quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Aconteceu em Xique-Xique (BA), no século XIX: PEDIDO DE INFORMAÇÕES E ESTRANHA RESPOSTA.


Ministério da Agricultura pede informações à Câmara
– 1862 – 

       Em ofício de 13 de junho de 1862, vindo do Rio de Janeiro, Capital Imperial, o Ministério da Agricultura, Comércio e Obras solicita informações à Câmara Municipal de  Xique-Xique (BA) sobre os tipos de produtos dos reinos mineral, vegetal e animal gerados no município.
      A Câmara Municipal poderia responder o Ofício  com base nas informações obtidas dos  garimpeiros, agricultores e criadores para ajudar a Câmara a elaborar um relatório e enviar para o Rio de Janeiro, quando seriam obtidas  informações sobre o reino mineral: ouro, diamante e sal, entre outros; o reino vegetal: milho, feijão, arroz, cana-de-açúcar, mandioca, batata, cedro, umburana, angico, pau d’arco e uma diversidade de frutas; sobre o reino animal: bovinos, equinos, muares, caprinos e outros.
      Contudo, não foi este o relatório encaminhado ao Ministério da Agricultura Comércio e Obras, na Capital do Império do Brasil.      
     Uma inacreditável resposta deu a Câmara Municipal de  Xique-Xique ao importante ofício do Governo Imperial.
    Em ofício datado de 12 de janeiro de 1863, portanto sete meses depois da data de expedição do ofício mandado da cidade do Rio de Janeiro, a Câmara Municipal  enviou ao Ministério da Agricultura, Comércio e Obras a seguinte resposta: "Neste Termo não existe uma só pessoa que tenha habilitação para dar informações acerca dos produtos do reino mineral, vegetal e animal do município."
    Os vereadores que assinaram esta desastrada e inacreditável  resposta foram: José Rufino de Magalhães Júnior – vice-presidente, Egídio da Gama Passos, Luiz Calixto da Rocha, João Ferreira da Rocha e Porfírio Alves de Magalhães.
Fonte: "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique", de Cassimiro Neto.
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