Aconteceu a maior enchente da década
Dois anos depois, em 1926, mais uma vez muitas chuvas cairam nas cabeçeiras do Velho Chico que o fizeram transbordar causando a maior cheia da década de 1920.
Dois anos depois, em 1926, mais uma vez muitas chuvas cairam nas cabeçeiras do Velho Chico que o fizeram transbordar causando a maior cheia da década de 1920.
Novamente as informações sobre essa grande cheia são muito limitadas e por isso, como bem enfatiza o nosso pesquisador Cassimiro Machado Neto em seu livro "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique" , temos que nos louvar nas pequenas notas registradas pelo ex-Prefeito Francisco Marçal da Silva no seu "Memórias de um Sertanejo", que não obstante os seus 12 anos de idade, nos deixou as seguintes informações:
"Em 1926, dois anos depois, veio outra enchente maior, desta vez o meu pai achou por bem comprar uma casa no Rumo, por ser mais perto, e se retirar para lá. As retiradas eram sempre com muita chuva, ao sair de casa a embarcação pegava as coisas na porta da casa; na volta é que era difícil, a embarcação ficava distante, com uma lama horrível, para carregar as coisas, era uma grande dificuldade, e voltar para as casas cheias de lama, quando encontrava, às vezes só o chão, o rio havia levado a casa, era um grande sofrimento, quando não acometido de febre de impaludismo; os poucos dias que passamos no Rumo, foi de sofrimento, mosquito não se fala, dormíamos debaixo de mosquiteiro de algodãozinho (tolda), calor só no inferno, naquela época sofria de asma, dormia com o rosto do lado de fora, dormia não, passava a noite, e assim passamos ali os dias de amargura, esperando a vazante do rio."
Foto Ilustrativa da enchente de 1949, em Xique-Xique (BA).
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