Intendente Francisco José Correia
– 1904-1908 –
Eleição: 04 de fevereiro de 1904.
Mandato: 28 de maio de 1904-28 de maio de 1908.
Presidentes da República: Francisco de Paulo Rodrigues Alves (15.11.1902- 15.11.1906) e Afonso Augusto Moreira Pena (15.11.1906-14.06.1909)
Governador da Bahia: José Marcelino de Souza (28.05.1904-28.05.1908).
Em eleição realizada no dia 04 de fevereiro de 1904, foi eleito o sexto Intendente de Xiquexique, Cel. Francisco José Correia, que no período do seu mandato – 28.05.1904 a 28.05.1908 - foi auxiliado pelos seguintes Conselheiros Municipais, também eleitos nessa data: Cel. Francisco Xavier Guimarães, Cel. Manoel Teixeira de Carvalho, Cel. Joaquim Honorato de Souza, Cel. Manoel Antunes Bastos e Cel. Lithercílio Baptista da Rocha
As providências do Intendente anterior, Cel. Praxedes da Rocha para resolver o problema dos desempregados com a queda da produção da borracha de maniçoba, tentando arranjar empregos nas fazendos dos amigos ou comprando passagens de vapor para que os desempregados retornassem às suas cidades de origem não sanaram o problema e, quando o Cel. Francisco José Correia assumiu a administração da cidade, em maio de 1904, uma grande crise começava a se desenhar no horizonte.
No começo de 1905 o governador da Bahia, José Marcelino de Souza, decide, acompanhado de uma comitiva de 20 pessoas, visitar os sertões do Estado, inclusive a região São Franciscana. Para isso embarcou num trem de ferro especial da Leste Brasileira e viajou até Juazeiro (BA), fazendo uma parada em cada cidade à margem dos trilhos, quando, em contatos com a comunidade e as autoridades municipais tomava conhecimento dos problemas e das necessidades municipais. Ao chegar em Juazeiro, embarcou num vapor da Companhia Baiana e, em cada cidade à margem do Rio São Francisco, desembarcava e permanecia ali por 24 horas.
Como Xiquexique não dispunha de hotéis para hospedar a ilustre comitiva, o Padre Francisco Sampaio se ofereceu para preparar a recepção e arranjar as casas para hospedar o governador da Bahia e a sua caravana, no que foi plenamente aceiro pelo Intendente. Após a instalação da comitiva do Governador na cidade, o Padre Francisco Sampaio, atendendo pedido do Intendente Francisco José Correia, preparou um documento, contendo informações importantes sobre a situação de Xiquexique, no qual implorava ao Governador uma solução para o sofrimento de milhares de homens desempregados que perambulavam, maltrapilhos e famintos pelas ruas da cidade. O intendente municipal, aproveitando a oportunidade solicitou, ainda, uma escola, um médico e a construção de aguadas na caatinga do município.
O Governador constatando a difícil situação em que se encontrava a população e os flagelados, fez promessas de que mandaria os recursos para resolver e embarcou com destino a Barra. Mas, infelizmente o tempo passava, e nenhuma providência foi tomada pelo Governador para resolver os problemas sociais constatados pessoalmente em Xiquexique. A crise toma ares de calamidade, pois Xiquexique estava tomada por centenas de homens em busca de um cantinho para se alojar, de um dia de serviço em troca de um prato de comida, maltrapilhos, mal encarados, desesperados, prontos a fazer qualquer coisa para matar a fome.
O Intendente ficou bastante decepcionado com o descaso do Governador para com a situação por ele vista e passou a se preocupar com muita intensidade com os inúmeros cidadãos flagelados pelo desemprego e pelas necessidades cotidianas. Seguindo o exemplo do seu antecessor reuniu-se com proprietários e fazendeiros, buscando sugestões e cooperação para recolocar muitos daqueles cidadãos. Muitos foram trabalhar como vaqueiros e capatazes, mas, grande número de desempregado ainda permanecia perambulando pelas ruas e a Intendência não dispunha de recursos financeiros para lhes pagar as passagens nos vapores que desciam para Juazeiro ou subiam para Pirapora. Teve, pois, que conviver com esse problema, sempre com soluções paliativas, até o final do mandato.
Durante o mandato do Cel. Francisco José Correia, nasceram em Xiquexique:
31 de maio de 1904: Nélson Alves de Almeida, xiquexiquense por adoção nascido em Gentio do Ouro(BA), tendo dedicado sua via ao comércio e à política. Casou-se com Amália de Figueiredo Almeida, tendo nove filhos: Nancy, Neide, Odete, Naldete, Neitinha, Nílson, Newton, Nivaldo e Neuron. Por várias vezes Nélson Alves de Almeida disputou o cargo de prefeito municipal de Xiquexique.
14 de junho de 1906: João Pereira de Carvalho, JOÃO GRANDE, outro xiquexiquense por adoção nascido no município de Hidrolândia (BA). Casou-se com Virgínia Rocha Carvalho, fixaram residência em Xiquexique e tiveram cinco filhos: Nenízia, Gladys, Darcy, Maria Elda e João Alberto. Foi funcionário do Ministério da Aeronáutica, na função de administrador do campo de avião de Xiquexique.
24 de junho de 1904: Joaquina Nogueira Miranda (D. Quininha), filha de Joaquim de Souza Nogueira e de Ana Rosa de Moraes Nogueira. Casou-se com o Sr. Aurélio Gomes Miranda, no dia 06 de fevereiro de 1923, na cidade de Xiquexique e tiveram cinco filhos: Geny, Ezir, Neide, Yeda e Carlos Ney.
– 1904-1908 –
Eleição: 04 de fevereiro de 1904.
Mandato: 28 de maio de 1904-28 de maio de 1908.
Presidentes da República: Francisco de Paulo Rodrigues Alves (15.11.1902- 15.11.1906) e Afonso Augusto Moreira Pena (15.11.1906-14.06.1909)
Governador da Bahia: José Marcelino de Souza (28.05.1904-28.05.1908).
Em eleição realizada no dia 04 de fevereiro de 1904, foi eleito o sexto Intendente de Xiquexique, Cel. Francisco José Correia, que no período do seu mandato – 28.05.1904 a 28.05.1908 - foi auxiliado pelos seguintes Conselheiros Municipais, também eleitos nessa data: Cel. Francisco Xavier Guimarães, Cel. Manoel Teixeira de Carvalho, Cel. Joaquim Honorato de Souza, Cel. Manoel Antunes Bastos e Cel. Lithercílio Baptista da Rocha
As providências do Intendente anterior, Cel. Praxedes da Rocha para resolver o problema dos desempregados com a queda da produção da borracha de maniçoba, tentando arranjar empregos nas fazendos dos amigos ou comprando passagens de vapor para que os desempregados retornassem às suas cidades de origem não sanaram o problema e, quando o Cel. Francisco José Correia assumiu a administração da cidade, em maio de 1904, uma grande crise começava a se desenhar no horizonte.
No começo de 1905 o governador da Bahia, José Marcelino de Souza, decide, acompanhado de uma comitiva de 20 pessoas, visitar os sertões do Estado, inclusive a região São Franciscana. Para isso embarcou num trem de ferro especial da Leste Brasileira e viajou até Juazeiro (BA), fazendo uma parada em cada cidade à margem dos trilhos, quando, em contatos com a comunidade e as autoridades municipais tomava conhecimento dos problemas e das necessidades municipais. Ao chegar em Juazeiro, embarcou num vapor da Companhia Baiana e, em cada cidade à margem do Rio São Francisco, desembarcava e permanecia ali por 24 horas.
Como Xiquexique não dispunha de hotéis para hospedar a ilustre comitiva, o Padre Francisco Sampaio se ofereceu para preparar a recepção e arranjar as casas para hospedar o governador da Bahia e a sua caravana, no que foi plenamente aceiro pelo Intendente. Após a instalação da comitiva do Governador na cidade, o Padre Francisco Sampaio, atendendo pedido do Intendente Francisco José Correia, preparou um documento, contendo informações importantes sobre a situação de Xiquexique, no qual implorava ao Governador uma solução para o sofrimento de milhares de homens desempregados que perambulavam, maltrapilhos e famintos pelas ruas da cidade. O intendente municipal, aproveitando a oportunidade solicitou, ainda, uma escola, um médico e a construção de aguadas na caatinga do município.
O Governador constatando a difícil situação em que se encontrava a população e os flagelados, fez promessas de que mandaria os recursos para resolver e embarcou com destino a Barra. Mas, infelizmente o tempo passava, e nenhuma providência foi tomada pelo Governador para resolver os problemas sociais constatados pessoalmente em Xiquexique. A crise toma ares de calamidade, pois Xiquexique estava tomada por centenas de homens em busca de um cantinho para se alojar, de um dia de serviço em troca de um prato de comida, maltrapilhos, mal encarados, desesperados, prontos a fazer qualquer coisa para matar a fome.
O Intendente ficou bastante decepcionado com o descaso do Governador para com a situação por ele vista e passou a se preocupar com muita intensidade com os inúmeros cidadãos flagelados pelo desemprego e pelas necessidades cotidianas. Seguindo o exemplo do seu antecessor reuniu-se com proprietários e fazendeiros, buscando sugestões e cooperação para recolocar muitos daqueles cidadãos. Muitos foram trabalhar como vaqueiros e capatazes, mas, grande número de desempregado ainda permanecia perambulando pelas ruas e a Intendência não dispunha de recursos financeiros para lhes pagar as passagens nos vapores que desciam para Juazeiro ou subiam para Pirapora. Teve, pois, que conviver com esse problema, sempre com soluções paliativas, até o final do mandato.
Durante o mandato do Cel. Francisco José Correia, nasceram em Xiquexique:
31 de maio de 1904: Nélson Alves de Almeida, xiquexiquense por adoção nascido em Gentio do Ouro(BA), tendo dedicado sua via ao comércio e à política. Casou-se com Amália de Figueiredo Almeida, tendo nove filhos: Nancy, Neide, Odete, Naldete, Neitinha, Nílson, Newton, Nivaldo e Neuron. Por várias vezes Nélson Alves de Almeida disputou o cargo de prefeito municipal de Xiquexique.
14 de junho de 1906: João Pereira de Carvalho, JOÃO GRANDE, outro xiquexiquense por adoção nascido no município de Hidrolândia (BA). Casou-se com Virgínia Rocha Carvalho, fixaram residência em Xiquexique e tiveram cinco filhos: Nenízia, Gladys, Darcy, Maria Elda e João Alberto. Foi funcionário do Ministério da Aeronáutica, na função de administrador do campo de avião de Xiquexique.
24 de junho de 1904: Joaquina Nogueira Miranda (D. Quininha), filha de Joaquim de Souza Nogueira e de Ana Rosa de Moraes Nogueira. Casou-se com o Sr. Aurélio Gomes Miranda, no dia 06 de fevereiro de 1923, na cidade de Xiquexique e tiveram cinco filhos: Geny, Ezir, Neide, Yeda e Carlos Ney.
OBS.: Informações extraídas e selecionadas do livro "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique Chique". Ed. 1999. Autor: Cassimiro Machado Neto.
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