Inaugurado
o novo cemitério, em 1926
Uma semana após a
sanção da Lei Municipal nº 26 de 26.03.1926, pelo Intendente Municipal coronel Manoel
Teixeira de Carvalho, foi dado o pontapé
inicial para construção do muro e da capela do novo cemitério municipal de Xique-Xique BA.
Após os
procedimentos preliminares referentes às medições do terreno e os respectivos
estudos técnicos, ficou decidido que haveria nove equipes trabalhando, cada
qual composta por um pedreiro, um auxiliar de pedreiro e um servente, mais um
mestre-de-obras e os encarregados de colocar no pé das obras os materiais
necessários – pedras, areia, cimento, água etc, até a conclusão final.
Foram valiosas as
diversas formas de contribuições ofertadas para as obras. Sempre nas missas
dominicais na Igreja Matriz do Senhor do Bonfim o vigário Vicente Francisco dos
Santos declinava os nomes das pessoas e os valores contribuídos, assim como os
nomes de pessoas voluntárias – inclusive nomes de mulheres – que desejavam
ajudar na obra, mesmo que fosse carregando água da ipueira para ser usada na
confecção da massa a ser utilizada pelos pedreiros.
A construção
transcorreu praticamente em ritmo de adjunto,
como o povo denominava naquela época o que atualmente se chama mutirão. Além dos trabalhadores
oficialmente contratados e pagos pela Intendência Municipal muitas famílias de
posses mandavam pessoas que lhes prestavam serviços, além de inúmeros membros
de famílias mais humildes terem se colocado um dia de serviço por semana, o que
levou o coronel Manoel Teixeira de Carvalho a designar um servidor municipal a
alistar os voluntários, coordenar e programar os voluntários, distribuindo-os e
programando-os quantos aos dias em que deveriam dar sua participação,
trabalhando.
Depois de 28 dias
úteis de trabalho efetivo o muro e a capela estavam erguidos, faltando-lhes
apenas o acabamento, inclusive a pintura, o que foi feito no prazo de outros 21
dias, com a participação incansável de todas as camadas sociais da população da cidade.
No dia 28 de maio de 1926 o novo campo santo de Xique-Xique se
encontrava totalmente em condições físicas e arquitetônicas de ser declarado em
condições de começar a ser utilizado.
Fonte: "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique Chique" de Cassimiro Neto
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