Segundo o opúsculo "Memórias" de autoria do xiquexiquense Sr. Francisco Marçal da Silva, transcrevemos, na íntegra, a sua
informação sobre a enchente de 1926.
"Em 1926, dois anos depois,
veio outra enchente maior, desta vez o meu pai achou por bem comprar uma casa
no "Rumo", por ser mais perto, e se retirar para lá. As retiradas eram sempre com
muita chuva, ao sair de casa a embarcação pegava as coisas na porta da casa; na
volta é que era difícil, a embarcação ficava distante, com uma lama horrível,
para carregar as coisas, era uma grande dificuldade, e voltar para as casas
cheias de lama, quando encontrava, às vezes só o chão, o rio havia levado a
casa, era um grande sofrimento, quando não acometido de febre de impaludismo;
os poucos dias que passamos no Rumo, foi de sofrimento, mosquito não se fala,
dormíamos debaixo de mosquiteiro de algodãozinho (tolda), calor só no inferno,
naquela época sofria de asma, dormia com o rosto do lado de fora, dormia não,
passava a noite, e assim passamos ali os dias de amargura, esperando a vazante
do rio".
Fonte: "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique Chique" de Casimiro Neto
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