A Rua Ruy Barbosa, antigamente conhecida como "Rua da Amargura" (não sei as causas dessa denominação), é a sétima rua paralela ao Rio São Francisco, lado norte da Praça D. Máximo.
Essa Rua, uma das maiores da cidade, começa na Praça 6 de Julho (praça da caldeira) e se estende até o bairro da "Ponta da Ilha".
Caro Juarez
ResponderExcluircomo sempre acompanhando com carinho seu BLOG revivendo às vezes com alegria outras tantas com saudosa melancolia o caminhar desta nossa querida Cidade de Xique-Xique. Esteja certo que o seu trabalho em prol da preservação da história de Xique-Xique é de extremo valor.
Também fiquei feliz com a homenagem à nossa querida professora Neném de quem fui aluna no segundo ano primário quando recebi dela carinho e atenção que me trazem doces lembranças mesmo depois de tantos anos.
Apenas para enriquecer seu comentário quero acrescentar o motivo do nome Rua da Amargura.
Durante a Semana Santa havia a famosa procissão do Encontro. O que vem a ser isso? Explico. Não sei se na quinta ou sexta feira santa havia essa procissão. Talvez exista ainda hoje. Saiam da Igreja Matriz de Senhor do Bomfim duas procissões. Uma delas com aquela Imagem linda do Senhor dos Passos a outra procissão com a Imagem não menos bonita de Nossa Senhora das Dores. Tomavam caminhos diferentes e se encontravam na Rua da Amargura. Era o dramático encontro da Mãe com o Filho injuriado, caluniado, maltratado e que rendia grandes discursos neste momento, feitos geralmente pelo padre. Um destaque foi o Padre Bastos sem dúvida dono de uma oratória extraordinária. Muita gente se preparava para assistir apenas este instante da procissão e se envolviam tanto que choravam junto com Maria a sua dor. A bem da verdade um grande Tema para um grande orador.
Diante de tanto sofrimento foi um pulo para a Rua receber o nome de Rua da Amargura. Temos outras como a Góes Calmon que chamavam de Rua Grande, aquela onde fica a casa do Sr. Francisco Marçal que chamaram muitos anos de Rua dos Dourados e por aí vai.
As imagens que citei aqui encontram-se hoje preservadas no interior da Igreja Matriz, protegidas por grades. Acredito que nem saiam mais em procissão.