SÉRGIA RIBEIRO DA SILVA - "DADÁ"
Sérgia Ribeiro da Silva, que ficou nacionalmente conhecida como "Dadá", mulher do famoso cangaceiro "Corisco", nasceu em Belém do Pará e mais tarde acompanhando os familiares, mudou-se para a Bahia onde passou a residir.
Aos 13 anos de idade, numa rápida visita dos cangaceiros à sua cidade, Dadá é raptada por Cristino Gomes da Silva Cleto, o CORISCO, mais famoso cabra de Lampião, também conhecido como "Diabo Loiro". Apesar da truculência do ato, Corisco era apaixonado por Dadá e ela foi sua eterna companheira até o dia da sua morte. Foi um amor intenso e a despeito da vida nômade e fugidia que vivia o bando de Lampião, foi o único cangaceiro que se casou na Igreja com a companheira.
Em 5 de maio de 1940, quando o que restava do bando de Corisco foi cercado pela volante do tenente José Rufino, na cidade de Brotas de Macaúbas (BA), Corisco, mesmo disfarçado de simples retirante, foi reconhecido pelo policiais e recebeu uma rajada de metraladora que lhe rompe os intestinos. O lider do cangaço morre 10 horas depois do ataque, sendo enterrado na cidade Jeremoabo (BA) e, 10 dias depois é exumado e tem a cabeça decepada e enviada para o Museu do Nina Rodrigues em Salvador.
Dadá, de fuzil em punho, defendeu o marido, gravemente baleado, sendo baleada na perna direita. Colocada na prisão em condições infectas, tem o ferimento da perna agravado por uma gangrena que lhe causou a amputação quase total da perna. Em função desse sofrimento o famoso e célebre rábula COSME DE FARIAS, em 1942, representa a cangaceira na Justiça pleiteando a sua libertação.
Libertada Dadá passou a viver em Salvador, lutando para que a legislação que assegura o respeito aos mortos fosse cumprida e acabasse com a tétrica exposição, no Museu Nina Rodrigues, das cabeças dos cangaceiros, conseguindo o seu intento em 06 de fevereiro de 1969 no governo de Luiz Viana Filho quando os restos mortais dos cangaceiros, inclusive do seu companheiro Corisco, puderam ser inumados definitivamente.
Por sua luta e representatividade feminina, Dadá foi, na década de 80, homenageada pela Câmara Municipal de Salvador. Na Bahia, que tivera Gláuber Rocha e tantos outros a retratar o cangaço nas artes, Dadá era a última prova viva a testemunhar o cotidiano de lutas, dificuldades e, também, de alegrias e divertimentos. Deu muitas entrevistas, demonstrando sua inteligência e desenvoltura.
Morreu, na capital baiana, em 1994.
Por sua luta e representatividade feminina, Dadá foi, na década de 80, homenageada pela Câmara Municipal de Salvador. Na Bahia, que tivera Gláuber Rocha e tantos outros a retratar o cangaço nas artes, Dadá era a última prova viva a testemunhar o cotidiano de lutas, dificuldades e, também, de alegrias e divertimentos. Deu muitas entrevistas, demonstrando sua inteligência e desenvoltura.
Morreu, na capital baiana, em 1994.
Pelo o que eu tenho lido sobre os adjetivos de Sérgia Ribeiro da Silva, conhecida no mundo do cangaço por Dadá, foi sem dúvida, uma grande guerreira, uma verdadeira fera humana, que mesmo Corisco já com os braços debilitados, devido alguns balaços sofridos em combates nas caatingas, em nenhum momento ela deixou o seu companheiro para trás. E além de ter sido guerreira, era uma excelente companheira e amante do velho primo que a carregou para participar da mais perigosa vida que é: viver de correrias entre as estranhas matas, livrando-se dos estilhaços de balas e sem ter certeza de sair do meio do fogo com vida.
ResponderExcluirDiz o escritor Alcindo Alves Costa em "Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angicos", que Corisco tinha sido alvejado por João Torquato, filho de um senhor chamado Torquato, morador lá da Pia nova, que por vingança da morte do cangaceiro Zepelim, os grupos de Zé Sereno e Mané Moreno assassinaram seu Torquato e um senhor chamado Firmino. Mas o único culpado foi um senhor de nome Chico Geraldo, que enrascado com o grupo de Mané Moreno, temendo ser executado por ele, enredou ao cangaceiro que tudo que Torquato e Firmino sabiam sobre eles, repassavam para Zé Rufino, um dos comandantes de volantes. Mas era mentira do Chico Geraldo, apenas ele queria envolver os outros para sair da mira do fogo, coisa que os cangaceiros não perdoavam covardia.
Diz ainda Alcindo Alves que em um combate Corisco saiu baleado. Dadá foi a grande defensora do marido, pois já ferido e sem condições de reagir contra a volante de policiais, que justamente participava o João Torquato, o vingador, e sem mais munição, Dadá deu início a uma guerra com pedras, jogando-as contra os seus inimigos. E assim foi conseguindo arrastar o marido para outro local, fazendo com que os policiais perdessem o roteiro dos perseguidos. Depois disso, Corisco ficou totalmente debilitado, sem condições de enfrentar qualquer combate, confiando apenas na companheira, a suçuarana Dadá.
Mas diz ainda Alcindo que a glória de matar Corisco, coube ao policial José Rufino, que o perseguiu até a fazenda Cavaco, em Brotas de Macaúbas, na Bahia, onde o alcançou e com maior facilidade tirou-lhe a vida, no dia 25 de maio de 1940.
Com a morte de Corisco que deu continuidade à Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia, do rei Lampião, praticamente ela foi enterrada com Cristino Gomes da Silva Cleto, o Corisco.
No combate que vitimou Corisco, a suçuarana Dadá foi alvejada na perna, tendo sido presa e posteriormente liberada pela justiça para participar novamente da sociedade. Dadá faleceu em fevereiro de 1994 no Estado da Bahia.
Feliz Natal aos amigos do Blog XiqueXique.
José mendes Pereira - Mossoró-Rn.
Gostaria de informar, que Corisco e Dadá foram alcansados pela volante de Zé Rufino, numa casa de farinha na Fazenda Pacheco - Barra do Mendes- BA, no dia 25 de maio de 1940. Quando Corisco foi morto e Dadá foi baleada.
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