segunda-feira, 30 de abril de 2012

Foto Aérea de Xique Xique (BA): Banhada pelo Lago Ipueira


Foto aérea do centro histórico de Xique Xique (BA), destacando-se o Lago Ipueira, que banha a cidade e na outra margem do Lago a grande Ilha do Gado Bravo com mais de 15 km de comprimento.

Foto: Edson Nogueira

domingo, 29 de abril de 2012

EVANGELHO DOMINICAL - 4º da PÁSCOA - Jo 10,11-18


Naquele tempo, disse Jesus:
“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. Pois ele é apenas um mercenário que não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. É por isso que meu Pai me ama, porque dou a minha vida, para depois recebê-la novamente. Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; essa é a ordem que recebi de meu Pai”.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

NINGUÉM PODE VIR A MIM SE O PAI QUE ME ENVIOU NÃO O ATRAIR; E EU O RESSUSCITAREI NO ÚLTIMO DIA.
Jo 6,44

quinta-feira, 26 de abril de 2012

FRASE BÍBLIDA

ASSIM COMO O PAI, QUE VIVE, ME ENVIOU, E EU VIVO PELO PAI, ASSIM TAMBÉM QUEM COMER DE MINHA CARNE VIVERÁ POR MIM
jO 6,57

quarta-feira, 25 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

NO RELACIONAMENTO MÚTUO, REVESTI-VOS TODOS DE HUMILDADE, PORQUE DEUS RESISTE AOS SOBERBOS E AOS HUMILDES DÁ SUA GRAÇA.
1Pd 5,5b

terça-feira, 24 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

JESUS RESPONDEU: "EU SOU O PÃO DA VIDA. QUEM VEM A MIM JÁ NÃO TERÁ FOME, E QUEM CRÊ EM MIM JAMAIS TERÁ SEDE"
Jo 6,35

segunda-feira, 23 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

ESFORÇAI-VOS, NÃO PELO ALIMENTO QUE SE ESTRAGA, E SIM PELO ALIMENTO QUE PERMANECE ATÉ A VIDA ETERNA
Jo 6,27a

Foto Interessante de Xique Xique: Senhor do Bonfim


Imagem do Senhor do Bonfim de Xique Xique (BA), obra de Carlos Roldão,  nosso conterrâneo e grande escultor. 
No momento dessa foto, a imagem, recém concluída,  estava exposta na Praça 6 de Julho. Atualmente encontra-se em frente à Igreja do Senhor do Bonfim, na Praça D. Máximo, seu local definitivo.

domingo, 22 de abril de 2012

EVANGELHO DOMINICAL - 3º da PÁSCOA - Lucas 24, 35-48


Naquele tempo, 35os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!” 37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. 40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.  45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”.  – Palavra da Salvação.    – Glória a vós, Senhor.

sábado, 21 de abril de 2012

sexta-feira, 20 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

VENDO O SINAL QUE JESUS TINHA REALIZADO, AQUELA GENTE DIZIA: "NA VERDADE, ESTE É O PROFETA QUE HÁ DE VIR AO MUNDO".
Jo 6,14

quinta-feira, 19 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

AQUELE QUE DEUS ENVIOU FALA AS PALAVRAS DE DEUS, POIS DEUS LHE DEU O ESPÍRITO SEM MEDIDA.
Jo 3,34

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Lago Ipueira: BARCA GECEANA

A barca GECEANA, lotada de feirantes residentes nas diversas ilhas do nosso arquipélago, procura uma vaga na margem do Lago para o desembarque dos passageiros.

Essa rotina diária se intensifica nos finais de semana por ocasião da feira livre de Xique Xique (BA).

Foto Antiga de Xique Xique (BA): FEIRA LIVRE

Essa foto é de data anterior à construção do Mercado de Xique Xique (BA), ou seja, antes de dezembro de 1950.

Naquele tempo a feira livre era feita na Av. Rio Branco e as mercadorias, vindas dos Distritos e Municípios vizinhos chegavam em lombos de animais, nas famosas tropas de burros.

Outras, produzidas nas inúmeras ilhas do nosso arquipélago, vinha de paquetes.

FRASE BÍBLICA

MAS QUEM PRATICA A VERDADE VEM À LUZ, PARA QUE AS OBRAS APAREÇAM, POIS SÃO FEITAS EM DEUS.

Jo 3,21

terça-feira, 17 de abril de 2012

Cantinho da Seresta: Música Popular



O Blog JUAREZ MORAIS CHAVES fez uma seleção de músicas genuinamente brasileiras, tocadas e cantadas na segunda metade do século passado, principalmente nos anos 1960, "cifradas" para violão e que, semanalmente, estarão sendo divulgadas















Dinheiro, Deuses & Poder: ANTÍOCO IV

Rei selêucida da Síria, acreditava que era uma reencarnação divina, ou epifania.

A lenda em torno da águia do AE de bronze trata Antíoco como Theo Epifanoi (deus epifânio).

Entre 167 e 164 a. C., Antíoco profanou o templo de Jerusalém, provocando uma guerra vencida pelos hasmoneus, liderados por Judah Macabeu.

Fonte: Coleção Spínola - Nomus Brasiliana

Arte Sacra na Bahia: PORTA INCENSO

Porta Incenso em forma de naveta. Prata fundida, repuxada e cinzelada, sem marcas, século XVII, medindo 200 mm x 160 mm.

Tem em seu casco, finamente cinzelado, simulações de tabuado, desenhos de ondas de mar e canhões.

Os objetos em forma de naus celebrariam a prepoderância ibero nos dscobrimentos marítimos dos séculos XV, XVI e XVII.

Desde a Idade Média existia o habito de fazerem-se saleiros em forma de naus, e eles indicavam , por sua localização, a pessoa mais importante à mesa.

Peça do acervo do Museu a Arte Sacra da Bahia

Bahia: Tesouros da Fé

Foto: Sérgio Benutti

Pôr do Sol em Xique Xique (BA): Porto dos Paquetes (canoas)

Porto natural dos paquetes situado à altura do Parque Aquático, onde o Paredão termina.

Local escolhido pelos pescadores, talvez, pela facilidade em lançar âncora das suas pequenas embarcações no final do dia.

FRASE BÍBLICA

COMO MOISÉS LEVANTOU A SERPENTE NO DESERTO, ASSIM TAMBÉM É PRECISO QUE O FILHO DO HOMEM SEJA LEVANTADO, A FIM DE QUE TODO O QUE NELE CRER TENHA A VIDA ETERNA.


Jo 3, 14-15

segunda-feira, 16 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

JESUS RESPONDEU: "NA VERDAD EU TE DIGO: QUEM NÃO NASCER DO ALTO, NÃO PODE VER O REINO DOS DEUS"
Jo 3, 3

domingo, 15 de abril de 2012

Evangelho Dominical: APARIÇÕES AOS DISCÍPULOS

Jo  20, 19-31 19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio.25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. 26Oiito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mais fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!”29Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”30Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.

sábado, 14 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

REPREENDEU-LHES A INCREDULIDADE E DUREZA DE CORAÇÃO, POR NÃO TEREM ACREDITADO NOS QUE O TINHAM VISTO RESSUSCITADO DOS MORTOS.

Mc 16, 14b

sexta-feira, 13 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

JESUS LHES DISSE: "LANÇAI A REDE À DIREITA DO BARCO E ACHAREIS". LANÇARAM, POIS, A REDE, E FOI TÃO GRANDE A QUANTIDADE DE PEIXES QUE NÃO PODIAM ARRASTÁ-LA.

Jo 21, 6

quinta-feira, 12 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

ELES TAMBÉM COMEÇARAM A CONTAR O QUE TINHA ACONTECIDO NO CAMINHO E COMO O RECONHECERAM AO PARTIR DO PÃO.

Lc 24, 35

quarta-feira, 11 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

E JESUS LHES DISSE: "Ó HOMENS SEM INTELIGÊNCIA E DE CORAÇÃO LENTO PARA CRER O QUE OS PROFETAS FALARAM"

Lc 24, 25

FRASE BÍBLICA

E JESUS LHES DISSE: "Ó HOMENS SEM INTELIGÊNCIA E DE CORAÇÃO LENTO PARA CRER O QUE OS PROFETAS FALARAM"
Lc 24,35

terça-feira, 10 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

RESPONDEU JESUS: "MARIA". ELA VIROU-SE E DISSE EM HEBRAICO: "RABUNI" - QUE QUER DIZER MESTRE.

Jo 20,16

Foto Antiga de Salvador: Praça do Elevador Lacerda

Foto antiga da Praça do Elevador Lacerda, vendo-se em primeiro plano um dos antigos "abrigos" que serviam de proteção aos passageiros enquanto esperavam o bonde.


Cantinho da Seresta: MÚSICA POPULAR

O Blog JUAREZ MORAIS CHAVES fez uma seleção de músicas genuinamente brasileiras, tocadas e cantadas na segunda metade do século passado, principalmente nos
anos 1960, "cifradas" para violão e que, semanalmente, estarão sendo divulgadas.

Foto Interessante de Xique Xique (BA): CURRAIS DE GADO

O entorno do nosso Lago Ipueira sempre foi um apropriado recanto de criação de gado bovino, tradicional atividade dos donos de terra de Xique Xique (BA), desde o longinquo ano de 1685, quando o português Theobaldo José Miranda Pires de Carvalho estabeleceu ali a sua criação de gado, denominado-a de "Fazenda Praia", donde originou-se a cidade de Xique Xique.

Até hoje a comercialização de bois na margem do Lago é uma constante e é comum encontrá-los encurralados a espera de compradores ou de embarque.

Dinheiro, Deuses & Poder: Tridrachma de Cartago

II GUERRA PÚNICA (cerca de 210-201 a.C)



A disputa pelo acesso a matérias-primas, comércio e controle da navegação gerou guerras entre um lado e outro do Mar Mediterrâneo, que terminaram com a vitória esmagadora de Roma.

Fonte: Coleção Spínola - Nomus Brasiliana

Foto Édson Nogueira: Mansão da Família Adão Bastos

Esta, uma das tradicionais casas de Xique-Xique (BA), abrigou a Família Adão Bastos durante muitos anos e hoje pertence ao seu filho Luiz Carlos Nogueira Bastos.

Felizmente ainda está de pé, contando a história de uma época em que as pessoas ricas tinham gosto em construir belas residências.

Fica situada na junção da Rua Goes Calmon com a Praça 6 de julho (Praça da Caldeira).

Foto Aérea de Xique Xique (BA): Rua do Perau

Bela foto aérea de Xique Xique (BA), captada pelo fotógrafo Cincinato, onde se observa, no primeiro plano o lado leste da Rua Benjamim Constant (Rua do Perau), em total abandono e destruição, vez que se tornou uma rua fantasma, com a saída de todos os moradores, desde que o lado oeste foi totalmente demolido para passagem do PAREDÃO.

É uma pena que essa rua situada em local privilegiado - na beira do Lago Ipueira - esteja nessa situação.

Foto Antiga de Xique Xique (BA): Inauguração da BA.52 -1974

No dia histórico de 12 de novembro de 1974 o povo xiquexiquense festejou com muita alegria a inauguração asfáltica da rodovia BA.52 que liga Xique Xique (BA) a Salvador. Nesse trajeto foram beneficiadas as cidades de Itaguaçu, Central, Irecê, João Dourado, América Dourada, Morro do Chapéu, Mundo Novo, Baixa Grande e Ipirá, além das vilas, povoados, fazendas e casas isoladas próximas ou adjacentes à estrada.

A foto, obtida nesse grande dia, registra a aglomeração que se formou na Praça D. Máximo, em frente ao prédio da Prefeitura Municipal para ouvir os discursos dos políticos que não podem perder uma oportunidade desse porte para tentarem enganar o povo.
Foto cedida por Terezinha Magalhães

Arte Sacra na Bahia: Nossa Senhora da Fé

Imagem, em madeira policromada e dourada, vinda de Portugal, no sec. XVII.

A virgem está de pé sobre peanha que figura o orbe celeste ao qual estão sobrepostos querubins e três anjos. Um deles usa venda nos olhos, simbolizando a total entrega que exige a fé. (A fé é cega): outro apresenta um livro aberto onde se lê “Tota pulchra es MARIA” e o terceiro deles usa a tiara pontifícia.

A imagem está na Sacristia da Catedral Basílica de Salvador Bahia.

Fonte: Bahia - Tesouros da Fé

Foto: Sérgio Benutti.




Pôr do Sol em Xique Xique (BA): SOLITÁRIA BARCA

É tardinha e o sol começa a se descambar por detrás da Ilha do Gado Bravo.

O nosso Lago Ipueira é um tranquilo espelho d'água.

É a hora em que o barqueiro dirige a sua barca para o porto de Xique Xique onde passará a noite.

Foto do Rio São Francisco: AS LAVADEIRAS


AS LAVADEIRAS DO RIO SÃO FRANCISCO

O fornecimento de água encanada em Xique Xique (BA) foi instalado em dezembro de 1967, por um Decreto Municipal na gestão do Prefeito José Barbosa e Silva, quando foi criado o Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE.

Até essa data, as residências eram abastecidas de água por intermédio dos aguadeiros e aguadeiras que em latas sobre a cabeça ou em barris (carotes) sobre o lombo de jegues enchiam os tanques e reservatórios domésticos.

Nesse tempo, também era comum se lavar roupas na beira do rio e é o que vemos na foto ilustrativa.

Bela carranca, também dessa época, olha com curiosidade esse penoso labor feminino, hoje não mais existente.

Barcas e Carrancas do Rio São Francisco


"O barqueiro era um comerciante ambulante..."

"Talvez as cabeças de cavalo recordassem as tropas do sertão, cujas madrinhas muito enfeitadas, levavam um pequeno espanador.

Nas carrancas ele tinha também a função de espantar o mau olhado.

Fonte: "Carrancas do São Francisco", do Prof. Paulo Pardal.

Enchente de 1979 - Fotos inéditas de Xique Xique (BA).



PRAÇA D. MÁXIMO

Foto do lado norte da Praça, na confluência com a Rua Monsenhor Costa. Vejam a casa amarela, de Tonica Teixeira, ainda em bom estado de conservação. Esta casa não mais existe.

O jardim está submerso sob as águas do Rio São Francisco na enchente de 1979, uma das maiores já sofridas pela cidade.

Uma grande barca a motor está estacionada em frente a residência atual do ex-prefeito Joel Meira.

Foto: Afonso

segunda-feira, 9 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

AFASTANDO-SE LOGO DO TÚMULO, CHEIAS DE TEMOR E GRANDE ALEGRIA, CORRERAM PARA DAR A NOTÍCIA AOS DISCÍPULOS.

Mt 28,8

Lago Ipueira:O CANOEIRO DO LAGO IPUEIRA

Somente os que nasceram na margem do Rio São Francisco e ali continuam morando é que sabem o prazer de pilotar um paquete (canoa), como sendo o seu transporte pessoal.

É no pequeno paquete, muitas vezes solitário, funcionando como elemento propulsor e leme, que o beiradeiro se desloca de uma ilha para outra e muitas vezes para Xique Xique (BA) trazendo os seus poucos produtos agrícolas para vender na feira semanal.

Não resta dúvida que deslizar pelo espelho d'água do Lago Ipueira é um prazer.

Foto Denúncia: CASEBRES À BEIRA DO LAGO

Como se não bastasse o mal que já se fez ao permitir que barracos sujos e anti-higiêncos se instalassem ao longo do PAREDÃO, virados para a cidade, vê-se que uma invasão de casebres está se iniciando, desta vez no lado oposto, virados para o Lago Ipueira.

Além de uma afronta à beleza do local, que deveria merecer das nossas autoridades municipais um maior carinho, esses casebres lançarão no nosso Lago toda sorte de dejetos e sujeiras, caso não sejam embargados pelos poderes constituidos enquanto estão no começo da invasão.

O espaço existente entre o PAREDÃO e o Lago Ipueira deve ser preservado desse tipo de agressão, pois isso é o mínimo que se espera da administração municipal.

domingo, 8 de abril de 2012

PARQUE AQUÁTICO DE XIQUE XIQUE (BA): Vista Aérea

Parque Aquático Ponta das Pedras
No dia 10 de junho de 2000, o Prefeito Municipal Eser Rocha inaugurou o "Parque Aquático Ponta das Pedras", o maior e o único em toda a região sãofranciscana.
A festa atraiu, além dos xiquexiquenses, uma multidão de pessoas vindas dos municípios vizinhos de Itaguaçu, Central, Gentio do Ouro, Irecê, Uibaí, Presidente Dutra, Barra, Jussara, São Gabriel, Lapão, João Dourado, América Dourada e de várias outras localidades próximas e distantes.
O Parque Aquático Ponta das Pedras é uma obra monumental, localizada ao sul da cidade de Xique Xique (BA), na margem do nosso Lago Ipueira, ocupando uma área de aproximadamente 150.000 m² (15 ha) e fica exatamente onde se situava a sede da Fazenda Praia, fundada há mais de 300 anos, pelo português Theobaldo José Miranda Pires de Carvalho.

Nesses 10 anos de funcionamento o Parque Aquático tem sido o polo de lazer de Xique Xique e bastante utilizado para sediar eventos sociais e culturais na cidade.

O nosso povo deve continuar prestigiando o Parque Aquático pois essa é a única maneira de mantê-lo funcionando e bem conservado como até hoje se encontra.

Fato Histórico em Xique Xique (BA): JOGO DE FUTEBOL

Grande partida de futebol entre o Ipiranga e o Botafogo

Esses dois times de futebol se enfrentaram no dia 06 de julho de 1932 em comemoração ao centenário da cidade de Xique Xique (BA)
Segundo jornal xiquexiquense "A LUZ" que circulava na época eram as seguintes as escalações:
IPIRANGA: Time, Prequeté, Bertinho, Bá, Sinhô, Mimi, Osmar, Lameu, Sabiá, Deixa e Batista.
BOTAFOGO: Nozinho, Soupeiro, Gazeteiro, Sutuba, Testa, Corró, Mentenho, Bem, Odonel, Serra e Totonho.
O jogo teve como árbitro o Sr. Aurélio Gomes de Miranda, que foi auxiliado pelos Srs. Albertinho Araújo, Tiburtino Barreto, Arnaldo Nogueira e Alcenor Miranda.
Fonte: "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique (História de Chique Chique)", de Cassimiro Machado Neto.

OBS: A foto, colhida no dia 8/out/1922, que ilustra este fato é da seleção de futebol de Xique Xique e era composta pelos seguintes jogadores: Antônio Bastos, Né, Messias, Saul, Acrísio, Gustavinho, Janjão, Chico Farias, Lameu e Magalhães.

Evangelho Dominical: João 20, 1-9




O SEPULCRO ENCONTRADO VAZIO
“No primeiro dia da semana, foi Maria Madalena ao sepulcro, de manhã, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu, pois, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. Partiu então Pedro com o outro discípulo e foram ao sepulcro. Corriam ambos juntos, mas o outro discípulo corria mais do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo-se inclinado viu os lençóis postos no chão, mas não entrou. Chegou depois Simão Pedro, que o seguia, entrou no sepulcro, viu os lençóis postos no chão, e o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus, o qual não estava com os lençóis, mas dobrado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo que tinha chegado primeiro ao sepulcro. Viu e creu. Com efeito, ainda não entendiam a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.”

Crônica: MINHA VIDA BANCÁRIA

De 1964 a 1995, trabalhei como bancário numa instituição financeira federal e, no exercício da minha profissão, percorri os Estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Ceará, onde me aposentei, tendo fixado residência em Fortaleza (CE). Durante esse período de 31 anos assisti e participei de muitas coisas que aconteceram dentro e fora das Agências Bancárias, tendo registrado algumas delas, as quais passo a divulgar, por interessantes. Os nomes dos colegas e das Agências são trocados por questão de ética.


O COLEGA E A NAMORADA DE SÃO LUIZ.

Juarez Morais Chaves
Era o ano de 1977 e estava chegando a Fortaleza (CE) para participar, de um curso sobre economia e administração que seria ministrado pelo BNB com duração de 7 meses. Éramos 30 funcionários das mais diversas Agência do Banco e ficamos hospedados em vários hotéis e pensões existentes na cidade. Eu resolvi ficar hospedado no Hotel Sobral, situado na Rua Senador Pompeu de propriedade do irmão de um colega do banco, que administrava a empresa juntamente com toda a sua família que moravam em um dos quartos do hotel. Era um hotel familiar como se dizia.
Por coincidência fiquei num quarto com mais outro colega, Odilon, este vindo da Agência de Petrolina (PE). No mesmo dia da minha chegada no hotel esse colega me apresentou a um amigo seu, da Agência de São Luiz e que também viera para o curso só que acompanhado da esposa com a qual se casara recentemente. Na apresentação fiquei sabendo que o nome dele era Raimundo Sobreira e que ali estava, também, em lua de mel com a sua jovem mulher, chamada Geraldina.
Todos os dias, para o café, sentávamos os quatro à mesa, eu, Odilon e Sobreira junto com a jovem esposa Geraldina. Tanto eu como Odilon tínhamos a maior consideração com D. Geraldina, como a chamávamos e as vezes comentávamos que um curso puxado como o que estávamos fazendo não era o momento indicado para uma lua de mel. Mas, respeitávamos a decisão dos dois. Sobreira se esmerava em gentilezas e atenções para com sua esposa e não media esforços para que a mesma se sentisse confortável no hotel naqueles momentos em que estivesse em sala de aula. D. Geraldina fora apresentada, também aos donos do hotel e às suas duas filhas e com estas jovens saia todas as tardes passeando pelo centro de Fortaleza olhando vitrines e às vezes indo ao cinema.
O casal dono do hotel, também se esmerava em disponibilizar para D. Geraldina todos os confortos e comodidades vedados aos demais hóspedes, tais como o acesso aos seus aposentos particulares onde D. Geraldina participava das conversas familiares. E assim a jovem esposa foi desfrutando de todas as mordomias a que tinha direito como recém casada com um hóspede funcionário do BNB e que fora forçada a sair do conforto da sua casa em São Luiz, sacrificando-se em passar 7 meses num quarto de hotel, só para acompanhar o marido num curso da maior importância profissional.
Por sua vez Sobreira sempre nos confidenciava que somente a vontade de crescer no Banco o levara a fazer esse curso exatamente no período da sua lua de mel. Que conversara com D. Geraldina no sentido de a mesma ficar com a mãe durante o período do curso mas ela fizera questão de acompanhá-lo sacrificando o seu conforto, em troca de lhe proporcionar uma melhor qualidade de vida nessa fase de estudos. Era uma mulher e tanto, dizia. Por tudo isso, a cada dia os nossos respeitos e considerações por D. Geraldina aumentavam pela admiração por aquela desprendida mulher que estava ali apenas para dar o apoio e o conforto ao seu marido durante um longo e sacrificoso período de estudos.
No entanto, num belo dia, já com quase um mês de hospedagem, D. Geraldina não apareceu para o café. Odilon e eu até achamos que ela estivesse com alguma indisposição e preferisse ficar repousando no seu quarto, que, diga-se de passagem, não era mais o mesmo do dia da sua chegada pois, pela amizade e consideração que já contava com os donos do Hotel fora aquinhoada com o melhor apartamento de casal existente no hotel. Nada comentamos com o colega Sobreira sobre a ausência da sua mulher e muito menos ele tocou nesse assunto conosco. Nem durante o café e nem no decorrer do resto do dia.
À tarde, quando nos reuníamos para estudar, era comum D. Geraldina nos servir uma pequena merenda que podia ser uma fruta ou um café com pão ou alguma coisa que forrasse a barriga até a hora do jantar. Essa era mais uma importante mordomia que desfrutávamos em função da amizade dela com os proprietários do Hotel. Nessa tarde D. Geraldina não apareceu e ficamos sem a merenda. Continuamos sem comentar a ausência e Sobreira, por conveniência, também se manteve calado. À noite, nova ausência de D. Geraldina na hora do jantar. Findo o jantar, sentávamos mais uma vez, os três para uma pequena rodada de estudos até a hora de dormir.
Nessa ocasião eu não me contive e fiz a pergunta que estava para ser feita desde a manhã desse dia.
- Sobreira, D. Geraldina viajou para São Luiz ?
Sobreira levantando a cabeça do livro que aparentava estudar, fitou-me e respondeu:
- Olha meu amigo, Geraldina nunca foi minha esposa. É uma mulher de programa que eu trouxe para passar esses dias aqui em Fortaleza. Mas, apesar de pertencer a uma das tradicionais famílias de Sao Luiz não merece a mínima consideração. Como ela começou a criar problema para mim eu a mandei embora. Viajou ontem a noite. Peço Desculpas a vocês por tê-los enganado.
Ao que lhe respondi:
- Sobreira você tem que pedir desculpas não é a nós, mas aos donos do Hotel que, pela mentira que você plantou, introduziu a sua Geraldina no convívio familiar deles inclusive saindo a passeio com as filhas do casal.
Não sei se Sobreira teve alguma conversa com os donos do Hotel. Logo nos mudamos para Hotel Premier, mais perto do curso e mais confortável e nunca mais ouvimos falar no nome de D. Geraldina.

sábado, 7 de abril de 2012

FRASE BÍBLICA

ASSIM, TAMBÉM VÓS, CONSIDERAI-VOS MORTOS PARA O PECADO, PORÉM VIVOS PARA DEUS EM CRISTO JESUS
Rm 6,11

SÁBADO DE ALELUIA

Nos primórdios do cristianismo, a Páscoa anual era celebrada pelas comunidades mediante uma solene vigília noturna, do sábado santo para o domingo da Ressurreição.

Durante a vigília, havia um momento em que irrompia o solene canto de Aleluia pascal.

No século XVI, a celebração foi antecipada para as 9 horas da manhã do sábado. Por isso, passaram a chamar o sábado santo de "sábado de aleluia". Nada a ver!

Pois o sábado santo, primitivamente, nunca foi "sábado de aleluia", mas o dia da sepultura de Jesus, dia da expectativa da Páscoa. Pio XII resgatou e o Concilio Vaticano II confirmou a antiga tradição.

Mas tem gente que ainda teima em chamar o sábado santo de "Sábado de Aleluia".

Frei José Ariovaldo da Silva OFM.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Pôr do Sol em Xique Xique (BA): Porto das Barcas

No final do dia as barcas encerram as suas atividades para que os barqueiros possam descansar junto aos seus familiares para o enfrentamento de nova lida no dia seguinte.

O Lago Ipueira é um calmo espelho d'água que reflete maravilhosamente o nosso pôr do Sol.


Evangelho: A CEIA DO SENHOR

LAVA-PÉS (João 13, 1-15)

1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. 6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. 8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”. 11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”. 12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.

Crônica Xiquexiqueana: A SEMANA SANTA E OS PENITENTES

OS PENITENTES DE XIQUE-XIQUE (BA).


Juarez Morais Chaves
Os “penitentes”, homens que se auto-flagelam durante a Quaresma, existem desde muito tempo nas comunidades ribeirinhas do Rio São Francisco, mas parece que Xique-Xique (BA) foi uma das cidades onde mais floresceu essa prática.
Provavelmente desde o final do sec. XIX, durante a Quaresma e principalmente no decorrer da Semana Santa, acontecia na cidade um evento que, apesar de se repetir todos os anos, deixava a comunidade local com grande expectativa e curiosidade. Eram as “lamentações”, ritual característico da idade média, realizadas perto da meia-noite, que tinham como principais protagonistas os “penitentes”, representados por pessoas do povo, pescadores e agricultores que, durante a Quaresma e, com mais intensidade, durante a Semana da Paixão submetiam-se a uma auto-flagelação como sacrifício pela remissão dos pecados e a certeza do ganho da felicidade no céu.
A auto-flagelação a que se submetiam os "penitentes" era precedida pelas "lamentações", formadas principalmente por mulheres que à noite e em grupos, dirigiam-se para o cemitério e lá chegando iniciavam um rito que tinha como objetivo salvar as almas do purgatório.
Entoavam lúgubres cantos sacros que ecoavam pela silenciosa noite xiquexiquense e eram ouvidos em quase toda a pequena cidade. Entre essas cantigas, tinha uma, de domínio público, que sempre estava presente em todas as "lamentações" e assim dizia: "Senhor meu Deus, tenha piedade de mim"; "Senhor meu Deus, pequei Senhor, tenha piedade de mim"; "Senhor meu Deus, pequei Senhor mas pelo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo tenha piedade de mim".
O ritual do auto-suplício consistia em retalhar as costas com pequenas e afiadas navalhas amarradas a uma tira de couro que eram jogadas de lado e por sobre os ombros, num movimento característico que consistia em oscilar o tronco para frente e para baixo permitindo, assim, que o gume da navalha atingisse por inteiro as costas. Para facilitar e tornar eficaz a tarefa de se cortar, os “penitentes” cobriam o corpo da cintura para baixo, com brancos lençóis e enrolavam a cabeça com panos da mesma cor, deixando o torso a descoberto.
Antes de iniciarem a auto-flagelação açoitavam as costas com galhos de faveleira, uma planta abundante e nativa no Município que tem nos espinhos das folhas um substância tóxica que ao atingir a pele e causar intensa dor, a torna relativamente insensível e anestesiada. Durante a flagelação, entoam cânticos religiosos e rezam pelos mortos, principalmente as almas do purgatório, por assim entenderem que as faltas graves, suas e dos que já morreram, serão perdoadas após o sacrifício.
O grupo dos “penitentes” não pertencia a uma organização formal e os procedimentos que iriam adotar durante a auto-flagelação na Quaresma eram ditados pelo costume e pela tradição. Tinham apenas o cuidado de não serem identificados, pelo povo que assistia, quando praticavam o suplício. De qualquer forma a imensa maioria do povo não tinha idéia de quem estava no meio do mato, à meia noite, se cortando.
A “lamentação” propriamente dita era formada de dois contingentes: o grupo das “alimentadeiras” ou rezadeiras, composta de homens e mulheres, que se encarregavam de fazer as orações pelos que já morreram e durante a procissão chacoalhavam um instrumento de madeira e ferro chamado de "matraca" e o grupo dos “disciplinadores” ou “penitentes”, exclusivo de homens, que durante a Quaresma se martirizam com chicotes de couro tendo na ponta afiadas lâminas de ferro, usadas para retalhar as costas.
As “lamentações”, começavam na quarta feira de cinzas, início da Quaresma, quando todos os “penitentes”, veteranos e noviços, se apresentavam para o sacrifício da auto-flagelação e semanalmente, continuavam com o rito, até a Sexta-feira da Paixão, data em que, novamente, todos os auto- flageladores estavam presentes. Durante a Quaresma havia um revezamento dos “penitentes” para que os cortes cicatrizassem e pudessem sofrer nova flagelação. Era um período de descanso quando esses "penitentes" apenas acompanhavam a “lamentação” no grupo das rezadeiras.
O ritual das “lamentações” iniciava-se, já perto da meia noite, com o toque seco da "matraca" ouvido a longa distância, chamando os participantes. Após o encontro das “rezadeiras” e dos “penitentes” num local próximo ao cemitério, destacava-se um veterano “penitente”, portando uma grande cruz de madeira em cujos braços estava pendurada uma toalha branca formando a letra “M” e, a partir daí, iniciava uma caminhada em direção ao cemitério, seguido pelos membros da “lamentação” ao som da "matraca" e em fila indiana, como em procissão, cantando benditos de misericórdia, portando velas acesas e se encaminhando para o início das “sete estações”.
A partir desse momento a população da cidade, curiosa, começava a chegar para assistir o ritual. Face ao rito esotérico que induz um certo temor, o público se mantinha à pequena distância da procissão, receosa de se aproximar dos “penitentes” que acompanham a “lamentação” esgueirando-se por dento da caatinga próxima para não serem identificados pela platéia e não permitindo que pessoas estranhas deles se aproximassem, com exceção apenas de ex-penitentes e outra pessoas de confiança com sacolas contendo roupas que usarão após o suplício e vasilhames com água de beber.
Chegando na “primeira estação” o portador da cruz ali estacionava e era esse o momento em que os “penitentes”, já vestidos a caráter, envoltos em lençóis brancos, cabeça coberta e torso desnudo, saiam do mato, fazendo um certo barulho e aproximavam-se para beijar a cruz. Nesse momento as pessoas que assistiam as “lamentações” afastavam-se ou mantinham-se de cabeças abaixadas enquanto os “penitentes”, ajoelhados ante a cruz faziam as suas rápidas orações particulares e logo afastavam-se para o interior da caatinga ali ficando no aguardo da autorização para se auto-flagelarem. Logo depois da retirada dos “penitentes” e rezado o primeiro Pai Nosso o líder com a cruz, chefe da procissão, se distancia do grupo, indo até a beira do mato e, discretamente, emite um baixo assobio que é o sinal para os “penitentes” darem início à auto-flagelação.
Imediatamente de dentro do mato surge um barulho conhecido e ritmado produzido pelo impacto das afiadas lâminas com a carne dos “penitentes”. Junto, também se ouve alguns uivos de dor discretamente emitidos pelos novatos que estão pela primeira vez sendo submetidos ao sacrifício. Diz a tradição que quem decide participar da seita dos “penitentes” é obrigado a se cortar durante 7 anos e, caso não tenha coragem de ele próprio fazer a penitência, no dia da “lamentação”, será obrigado a isso pelos companheiros.
Com menos de meia hora de flagelação pode-se sentir no ar o cheiro de sangue fresco que corre nas várias costas dilaceradas e encharcam o branco lençol colocado em volta da cintura. Também é grande a movimentação das “rezadeiras” que, junto aos “penitentes”, fornecem água em abundância para evitar uma desidratação e ficam de sobre-aviso para o caso de algum novato não suportar a perda de sangue e precisar de algum socorro médico.

Iniciada a auto-flagelação, a procissão, tendo na frente o veterano “penitente” levando a cruz e seguido pelas rezadeiras e o público curioso, inicia a sua caminhada para percorrer as “sete estações” sendo acompanhada de longe e de dentro do mato pelos “penitentes” que, mesmo em movimento, não interrompem o sacrifício. Concluído o percurso das “sete estações” a cruz é novamente beijada pelas “rezadeiras” e “Penitentes” e após essa cerimônia do “beijamento” encerra-se, naquela noite, a "alimentação das santas almas benditas".
Com a dispersão os “penitentes” se dirigiam à beira do Rio São Francisco para se banharem e dar um trato inicial aos cortes colocando água de sal e outros remédios caseiros para evitar maiores problemas.
As “lamentações” e principalmente os rituais dos “penitentes” nunca foram pacificamente aceitas pelas autoridades xiquexiquenses. Era comum, durante a Quaresma, a perseguição dos adeptos por parte da polícia que os escorraçavam para bem longe do perímetro da cidade e houve épocas em que os “penitentes” tiveram que se “cortar” no interior da caatinga a alguns quilômetros da sede do Município, para não perderem a continuidade da promessa dos 7 anos.
A Igreja católica, a depender do Pároco, adotava atitudes diversas, ora radicalmente contra ora fazendo vistas grossa. Assim, em Xique-Xique, houve momentos em que era permitida a permanência dos penitentes na porta da Matriz do Senhor do Bonfim e outros em que nem na frente do templo poderiam passar.

O Padre José de Oliveira Bastos (Padre Bastos), foi um dos mais liberais chegando, inclusive a permitir a visitação dos penitentes durante a vigília do Senhor Morto.

OBS. A fotografia que ilustra esta matéria é dos "penitentes" de Xique-Xique durante um exercício de auto-flagelação

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Lago Ipueira: Os Pescadores

O Lago Ipueira, formado pelo Rio São Francisco e que banha Xique Xique (BA), por ser pródigo de pescado, é uma bênção para os ribeirinhos que, dalí, diariamente retiram das suas águas o sustento das suas famílias.

Na foto, pequenos pescadores, na faina diária a cata do pescado, em frente à Ilha do Gado Bravo.

Barcas e Carrancas do Rio São Francisco


A Barca "Gentileza" com a sua carranca.

A forma como o cabelo da carranca é feito, é muito diferente do estilo de Guarany, famoso fabricante de carrancas, o que define essa arte como não sendo da sua autoria.

Fonte: "Carrancas do São Francisco", do Eng. Paulo Pardal.

Foto Antiga de Xique Xique (BA): Enchente de 1949



Dizem os mais velhos moradores de Xique Xique (BA), que a enchente do Rio São Francisco do ano de 1949, foi a maior já sofrida pela cidade.

Eu era menino, de 6 para 7 anos e lembro-me bem que tivemos que nos mudar da nossa casa, situada na Praça D. Máximo para uma outra situada na Av. J. Seabra, quase em frente as Escolas Reunidas César Zama.

Mas, junto com outros meninos, a gente vinha todos os dias tomar banho de rio na Praça.

A foto é da Praça Getúlio Vargas e de parte da Praça D. Maximo, totalmente tomadas pelas águas do Velho Chico.

FRASE BÍBLICA

ENTREGUEI MINHAS COSTAS AOS QUE ME BATIAM, E MINHAS FACES AOS QUE ME ARRANCAVAM A BARBA; NÃO ESCONDI O ROSTO AOS ULTRAJES E ÀS CUSPIDAS.

Is 50,6

terça-feira, 3 de abril de 2012

Foto Interessante: ESTALEIRO PROVISÓRIO

Labutando no Rio São Francisco há centenas de anos, os moradores de Xique Xique (BA) aprenderam, empiricamente, a consertar e mesmo construir as suas embarcações.

Na foto um barqueiro calafetando a sua barca na beira do Lago Ipueira, em frente à cidade.

FRASE BÍBLICA

INCLINANDO-SE SOBRE O PEITO DE JESUS, O DISCÍPULO PERGUNTOU: "SENHOR, QUEM É?" JESUS RESPONDEU: "É AQUELE A QUEM EU DER O PEDAÇO DE PÃO MOLHADO.

Jo 13, 24-26

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Cantinho da Seresta: "QUE SERÁ ?"

O Blog JUAREZ MORAIS CHAVES fez uma seleção de músicas genuinamente brasileiras, tocadas e cantadas na segunda metade do século passado, principalmente nos anos 1960, "cifradas" para violão e que, semanalmente, estarão sendo divulgadas.

Foto Édson Nogueira: Praça D. Máximo em Xique Xique (BA)

Pequeno anfiteatro na Praça D. Máximo, tendo ao fundo a Igreja Matriz do Senhor do Bonfim.

É pena que o anfiteatro não seja realmente utilizado pela população para apresentação de eventos culturais.

FRASE BÍBLICA

MARIA PEGOU ENTÃO UM FRASCO DE UMPERFUME DE NARDO PURO MUITO CARO, UNGIU OS PÉS DE JESUS E OS ENXUGOU COM OS CABELOS.
Jo 12, 13a

FRASE BÍBLICA

MARIA PEGOU ENTÃO UM FRASCO DE UM PERFUME DE NARDO PURO MUITO CARO, UNGIU OS PÉS DE JESUS E OS ENXUGOU COM OS CABELOS.

Jo 12,3a

domingo, 1 de abril de 2012

Foto Denúncia: Local Inadequado

AS FEIRANTES

Há muitos anos, essas pequenas feirantes que se deslocam das ilhas onde moram para venderem suas verduras e leguminosas que cultivam, não dispõem de um local adequado e higiênico para comercialização das hortaliças.

Em face disso distribuem os seus produtos à venda na calçada do Mercado Municipal sujeitos a todas sorte de contaminações.

Nos últimos anos esses locais em franco abandono se transformaram em verdadeiros atentados à saúde pública na cidade. Mas, à falta de outro, lá estão os mesmos produtos misturados à sujeira que ali impera.

Espero que a nossa Administração Municipal reserve, no Mercado que ora está em reforma, um local digno para a exposição desses alimentos que são oferecidos ao povo de Xique Xique (BA).

Arte Sacra na Bahia: ANJO TOCHEIRO

Anjo de um par de anjos tocheiros em madeira policromada do século XVIII, procedentes da Capela-mor da antiga Sé. Por características de estilo e pintura parece certo afirmar que são peças de origem portuguesa. Sua movimentada ocupação do espaço tridimensional revela a grande maestria do seu escultor. Pode-se imaginar que recortado pelos jogos de luz e sombra dos círios parecesse acabar de pousar entre os humanos vindo trazer alguma mensagem celeste.

Estão conservados, hoje, na Capela do Convento de Santa Tereza, em Salvador (BA).

Fonte: Bahia:Tesouros da Fé

Foto: Sérgio Benutti

Evangelho Dominical: Domingo de Ramos

MARCOS 14, 1 - 15,47


Conspiração contra Jesus - 1Faltavam dois dias para a Páscoa e para a festa dos Ázimos. Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei procuravam um meio de prender Jesus à traição, para matá-lo.

Preparativos para a ceia pascal - 15Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada com almofadas. Ali fareis os preparativos para nós!’ 16Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito, e prepararam a Páscoa. Um de vós, que come comigo, vai me trair.’

Anúncio da traição de Judas - 17Ao cair da tarde, Jesus foi com os doze. 18Enquanto estavam à mesa comendo,Jesus disse: ‘Em verdade vos digo, um de vós, que come comigo, vai me trair.’ 19Os discípulos começaram a ficar tristes e perguntaram a Jesus, um após outro:‘Acaso serei eu?’ 20Jesus lhes disse:‘É um dos doze, que se serve comigo do mesmo prato. 21O Filho do Homem segue seu caminho,conforme está escrito sobre ele. Ai, porém, daquele que trair o Filho do Homem! Melhor seria que nunca tivesse nascido!’ Isto é o meu corpo. Isto é o meu sangue, o sangue da aliança.

Instituição da Eucaristia - 22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: ‘Tomai, isto é o meu corpo.’ 23Em seguida, tomou o cálice, deu graças,entregou-lhes e todos beberam dele. 24Jesus lhes disse:‘Isto é o meu sangue, o sangue da aliança,que é derramado em favor de muitos.25Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino deDeus.’Antes que o galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás.

Predição da negação de Pedro - 26Depois de terem cantado o hino,foram para o monte das Oliveiras.27Então Jesus disse aos discípulos:‘Todos vós ficareis desorientados, pois está escrito:‘Ferirei o pastor e as ovelhas se dispersarão.’28Mas, depois de ressuscitar,eu vos precederei na Galiléia.’29Pedro, porém, lhe disse:‘Mesmo que todos fiquem desorientados, eu não ficarei.’30Respondeu-lhe Jesus:‘Em verdade te digo, ainda hoje, esta noite,antes que o galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás.’31Mas Pedro repetiu com veemência:‘Ainda que tenha de morrer contigo, eu não te negarei.’E todos diziam o mesmo.Começou a sentir pavor e angústia.

No Getsêmani -32Chegados a um lugar chamado Getsêmani, disse Jesus aos discípulos:‘Sentai-vos aqui, enquanto eu vou rezar!’33Levou consigo Pedro, Tiago e João,e começou a sentir pavor e angústia.34Então Jesus lhes disse:‘Minha alma está triste até a morte.Ficai aqui e vigiai.’35Jesus foi um pouco mais adiante e, prostrando-se por terra, rezava que, se fosse possível, aquela hora se afastasse dele.36Dizia: ‘Abbá! Pai! Tudo te é possível: Afasta de mim este cálice! Contudo, não seja feito o que eu quero, mas sim o que tu queres!’37Voltando, encontrou os discípulos dormindo. Então disse a Pedro:‘Simão, tu estás dormindo?Não pudeste vigiar nem uma hora?38Vigiai e orai, para não cairdes em tentaçóo!Pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.’39Jesus afastou-se de novo e rezou, repetindo as mesmas palavras.40Voltou outra vez e os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados de sono e eles não sabiam o que responder.41Ao voltar pela terceira vez, Jesus lhes disse:‘Agora podeis dormir e descansar. Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do Homem é entregue nas mãos dos pecadores.42Levantai-vos! Vamos! Aquele que vai me trair já está chegando.’Prendei-o e levai-o com segurança!’

A prisão de Jesus - 43E logo, enquanto Jesus ainda falava,chegou Judas, um dos doze,com uma multidão armada de espadas e paus.Vinham da parte dos sumos sacerdotes,dos mestres da Lei e dos anciãos do povo.44O traidor tinha combinado com eles um sinal,dizendo: ‘É aquele a quem eu beijar.Prendei-o e levai-o com segurança!’45Judas logo se aproximou de Jesus, dizendo:‘Mestre!’, e o beijou.46Então lançaram as mãos sobre ele e o prenderam.47Mas um dos presentes puxou a espadae feriu o empregado do sumo sacerdote,cortando-lhe a orelha.

Dinheiro, Deuses & Poder: NOMOS DA CALÁBRIA

O mundo grego inspirou a moedagem romana, mas mitos locais, como de Phalanto cavalgando golfinhos, consquistaram seu próprio espaço. Anverso: jovem nu montado em cavalo marchando para a direita. (280-272 a.C)

Fonte: Coleção Spínola - Nomus Brasiliana

Enchente de 1979 - Foto Inéditas de Xique Xique


Rua Custódio Moraes

Em 1979 a cidade de Xique Xique (BA) foi inundada por uma grande enchente do Rio São Francisco, tida, ao lado da de 1949, como uma das maiores cheias.

A foto mostra a Rua Custódio Morais, que desemboca na Praça do Mercado Municipal, totalmente tomada pelas águas.

Foto Afonso