COPA DE 1966
Festa inglesa, com polêmica na final
Fonte: FIFA
Festa inglesa, com polêmica na final
A sétima Copa, com 32 jogos e 89 gols, foi realizada na Inglaterra no ano de 196, ocasião em que a Inglaterra sagrou-se campeã mundial. O jogo final foi realizado contra a Alemanha Ocidental que perdeu por 4 x 2.
Pode-se
dizer que a Copa da Inglaterra foi um torneio de zebras, embora o mascote tenha
sido um Leão – Willie, o primeiro da história dos Mundiais – e o herói tenha
sido um cachorro – Pickles, que encontrou a Taça Jules Rimet em um jardim, após
o troféu ter sido roubado. Mas foram mesmo os resultados inesperados,
popularmente conhecidos como zebras, que apareceram em profusão nos campos
britânicos e marcaram a competição.
Os
bicampeões Brasil e Itália, por exemplo, foram eliminados ainda na primeira
fase. Os italianos foram derrotados pela Coreia do Norte e desembarcaram em
casa sob chuva de tomates atirados pelos irados torcedores. O Brasil, mesmo com
Pelé e Garrincha na delegação, não conseguiu mostrar o mesmo futebol das Copas
anteriores e também deu adeus mais cedo, depois de ser atropelado pela seleção
portuguesa de Eusébio.
Craque
e artilheiro do torneio, com nove gols, Eusébio conseguiu levar Portugal ao
terceiro lugar, até hoje a melhor colocação da história dos lusitanos. Outro
nome que apareceu durante o Mundial de 1966 foi o do alemão Franz Beckenbauer.
Aos 20 anos, o Kaiser começou a encantar o planeta e levou a Alemanha Ocidental
à final da competição.
Havia
chegado a vez dos ingleses, os inventores do futebol. Depois de não se
interessar pelas primeiras edições da Copa do Mundo, passar vergonha com uma
derrota para os Estados Unidos em 1950 e fazer figuração de 1954 a 1962, a
seleção britânica aproveitou a vantagem de jogar em casa e, com uma geração de
ouro formada por nomes como Bobby Moore, Alan Ball, Geoff Hurst e Bobby
Charlton, enfim levantou a taça Jules Rimet.
Os
anfitriões passaram pela Argentina nas quartas de final e contaram com dois
gols do craque Bobby Charlton para superar a seleção portuguesa de Eusébio.
Mas, na final, um lance polêmico marcou a vitória sobre a Alemanha Ocidental.
Geoff Hurst foi o herói do triunfo inglês por 4 x 2 no estádio de Wembley ao
marcar três gols na final, dois deles na prorrogação. Hurst detém o recorde de
mais gols marcados em uma decisão de Copa do Mundo da FIFA, embora até hoje
permaneçam dúvidas quanto à legitimidade do seu segundo gol. A bola bateu no
travessão e não teria cruzado a linha, mas o tento foi validado pelo auxiliar
Tofik Bakhramov. Emoção nas arquibancadas e festa de norte a sul da Inglaterra.
Decepção verde e amarela
Bicampeão
do mundo, em 1958 e 1962, o Brasil era favoritíssimo para a Copa da Inglaterra.
Ainda mais porque contava com Garrincha e Pelé. E a estreia animou a torcida
brasileira. Em Liverpool, terra dos Beatles, Pelé e Garrincha marcaram os gols
que garantiram a vitória sobre a Bulgária por 2 x 0. Foi a última vez que os
dois jogaram juntos. E o Brasil jamais perdeu com Pelé e Garrincha em campo.
Mas, na Copa de 1966, a alegria durou por apenas uma partida.
Uma
entrada violenta que recebeu na estreia tirou Pelé do segundo jogo da seleção
brasileira, diante da Hungria. O resultado foi desastroso: 3 x 1 para os
húngaros e a primeira derrota brasileira em Copas depois de 13 jogos.
De
volta para a partida contra Portugal, Pelé foi caçado em campo e desapareceu
diante do brilho de Eusébio, que marcou duas vezes na vitória de 3 x 1 dos
lusitanos. Acabava ali a participação na Copa do time que havia encantado o
mundo nos anos anteriores.
Seleção Brasileira 1966 |
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