No início da década de 1920, mesmo com uma enorme área territorial de mais de 10.000 km², Xique Xique cidade sede do município era muito atrasada e pequena, com menos de 5.000 habitantes e sem possuir sequer uma escola primária pública, o que somente veio acontecer no ano de 1937 com a inauguração das Escolas Reunidas César Zama.
O cemitério “novo” ainda não existia, posto que somente em 1926 seria inaugurado. Os mortos, tanto da sede como dos distritos e povoados, eram sepultado no cemitério “velho”, situado ali no final da Rua Aurora, anos depois, demolido e transformado na Praça João Ferreira Filho.
Nessa época comandava o Município de Xique Xique (BA), na função de Intendente Municipal, o Coronel Francisco Xavier Guimarães (1920 a 1922) que, diariamente do alto da varanda da sua bela residência que até hoje está perfeita na Praça D. Máximo, assistia ao ingresso na Igreja do Senhor do Bonfim de todos os defuntos da cidade que adentravam o templo para suas últimas despedidas deste mundo.
Constrangia-o, no entanto, constatar que grande quantidade dos que se dirigiam ao velho cemitério eram levados na mais extrema pobreza, em redes ou envoltos em esteiras, não tendo sequer a dignidade de serem carregados em um caixão de madeira.
De tanto ver os mais pobres sofrerem até depois de mortos, o coronel Chico Xavier sensibilizou-se com aquele sofrimento imposto aos conterrâneos de menor poder aquisitivo e, sendo um homem de boa formação moral, de bons costumes e freqüentador assíduo das funções religiosas, resolveu dar um basta naquilo que considerava uma grande falta de amor ao próximo e, naquele momento, decidiu criar o que denominu de CAIXÃO DA MISERICÓRDIA.
O ideal, pensou, era que o erário doasse a cada morto carente, cuja família não dispusesse de recursos financeiros, um caixão, mesmo dos mais simples para que, com dignidade, pudesse ser, por seus parentes e amigos, levados até à sua sepultura.
Mas, chegou a conclusão que o Município, pobre como era, não tinha recursos para bancar um programa social dessa marca.
Todavia, homem resoluto, decidiu que os seus comandados não mais seriam transportados em redes ou esteiras, das residências para o cemitério. Mandaria fabricar um bonito e resistente caixão de madeira, pelo melhor marceneiro da cidade e que, emprestado à família do morto, serviria para transportá-lo até a morada eterna. Lá chegando o morto seria retirado do caixão e, envolto em redes ou esteiras, seria colocado na sepultura. O caixão seria limpo e guardado para o próximo cadáver que precisasse.
Sem entrar no mérito da decisão do Intendente de 1920 o Caixão da Misericórdia foi um ente que por muitos anos prestou bons serviços à cidade mas, também radicalizou os xiquexiquenses muitos deles querendo dar um fim àquele monstrengo que construído e muito bem construído em madeira de lei teimava em não se acabar.
Durante décadas, mesmo após a desativação do cemitério “velho” o Caixão da Misericórdia continuava sendo utilizado pelas famílias mais pobres e após descarregar o parente morto na cova, era guardado numa pequena capela construída na frente do novo cemitério.
Somente no ano de 1964, na administração do Prefeito Municipal Joel Firmo de Meira, o Caixão da Misericórdia encerrou as suas atividades pela iniciativa de um grupo de pescadores que ao chegar ao cemitério carregando um velho e pobre colega de profissão, decidiram, em homenagem ao defunto, não retirá-lo do invólucro de madeira e o enterraram com o já famoso Caixão da Misericórdia.
O cemitério “novo” ainda não existia, posto que somente em 1926 seria inaugurado. Os mortos, tanto da sede como dos distritos e povoados, eram sepultado no cemitério “velho”, situado ali no final da Rua Aurora, anos depois, demolido e transformado na Praça João Ferreira Filho.
Nessa época comandava o Município de Xique Xique (BA), na função de Intendente Municipal, o Coronel Francisco Xavier Guimarães (1920 a 1922) que, diariamente do alto da varanda da sua bela residência que até hoje está perfeita na Praça D. Máximo, assistia ao ingresso na Igreja do Senhor do Bonfim de todos os defuntos da cidade que adentravam o templo para suas últimas despedidas deste mundo.
Constrangia-o, no entanto, constatar que grande quantidade dos que se dirigiam ao velho cemitério eram levados na mais extrema pobreza, em redes ou envoltos em esteiras, não tendo sequer a dignidade de serem carregados em um caixão de madeira.
De tanto ver os mais pobres sofrerem até depois de mortos, o coronel Chico Xavier sensibilizou-se com aquele sofrimento imposto aos conterrâneos de menor poder aquisitivo e, sendo um homem de boa formação moral, de bons costumes e freqüentador assíduo das funções religiosas, resolveu dar um basta naquilo que considerava uma grande falta de amor ao próximo e, naquele momento, decidiu criar o que denominu de CAIXÃO DA MISERICÓRDIA.
O ideal, pensou, era que o erário doasse a cada morto carente, cuja família não dispusesse de recursos financeiros, um caixão, mesmo dos mais simples para que, com dignidade, pudesse ser, por seus parentes e amigos, levados até à sua sepultura.
Mas, chegou a conclusão que o Município, pobre como era, não tinha recursos para bancar um programa social dessa marca.
Todavia, homem resoluto, decidiu que os seus comandados não mais seriam transportados em redes ou esteiras, das residências para o cemitério. Mandaria fabricar um bonito e resistente caixão de madeira, pelo melhor marceneiro da cidade e que, emprestado à família do morto, serviria para transportá-lo até a morada eterna. Lá chegando o morto seria retirado do caixão e, envolto em redes ou esteiras, seria colocado na sepultura. O caixão seria limpo e guardado para o próximo cadáver que precisasse.
Sem entrar no mérito da decisão do Intendente de 1920 o Caixão da Misericórdia foi um ente que por muitos anos prestou bons serviços à cidade mas, também radicalizou os xiquexiquenses muitos deles querendo dar um fim àquele monstrengo que construído e muito bem construído em madeira de lei teimava em não se acabar.
Durante décadas, mesmo após a desativação do cemitério “velho” o Caixão da Misericórdia continuava sendo utilizado pelas famílias mais pobres e após descarregar o parente morto na cova, era guardado numa pequena capela construída na frente do novo cemitério.
Somente no ano de 1964, na administração do Prefeito Municipal Joel Firmo de Meira, o Caixão da Misericórdia encerrou as suas atividades pela iniciativa de um grupo de pescadores que ao chegar ao cemitério carregando um velho e pobre colega de profissão, decidiram, em homenagem ao defunto, não retirá-lo do invólucro de madeira e o enterraram com o já famoso Caixão da Misericórdia.
Fonte de Consulta: "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique Chique - História de Chique Chique" - do pesquisador e Professor Cassimiro Machado Neto.
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