quinta-feira, 6 de maio de 2010

LULA: O Líder Mais Influente do Mundo

LULA, AS ELITES E O VIRA-LATAS

O Professor Francisco Carlos Teixeira, Titular da Disciplina História Moderna e Contemporânea, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), num momento de extrema lucidez e justiça, escreveu a carta abaixo transcrita, que foi publicada na Revista CARTA MAIOR, no dia 05.05.10. Leia na íntegra:
"Seguindo outros grandes meios de comunicação globais, a revista Time escolheu – na semana passada - o presidente Lula como o líder mais influente do mundo. A notícia repercutiu em todo o mundo, sendo matéria de primeira página, no jornalão El País.
Elite e preconceito: Na verdade a matéria o apontava como o homem mais influente do mundo, posto que nem só políticos fossem alinhados na larga lista composta pelo Time. Esta não é a primeira vez que Lula merece amplo destaque na imprensa mundial. Os jornais Le Monde, de Paris, e o El País, o mais importante meio de comunicação em língua espanhola (e muito atento aos temas latino-americanos) já haviam, na virada de 2009, destacado Lula como o “homem do ano”. O inédito desta feita, com a revista Time, foi fazer uma lista, incluindo aí homens de negócios, cientistas e artistas mundialmente conhecidos. Entre os quais está o brasileiro Luis Inácio da Silva, nascido pobre e humilde em Caetés, no interior de Pernambuco, em 1945, o presidente do Brasil aparece como o mais influente de todas as personalidades globais. Por si só, dado o ponto de partida da trajetória de Lula e as deficiências de formação notórias é um fato que merece toda a atenção. No Brasil a trajetória de Lula tornou-se um símbolo contra toda a forma de exclusão e um cabal desmentido aos preconceitos culturalistas que pouco se esforçam para disfarçar o preconceito social e de classe. É extremamente interessante, inclusive para uma sociologia das elites nacionais, que o brasileiro de maior destaque no mundo hoje seja um mestiço, nordestino, de origens paupérrimas e com grande déficit de educação formal. Para todos os segmentos das elites nacionais, nostálgicas de uma Europa que as rejeita, é como uma bofetada! E assim foi compreendida a lista do Time. Daí a resposta das elites: o silêncio sepulcral!
Lula Líder Mundial: Desde 2007 a imprensa mundial, depois de colocá-lo ao lado de líderes cubanos e nicaraguenhos num pretenso “eixinho do mal”, teve que aceitar a importância da presença de Lula nas relações internacionais e reconhecer a existência de uma personalidade original, complexa e desprovida de complexos neocoloniais. Em 2008 a Newsweek, seguida pela Forbes, admitiam Lula como um personagem de alcance mundial. O conservador Financial Times declarava, em 2009, que Lula, “com charme e habilidade política” era um dos homens que haviam moldado a primeira década do século XXI. Suas ações, em prol da paz, das negociações e dos programas de combate à pobreza eram responsáveis pela melhor atenção dada, globalmente, aos pobres e desprovidos do mundo. Mesmo no momento da invasão do Iraque, em busca das propaladas “armas de destruição em massa”, Lula havia proposto a continuidade das negociações e declarado que a guerra contra a fome era mais importante que sustentar o complexo industrial-militar norte-americano. Em 2010, em meio a uma polêmica bastante desinformada no Brasil – quando alguns meios de comunicação nacionais ridicularizaram as propostas de negociação para a contínua crise no Oriente Médio – o jornal israelense Haaretz – um importante meio de comunicação marcado por sua independência – denominou Lula de “profeta da paz”, destacando sua insistência em buscar soluções negociadas para a paz. Enquanto isso, boa parte da mídia brasileira, fazendo eco à extrema-direita israelense, procurava diminuir o papel do Brasil na nova ordem mundial. Lula, talvez mesmo sem saber, utilizando-se de sua habilidade política e de seu incrível sentido de negociações, repetia, nos mais graves dossiês internacionais, a máxima de Raymond Aron: a paz se negocia com inimigos. As exigências, descabidas e mal camufladas de recusa ás negociações, sempre baseadas em imposições, foram denunciadas pelo presidente brasileiro. Idéias pré-concebidas estabelecendo a necessidade de mudar regimes para se ter a paz ou usar as baionetas para garantir a democracia foram consideradas, como sempre, desculpas para novas guerras. Lula mostrou-se, em várias das mais espinhosas crises internacionais, um negociador permanente. Foi assim na crise do golpe de Estado na Venezuela em 2002 (quando ainda era candidato) e nas demais crises sul-americanas, como na Bolívia, com o Equador e como mediador em crises entre outros países.
Lula negociador: O mais surpreendente é que o reconhecimento internacional do presidente brasileiro não traz qualquer orgulho para a elite brasileira. Ao contrário. Lula foi ridicularizado por sua política no Oriente Médio. Enquanto isso o presidente de Israel, Shimon Perez ou o Grande-Rabino daquele país solicitavam o uso do livre trânsito do presidente para intervir junto ao irascível presidente do Irã. Dizia-se aqui que Lula ofendera Israel, enquanto o Haaretz o chamava de “profeta da paz” e a Knesset (o parlamento de Israel) o aplaudia em pé. No mesmo momento o Brasil assinava importantes acordos comerciais com Israel. Ridicularizou-se ao extremo a atuação brasileira em Honduras, sem perceber a terrível porta que se abria com um golpe militar no continente. Lula teve a firmeza e a coragem, contra a opinião pública pessimamente informada, de dizer e que “... a época de se arrancar presidentes de pijama” do palácio do governo e expulsá-los do país pertencia, definitivamente, a noite dos tempos. Honduras teve que arcar com o peso, e os prejuízos, de sustentar uma elite empedernida, que escrevera na constituição, após anos de domínio ditatorial, que as leis, o mundo e a vida não podem ser mudados. Nem mesmo através da expressa vontade do povo! E a elite brasileira preferiu ficar ao lado dos golpistas hondurenhos e aceitar um precedente tenebroso para todo o continente.
Brasil, país no mundo!: Também se ridicularizou a abertura das relações do Brasil com o conjunto do planeta. Em oito anos abriu-se mais de sessenta novas representações no exterior, tornando o Brasil um país global. Os nostálgicos do “circuito Helena Rubinstein” – relações privilegiadas com Nova York, Londres e Paris – choraram a “proletarização” de nossas relações. Com a crise econômica global – que desmentiu os credos fundamentalistas neoliberais – a expansão do Brasil pelo mundo, os novos acordos comerciais (ao lado de um mercado interno robusto) impediram o Brasil de cair de joelhos. Outros países, atrelados ao eixo norte-atlântico e aqueles que aceitaram uma “pequena Alca”, como o México, debatem-se no fundo de suas infelicidades. Lula foi ridicularizado quando falou em “marolhinha”. Em seguida o ex-poderoso e o ex-centro anti-povos chamado FMI, declarou as medidas do governo Lula como as mais acertadas no conjunto do arsenal anti-crise. Mais uma vez silêncio das elites brasileiras!Lula foi considerado fomentador da preguiça e da miséria ao ampliar, recriar, e expandir ações de redistribuição de renda no país. A miséria encolheu e mais de 91 milhões de brasileiros ascenderam para vivenciar novos patamares de dignidade social... A elite disse que era apoiar o vício da preguiça, ecoando, desta feita sabendo, as ofensas coloniais sobre “nativos” preguiçosos. Era a retro-alimentação do mito da “pereza ibérica”. Uma ajuda de meio salário, temporária, merece por parte da elite um bombardeio constante. A corrupção em larga escala, dez vezes mais cara e improdutiva ao país que o Bolsa Família, e da qual a elite nacional não é estranha, nunca foi alvo de tantos ataques. A ONU acabou escolhendo o Programa Bolsa Família como símbolo mundial do resgate dos desfavorecidos. O ultra-conservador jornal britânico The Economist o considerou um modelo de ação para todos os países tocados pela pobreza e o Le Monde como ação modelar de inclusão social. Mais uma vez a elite nacional manteve-se em silêncio! Em suma, quando a influente revista, sem anúncios do governo brasileiro, Time escolhe Lula como o líder mais influente do mundo, a mídia brasileira “esquece” de noticiar. Nas páginas internas, tão encolhidas como um vira-lata em dia de chuva noticia-se que Lula “... está entre os 25 lideres mais influentes do mundo”. Errado! A lista colocava Lula como “o mais” influente do mundo. Agora se espera o silêncio da elite brasileira!"

2 comentários:

  1. O professor Francisco Carlos, está coberto de razão. A elite brasileira, não consegue esconder o rancor, por ter chegado apresidência do nosso país um cidadão do Povo. Expulso do seu torrão nal, exatsmente pela falta de sensibilidade desta mesma elite, contra as agruras do povo nordestino. Segundo os nossos irmãos do Sul e Sudeste, o nordestino só deveria galgar às posições de pedreiros, serventes ou no máximo: mestres-de-obras, nos grandes centros do país. Esquecem-se os que se julgavam donos do poder e dos destinos de todos os cidadãos brasileiros, que Lula, não é o único exemplo no mundo de que os humildes também são capazes e que na maioria das vezes apenas lhes faltaram oportunidades. Nos Estados Unidos o presidente até hoje, mais admirado, foi Abraham Lincolin, um lenhador.Por isso as elites de lá o assassinou. A nossa medíocre elite, Que pode comprar uma garrafa de vinho, por R$ 75.000,00 não exerga a quantas famílias poderia dar comida por um mês Com o dinheiro que irresponsavelmente esbanjam. Tudo fizeram e fazem. Torceram e torcem. Para que o governo do presidente Lula, dê errado. Dos blogs que participo, sempre tenho dito: que acho um absurdo a nossa impressa, nuca querer dar a dimensão que merence, quando os meios de comunicação internacional, elogia o Lula. Deveria ser um orgulho para todos nós, adversários ou correligionários do Presidente. Poucas vezes no passado o nosso país foi elogiado. Éramos conhecidos apenas: pelo futebol, pelo carnaval e pela nossa floresta Amazônica. Não seria para nos orgulharmos de ter um presidente, que embora sem muita instrução, conseguiu colocar o nosso áís nas manchetes mundiais, pelo lado positivo. Tenho dito, que Lula trouxe a dignidade para as classes menos favorecidas deste país. Tenho visto muita gente lamentando que o bolsa família as pessoas não quererem mais trabalhasr. Só que estes patrões e patroas queriam pagar um terço do salário mínimo para as suas empregadas (as domésticas). Hoje ou pagam ao menos próximo ao valor do mínimo ou não acham quem trabalhe. Acham isso um absurdso. Antes os nossos presidentes viajavam constantemente, para vender o nosso país. Hoje o Brasil tem no seu presidente um vendedor ambulante. Abrimos frente de comércio com vários países do mundo, não ficamos atrelados apenas ao dólar, que tantas agruras nos tem trazido. Pagou-se a dívida externa, que se dizia impagável. E, isto sem vender o nosso patrimônio. A nossa impressa não consegue ver, nem divulgar as notícias que enaltencem o nosso presidente. Porém, dão toda a divulgação possível, quando algum orgão internacional critica o Lula. Obama, Angela Merkel, Sarcozi, Gordon Brawm, Shimon Perez, Todos admiram o nosso presidente. 80% da nossa população o vê como o melhor presidente. Apenas os representantes da nossa elite e a nossa impressa não admite. Lamentável...
    Aryosto Aragão
    aryostoaragao@hotmail.com

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  2. O professor Francisco Carlos, está coberto de razão. A elite brasileira, não consegue esconder o rancor, por ter chegado a presidência do nosso país um cidadão do Povo. Expulso do seu torrão natal, exatamente pela falta de sensibilidade desta mesma elite, com as agruras que sempre sofreram o povo nordestino. Segundo os nossos irmãos do Sul e Sudeste, o nordestino só deveria galgar às posições de pedreiros, serventes ou no máximo: mestres-de-obras, nos grandes centros do país. Esquecem-se os que se julgavam donos do poder e dos destinos de todos os cidadãos brasileiros, que Lula, não é o único exemplo no mundo, de que os humildes, também são capazes, e que na maioria das vezes apenas lhes faltaram oportunidades. Nos Estados Unidos o presidente até hoje, mais admirado, é Abraham Lincolin, um lenhador.Por isso as elites de lá o assassinou. A nossa medíocre elite, que pode pagar por uma garrafa de vinho, R$ 75.000,00 não exerga, a quantas famílias poderia dar comida por um mês, com o dinheiro que irresponsavelmente esbanjam. Tudo fizeram e fazem, torceram e torcem. Para que o governo do presidente Lula, dê errado. Dos blogs que participo, sempre tenho dito: que acho um absurdo a nossa impressa, nuca querer dar a dimensão que merence, quando os meios de comunicação internacional, elogia o Presidente Lula. Deveria ser um orgulho para todos nós, adversários ou correligionários do Presidente. Poucas vezes no passado o nosso país foi elogiado. Éramos conhecidos apenas: pelo futebol, pelo carnaval e pela nossa floresta Amazônica. Não seria para nos orgulharmos de ter um presidente, que embora sem muita instrução, conseguiu colocar o nosso país nas manchetes mundiais, pelo lado positivo? Tenho dito, que Lula trouxe a dignidade para as classes menos favorecidas deste país. Tenho visto muita gente lamentando que o bolsa família, fez as pessoas não quererem mais trabalhasr. Só que estes patrões e patroas queriam pagar um terço do salário mínimo para as suas empregadas (as domésticas). Hoje ou pagam ao menos próximo ao valor do mínimo ou não acham quem trabalhe. Acham isso um absurdso. Antes os nossos presidentes viajavam constantemente, para vender o nosso país. Hoje o Brasil tem no seu presidente, um vendedor ambulante. Abrimos frente de comércio com vários países do mundo, não ficamos atrelados apenas ao dólar, que tantas agruras nos tem trazido. Pagou-se a dívida externa, que se dizia impagável. E, isto sem vender o nosso patrimônio. A nossa impressa não consegue ver, nem divulgar as notícias que enaltencem o nosso presidente. Porém, dão toda a divulgação possível, quando algum orgão da imprensa internacional critica o Lula. Obama, Angela Merkel, Sarcozi, Gordon Brawm, Shimon Perez, Todos admiram o nosso presidente. 80% da nossa população, o vê como o melhor presidente. Apenas os representantes da nossa elite e a nossa impressa não admite. Lamentável...
    Aryosto Aragão

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