Violentas lutas políticas em Xique Xique (BA)
– 1848 –
A Câmara Municipal de Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique, no dia 23 de abril de 1848, manda ao presidente da província da Bahia Sr. Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos (06.05.1848-11.09.1848) uma longa carta relatando os fatos acontecidos na sede municipal, com detalhes e minúcias dos episódios e das pessoas envolvidas nas violências ocorridas no dia 13 de abril daquele ano.
Nessa carta o Poder Legislativo informa que os membros do Partido Conservador, conhecido como "Marrão", desrespeita as leis e as autoridades, praticando crimes e excessos de todo gênero, chegando a cúmulo de impedir o Juiz de Paz de presidir a formação da mesa da Câmara Municipal, tendo trazido para a sede do Município uma grande quantidade de pistoleiros e criminosos que têm inclusive, impedido a população de frequentar as funções religiosas na Igreja Matriz.
A Câmara Municipal, nessa carta faz a identificação dos líderes dessa partido que são os políticos: Manoel Martiniano de França Antunes, Antonio Joaquim de Magalhães e Emídio José de Carvalho.
Conta, ainda, a referida carta que o pessoal do Partido Conservador abriu fogo contra quem estava no templo da Igreja Matriz do Senhor do Bonfim, obrigando os adversários, membros do Partido Liberal a esconderem-se no interior do templo e nas casas vizinhas.
Como conseqüência do tiroteio morre o policial de nome Firmino.
No que pese o surgimento de uma pequena trégua ocasião em que o Juiz de Paz tenente-coronel Silvestre Xavier Guimarães marcou a data das eleições para o dia 21 de abril, os líderes do Partido Conservador não abandonaram as trincheiras e continuaram a perturbar as pessoas que dirigiam a Mesa das Eleições, tendo chegado inclusive a fazer uma ameaça de saque com o arrombamento de algumas casas de políticos adversários.
O capitão José Francisco Santiago, com a polícia a seu cargo, tem tido muito trabalho e a muito custo tem mantido a ordem dentro do possível.
Assinam a carta os vereadores: João Batista Avelino – presidente, Hermenegildo de Souza Nogueira, Inocêncio da Costa Torres, Francisco Antonio Pereira Bastos, Praxedes Xavier da Rocha e José Francisco Guimarães.
– 1848 –
A Câmara Municipal de Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique, no dia 23 de abril de 1848, manda ao presidente da província da Bahia Sr. Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos (06.05.1848-11.09.1848) uma longa carta relatando os fatos acontecidos na sede municipal, com detalhes e minúcias dos episódios e das pessoas envolvidas nas violências ocorridas no dia 13 de abril daquele ano.
Nessa carta o Poder Legislativo informa que os membros do Partido Conservador, conhecido como "Marrão", desrespeita as leis e as autoridades, praticando crimes e excessos de todo gênero, chegando a cúmulo de impedir o Juiz de Paz de presidir a formação da mesa da Câmara Municipal, tendo trazido para a sede do Município uma grande quantidade de pistoleiros e criminosos que têm inclusive, impedido a população de frequentar as funções religiosas na Igreja Matriz.
A Câmara Municipal, nessa carta faz a identificação dos líderes dessa partido que são os políticos: Manoel Martiniano de França Antunes, Antonio Joaquim de Magalhães e Emídio José de Carvalho.
Conta, ainda, a referida carta que o pessoal do Partido Conservador abriu fogo contra quem estava no templo da Igreja Matriz do Senhor do Bonfim, obrigando os adversários, membros do Partido Liberal a esconderem-se no interior do templo e nas casas vizinhas.
Como conseqüência do tiroteio morre o policial de nome Firmino.
No que pese o surgimento de uma pequena trégua ocasião em que o Juiz de Paz tenente-coronel Silvestre Xavier Guimarães marcou a data das eleições para o dia 21 de abril, os líderes do Partido Conservador não abandonaram as trincheiras e continuaram a perturbar as pessoas que dirigiam a Mesa das Eleições, tendo chegado inclusive a fazer uma ameaça de saque com o arrombamento de algumas casas de políticos adversários.
O capitão José Francisco Santiago, com a polícia a seu cargo, tem tido muito trabalho e a muito custo tem mantido a ordem dentro do possível.
Assinam a carta os vereadores: João Batista Avelino – presidente, Hermenegildo de Souza Nogueira, Inocêncio da Costa Torres, Francisco Antonio Pereira Bastos, Praxedes Xavier da Rocha e José Francisco Guimarães.
Extraído do Livro: Senhor do Bonfim de Bom Jesus de Chique-Chique (História de Chique-Chique), de Cassimiro Machado Neto
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