domingo, 21 de fevereiro de 2010

Intendentes e Prefeitos de Xiquexique: Cel. Francisco Xavier

Intendente Francisco Xavier Guimarães
– 1923-1924


Mandato: 30 de julho de 1923-02 de abril de 1924.
Presidente da República: Artur da Silva Bernardes (15.11.1922-15.11.1926).
Governadores da Bahia: José Joaquim Seabra (28.03.1920-28.03.1924) e
Francisco Marques de Góes Calmon (28.03.1924-28.03.1928).

No dia 12 de julho de 1923, durante a audiência com o Governador da Bahia, o Cel. Genuíno Carvalho dos Santos, 13º Intendente Municipal de Xiquexique, renunciou ao mandato e solicitou ao Governador que em seu lugar fosse designado o Cel. Francisco Xavier Guimarães, seu antecessor, que, por questões de saúde, renunciara ao mandato, já estando, no entanto com a saúde completamente recuperada e em condições de continuar o seu trabalho em prol do Município.
Em atenção ao pedido do Cel. Genuíno Carvalho dos Santos, e estando presentes os dois interessados no assunto, o Governador assinou o decreto, publicado em 17.07.1923, nomeando, pela segunda vez, o Cel. Francisco Xavier Guimarães, agora como o 14º Intendente Municipal. O Governador manteve nos cargos os membros do Conselho Municipal constituído dos seguintes cidadãos: Cel. José de Souza Nogueira, Cel. Agrário de Magalhães Avelino, Cel. Manoel Antunes Bastos, Cel. Zoroastro Ferreira Lustosa e Cel. Joaquim Honorato de Souza.
O novo Intendente Municipal dando continuidade à sua administração anterior, período de 1920-1922, dedica a sua atenção a dois assuntos por ele considerados da maior importância: a alfabetização de crianças e adolescentes e a saúde de toda a população do município.
Por isso determinou que deveria ser construído, com a máxima urgência um prédio onde deveria funcionar seu primeiro grupo escolar de Xiquexique, mantido pelo poder público. Por isso, sempre que viajava para Salvador, passando por Juazeiro (BA)., pois utilizava os vapores do São Francisco, o Intendente ficava observando as escolas ali existentes procurando identificar uma construção que pudesse ser feita em Xiquexique, conciliando necessidade e a renda municipal.
Pensava, também em construir um posto de puericultura para o qual pudesse contratar os serviços permanentes de um médico e de uma enfermeira para assistir de forma mais eficaz às crianças e as gestantes. Para esse atendimento alugou uma casa residencial, que ficou conhecida como Posto de Puericultura e a adaptou-a para abrigar o atendimento que seria prestado por um médico residente na cidade da Barra, que vinha a Xiquexique uma vez por semana, na sexta-feira. Foi o máximo que o Intendente conseguiu fazer em prol da população, haja vista a reduzida receita municipal. Não lhe foi possível, nesse mandato, construir o Prédio Escolar que tanto desejava.
No ano de 1923, a Constituição da Bahia, foi reformada permitindo que o número de Conselheiros Municipais fosse alterada em função da população do município. Além da alteração do número de Conselheiros, a Constituição reformada permitia que a função de Intendente Municipal foi exercida pelo Conselheiro eleito presidente do Conselho. Assim, o Intendente não mais seria nomeado pelo Governador do Estado e sim escolhido pelos Conselheiros Municipais. No caso específico de Xiquexique, o número de Conselheiros foi alterado de cinco para sete participantes em função da população que já beirava os 5.000 pessoas na sede e 15.000 pessoas no Município.
OBS.: Informações extraídas e selecionadas do livro "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique Chique". Ed. 1999. Autor: Cassimiro Machado Neto.

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