BARCA À VELA E À VARA
A atividade comercial sempre foi muito intensa e exaustivamente praticada por todas as cidade situadas na beira do Rio São Francisco.
Como não existiam rodovias ligando essas comunidades o intercâmbio comercial era feito com a utilização das barcas, que antes do advento dos motores a diesel eram movidas a vela e à vara.
A foto ao lado, muito antiga, registra fidedignamente como eram essas barcas. Construções avantajadas, se comparadas à pequena canoa ao lado, mas simples e fabricadas nas cidades ribeirinhas sem muita preocupação com a tecnologia. Como proteção contra as intempéries, pois a familia do barqueiro alí morava, a barca dispunha de um "camarote" coberto com palha de carnaúba, onde se alojava a referida família. Como meio propulsor, além dos ventos que enfunavam suas velas, costumava trazer, para enfrentar eventuais calmarias, grandes varas de madeira que eram utilizadas pelos "remeiros", homens fortes e acostumados ao trabalho pesado, para promover o deslocamento da embarcação ou mesmo desencalhá-las quando, por um descuido do "prático", assentavam em um banco de areia, que a gente conhecia como "coroa".
Naturalmente que não faltava a indefectível carranca presa na proa da barca para, segundo alguns exegetas, espantar os maus espíritos que povoavam as águas.
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