terça-feira, 30 de agosto de 2011
domingo, 28 de agosto de 2011
Fotos do Rio São Francisco: Partida do Vapor
O APITO
Quando estava prestes a desatracar o vapor soltava o terceiro apito momento em que todos os passageiros deveriam estar embarcados sob pena de ficarem em terra.
O vapor Barão de Cotegipe era o que tinha o apito mais bonito e por isso era conhecido por todos.
Será que essa chaminé está emitindo o apito do Barão?
Qualquer que fosse o vapor, no entanto, o barranqueiro quedava-se na beira do rio até que o mesmo suspendesse a prancha e, ja no meio do Lago Ipueira soltasse o último e mais demorado apito como se estivesse despedindo.
Foto: Marcel Gautherot
EVANGELHO DOMINICAL: MATEUS 15, 21-27
"RENEGUE A SI MESMO E TOME A SUA CRUZ"
Naquele tempo, 21Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!” 24Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. 26De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta”.
— Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
sábado, 27 de agosto de 2011
Cantinho da Seresta: MÚSICAS POPULARES
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Arte Sacra da Bahia: BOM JESUS DO BONFIM
Azulejos de meados do Século XIX, com a imagem do Bom Jesus do Bonfim, assentado acima do portal de entrada para a sacristia da Basílica do Senhor do Bonfim, em Salvador BA.
Bahia: Tesouros da Fé
Foto: Sérgio Benutti
Foto Interessante: RODOVIÁRIA DE XIQUE XIQUE (BA)
Foto antiga de Xique Xique (BA): O PIRULITO
O PIRULITO
Esta é uma foto muito antiga, talvez da metade da década de 1960, quando ainda existia o "Pirulito" que ficava atrás da Igreja do Senhor do Bonfim.
Esse pequeno obelisco foi construído pelo Prefeito Municipal Coronel José de Souza Nogueira e inaugurado no dia 06 de julho de 1932 como parte das comemorações do Centenário da Emancipação Política de Xique Xique.
O Prefeito Coronel José Nogueira através de Decreto, determinou que o largo situado nos fundos da Igreja Matriz do Senhor do Bonfim passasse a se chamar oficialmente Praça Seis de Julho, tendo sido emplacada e inaugurada naquela data.
Mesmo não mais existindo o pequeno obelisco, pois com a introdução da Caldeira a pracinha foi totalmente descaracterizada, a placa denominando o local de Praça 6 de Julho ainda continua lá exposta.
Mesmo não mais existindo o pequeno obelisco, pois com a introdução da Caldeira a pracinha foi totalmente descaracterizada, a placa denominando o local de Praça 6 de Julho ainda continua lá exposta.
Lago Ipueira em Xique Xique (BA): OS PAQUETES
OS PAQUETES
"Paquetes" ou canoas é como os barranqueiros do Rio São Francisco denominam as pequenas embarcações utilizadas para o transporte individual ou de pequenas cargas.
Muitos pequenos agricultores que residem no arquipélago que envolve Xique Xique, se deslocam para a feira da cidade, via Lago Ipueira, utilizando os paquetes.
Por isso, nas sextas-feira, a beira do Lago fica repleta dessas coloridas canoas a exemplo dos pequenos veículos nos estacionamentos para automóveis.
É muito bonito de se ver centenas de pequenas embarcações estacionadas na beira do Lago a espera da chegada do seu dono para retornar à sua ilha de origem.
Fotos inéditas da Enchente de 1979: Praça D. Máximo em Xique Xique(BA)
Praça D. Máximo Inundada
A enchente do Rio São Francisco no ano de 1979 inundou grande parte da cidade de Xique Xique (BA) e é tida por muitos xiquexiquenses como, senão a maior, uma das maiores já acontecidas na cidade.
A foto registra as barcas a motor ancoradas em frente ao prédio da Prefeitura Municipal, situado na Praça D. Máximo.
Foto: Afonso
Foto: Afonso
Fato Histórico de Xique-Xique (BA): CLUBE SETE DE SETEMBRO
Clube Cultural e Recreativo Sete de Setembro
No decorrer das décadas de 1950 e 1960 Xique Xique contava com um clube social à altura da sociedade local. Era o CLUBE CULTURAL E RECREATIVO SETE DE SETEMBRO, cuja sede situava-se na Rua Marechal Deodoro que também era conhecida como “Rua da Sete” em referência ao clube.
Era nesse clube que as famílias xiquexiquenses se reuniam para comemorarem as grandes datas da cidade principalmente o 1º de janeiro, principal baile da época e o carnaval.
“A SETE” como carinhosamente era chamada era o ponto de encontro dos jovens estudantes que, durante as férias, freqüentemente ali se reuniam para dançararem os “assustados”, bailes improvisados e na base do disco, nas noites no meio da semana.
Nessas ocasiões muitos namoros surgiram e que se transformaram em casais que até hoje vivem felizes e em famílias estruturadas.
O Clube Sete de Setembro foi criado no dia 07 de setembro de 1922, por iniciativa de um grupo de homens influentes na cidade que desejavam construir uma instituição que congregasse social e culturalmente as famílias, para atividades culturais e lazer para todas as idades.
Inicialmente a instituição nasceu como Sociedade Filarmônica Sete de Setembro, e, na década de 1940 teve o nome mudado para Clube Cultural e Recreativo Sete de Setembro.
A partir do final da década de 1970, repetidas diretorias incompetentes do Clube quebraram a instituição e inviabilizaram seu funcionamento, comprometendo sua existência e tornando-a completamente inativa e paralisada no tempo e no espaço.
Atualmente até o prédio onde funcionava o Clube Sete de Setembro está em total abandono e caindo aos pedaços como bem demonstra a foto ilustrativa. É UMA PENA!!!
No decorrer das décadas de 1950 e 1960 Xique Xique contava com um clube social à altura da sociedade local. Era o CLUBE CULTURAL E RECREATIVO SETE DE SETEMBRO, cuja sede situava-se na Rua Marechal Deodoro que também era conhecida como “Rua da Sete” em referência ao clube.
Era nesse clube que as famílias xiquexiquenses se reuniam para comemorarem as grandes datas da cidade principalmente o 1º de janeiro, principal baile da época e o carnaval.
“A SETE” como carinhosamente era chamada era o ponto de encontro dos jovens estudantes que, durante as férias, freqüentemente ali se reuniam para dançararem os “assustados”, bailes improvisados e na base do disco, nas noites no meio da semana.
Nessas ocasiões muitos namoros surgiram e que se transformaram em casais que até hoje vivem felizes e em famílias estruturadas.
O Clube Sete de Setembro foi criado no dia 07 de setembro de 1922, por iniciativa de um grupo de homens influentes na cidade que desejavam construir uma instituição que congregasse social e culturalmente as famílias, para atividades culturais e lazer para todas as idades.
Inicialmente a instituição nasceu como Sociedade Filarmônica Sete de Setembro, e, na década de 1940 teve o nome mudado para Clube Cultural e Recreativo Sete de Setembro.
A partir do final da década de 1970, repetidas diretorias incompetentes do Clube quebraram a instituição e inviabilizaram seu funcionamento, comprometendo sua existência e tornando-a completamente inativa e paralisada no tempo e no espaço.
Atualmente até o prédio onde funcionava o Clube Sete de Setembro está em total abandono e caindo aos pedaços como bem demonstra a foto ilustrativa. É UMA PENA!!!
Foto Aérea de Xique Xique (BA): BAIRRO DO BNH
O BAIRRO BNH
Conjunto Habitacional de casas populares construído pelo já extinto Banco Nacional da Habitação - BNH e que hoje já se transformou num dos locais mais populosos e procurados da cidade, ficou conhecido por todos como Bairro BNH.
As antigas "casas populares" têm, via reformas feitas por seus proprietários, se transformado em residências confortáveis.
O comércio local já atende às necessidades dos moradores nada ficando a dever às casas comerciais situadas na parte histórica da cidade.
O clima, também, segundo os moradores, é mais ameno que a antiga área central da cidade.
Por tudo isso, o Bairro BNH tem atraído as família que oriundas das cidades vizinhas fixam residências em Xique Xique.
Foto: Édson Nogueira
Foto Denúncia: MERCADO DE PEIXE EM XIQUE XIQUE (BA)
A GRADUAÇÃO E O MERCADO DO PEIXE
O curso de graduação em Engenharia de Pesca, a ser ministrado pela UNEB, já é uma realidade em Xique Xique (BA), estando o vestibular previsto para novembro deste ano e as aulas com início para março de 2012.
Por outro lado, segundo o nosso Prefeito Municipal, reconstruída e reequipada, a Estação de Piscicultura de Xique Xique está em pleno funcionamento. A Codevasf refez a obra, paga as despesas operacionais e mandou um engenheiro de pesca, Charles que é o diretor da Estação. A Bahia Pesca designou Jorge Meira como funcionário da parte administrativa da Estação, e a Prefeitura de Xique Xique contratou um outro engenheiro de pesca, Jackson Rabelo e mais seis funcionários operacionais que “tocam” o dia a dia da Estação.
Atualmente, a Estação está funcionando normalmente e na semana passada colocou 50.000 alevinos na nossa Ipueira. Ou seja, o trabalho começou de verdade!
Por outro lado, segundo o nosso Prefeito Municipal, reconstruída e reequipada, a Estação de Piscicultura de Xique Xique está em pleno funcionamento. A Codevasf refez a obra, paga as despesas operacionais e mandou um engenheiro de pesca, Charles que é o diretor da Estação. A Bahia Pesca designou Jorge Meira como funcionário da parte administrativa da Estação, e a Prefeitura de Xique Xique contratou um outro engenheiro de pesca, Jackson Rabelo e mais seis funcionários operacionais que “tocam” o dia a dia da Estação.
Atualmente, a Estação está funcionando normalmente e na semana passada colocou 50.000 alevinos na nossa Ipueira. Ou seja, o trabalho começou de verdade!
Em pouco tempo a nossa cidade terá formado 50 Engenheiros de Pesca que estarão implantando as melhores técnicas de obtenção do pescado em Xique Xique.
Por tudo isso, não é justo que continuemos com o nosso Mercado do Peixe em total estado de abandono e sujeira. Os primeiros alunos do curso de Engenharia de Pesca que estarão estudando no semestre 2012.1, não poderão encontrar o equipamento encarregado da oferta final do pescado como atualmente se encontra. Urge, pois, que as nossas autoridades Estaduais, Municipais, Judiciais e Ministério Público unam forças para conseguir verbas suficientes e necessárias à reforma e reorganização higiênica do nosso tão importante Mercado do Peixe já que agora contamos com uma Estação de Piscicultura em pleno funcionamento e uma Faculdade de Engenharia de Pesca que deverá trazer para os xiquexiquenses o que há de mais moderno nessa área.
A sujeira e o descaso para com o nosso Mercado do Peixe não condiz com o nosso brilhante futuro pesqueiro.
A sujeira e o descaso para com o nosso Mercado do Peixe não condiz com o nosso brilhante futuro pesqueiro.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Crônica Xiquexiqueana: JOÃO PACHECO - O ALFAIATE ESPORTISTA
Juarez Morais Chaves
João Batista Pacheco, cidadão conhecidíssimo e muito querido em Xique Xique (BA), completou no dia 22 de junho p/passado 91 anos de idade, mas continua circulando pelas ruas da cidade no completo exercício dos seus sentidos (foto de julho/11).
Nascido na cidade de Lençois (BA), chegou em Xique Xique no ano de 1940, tendo alí, desde aquela data, exercido, concomitantemente e com muita dedicação, três atividades: foi dono de bar, fundou o "Clube Recreativo Flamengo", e como atividade principal exerceu o ofício de alfaiate durante muitos anos.
A profissão de alfaiate é uma das mais antigas do mundo. Derivada do árabe alkhayyát, do verbo kháta, significa coser. Os Alfaiates, conhecidos na França por "Tailleur", na Itália por "Sarto", na Espanha por "Sastre", tinham, desde a antiguidade, o domínio do corte e costura das diversas peças do vestuário masculino e feminino.
Quando aportou em Xique Xique, João Pacheco, já alfaiate e costurando roupas masculinas, tinha o intuito de ganhar dinheiro pois nessa época já se destacava como um dos melhores ou o melhor profissional da tesoura da região em face do excelente acabamento das suas confecções. Instalou a sua "tenda" na Avenida Getúlio Vargas, uma das principais ruas do comércio da cidade e durante muitos anos foi sempre requisitado pelas pessoas que necessitavam se apresentar trajando um terno bem feito e bem "assentado". Pela qualidade do seu trabalho João Pacheco sempre estava com a agenda cheia e a encomenda de uma roupa tinha que ser feita com certa antecedência principalmente nas datas festivas.
Mesmo com a fabricação em série de roupas com o uso de tecnologias de ponta, os alfaiates ainda continuam sendo procurados pelos empresários que preferem roupas exclusivas, sob medida e personalizadas. Ao contrário de outras profissões, não há exigência de uma formação acadêmica para ser Alfaiate. A prática e o dom formam o profissional.
Todavia, para sobreviver no competitivo mercado de confecções, os atuais alfaiates estão sempre se reciclando, recorrendo a computação como ferramenta de trabalho e buscando as atualizações das tendências da moda.
Com o Alfaiate João Pacheco esses problemas não existiam quando exercia a nobre profissão em Xique Xique. Bastava-lhe a tesoura e a fita métrica para colher as medidas individuais e logo surgiria um terno para homem nenhum botar defeito. A sua clientela não se resumia apenas à população de Xique Xique. Todas as cidades vizinhas vinham a procura do famoso alfaiate sempre que necessitavam de uma roupa impecável.
No que pese as roupas confeccionadas pelo alfaiate João Pacheco portarem na parte interna do paletó o selo da sua oficina, o seu corte exclusivo e personalizado logo denunciava o autor da roupa sem que fosse necessário abrir o paletó, pois o seu estilo era tão marcante que cada terno por ele produzido era com se fosse sua assinatura.
Mas, mesmo com a alfaiataria repleta de encomendas, João Pacheco, sem prejudicar a qualidade dos seus ternos, não se descuidava da prática amadorística do futebol, sua paixão depois do ofício de alfaiate e, nos poucos momentos de folga a sua maior diversão era jogar futebol até que no dia 8 de setembro de 1952, contando com a ajuda de amigos xiquexiquenses, fundou e manteve às suas expensas o "Clube Recreativo Flamengo" que teve jogadores fabulosos e respeitáveis em toda a região, entre os quais podem ser citados: Luizinho, João Petu, Orlando, Enoque, Vieira, João Gomes, Zinho, Zé Bonfim, Zé Gordura, João Shimba, Hélcio Bessa, Rubem Dário, Onilton, Geraldo Marcelino e muitos outros bons atletas que também vestiram a camisa dessa agremiação que marcou época na história futebolística de Xique Xique. O time da fotografia era composto pelos atletas: Em pé da direita para a esquerda: Maninho, Findinga, Isaldo, Getúlio, Isaias, Gordinho e Russo; De cócoras, da direita para a esquerda: Estácio, Neizinho, Raul Marçal, Sebastião, Vital e Luizinho. João Pacheco está de pé ao lado do goleiro do Flamengo.
Nascido na cidade de Lençois (BA), chegou em Xique Xique no ano de 1940, tendo alí, desde aquela data, exercido, concomitantemente e com muita dedicação, três atividades: foi dono de bar, fundou o "Clube Recreativo Flamengo", e como atividade principal exerceu o ofício de alfaiate durante muitos anos.
A profissão de alfaiate é uma das mais antigas do mundo. Derivada do árabe alkhayyát, do verbo kháta, significa coser. Os Alfaiates, conhecidos na França por "Tailleur", na Itália por "Sarto", na Espanha por "Sastre", tinham, desde a antiguidade, o domínio do corte e costura das diversas peças do vestuário masculino e feminino.
Quando aportou em Xique Xique, João Pacheco, já alfaiate e costurando roupas masculinas, tinha o intuito de ganhar dinheiro pois nessa época já se destacava como um dos melhores ou o melhor profissional da tesoura da região em face do excelente acabamento das suas confecções. Instalou a sua "tenda" na Avenida Getúlio Vargas, uma das principais ruas do comércio da cidade e durante muitos anos foi sempre requisitado pelas pessoas que necessitavam se apresentar trajando um terno bem feito e bem "assentado". Pela qualidade do seu trabalho João Pacheco sempre estava com a agenda cheia e a encomenda de uma roupa tinha que ser feita com certa antecedência principalmente nas datas festivas.
Mesmo com a fabricação em série de roupas com o uso de tecnologias de ponta, os alfaiates ainda continuam sendo procurados pelos empresários que preferem roupas exclusivas, sob medida e personalizadas. Ao contrário de outras profissões, não há exigência de uma formação acadêmica para ser Alfaiate. A prática e o dom formam o profissional.
Todavia, para sobreviver no competitivo mercado de confecções, os atuais alfaiates estão sempre se reciclando, recorrendo a computação como ferramenta de trabalho e buscando as atualizações das tendências da moda.
Com o Alfaiate João Pacheco esses problemas não existiam quando exercia a nobre profissão em Xique Xique. Bastava-lhe a tesoura e a fita métrica para colher as medidas individuais e logo surgiria um terno para homem nenhum botar defeito. A sua clientela não se resumia apenas à população de Xique Xique. Todas as cidades vizinhas vinham a procura do famoso alfaiate sempre que necessitavam de uma roupa impecável.
No que pese as roupas confeccionadas pelo alfaiate João Pacheco portarem na parte interna do paletó o selo da sua oficina, o seu corte exclusivo e personalizado logo denunciava o autor da roupa sem que fosse necessário abrir o paletó, pois o seu estilo era tão marcante que cada terno por ele produzido era com se fosse sua assinatura.
Mas, mesmo com a alfaiataria repleta de encomendas, João Pacheco, sem prejudicar a qualidade dos seus ternos, não se descuidava da prática amadorística do futebol, sua paixão depois do ofício de alfaiate e, nos poucos momentos de folga a sua maior diversão era jogar futebol até que no dia 8 de setembro de 1952, contando com a ajuda de amigos xiquexiquenses, fundou e manteve às suas expensas o "Clube Recreativo Flamengo" que teve jogadores fabulosos e respeitáveis em toda a região, entre os quais podem ser citados: Luizinho, João Petu, Orlando, Enoque, Vieira, João Gomes, Zinho, Zé Bonfim, Zé Gordura, João Shimba, Hélcio Bessa, Rubem Dário, Onilton, Geraldo Marcelino e muitos outros bons atletas que também vestiram a camisa dessa agremiação que marcou época na história futebolística de Xique Xique. O time da fotografia era composto pelos atletas: Em pé da direita para a esquerda: Maninho, Findinga, Isaldo, Getúlio, Isaias, Gordinho e Russo; De cócoras, da direita para a esquerda: Estácio, Neizinho, Raul Marçal, Sebastião, Vital e Luizinho. João Pacheco está de pé ao lado do goleiro do Flamengo.
O "Flamengo de João Pacheco" como era conhecido desfrutou imensa popularidade em toda a região e durante mais de duas décadas liderou os times da cidade, em campeonatos locais e sempre era um clássico quando saia para jogos em outras cidades vizinhas.
Nesta foto João Pacheco é o segundo a partir da direita, quando trouxe o seu Flamengo para em jogo com o Bahia de Adonias, outro esportista inveterado, comemorar no ano de 1965 o aniversário do Clube.
Pelos relevantes serviços prestados à moda masculina e ao futebol em Xique Xique, durante mais de 50 anos, a Câmara Municipal, por proposição do vereador João Guedes de Carvalho (1993-1997), concedeu a João Batista Pacheco o título de "Cidadão Xiquexiquense"
Pelos relevantes serviços prestados à moda masculina e ao futebol em Xique Xique, durante mais de 50 anos, a Câmara Municipal, por proposição do vereador João Guedes de Carvalho (1993-1997), concedeu a João Batista Pacheco o título de "Cidadão Xiquexiquense"
Provérbio Nordestino: Padre Airton Freire
Fotos do cineasta Édson Nogueira: Pôr do Sol em Xique Xique (BA)
Normandia Ontem e Hoje: CASA RESTAURADA
Só o amor pela manutenção e conservação dos monumentos históricos levou os europeuos a restaurarem essa casa totalmente destruida pelos bombardeios da Segunda Grande Guerra.
O mais cômodo, para muitos, seria a demolição pura e simples para naquele local levantar um grande edifício de apartamentos residenciais.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Moradia de Alto Risco: CASAS NO PENHASCO
terça-feira, 23 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Poesias de Jessier Quirino - PAISAGEM DO INTERIOR
O POETA JESSIER QUIRINO
Jessier Quirino é paraibano de Campina Grande, arquiteto por profissão e poeta por vocação.
É o autor de vários livros de poemas, destacando-se as poesias "Paisagem de Interior", "A Miudinha", "O Chapéu Mau", "O Lobinho Vermelho" e "Agruras da Lata D'Água", além de cordéis, causos, musicas e outros escritos.
"A poesia matuta já é um estilo consagrado da literatura brasileira. Nomes como Patativa do Assaré, Catulo da Paixão Cearense e Zé da Luz são conhecidos em todo o país como os principais representantes do gênero, mas podendo ser considerado tão importante quanto, Jessier Quirino, poeta paraibano que vem se destacando por seu estilo humorístico."
"PAISAGEM DO INTERIOR
É o autor de vários livros de poemas, destacando-se as poesias "Paisagem de Interior", "A Miudinha", "O Chapéu Mau", "O Lobinho Vermelho" e "Agruras da Lata D'Água", além de cordéis, causos, musicas e outros escritos.
"A poesia matuta já é um estilo consagrado da literatura brasileira. Nomes como Patativa do Assaré, Catulo da Paixão Cearense e Zé da Luz são conhecidos em todo o país como os principais representantes do gênero, mas podendo ser considerado tão importante quanto, Jessier Quirino, poeta paraibano que vem se destacando por seu estilo humorístico."
"PAISAGEM DO INTERIOR
Poema de Jessier Quirino
Matuto no mêi da pista
menino chorando nu
rolo de fumo e beiju
colchão de palha listrado
um par de bêbo agarrado
preto véio rezador
jumento jipe e trator
lençol voando estendido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Três moleque fedorento
morcegando um caminhão
chapéu de couro e gibão
bodega com surtimento
poeira no pé de vento
tabulêro de cocada
banguela dando risada
das prosa do cantador
buchuda sentindo dor
com o filho quase parido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Bêbo lascando a canela
escorregando na fruta
num batente, uma matuta
areando uma panela
cachorro numa cadela
se livrando das pedrada
ciscador corda e enxada
na mão do agricultor
no jardim, um beija-flor
num pé de planta florido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Mastruz e erva-cidreira
debaixo dum jatobá
menino querendo olhar
as calça da lavadeira
um chiado de porteira
um fole de oito baixo
pitomba boa no cacho
um canário cantador
caminhão de eleitor
com os voto tudo vendido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Um motorista cangueiro
um jipe chêi de batata
um balai de alpercata
porca gorda no chiqueiro
um camelô trambiqueiro
avelós e lagartixa
bode véio de barbicha
bisaco de caçador
um vaqueiro aboiador
bodegueiro adormecido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Meninas na cirandinha
um pula corda e um toca
varredeira na fofoca
uma saca de farinha
cacarejo de galinha
novena no mês de maio
vira-lata e papagaio
carroça de amolador
fachada de toda cor
um bruguelim desnutrido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Matuto no mêi da pista
menino chorando nu
rolo de fumo e beiju
colchão de palha listrado
um par de bêbo agarrado
preto véio rezador
jumento jipe e trator
lençol voando estendido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Três moleque fedorento
morcegando um caminhão
chapéu de couro e gibão
bodega com surtimento
poeira no pé de vento
tabulêro de cocada
banguela dando risada
das prosa do cantador
buchuda sentindo dor
com o filho quase parido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Bêbo lascando a canela
escorregando na fruta
num batente, uma matuta
areando uma panela
cachorro numa cadela
se livrando das pedrada
ciscador corda e enxada
na mão do agricultor
no jardim, um beija-flor
num pé de planta florido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Mastruz e erva-cidreira
debaixo dum jatobá
menino querendo olhar
as calça da lavadeira
um chiado de porteira
um fole de oito baixo
pitomba boa no cacho
um canário cantador
caminhão de eleitor
com os voto tudo vendido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Um motorista cangueiro
um jipe chêi de batata
um balai de alpercata
porca gorda no chiqueiro
um camelô trambiqueiro
avelós e lagartixa
bode véio de barbicha
bisaco de caçador
um vaqueiro aboiador
bodegueiro adormecido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Meninas na cirandinha
um pula corda e um toca
varredeira na fofoca
uma saca de farinha
cacarejo de galinha
novena no mês de maio
vira-lata e papagaio
carroça de amolador
fachada de toda cor
um bruguelim desnutrido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Uma jumenta viçando
jumento correndo atrás
um candeeiro de gás
véi na cadeira bufando
radio de pilha tocando
um choriço, um manguzá
um galho de trapiá
carregado de fulô
fogareiro abanador
um matador destemido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Um soldador de panela
debaixo da gameleira
sovaqueira, balinheira
uma maleta amarela
rapariga na janela
casa de taipa e latada
nuvilha dando mijada
na calçada do doutor
toalha no aquarador
um terreiro bem varrido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Um forró de pé de serra
fogueira milho e balão
um tum-tum-tum de pilão
um cabritinho que berra
uma manteiga da terra
zoada no mêi da feira
facada na gafieira
matuto respeitador
padre, prefeito e doutor
os home mais entendido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior. "
jumento correndo atrás
um candeeiro de gás
véi na cadeira bufando
radio de pilha tocando
um choriço, um manguzá
um galho de trapiá
carregado de fulô
fogareiro abanador
um matador destemido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Um soldador de panela
debaixo da gameleira
sovaqueira, balinheira
uma maleta amarela
rapariga na janela
casa de taipa e latada
nuvilha dando mijada
na calçada do doutor
toalha no aquarador
um terreiro bem varrido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior.
Um forró de pé de serra
fogueira milho e balão
um tum-tum-tum de pilão
um cabritinho que berra
uma manteiga da terra
zoada no mêi da feira
facada na gafieira
matuto respeitador
padre, prefeito e doutor
os home mais entendido
isso é cagado e cuspido
paisagem de interior. "
domingo, 21 de agosto de 2011
EVANGELHO DOMINICAL - S.MATEUS 16,13-20
" Naquele tempo, ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:
«Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»
Eles responderam:
Eles responderam:
«Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Perguntou-lhes de novo:
Perguntou-lhes de novo:
«E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu:
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu:
«Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus disse-lhe em resposta:
Jesus disse-lhe em resposta:
«És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.
Também Eu te digo:
Também Eu te digo:
"Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela.
Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»
Depois, ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Messias. "
Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»
Depois, ordenou aos discípulos que a ninguém dissessem que Ele era o Messias. "
sábado, 20 de agosto de 2011
Pavimentação da BA.52 - XIQUE XIQUE A FEIRA DE SANTANA
RODOVIA ESTADUAL BA.52
Conforme noticia a grande imprensa baiana, as cidades de Ipirá (BA) e Pintadas (BA), foram beneficiadas com suas estradas recuperadas.
As novas estradas foram entregues ao público no dia 20 deste mês, festa que contou com a presença do Governador Jaques Wagner e de Otto Alencar, Secretário de Infraestrutura.
As novas estradas foram entregues ao público no dia 20 deste mês, festa que contou com a presença do Governador Jaques Wagner e de Otto Alencar, Secretário de Infraestrutura.
Nessa ocasião o Governador da Bahia afirmou que dando prosseguimento à sua política de melhoria da infraestrutura do Estado, levará o asfalto a todas as sedes municipais do Estado da Bahia.
Apenas lembrando, a recuperação da BA.52, trecho que liga as cidades de Morro do Chapéu à Xique Xique, ambas na Bahia, continua em ritmo bastante lento. A cumunidade beneficiada com essa parte da estrada espera o mesmo tratamento dado ao trecho Feira de Santana a Ipirá, da mesma estrada BA.52.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
REPORTAGENS ANTIGAS DE "O CRUZEIRO"
CAJUEIRO GIGANTE
A revista semanal O CRUZEIRO, no dia 8 de janeiro de 1955, publicou a reportagem sobre um cajueiro gigante que existe na praia Pirangi, da cidade de Natal.
Naquela data, a área da copa do cajueiro media 2.000 m².
Este ano, estive visitando o cajueiro gigante na cidade de Natal (RN) e, segundo as informações do moradores locais, a copa do mesmo já cobre 10.000 m² (1 hectare), equivalente às copas de 70 cajueiros normais. Segundo estimativas dos técnicos deve ter 100 anos de idade e é o maior cajueiro do mundo, segundo o Guiness Book .
Simplesmente... ENCANTADOR!
Simplesmente... ENCANTADOR!
Vejamos o diz a reportagem de O CRUZEIRO nos idos de 1955.
"O Cruzeiro - 8 de janeiro de 1955
Um cajueiro criou uma floresta
Como a história da vassoura no aprendiz de feiticeiro, um cajueiro desdobra-se formando uma verdadeira floresta
- Dois mil metros quadrados de área, quarenta e cinco mil frutos em cada safra
-Uma grande atração turística para o Nordeste...
Texto de ÍTALO VIOLA Fotos de RUBENS AMÉRICO
O Cajueiro de Pirangi já se consagrou como ponto obrigatório de visita dos que chegam à cidade de Natal. Pirangi é o nome de uma praia, na divisa dos municípios de Natal e Nísia Floresta, na qual o cidadão Sylvio Pedrosa possui um sítio, onde se encontra o cajueiro a que nos referimos e que os moradores do local denominam de “O Polvo”.
Êste cajueiro, segundo os mais velhos habitantes da região, tem aproximadamente uns quarenta anos de existência. Do seu tronco original (um tanto difícil de distinguir para quem o vê pela primeira vez) saíram dezenas de galhos que, por sua vez, transformaram-se em outros verdadeiros troncos, lançando centenas de galhos em tôdas as direções, numa progressão geométrica, numa sinfonia inacabada. Se emendássemos todos êstes galhos e troncos, cobriríamos, com a maior facilidade, a distância de um quilômetro. A área dêste cajueiro, verificada pelo seu proprietário, é de 2.000 m2. Quando chega a época de cajus, “O Polvo”mostra a sua pujança e prodigalidade, oferecendo uma média de 500 cajus diários em uma safra de três meses, portanto 45.000 frutos.
Assis Chateaubriand, os Governadores Lucas Garcez, Juscelino Kubitschek, Amaral Peixoto, o escritor e sociólogo Gilberto Freyre, o ex-Embaixador da Espanha e inúmeras outras personalidades celebrizaram o cajueiro de Pirangi com suas visitas.
Num país que soubesse aproveitar as suas atrações naturais para fins turísticos, êste cajueiro estaria mundialmente conhecido, convergindo para êle uma legião de curiosos, tal a sua excentricidade, tal a sua beleza, tal o seu caráter de exemplar único em todo o mundo"
Um cajueiro criou uma floresta
Como a história da vassoura no aprendiz de feiticeiro, um cajueiro desdobra-se formando uma verdadeira floresta
- Dois mil metros quadrados de área, quarenta e cinco mil frutos em cada safra
-Uma grande atração turística para o Nordeste...
Texto de ÍTALO VIOLA Fotos de RUBENS AMÉRICO
O Cajueiro de Pirangi já se consagrou como ponto obrigatório de visita dos que chegam à cidade de Natal. Pirangi é o nome de uma praia, na divisa dos municípios de Natal e Nísia Floresta, na qual o cidadão Sylvio Pedrosa possui um sítio, onde se encontra o cajueiro a que nos referimos e que os moradores do local denominam de “O Polvo”.
Êste cajueiro, segundo os mais velhos habitantes da região, tem aproximadamente uns quarenta anos de existência. Do seu tronco original (um tanto difícil de distinguir para quem o vê pela primeira vez) saíram dezenas de galhos que, por sua vez, transformaram-se em outros verdadeiros troncos, lançando centenas de galhos em tôdas as direções, numa progressão geométrica, numa sinfonia inacabada. Se emendássemos todos êstes galhos e troncos, cobriríamos, com a maior facilidade, a distância de um quilômetro. A área dêste cajueiro, verificada pelo seu proprietário, é de 2.000 m2. Quando chega a época de cajus, “O Polvo”mostra a sua pujança e prodigalidade, oferecendo uma média de 500 cajus diários em uma safra de três meses, portanto 45.000 frutos.
Assis Chateaubriand, os Governadores Lucas Garcez, Juscelino Kubitschek, Amaral Peixoto, o escritor e sociólogo Gilberto Freyre, o ex-Embaixador da Espanha e inúmeras outras personalidades celebrizaram o cajueiro de Pirangi com suas visitas.
Num país que soubesse aproveitar as suas atrações naturais para fins turísticos, êste cajueiro estaria mundialmente conhecido, convergindo para êle uma legião de curiosos, tal a sua excentricidade, tal a sua beleza, tal o seu caráter de exemplar único em todo o mundo"
Arte Sacra na Bahia: AZULEJARIA SACRA
Do século XVIII, a cidade de Salvador (BA), possui uma grande variedade dos chamados azulejos figurativos que representam cenas religiosas e profanas. São exemplares oriundos das mais importantes oficinas lisboetas da época, da autoria de diversos artistas que são considerados pertencentes ao "período dos mestres". Começando pela grande produção joanina, citamos os exemplares da Igreja e Convento de São Francisco (Cláustro) atribuidas à oficina de Bartolomeu Antunes e Nicolau de Freitas.
O painel aqui apresentado, situado na Igreja e Convento de São Francisco, em Salvador (BA), é certamente o clímax da arte barroca brasileira tanto pela perfeição do douramento quanto pela maestria e profusão da talha. Na parte superior do painel pode-se ler "CUNCTOS/MORS UNA/MANET" (A MORTE IGUALA A TODOS).
Um esqueleto, alegoria da Morte, força a porta de uma torre, enquanto à esquerda um rei agoniza, ao mesmo tempo que o sapateiro a direita.
BAHIA: TESOUROS DA FÉ
BAHIA: TESOUROS DA FÉ
Fotografia: Sergio Benutti
Normandia Ontem e Hoje:Rua Restaurada
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Fotos do Rio São Francisco: Tempos antigos
PACÍFICO CONVÍVIO
Era o tempo das barcas movidas a velas e a varas.
Em cada cidade ribeirinha do Rio São Francisco aportavam e alí passavam vários dias vendendo mercadorias oriundas de outros locais e comprando as alí produzidas.
Durante esse tempo conviviam com as lavadeiras que procuravam a beira do rio para lavar as roupas próprias ou dos patrões.
Ninguém perturbava ninguém.
Foto: Marcel Gautherot
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Crônica Xiquexiqueana: Dia de Finados
DIA DE FINADOS
Juarez Morais Chaves
"Um dia eu vou estar aqui também,
e gostaria que a pessoa viesse aqui me ver,
também, me prestigiar nesse dia.
Acho muito importante"
(Autor desconhecido)
Juarez Morais Chaves
"Um dia eu vou estar aqui também,
e gostaria que a pessoa viesse aqui me ver,
também, me prestigiar nesse dia.
Acho muito importante"
(Autor desconhecido)
Finados é o dia em que todas as pessoas se preparam para, em visitas aos cemitérios, prestar homenagens aos seus entes queridos já falecidos e que ali repousam. Nessa data todos os túmulos, sejam os mais ricos revestidos de granito ou uma pequena cova adornada por uma simples cruz de madeira registrando a data do nascimento e da morte do parente ou amigo, estarão cercados de pessoas independente do estrato social, da etnia ou da denominação religiosa, portando flores e livros de orações para a visita mais importante do ano.
O dia de finados sempre foi valorizado pela Igreja Católica, desde o início, quando, ainda no séc. I os cristãos visitavam os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram defendendo a fé.
Para que as orações dos vivos atingissem a todas as almas, no século V, a Igreja Católica instituiu um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Já no ano de 998 santo Odilon, pedia aos monges, seus irmãos, que orassem pelos mortos. E os papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigavam as comunidades de cristãos a dedicar um dia aos mortos.
No século XI, o calendário litúrgico da Igreja Católica incorporou o Dia de Finados, que deveria cair no dia 2 de novembro ocasião em que as celebrações seriam dedicadas a todos os mortos. A primeira celebração do dia dos mortos pelos povos católicos foi feita pelos monges beneditinos na França.
Por isso, os cemitérios são locais de grande importância para todas as pessoas que, ainda encarnadas, perambulam por esta Terra aguardando a data do retorno. Pode-se dizer até, que são locais sagrados que devem ser respeitados e pisados com a maior reverência possível pois é ali que descansam, para sempre os que nos antecederam. Qualquer que seja a cidade brasileira, da maior à menor, a população, no dia 2 de novembro, pára e num momento de reflexão queda-se junto aos túmulos espalhados por todos os cemitérios desse nosso Brasil para, dirigindo orações aos seus mortos, solicitar, também, que nos protejam na caminhada terrena. Nós não celebramos a morte, celebramos a vida, porque, nós cremos que Deus é misericordioso e que aqueles que partiram estão na graça de Deus. Então, é a celebração da esperança, da vida. E, essa visita ao cemitério é mais para lembrança, para recordar onde foi colocado o corpo daquele que nós amamos.
Por isso, os cemitérios são locais de grande importância para todas as pessoas que, ainda encarnadas, perambulam por esta Terra aguardando a data do retorno. Pode-se dizer até, que são locais sagrados que devem ser respeitados e pisados com a maior reverência possível pois é ali que descansam, para sempre os que nos antecederam. Qualquer que seja a cidade brasileira, da maior à menor, a população, no dia 2 de novembro, pára e num momento de reflexão queda-se junto aos túmulos espalhados por todos os cemitérios desse nosso Brasil para, dirigindo orações aos seus mortos, solicitar, também, que nos protejam na caminhada terrena. Nós não celebramos a morte, celebramos a vida, porque, nós cremos que Deus é misericordioso e que aqueles que partiram estão na graça de Deus. Então, é a celebração da esperança, da vida. E, essa visita ao cemitério é mais para lembrança, para recordar onde foi colocado o corpo daquele que nós amamos.
Xique Xique (BA) não foge a regra e tem como um dos seus costumes a ida de grande parte da população ao cemitério local reverenciar os antepassados. Existe até um grupo de pessoas, minha Mãe fazia parte desse time, que não satisfeitas com apenas a visita do dia de finados, caminham para o cemitério, todos os dias do mês de novembro, para rezarem pelas almas. É um bom hábito, pois, mesmo depois de mortos, com certeza continuamos precisando de orações que são o alimento do espírito.
Mas, o cemitério de Xique Xique, cuja construção foi autorizada pela Lei Municipal nº 26, de 19.03.1926, portanto há 83 anos, já não suporta a demanda de uma população calculada em 50 mil pessoas. E, como todos desejam uma pequena área para depositar o corpo do ente querido sempre ocorrem procedimentos inadequados e que prejudicam famílias cujos parentes já estão ali enterrados há muitos anos mas que, por impossibilidade financeira, não puderam ainda construir um túmulo de alvenaria. Como o cemitério não mais possui novos espaços para sepultamento, as pequenas e modestas sepulturas muitas vezes são invadidas e destruídas por pessoas estranhas à família, para que ali seja colocado um novo corpo. Por tudo isso, é urgente a necessidade de um novo cemitério.
Mas, enquanto o novo não chega, é mais premente a necessidade de uma campanha de sensibilização do nosso Poder Público no sentido de levá-lo a promover um saneamento no nosso cemitério. E, diga-se de passagem, o custo para isso é relativamente pequeno e quase insignificante para o Erário. Sem muitas pretensões, bastaria que a área fosse capinada eliminando-se a erva daninha que está impedindo o livre trânsito das pessoas. Poder-se-ia pensar, também, na delimitação de pequenas ruas cimentadas por onde as pessoas pudessem caminhar com mais conforto.
Mas, o cemitério de Xique Xique, cuja construção foi autorizada pela Lei Municipal nº 26, de 19.03.1926, portanto há 83 anos, já não suporta a demanda de uma população calculada em 50 mil pessoas. E, como todos desejam uma pequena área para depositar o corpo do ente querido sempre ocorrem procedimentos inadequados e que prejudicam famílias cujos parentes já estão ali enterrados há muitos anos mas que, por impossibilidade financeira, não puderam ainda construir um túmulo de alvenaria. Como o cemitério não mais possui novos espaços para sepultamento, as pequenas e modestas sepulturas muitas vezes são invadidas e destruídas por pessoas estranhas à família, para que ali seja colocado um novo corpo. Por tudo isso, é urgente a necessidade de um novo cemitério.
Mas, enquanto o novo não chega, é mais premente a necessidade de uma campanha de sensibilização do nosso Poder Público no sentido de levá-lo a promover um saneamento no nosso cemitério. E, diga-se de passagem, o custo para isso é relativamente pequeno e quase insignificante para o Erário. Sem muitas pretensões, bastaria que a área fosse capinada eliminando-se a erva daninha que está impedindo o livre trânsito das pessoas. Poder-se-ia pensar, também, na delimitação de pequenas ruas cimentadas por onde as pessoas pudessem caminhar com mais conforto.
Estas modestas melhorias nada representam se levarmos em conta a importância daquele lugar para todas as famílias xiquexiquenses.O atual cemitério era conhecido até bem pouco tempo como “cemitério novo” denotando que existia um “cemitério velho”. E isso é verdade. O “cemitério velho” foi destruído pelo Poder Municipal e transformado numa praça ajardinada.
No que pese a boa intenção considero que foi um desrespeito às famílias dos mortos que ali repousavam. Não é que os mortos precisassem do “cemitério velho”, mas, por certo os parentes ficaram sem um referencial importante para suas vidas. Acredito que se, naquela época, a sociedade xiquexiquense houvesse se organizado para estudar um destino para o “cemitério velho”, que já estava desativado, a solução teria sido melhor e diferente, talvez recuperando-o, iluminando-o e transformando-o num local de visitação tão ou mais importante que a pracinha construída sobre antigos túmulos.
É, para evitar o mesmo destino dado ao “cemitério velho”, que a sociedade de Xique Xique precisa estar atenta e se envolver com o necessário saneamento e permanente manutenção do “cemitério novo”. Mesmo sendo uma responsabilidade dos nossos Poderes Municipais, o zelo por esse equipamento é de toda a comunidade local e a OMISSÃO DO POVO, um dos piores males, se não o pior, é a maior responsável pela degradação da nossa sociedade. Unamos-nos e transformemos o nosso “cemitério novo” que não é assim tão novo, num local limpo, saneado, iluminado e que permita conforto e bem estar a todos os que procuram reverenciar os seus mortos.
Torçamos para que no próximo dia de finados deste ano, possamos contar com esse ambiente. O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. Vida eterna que não vai terminar nunca, pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre. É também o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro nunca morrerá. JMC/
É, para evitar o mesmo destino dado ao “cemitério velho”, que a sociedade de Xique Xique precisa estar atenta e se envolver com o necessário saneamento e permanente manutenção do “cemitério novo”. Mesmo sendo uma responsabilidade dos nossos Poderes Municipais, o zelo por esse equipamento é de toda a comunidade local e a OMISSÃO DO POVO, um dos piores males, se não o pior, é a maior responsável pela degradação da nossa sociedade. Unamos-nos e transformemos o nosso “cemitério novo” que não é assim tão novo, num local limpo, saneado, iluminado e que permita conforto e bem estar a todos os que procuram reverenciar os seus mortos.
Torçamos para que no próximo dia de finados deste ano, possamos contar com esse ambiente. O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. Vida eterna que não vai terminar nunca, pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre. É também o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro nunca morrerá. JMC/
Foto Antiga de Salvador: Praça Castro Alves
Fato Histórico de Xique-Xique (BA): O DESBRAVADOR MARINHO CARVALHO
Primeiro Caminhão e primeiro Automóvel em Xique Xique
– 1926 –
O Senhor Marinho Pereira de Carvalho, nascido em 03 de julho de 1887 no Povoado de Canabrava do Gonçalo, filho de Bernardo de Carbalho e de D. Felícia Pires de Carvalho, foi o introdutor do primeiro Caminhão e do primeiro automóvel que rodaram no município de Xique Xique (BA).
Durante muitos anos o Sr. Marinho Pereira de Carvalho exerceu a profissão de tropeiro, fazendo comércio ambulante nas cidades situadas ao longo da atual rodovia BA.52 - de Xique Xique a Morro do Chapéu - que na época não passava de um caminho para tropas de burros. Nesse trajeto ia negociando – comprando e vendendo – em todas as comunidades intermediárias, distritos, povoados, fazendas e roças isoladas, quase todo tipo de mercadoria, de cereais a tecidos, de ferramentas agrícolas a bebidas e medicamentos, utilizando a sua grande tropa de burros.
Homem inteligente e trabalhador, cheio de iniciativas inéditas, Marinho Pereira de Carvalho, certo dia teve a idéia de viajar até a cidade de São Paulo para comprar dois veículos: um caminhão e um automóvel, trazendo-os para Xique-Xique que ainda não tinha estrada apropriada para esses veículos trafegarem. Pretendia, com o caminhão facilitar o seu comércio que até aquela data era feito no lombo de animais.
Para tão grande missão Marinho Carvalho convidou o seu primo Martinho Pereira de Carvalho para acompanhá-lo na viagem a São Paulo, pois tinha como objetivo transformar o primo no guiador e mecânico dos dois veículos.
No início do ano de 1926 partiram, de vapor, do porto de Xique Xique com destino a Pirapora (MG) e dalí seguiram de trem pela Estrada de Ferro Central do Brasil, até a cidade de São Paulo.
Lá chegando, sem perda de tempo iniciou a pesquisa para a aquisição dos veículos tendo feito a compra à vista e em espécie vez que naquela época as transações bancárias ainda não eram populares.
Logo que Martinho Ferreira de Carvalho, seu primo, aprendeu o ofício de motorista e recebeu as devidas orientações sobre a manutenção e o funcionamento mecânico, elétrico e hidráulico dos veículos, Marinho Carvalho encetou viagem de volta para Xique Xique, repetindo o mesmo trajeto da ida, ou seja, embarcando os veículos no trem de ferro com destino a Pirapora.
Em Pirapora Marinho Pereira de Carvalho, junto com o primo, embarcaram num vapor com destino a Xique Xique, trazendo consigo os dois veículos, chegando na cidade em fevereiro de 1926 onde, ao desembarcarem junto com os veículos receberam dos xiquexiquenses enorme manifestação do povo e das autoridades municipais bem como dos seus conterrâneos de Canabrava do Gonçalo que se deslocaram a cavalo para testemunhar o momento histórico do desembarque de tão rara e importante mercadoria.
– 1926 –
O Senhor Marinho Pereira de Carvalho, nascido em 03 de julho de 1887 no Povoado de Canabrava do Gonçalo, filho de Bernardo de Carbalho e de D. Felícia Pires de Carvalho, foi o introdutor do primeiro Caminhão e do primeiro automóvel que rodaram no município de Xique Xique (BA).
Durante muitos anos o Sr. Marinho Pereira de Carvalho exerceu a profissão de tropeiro, fazendo comércio ambulante nas cidades situadas ao longo da atual rodovia BA.52 - de Xique Xique a Morro do Chapéu - que na época não passava de um caminho para tropas de burros. Nesse trajeto ia negociando – comprando e vendendo – em todas as comunidades intermediárias, distritos, povoados, fazendas e roças isoladas, quase todo tipo de mercadoria, de cereais a tecidos, de ferramentas agrícolas a bebidas e medicamentos, utilizando a sua grande tropa de burros.
Homem inteligente e trabalhador, cheio de iniciativas inéditas, Marinho Pereira de Carvalho, certo dia teve a idéia de viajar até a cidade de São Paulo para comprar dois veículos: um caminhão e um automóvel, trazendo-os para Xique-Xique que ainda não tinha estrada apropriada para esses veículos trafegarem. Pretendia, com o caminhão facilitar o seu comércio que até aquela data era feito no lombo de animais.
Para tão grande missão Marinho Carvalho convidou o seu primo Martinho Pereira de Carvalho para acompanhá-lo na viagem a São Paulo, pois tinha como objetivo transformar o primo no guiador e mecânico dos dois veículos.
No início do ano de 1926 partiram, de vapor, do porto de Xique Xique com destino a Pirapora (MG) e dalí seguiram de trem pela Estrada de Ferro Central do Brasil, até a cidade de São Paulo.
Lá chegando, sem perda de tempo iniciou a pesquisa para a aquisição dos veículos tendo feito a compra à vista e em espécie vez que naquela época as transações bancárias ainda não eram populares.
Logo que Martinho Ferreira de Carvalho, seu primo, aprendeu o ofício de motorista e recebeu as devidas orientações sobre a manutenção e o funcionamento mecânico, elétrico e hidráulico dos veículos, Marinho Carvalho encetou viagem de volta para Xique Xique, repetindo o mesmo trajeto da ida, ou seja, embarcando os veículos no trem de ferro com destino a Pirapora.
Em Pirapora Marinho Pereira de Carvalho, junto com o primo, embarcaram num vapor com destino a Xique Xique, trazendo consigo os dois veículos, chegando na cidade em fevereiro de 1926 onde, ao desembarcarem junto com os veículos receberam dos xiquexiquenses enorme manifestação do povo e das autoridades municipais bem como dos seus conterrâneos de Canabrava do Gonçalo que se deslocaram a cavalo para testemunhar o momento histórico do desembarque de tão rara e importante mercadoria.
Não tenho a foto do primeiro caminhão e do primeiro automóvel propriedades do Sr. Marinho Carvalho, que rodaram em Xique Xique, mas, provavelmente deveriam ser semelhantes aos das fotos que são veículos fabricados no ano de 1926.
Marinho de Carvalho não só introduziu os veículos na cidade como também, iniciou com suas próprias mãos e recursos a construção de uma estrada de rodagem passando pelas cidades por onde negociava, que se tornou o embrião da BA.52 atual rodovia que liga as cidades de Xique Xique a Feira de Santana, na Bahia.
Em homenagem ao grande feito de Marinho Carvalho, a Estação Rodoviaria de Xique Xique (BA), ostenta o seu nome.
Em homenagem ao grande feito de Marinho Carvalho, a Estação Rodoviaria de Xique Xique (BA), ostenta o seu nome.
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