Desde o dia 16 de julho de 1832, data em que aconteceu
a emancipação política de Xique-Xique (BA) até o
ano de 1847 – portanto, um período de cerca de quinze anos – as relações
políticas e dos políticos xiquexiquenses se mantiveram em um nível de
cordialidade e respeito.
Os dois partidos
políticos do Brasil Imperial, o Partido Liberal e o Partido Conservador tinham
diretórios em Xique-Xique e desempenhavam seus papéis sem ranhuras e sem
crises.
Mas, no dia 1º de
agosto de 1847 o presidente da Câmara Municipal de Xique-Xique, vereador Manoel Fulgêncio de Azevedo
encaminhou ao Presidente da Província da Bahia Sr. Antônio Inácio de Azevedo, um Ofício comunicando que “não consegue fazer os vereadores
aparecerem e atenderem a sua convocação para a reunião da Câmara para apreciar
assuntos”.
Esse Ofício da Câmara de Vereadores marca o início de um longo período de
crises políticas em Xique-Xique (BA).
O ano de 1848 começou com um caos político que tomou conta de toda a cidade. As
lideranças políticas e institucionais não mais se entenderam.
Esse desentendimento
generalizado agita todo o Município e envolve os vereadores, o pároco, o Juiz de
Direito, o Promotor de Justiça e os oficiais da Guarda Nacional.
Enfim, envolve
todos os segmentos políticos, religiosos e sociais.
Fonte: "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique Chique", de Cassimiro Neto
76
Nenhum comentário:
Postar um comentário