Os coronéis lutam pelo poder
– 1910-1915 –
No início do século XX, precisamente no período de 1910 a 1915, travou-se em Xique Xique (BA) uma feroz guerra política praticada pelos diversos “coronéis” xiquexiquenses que entre si lutavam pelo poder na sede e no interior do Município. Essa guerra ficou conhecida como BARULHOS DE XIQUE XIQUE.
Essa desavença política foi gerada, principalmente com o advento da República que extinguiu os dois partidos imperiais: o Partido Liberal e o Partido Libertador.
Desde 1834, quando foi criado o Município de Xique Xique, os “coronéis” vinham travando pequenas escaramuças entre si que se caracterizavam por agressões pessoais, assassinatos, incêndios de repartições e livros oficiais e diversas desordens, tudo isso visando a detenção do poder da sede e das comunidades do Município.
Essas brigas que já vinham ocorrendo num longo de 80 anos, aumentaram de intensidade no período de 1910 a 1915 quando foram travadas ferrenhas batalhas pela tomada do poder e pela permanência nele. Para isto, os destemidos "coronéis" usavam a força bruta dos jagunços. Aconteceu um vale tudo para chefiar o Município e exigir os votos de cabresto dos moradores.
Os prejuízos humanos, patrimoniais, documentais e materiais foram incalculáveis para os dois grupos em luta e principalmente para a própria comunidade de Xique Xique
Nesse período e dessa forma muitos líderes políticos se sucederam e se revezavam na Administração Municipal da cidade, podendo-se destacar entre eles os seguintes: Francisco Xavier Guimarães, Gustavo de Magalhães Costa, Romualdo da Cruz, Antonio Martins Santiago, Giminiano Nunes Lima, Praxedes Xavier da Rocha, Francisco José Correia, Francisco Martins Santiago, Agrário de Magalhães Avelino, Cyro de Medeiros Borges, Liberato de Novais Sampaio, Jacó Pereira Bastos e tantos outros.
Nessas lutas perderam-se centenas de vidas, destruíram-se dezenas de imóveis históricos, não respeitando o Paço Municipal, a Casa Paroquial e nem mesmo o histórico templo da Igreja Católica dedicado ao Padroeiro Senhor do Bonfim, além de preciosos registros documentais, produzidos ao longo de mais de oitenta anos da emancipação política do município que estavam registrados em enormes livros de atas e folhas de papel almaço pautado narrando toda a trajetória da vida do município que, também, foram destruídos e queimados pela sangrenta guerra.
Dezenas de famílias xiquexiquenses se refugiaram em localidades distantes da cidade e quando, em 1915, aconteceu o cessar fogo e o término do conflito, o numero de mortos, de pessoas que emigraram e jamais retornaram e o valor dos prejuízos materiais na sede e no interior do município provavelmente jamais serão conhecidos.
Algumas famílias que não podiam abandonar totalmente os bens, principalmente os comerciantes e os fazendeiros, que haviam se refugiado na vila de Icatu, situada a doze quilômetros da cidade, retornaram após o cessar fogo e retomaram suas atividades profissionais.
No que pese o armistício de 1915, as relações políticas continuaram bastante tumultuadas até pelo menos o ano de 1930.
A guerra intensiva durou cinco longos anos (1910-1915). Nesse período a cidade perdeu a oportunidade de ser sede de comarca além do fato de as batalhas terem provocado um número incalculável de mortos e de famílias que às dezenas se afugentaram para não mais voltar.
Nesse triste período o coronel Agrário de Magalhães Avelino foi Intendente Municipal de Xique-Xique no quadriênio de 1912 e 1916.
– 1910-1915 –
No início do século XX, precisamente no período de 1910 a 1915, travou-se em Xique Xique (BA) uma feroz guerra política praticada pelos diversos “coronéis” xiquexiquenses que entre si lutavam pelo poder na sede e no interior do Município. Essa guerra ficou conhecida como BARULHOS DE XIQUE XIQUE.
Essa desavença política foi gerada, principalmente com o advento da República que extinguiu os dois partidos imperiais: o Partido Liberal e o Partido Libertador.
Desde 1834, quando foi criado o Município de Xique Xique, os “coronéis” vinham travando pequenas escaramuças entre si que se caracterizavam por agressões pessoais, assassinatos, incêndios de repartições e livros oficiais e diversas desordens, tudo isso visando a detenção do poder da sede e das comunidades do Município.
Essas brigas que já vinham ocorrendo num longo de 80 anos, aumentaram de intensidade no período de 1910 a 1915 quando foram travadas ferrenhas batalhas pela tomada do poder e pela permanência nele. Para isto, os destemidos "coronéis" usavam a força bruta dos jagunços. Aconteceu um vale tudo para chefiar o Município e exigir os votos de cabresto dos moradores.
Os prejuízos humanos, patrimoniais, documentais e materiais foram incalculáveis para os dois grupos em luta e principalmente para a própria comunidade de Xique Xique
Nesse período e dessa forma muitos líderes políticos se sucederam e se revezavam na Administração Municipal da cidade, podendo-se destacar entre eles os seguintes: Francisco Xavier Guimarães, Gustavo de Magalhães Costa, Romualdo da Cruz, Antonio Martins Santiago, Giminiano Nunes Lima, Praxedes Xavier da Rocha, Francisco José Correia, Francisco Martins Santiago, Agrário de Magalhães Avelino, Cyro de Medeiros Borges, Liberato de Novais Sampaio, Jacó Pereira Bastos e tantos outros.
Nessas lutas perderam-se centenas de vidas, destruíram-se dezenas de imóveis históricos, não respeitando o Paço Municipal, a Casa Paroquial e nem mesmo o histórico templo da Igreja Católica dedicado ao Padroeiro Senhor do Bonfim, além de preciosos registros documentais, produzidos ao longo de mais de oitenta anos da emancipação política do município que estavam registrados em enormes livros de atas e folhas de papel almaço pautado narrando toda a trajetória da vida do município que, também, foram destruídos e queimados pela sangrenta guerra.
Dezenas de famílias xiquexiquenses se refugiaram em localidades distantes da cidade e quando, em 1915, aconteceu o cessar fogo e o término do conflito, o numero de mortos, de pessoas que emigraram e jamais retornaram e o valor dos prejuízos materiais na sede e no interior do município provavelmente jamais serão conhecidos.
Algumas famílias que não podiam abandonar totalmente os bens, principalmente os comerciantes e os fazendeiros, que haviam se refugiado na vila de Icatu, situada a doze quilômetros da cidade, retornaram após o cessar fogo e retomaram suas atividades profissionais.
No que pese o armistício de 1915, as relações políticas continuaram bastante tumultuadas até pelo menos o ano de 1930.
A guerra intensiva durou cinco longos anos (1910-1915). Nesse período a cidade perdeu a oportunidade de ser sede de comarca além do fato de as batalhas terem provocado um número incalculável de mortos e de famílias que às dezenas se afugentaram para não mais voltar.
Nesse triste período o coronel Agrário de Magalhães Avelino foi Intendente Municipal de Xique-Xique no quadriênio de 1912 e 1916.
OBS.: a foto que ilustra é do "coronel" Francisco Xavier Guimarães, cercado por seus auxiliares.
OBS: Informe extraídos do livro "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique Chique. (História de Chique Chique)",do pesquisador e Prof. Cassimiro Machado Neto.
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