Logo que Xique-Xique recebeu a autonomia Municipal, a Câmara de Vereadores da cidade recém criada, sem perda de tempo, se reuniu no dia 27 de outubro de 1834 para escolher os cidadãos ilustres que deveriam ser nomeados pelo Presidente da Província da Bahia, Dr. Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos, o Juiz Municipal, o Juiz de Órfãos e o Promotor da cidade. As pessoas que foram indicadas reuniam qualidades e virtudes que os capacitavam para exercer tão
importantes tarefas. Foram eles:
I –
Para Juiz Municipal:
José Rufino de Magalhães: homem probo, negociante, tendo servido de
Comandante da Esquadra das Guardas Municipais;
Antônio Joaquim de Novais Sampaio: homem probo, proprietário, tem
servido de Comandante das Guardas Municipais, eleitor, Vereador da Câmara e
Juiz de Paz; vive de suas agências.
Francisco Antônio da Rocha: homem probo, proprietário, eleitor e
Vereador da Câmara; vive de suas agências.
II – Para Juiz de
Órfãos:
Porfírio Bernardo Martins: homem probo tem servido de Juiz
Ordinário e Comandante de Esquadra da Guarda Municipal; vive das suas agências.
Clemente Sancho Pereira da Franca: homem probo, proprietário, tem
servido de Juiz Ordinário e Comandante Geral das Guardas Municipais.
Francisco Antônio da Rocha: proprietário tem
servido de eleitor da Paróquia e Vereador da Câmara Municipal, de muita
probidade.
III – Para Promotor
Público:
Francisco Longuinho dos Santos: homem probo,
proprietário, vive de suas agências.
Lúcio da Rocha Pinto: tem servido de
Escrivão Ordinário e de Paz, vive de suas agências.
José de Souza Nogueira: homem probo tem
servido de Juiz Ordinário e vive de suas agências.
No final da ata aparecem as assinaturas de todos os membros
da Câmara, inclusive de Antônio Joaquim de Novais Sampaio e Francisco Antônio
da Rocha, incluídos na lista tríplice encaminhada ao presidente da província.
Nem todos os cidadãos escolhidos eram xiquexiquenses. Alguns deles eram oriundos de cidades do Recôncavo baiano e mesmo do sertão da Bahia, que escolheram Xique-Xique para fixar suas residências e exercitar a atividade comercial.
Fonte: "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique Chique", de Cassimiro Neto
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