Estádio Nacional - 1934 |
O NASCIMENTO DE UM GIGANTE DO FUTEBOL
A segunda Copa, com 17 jogos e 70 gols, foi realizada na Itália ano de 1934 e teve a Itália como segunda campeã mundial ao derrotar, na final, a Tchecoslováquia pelo placar de 2 x 1, no que pese o jogador Nejedly, tcheco, ter sido o artilheiro dessa copa com 5 gols.
Foi a primeira Copa com eliminatórias, com 32
candidatos para 16 vagas, sendo que a campeã Itália jogou com quatro argentinos naturalizados
e também com o brasileiro, Filó (Anfilóquio Guarisi Marques), que foi o primeiro
campeão do mundo nascido no Brasil.
Nossa seleção jogou apenas um jogo e foi derrotada pela Espanha por 3 x 1.
Nossa seleção jogou apenas um jogo e foi derrotada pela Espanha por 3 x 1.
A ausência mais
significativa nessa Copa foi da seleção do Uruguai, campeã de 1930, que abriu mão de defender o
título.
A grande novidade foi a transmissão radiofônica ao
vivo das partidas para 12 países.
A hegemonia europeia mostrou-se evidente, pois os oito países classificados para as quartas-de-final pertenciam ao Velho Continente. O regulamento era em estilo mata-mata. As 16 equipes qualificadas para a fase final duelavam em partida única. Em caso de empate, prorrogação. Se a igualdade persistisse, novo duelo no dia seguinte.
A hegemonia europeia mostrou-se evidente, pois os oito países classificados para as quartas-de-final pertenciam ao Velho Continente. O regulamento era em estilo mata-mata. As 16 equipes qualificadas para a fase final duelavam em partida única. Em caso de empate, prorrogação. Se a igualdade persistisse, novo duelo no dia seguinte.
No
confronto decisivo, diante de 50 mil torcedores, Raimondo Orsi e Angelo
Schiavio foram os autores dos gols da Itália. Na verdade, uma virada digna de
título. A Tchecoslováquia fez 1 x 0 aos 36 minutos do segundo tempo. Os
italianos acharam o empate no fim e conseguiram o troféu na prorrogação.
A
campanha dos campeões foi consistente. Na estreia, aplicaram a maior goleada do
torneio: 7 x 1 sobre os Estados Unidos. Nas quartas-de-final, precisaram de
duas partidas para eliminar a Espanha. O primeiro duelo terminou em 1 x 1. A
segunda partida foi vencida pelos italianos por 1 x 0, em que pesem as muitas
reclamações dos ibéricos por gols supostamente mal anulados.
Na
semifinal, os italianos bateram a Áustria por 1 x 0. Os adversários eram
conhecidos por seu futebol de toques curtos e pela ofensividade. Há quem diga
que a Itália contou com a “ajuda providencial” de São Pedro, que mandou muita
chuva no dia do embate, encharcou o gramado e igualou as condições das equipes.
O Brasil novamente atuou como coadjuvante
Sem
os uruguaios, então campeões, coube a Brasil e Argentina o papel de
representantes da América do Sul no Mundial de 1934. Os dois países, que viriam
a se tornar grandes forças do futebol, tiveram participações periféricas. Os
argentinos caíram na estreia diante da Suécia, por 3 x 2, e os brasileiros
perderam para a Espanha. A Argentina jogou sem qualquer atleta da equipe de
1930. Vários atletas mudaram de lado e adotaram a Itália, país de origem de
muitas das famílias dos jogadores. Um deles, o meia Luisit Monti, teve atuação
decisiva na conquista italiana.
O
Brasil repetiu a receita malsucedida da Copa anterior. Dirigentes dos estados
do Rio de Janeiro e de São Paulo não conseguiram resolver as desavenças
políticas e o time, que viajou 15 dias de navio até a Itália, não passou do
primeiro duelo, na pior campanha do país na história dos mundiais: 3 x 1 para a
Espanha.
Dessa vez, o pano de fundo da discussão era uma discordância entre o aproveitamento ou não de atletas profissionais. A Confederação Brasileira de Desportos (CBD) condenava o profissionalismo adotado por muitos paulistas. No fim, a seleção acabou composta por um elenco eminentemente do Rio de Janeiro, com nove atletas do Botafogo. Houve apenas um treino antes da estreia. O gol solitário da campanha nacional foi de Leônidas da Silva, que começava a construir sua história na Seleção Brasileira.
Dessa vez, o pano de fundo da discussão era uma discordância entre o aproveitamento ou não de atletas profissionais. A Confederação Brasileira de Desportos (CBD) condenava o profissionalismo adotado por muitos paulistas. No fim, a seleção acabou composta por um elenco eminentemente do Rio de Janeiro, com nove atletas do Botafogo. Houve apenas um treino antes da estreia. O gol solitário da campanha nacional foi de Leônidas da Silva, que começava a construir sua história na Seleção Brasileira.
Fonte: FIFA
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