PIRANHA
Nome Comum: Piranha
Nome Cientifico: Serrasalmus nattereri
Filo: Chordata
Superclasse: Pisces
Classe: Osteichthyes
Ordem: Cypriniformes
Família: Characidae
A PIRANHA é o peixe mais temido do Rio São Francisco, podendo atingir até 50 cm de comprimento. São tenebrosos os casos e estórias que a gente ouvia, quando menino, nas rodas de conversas com outras crianças em baixo de um poste de luz ou mesmo à luz do luar quando a energia elétrica deixava de funcionar em Xiquexique, o que não era muito raro. Essas estórias sempre tinham indícios de verdade quando, à tardinha, na beira do rio, anzol na mão utilizando isca de mihoca, costumávamos pescar, além de mandis, várias piranhas, tanto as brancas quanto as amarelas. Mas, o temor de um ataque logo era esquecido quando no dia seguinte á beira do rio a gente se dispunha a dar uma mergulhada na Ipueira. Sabíamos que aquelas águas eram cheias de piranha. Não as grandes de 40 ou 50 cm, mas umas pequenas de no máximo 10 cm, talvez filhotes, mas tão perigosas quanto às piranhas mães. Mas, mesmo assim, levados pela irresponsabilidade da meninice nos arriscávamos a vários mergulhos. Nunca aconteceu de um de nós ser atacado por algum desses peixes. Parece até que elas fugiam assustadas com o barulho que fazíamos na água.
Embora muito feroz e sempre se apresentar em cardumes, a piranha não parece, à primeira vista um peixe perigoso. É pequena, azulada, com um delgado corpo com 30 cm de comprimento, em média. A boca, não obstante o pequeno tamanho, é provida de dentes fortes, triangulares e afiados como navalhas, permitindo pela disposição e anatomia dos mesmos que a piranha arranque grandes pedaços de carne da presa a cada dentada ou mesmo cortar com facilidade qualquer linha de pesca mesmo as de aço. Tem mandíbulas fortíssimas e a força da sua mordida é considerada como proporcionalmente a de um cão BulDog.
É estória corrente nas beiradas do Rio São Francisco em Xiquexique que quando havia necessidade de trazer o gado das ilhas para a terra firme os vaqueiros sacrificavam um animal às piranhas para que enquanto elas se distraiam com banquete eles pudessem atravessar o rio com o restante do rebanho. O processo de atrair as piranhas era feito ferindo o animal a ser sacrificado e colocando-o no rio. O sangue que jorra do boi ferido atrai o cardume de vorazes piranhas que atacam o animal com grande ferocidade fazendo a água ferver e se avermelhar. Em poucos minutos resta apenas o esqueleto do animal, completamente limpo. Daí surgiu a expressão “boi de piranha”.
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