Durante os 31 anos em que servi numa instituição bancária
oficial, por um período de 20 anos trabalhei na área do crédito rural.
Existia entre os bancários do crédito rural um profissional
técnico agrícola cuja função era acompanhar e orientar, in loco, as atividades financiadas
para que o empreendimento rural obtivesse êxito.
Sempre que voltava do campo, esse profissional apresentava
à chefia pequenos relatórios sobre cada um dos clientes visitados.
Eventualmente esses relatórios eram enriquecidos com frases
interessantes que apenas representavam a forma de o técnico relatar,
sucintamente, a situação de cada empréstimo.
Assim é que um determinado cliente foi contemplado com o financiamento destinado a construção de um pequeno açude
para atenuar a falta de água nos longos períodos de seca, tão necessária ao
consumo humano e para matar a sede das poucas cabeças de gado de propriedade do
pequeno produtor.
Mas,
de nada adiantava construir açude, se não houvesse a ocorrência de chuvas abundantes para enchê-lo e
segurar água pelos próximos anos. Já haviam sido decorridos mais de 2 anos que o açude
estava pronto e o cliente já estava impaciente pois no primeiro ano as chuvas foram poucas, não dando para enchê-lo e o segundo ano já estava se acabando sem que a barra do
dia anunciasse um bom inverno.
Assim, o açudeco estava praticamente seco quando o técnico do banco chegou para mais uma visita.
Quando avistou aquela catástrofe, mais lama do que água com os animais em volta, tentando sorver um gole de água enlameada, assim se expressou no seu relatório:
“Visitamos o açude nos fundos da fazenda e depois de longos e demorados estudos constatamos que o mesmo estava vazio”.
Assim, o açudeco estava praticamente seco quando o técnico do banco chegou para mais uma visita.
Quando avistou aquela catástrofe, mais lama do que água com os animais em volta, tentando sorver um gole de água enlameada, assim se expressou no seu relatório:
“Visitamos o açude nos fundos da fazenda e depois de longos e demorados estudos constatamos que o mesmo estava vazio”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário