Este conjunto é certamente o clímax da arca barroca brasileira. Não apenas pela exuberância e perfeição do douramento ou pela maestria e profusão da talha, aspectos mais divulgados, como também pela significação do acervo azulejar que abriga , tanto em termos de quantidade - Santos Simões calculou existirem cerca de 55.000 peças assentadas - como sobretudo pela quantidade e unidade artística.
A origem dos desenhos dos painéis do claustro foi identificado por Frei Pedro Sinzig, OFM, como gravuras de Otto Van Veen, pintor Flamingo, mestre de Rubens. Ilustram uma obra moral do poeta latino Horácio, da qual a biblioteca do convento, possui um exemplar em edição espanhola.
Trata-se do "Theatro Moral de la Vida Humana Y toda la Philosofia de los Antigos e Modernos".
Pode-se ler "Cunctos/mors una/ manet" (a morte iguala a todos) - um esqueleto, alegoria da Morte força a porta de uma torre, enquanto a esquerda um rei agoniza ao mesmo tempo que o sapateiro a direita.
Fonte: "Bahia - Tesouros da Fé"
Foto: Sérgio Benutti
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