domingo, 2 de março de 2014

Recordando as Copas do Mundo: 1934: ITÁLIA

Estádio Nacional - 1934
         COPA DE 1934 
O NASCIMENTO DE UM GIGANTE DO FUTEBOL     
 
       A segunda Copa, com 17 jogos e 70 gols,  foi realizada na Itália  ano de 1934 e teve a Itália  como segunda campeã mundial ao derrotar, na final, a Tchecoslováquia pelo placar de  2 x 1, no que pese o jogador Nejedly, tcheco, ter sido o artilheiro  dessa copa com 5 gols.
     Foi a primeira Copa com eliminatórias, com 32 candidatos para 16 vagas, sendo que a  campeã Itália jogou com quatro argentinos naturalizados e também com o brasileiro, Filó (Anfilóquio Guarisi Marques), que foi o primeiro campeão do mundo nascido no Brasil.
     Nossa seleção jogou apenas um jogo e foi  derrotada pela Espanha por 3 x 1. 
    A ausência mais significativa nessa Copa  foi  da seleção do Uruguai, campeã de 1930, que abriu mão de defender o título.
   A grande  novidade foi a transmissão radiofônica ao vivo das partidas para 12 países.
     A hegemonia europeia mostrou-se evidente, pois os oito países classificados para as quartas-de-final pertenciam ao Velho Continente. O regulamento era em estilo mata-mata. As 16 equipes qualificadas para a fase final duelavam em partida única. Em caso de empate, prorrogação. Se a igualdade persistisse, novo duelo no dia seguinte.
No confronto decisivo, diante de 50 mil torcedores, Raimondo Orsi e Angelo Schiavio foram os autores dos gols da Itália. Na verdade, uma virada digna de título. A Tchecoslováquia fez 1 x 0 aos 36 minutos do segundo tempo. Os italianos acharam o empate no fim e conseguiram o troféu na prorrogação.
     A campanha dos campeões foi consistente. Na estreia, aplicaram a maior goleada do torneio: 7 x 1 sobre os Estados Unidos. Nas quartas-de-final, precisaram de duas partidas para eliminar a Espanha. O primeiro duelo terminou em 1 x 1. A segunda partida foi vencida pelos italianos por 1 x 0, em que pesem as muitas reclamações dos ibéricos por gols supostamente mal anulados.
      Na semifinal, os italianos bateram a Áustria por 1 x 0. Os adversários eram conhecidos por seu futebol de toques curtos e pela ofensividade. Há quem diga que a Itália contou com a “ajuda providencial” de São Pedro, que mandou muita chuva no dia do embate, encharcou o gramado e igualou as condições das equipes.
      O Brasil novamente atuou como coadjuvante
      Sem os uruguaios, então campeões, coube a Brasil e Argentina o papel de representantes da América do Sul no Mundial de 1934. Os dois países, que viriam a se tornar grandes forças do futebol, tiveram participações periféricas. Os argentinos caíram na estreia diante da Suécia, por 3 x 2, e os brasileiros perderam para a Espanha. A Argentina jogou sem qualquer atleta da equipe de 1930. Vários atletas mudaram de lado e adotaram a Itália, país de origem de muitas das famílias dos jogadores. Um deles, o meia Luisit Monti, teve atuação decisiva na conquista italiana.
    O Brasil repetiu a receita malsucedida da Copa anterior. Dirigentes dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo não conseguiram resolver as desavenças políticas e o time, que viajou 15 dias de navio até a Itália, não passou do primeiro duelo, na pior campanha do país na história dos mundiais: 3 x 1 para a Espanha.    
     Dessa vez, o pano de fundo da discussão era uma discordância entre o aproveitamento ou não de atletas profissionais. A Confederação Brasileira de Desportos (CBD) condenava o profissionalismo adotado por muitos paulistas. No fim, a seleção acabou composta por um elenco eminentemente do Rio de Janeiro, com nove atletas do Botafogo. Houve apenas um treino antes da estreia. O gol solitário da campanha nacional foi de Leônidas da Silva, que começava a construir sua história na Seleção Brasileira.
Fonte: FIFA
 
Seleção Brasileira de 1934

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