No ano de 1777, o rico português JOSÉ PEREIRA MACHADO desembarcou na cidade de Salvador, onde pretendia morar, fugindo da inquisição portuguesa.
Já aclimatado e vendo o exemplo de outros patrícios, resolveu comprar terras no
distante interior da Bahia e se tornar fazendeiro – atividade que
dezenas de outros portugueses estavam praticando com êxito.
Em 1780 comprou aos herdeiros de Antônio Guedes de Brito uma
enorme gleba de terras, situada na Serra do Açuruá, na
Chapada Diamantina, a quinze léguas (90 km) de distância da margem direita do Rio São
Francisco.
Casou-se com uma jovem escrava, que recebeu o nome de Maria
Pereira Machado da Rocha, contratou mão-de-obra de homens livres, cafuzos,
mamelucos, caboclos, negros e aborígenes, dividiu entre eles responsabilidades
e tarefas, adquiriu animais e apetrechos necessários e rumou com destino a
propriedade adquirida.
Chegou na região pouco antes da estação das chuvas, escolheu o local que achou mais apropriado e instalou a sede da "Fazenda São Domingos".
Alguns anos depois
surgiram dois arraiais nas vizinhanças da Fazenda,
fundadas por garimpeiros, que foram denominadas de "São José do Torneado" e "Ibitunane".
José Pereira Machado da Rocha viveu 82 anos e sua mulher, Maria Pereira Machado da Rocha viveu até os 120 anos de idade. Os amigos puseram-lhe o apelido de Maria Semente, pela quantidade
de filhos que teve e pelo tanto de tempo que viveu.
Dentre os filhos
mais jovens de José Pereira Machado da Rocha e Maria Pereira Machado da Rocha
estava Venceslau Pereira Machado, que comprou terras no sopé da Serra das
Laranjeiras, em 1826, e situou neste lugar a "Fazenda Canabrava do Gonçalo", para
onde se transferiu definitivamente com a esposa e todos os filhos – também em
número de doze.
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