era de campeões mundiais em 1958, mas com um novo comandante: o técnico Aymoré Moreira, que assumiu o cargo por causa dos problemas de saúde de Vicente Feola. Irmão de Zezé Moreira, que havia dirigido o Brasil em 1954 na Suíça, Aymoré apostou no esquema tático 4-3-3. No primeiro jogo, vitória de 2 x 0 sobre o México, com gols de Zagallo e Pelé. Mas contra a Tchecoslováquia, Pelé deixou o campo com uma lesão na coxa esquerda.
Diante da Espanha, que contava com o húngaro naturalizado Puskas, o Brasil teve dificuldades: saiu atrás com um gol de Adelardo Rodriguez. Mas foi justamente o substituto de Pelé que salvou a pátria. Amarildo fez dois gols e decretou a vitória por 2 x 1.
O adversário das quartas de final foi a Inglaterra. O jogo teve direito até a um cachorro que invadiu o campo, mas quem brilhou mesmo foi o endiabrado Garrincha. Ele abriu o placar, cobrou a falta que resultou no segundo gol, de Vavá, e fechou a conta com um petardo de fora da área: 3 x 1 Brasil.
Os anfitriões contavam com 80 mil vozes a favor para levá-los à final, mas o que os chilenos viram na semifinal foi mais um show de Garrincha. Ele marcou dois gols e ajudou o Brasil a golear por 4 x 2. Vavá fez os outros tentos brasileiros no jogo. A seleção chilena teria de se contentar com o terceiro lugar.
Na final, de novo a Tchecoslováquia. Os comandados de Rudolf Vytlacil haviam empatado com o Brasil na primeira fase, mas na final eram claramente os azarões. Mesmo assim, foram os tchecos que abriram o marcador, com Josef Masopust, meia que receberia o prêmio Bola de Ouro da revista France Football no final daquele ano.
A alegria durou pouco. Dois minutos depois, Amarildo enganou o goleiro Schroif com um chute quase sem ângulo pelo lado esquerdo. No segundo tempo, Amarildo cruzou para Zito arrematar de cabeça, virando o jogo para os brasileiros. Depois da falha de Schroif em uma bola lançada na área, Vavá selou a vitória por 3 x 1. O mundo era verde e amarelo mais uma vez.
Fonte: FIFA
Brasil - Seleção de 1962 |
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