O CENTENÁRIO DE XIQUE-XIQUE
06 de julho de 1932
Não obstante já estar se tornando uma tradição, a anual Festa da Cidade realizada no dia 13 de junho em comemoração ao aniversário de Xique-Xique, existem, no entanto, alguns históricos pesquisadores que insistem na mudança da data da festa argumentando que Xique-Xique surgiu como cidade em outro dia e em outro ano.
Segundo o nosso historiador CASSIMIRO MACHADO NETO, em seu livro “Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique” Ed. 1999, "o Município de Xique-Xique (BA) foi emancipado do Município de Jacobina (BA) no dia 06 de julho de 1832, por Decreto do Conselho Provincial da Bahia, tendo sido instalado no dia 23 de outubro de 1834, com a posse da primeira Câmara de Vereadores, composta por 7 vereadores eleitos pelo povo. Informa ainda o nosso historiador que a sede do município permaneceu durante 96 anos com a denominação de VILA, pois, pela Constituição Imperial, de 25 de março de 1824, esse era o nome dado a todo município que fosse criado cuja sede tivesse menos de (5.000) cinco mil habitantes. Somente em 13 de junho de 1928, quando a sede do município atingiu a marca de 5.000 habitantes, recebeu a denominação de CIDADE, através da Lei Estadual nº 2.082."
Em função dessas históricas informações o Prefeito Municipal Cel. José de Souza Nogueira, (1930-1933), resolveu comemorar o centenário da emancipação política da cidade no dia 06 de julho de 1932, festa que foi amplamente divulgada pelo semanário A LUZ, edição de 02.07.1932, com o seguinte título:
06 de julho de 1932
Não obstante já estar se tornando uma tradição, a anual Festa da Cidade realizada no dia 13 de junho em comemoração ao aniversário de Xique-Xique, existem, no entanto, alguns históricos pesquisadores que insistem na mudança da data da festa argumentando que Xique-Xique surgiu como cidade em outro dia e em outro ano.
Segundo o nosso historiador CASSIMIRO MACHADO NETO, em seu livro “Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique” Ed. 1999, "o Município de Xique-Xique (BA) foi emancipado do Município de Jacobina (BA) no dia 06 de julho de 1832, por Decreto do Conselho Provincial da Bahia, tendo sido instalado no dia 23 de outubro de 1834, com a posse da primeira Câmara de Vereadores, composta por 7 vereadores eleitos pelo povo. Informa ainda o nosso historiador que a sede do município permaneceu durante 96 anos com a denominação de VILA, pois, pela Constituição Imperial, de 25 de março de 1824, esse era o nome dado a todo município que fosse criado cuja sede tivesse menos de (5.000) cinco mil habitantes. Somente em 13 de junho de 1928, quando a sede do município atingiu a marca de 5.000 habitantes, recebeu a denominação de CIDADE, através da Lei Estadual nº 2.082."
Em função dessas históricas informações o Prefeito Municipal Cel. José de Souza Nogueira, (1930-1933), resolveu comemorar o centenário da emancipação política da cidade no dia 06 de julho de 1932, festa que foi amplamente divulgada pelo semanário A LUZ, edição de 02.07.1932, com o seguinte título:
“Como Vai Ser Solenizado o CENTENÁRIO DE EMANCIPAÇÃO DE CHIQUE- CHIQUE”.
Apesar do momento não ser oportuno, reina grande entusiasmo na população desta Cidade, que sem medir sacrifícios, está concorrendo para o realce da comemoração do centenário da elevação à vila.
O União Futebol Clube, recentemente organizado, está à frente com um bom programa para encher a tarde de alegria (...); (...) com uma partida dos seus dois grupos denominados Botafogo e Ipiranga.
O hipódromo tomará parte também inaugurando o seu campo nesta tarde, com boas corridas.
O Grupo Dramático 6 de Julho solenizará encenando o atraente drama “O Filho Natural” e a engraçada comédia “A Casa de Doidos”.
Informa ainda o semanário, intensamente pesquisado pelo historiador CASSIMIRO MACHADO NETO, que foram realizadas palestras, desfile dos estudantes, um desfile de cavaleiros representando todos os distritos do município; um baile patrocinado pela Prefeitura Municipal realizado em seus salões e vários discursos proferidos por Dr. Vítor Farani, Promotor Público de Xique-Xique, Dr. Oscar Coelho de Aquino, médico da cidade, Dr. Vanderlino de Souza Nogueira, Juiz Municipal de Açuruá, encerrando-se o evento com o discurso do Dr. Philemon Cecílio de Souza, Juiz de Direito da Comarca.
A reportagem é concluida com a relação dos colaboradores da festa do centenário de Xique-Xique: Cel. José de Souza Nogueira, Prefeito, Cel. Francisco Xavier Guimarães, Cel. Gustavo Pinheiro de Alcântara, Dr. Philemon Cecílio de Souza, Dr. Vanderlino de Souza Nogueira, Dr. Vítor Farani, monsenhor Costa, Cel. Hermenegildo de Souza Nogueira, Cel. Lithercílio Batista da Rocha, Cel. Manoel Teixeira de Carvalho, Sr. Francolino José dos Santos, Cel. Agrário de Magalhães Avelino, tenente Manoel Nunes Damásio, Sr. Laurindo A. Roiz Soares, Sr. José Custódio de Morais, Sr. João Batista Avelino, Sr. João Rodrigues Soares, Sr. Eusébio Ferreira de Brito, Sr. Manoel Custódio de Morais, Sr. João Xavier Guimarães, Sr. Luiz Alves Bessa, Sr. Valdemar Franca, Sr. João Ribeiro Cunha, Sr. Filadelfo Miranda, Sr. Vanderlino Moreira, Sra. Mariana Bastos, Sr. Júlio Afonso e Sr. Tiburtino Barreto.
Para marcar a importante festa da comemoração do centenário da cidade o Prefeito Cel. José de Souza Nogueira construiu uma pequena pracinha nos fundos da Igreja Matriz à qual denominou de Praça 6 de julho.
Essa Pracinha foi a escolhida,mais tarde, para abrigar a “Caldeira” que tantos bons serviços elétricos prestou à população de Xique-Xique por muitos anos, tendo sido uma decisão feliz a de conservar o equipamento para as gerações futuras. Em função disso a pracinha hoje é conhecida como Praça da Caldeira. Mas quem quiser pode ver que o nome é Praça 6 de julho, numa pequena placa afixada na parede do Clube Operário.
Assim, a nossa cidade fará no próximo dia 6 de julho, 178 anos de idade e não os 82 como recentemente comemorados.
No ano de 2002, a Academia de Letras de Xiquexique, celebrou uma justa homenagem à referida data histórica relembrando o Decreto Imperial que criou o nosso Município em 1832. Não obstante o esforço essa data ainda não tem a devida importância dentro do nosso calendário de eventos comemorativos. É desconhecida inclusive, pelos professores locais e pelos estudantes.
Precisamos retificar as nossas datas históricas.
Caro Juarez,
ResponderExcluirLendo a nota acima, gostaríamos de barabenizá-lo pela publicação do texto e dizer que os Blogs de Xiquexique têm tido papal importante na divulgação e esclarecimento de fatos importante sobre nosso município. O nome da nossa comunidade cada dia mais toma espaço mundo a fora pelo trabalho valoroso de todos nós, que levamos a informação através deste veículo sem fronteiras que é a Internet.
Parabéns pelo seu trabalho, por resgatar informações importantes. Comungamos com o pensamento acima. E gostaríamos também de sugerir que alem da data que envolve o nosso município, você buscasse ver a grafia do nome Xiquexique. Todos os dicionários da língua portuguesa mostram como se escreve o nome da nossa cidade. É somente uma sugestão, respeitamos todos que pensam ao contrário.
Receba nosso abraço e sucesso.
Confrades do XiqueXique:
ResponderExcluirNão contrariando a informação do XIQUEXIQUE, mas apenas para tirar a minha dúvida:
Xiquexique diz:
"Informa ainda o nosso historiador que a sede do município permaneceu durante 96 anos com a denominação de VILA, pois, pela Constituição Imperial, de 25 de março de 1824, esse era o nome dado a todo município que fosse criado cuja sede tivesse menos de (CINCO HABITANTES). Sem eu querer duvidar de nada sobre isto, apenas quero lhes perguntar: Eram cinco habitantes mesmo?
Quanto ao nome de uma cidade, depende como ela foi registrada. Não importa se o nome correto é Xique-Xique, ou Xiquexique (lembrando o nome registrado e não gramaticalmente).
Mossoró foi registrada dessa maneira, com dois (SS). Mas, gramaticalmente, o nome correto é: Moçoró, com (C) e cedilha, por ser uma palavra indígena.
Tenho lido muito sobre a cidade dos confrades. Parabéns à cultura de Xiquexique.
José Mendes Pereira - Mossoró-Rn.