sábado, 30 de junho de 2012

FRASE BÍBLICA

AO ANOITECER, TROUXERAM-LHE MUITOS ENDEMONIADOS. ELE EXPULSOU OS ESPÍRITOS COM A PALAVRA E CUROU TODOS OS QUE SOFRIAM DE ALGUM MAL.
Mt 8,16

sexta-feira, 29 de junho de 2012

FRASE BÍBLICA

MAS VAI MOSTRAR-TE AO SACERDOTE E APRESENTA A OFERENDA PRESCRITA POR MOISÉS, COMO PROVA DE TUA CURA PARA ELES.
Mt 8,4b

quinta-feira, 28 de junho de 2012

FRASE BÍBLICA

MAS TODO AQUELE QUE OUVE ESTAS MINHAS PALAVRAS, E NÃO AS PÕE EM PRÁTICA, SERÁ COMO UM HOMEM  TOLO QUE CONSTRUIU SUA CASA SOBRE A AREIA.
Mt 7,26

quarta-feira, 27 de junho de 2012

COMEMORAÇÃO DO DIA

HOJE SE COMEMORA O DIA NACIONAL DO VÔLEI E O DIA DO RELOJOEIRO.

FRASE BÍBLICA

CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS! ELES VÊM A VÓS DISFARÇADOS COM PELES DE OVELHAS, MAS POR DENTRO SÃO LOBOS VORAZES.
Mt 7,15

terça-feira, 26 de junho de 2012

COMEMORAÇÃO DO DIA

DIA INTERNACIONAL DA LUTA CONTRA O USO E O TRÁFICO DE DROGAS, DIA INTERNACIONAL DE APOIO ÀS VÍTIMAS DA TORTURA E DIA DO METROLOGISTA.

FRASE BÍBLICA

QUÃO ESTREITA É A PORTA E APERTADO O CAMINHO QUE LEVA À VIDA, E POUCOS SÃO OS QUE O ENCONTRAM.
Mt 7,14

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Esporte em Xique Xique (BA): SELEÇÃO CAMPEÃ


Xique Xique  campeão da Copa do Feijão
– 1998 –

A Copa do Feijão é um campeonato de futebol, regional, iniciado no ano de 1988 e do qual participam vários municípios situados desde a margem do Rio São Francisco até os da Chapada Diamantina. 
Nesse ano sagrou-se com primeira campeã a cidade de Cafarnaum (BA) e vice campeã a cidade de América Dourada (BA), 
Nos onze cmpeonatos disputados até 1998 vinte e oito municípios participaram sendo que apenas Xique Xique e Irecê estiveram presentes  em todas as edições da Copa.  
Cidades como Morro do Chapéu, Miguel Calmon, Jacobina, Seabra e Barra participaram de algumas edições do torneio.
 A seleção de Xique-Xique chegou três vezes às finais, sagrando-se vice-campeã nos anos de 1992 e 1997.  
No ano de 1998, estiveram presentes os municípios baianos de   Xique Xique, Mulungu, Ibipeba, Irecê, São Gabriel e  João Dourado. 
Estava mais do que na hora da nossa Seleção  ganhar o título de campeã da Copa do Feijão, o que aconteceu após dois jogos decisivos contra a seleção de Canarana (BA).

Lago Ipueira: Barca chegando no porto de Xique Xique (BA)

Nos finais de  semana, por ocasião da feira livre de Xique Xique (BA) é grande a afluência de barcas que chegam transportando feirantes com suas mercadorias que serão vendidas.
No que pese o tamanho do nosso grande Lago Ipueira e a extensão do nosso porto fluvial, as barcas encontram dificuldades para lançar âncora.
Por isso, perambulam, com faz a barca da foto, a procura de uma vaga no "estacionamento".

Enchente de 1979 - Fotos inéditas de Xique Xique (BA) : O Mercado

O imponente Mercado Municipal de Xique Xique (BA) também foi vítima da grande enchente do Rio São Francisco no ano de 1979 que, "subindo o cais", inundou grande parte da cidade.
Foto Afonso

Foto Denúncia: A MARGEM DO LAGO IPUEIRA

A população de Xique Xique (BA), ainda não se conscientizou da importância que o Lago Ipueira tem para a cidade.
Desnecessário é dizer que Xique Xique (BA) é função desse Lago.
Além do valor econômico vez que o Lago, como via fluvial, é o escoadouro natural dos produtos agrícolas do Município, o grande reservatório funciona como um referencial para a cidade.
Por isso não se justifica que as suas margens sejam abandonadas pelas nossas Autoridades Municipais, como se a sujeira ali acumulada não existisse. 
O saneamento das margens do Lago Ipueira é providência que se faz urgente devendo iniciá-la com a coleta do lixo acumulado  e a retirada  dos casebres que enfeiam e aumentam a sujeira do local sem nada acrescentarem a esse importante referencial.

Foto Antiga de Salvador: LARGO DA MARIQUITA

Largo da Mariquita no bairro do Rio Vermelho, Salvador (BA), no tempo dos bondes.

Dinheiro, Deuses e Poder: O DINHEIRO DO IMPOSTO

Efígie de Tibério César, que reinou ém Roma durante o período de vida de Cristo,  em denário consagrado como dinheiro do imposto. Essa moeda  pode ter inspirado a frase bíblica que Mateus 22,16, atribuiu a Cristo na Parábola dos Convidados à Boda: "Dai a César o que é de César"
Denário que circulou no período de 18 a 35 d.C. Tinha um diâmetro de 18mm e peso de 3,73g)
Fonte: Coleção Spínola - Nomus Brasiliana

Histórias do Crédito Rural: LAVOURA DE FUMO



Durante os 31 anos em que servi numa instituição bancária oficial, por um período de 20 anos trabalhei na área do crédito rural.
 Existia entre os bancários do crédito rural um profissional técnico agrícola cuja função era acompanhar  e orientar, in loco, as atividades financiadas para que o empreendimento rural obtivesse êxito.
Sempre que  voltava do campo, esse profissional apresentava à chefia pequenos relatórios sobre cada um dos clientes visitados.
Eventualmente esses relatórios eram enriquecidos com frases interessantes que apenas representavam a forma de o técnico relatar, sucintamente, a situação de cada empréstimo.
        No caso em tela o Banco havia financiado uma considerável roça de fumo de propriedade de uma produtora rural, no município de Arapiraca (AL), destinada a produção de folhas selecionadas destinadas ao fabrico de charutos. Como era uma lavoura fumageira a obtenção do produto final exigia maiores cuidados do plantio ao preparo e embalagem das folhas. Qualquer anormalidade  por mínima que fosse poderia colocar toda a produção a perder e o prejuízo seria muito maior do que se a cultura se destinasse à produção de fumo em rolo. 
A Sra. de Tal, apesar de bastante  experiente pois cultivava fumo desde jovem não conseguiu contornar uma série de pragas que atacaram as folhas  tornando-as desvalorizadas e impraticáveis para o fabrico de charutos. 
Por isso, quando o fiscal chegou ao imóvel rural para vistoriar as folhas de fumo colhidas e que deveriam estar em depósito aguardando o momento de serem exportadas, constatou a ocorrência de uma grande frustração da lavoura financiada  com evidente prejuízo para a produtora e conseqüentemente  impossibilidade de pagar ao Banco. 
Consternado com o que estava presenciando e profundamente preocupado com a situação financeira da creditada, decidiu passar essas informações para a Agência, e assim registrou no laudo de fiscalização: 
“Visitando a lavoura fumageira da Sra. de Tal constatei que sua tabacaria encontrava-se seca e imprestável”

domingo, 24 de junho de 2012

Pôr do Sol em Xique Xique (BA): Visto da Praça

Esta foto é de um pôr do Sol em Xique Xique (BA) visto do lado norte da Praça D. Máximo, exatamente em frente da casa onde nasci.
Quando menino gostava de ficar nesse ponto apreciando o Sol se pôr atrás da Ilha do Gado Bravo.
Era um momento de quietude, quando as pessoas  se preparavam para o jantar. Nesse época ainda não tínhamos a energia hidráulica e o horário da janta acontecia quando a luz fornecida pelo gerador a óleo se acendia, às 18 horas.
A gente tinha que aproveitar, pois às 22 horas a luz se apagava e era hora de dormir.

Foto Aérea de Xique Xique: CENTRO HISTÓRICO

Centro histórico da cidade de Xique-Xique (BA), banhada a Oeste pelo Lago Ipueira, formado pelo Rio São Francisco.
Na parte baixa, próxima ao Lago, encontra-se a Praça D. Máximo onde se situa a Igreja Matriz do Senhor do Bonfim e o Edifício da Prefeitura Municipal. Ao fundo o Estádio Dr. Hélcio Bessa, anexo ao Colégio Senhor do Bonfim e, no alto a esquerda o início da rodovia BA.52, ligando a cidade a Salvador (BA).
Foto: Edson Nogueira

Crônica Xiquexiqueana: FESTA DE SÃO JOÃO EM XIQUE XIQUE (BA)


                        

                              FESTA DE SÃO JOÃO EM XIQUE XIQUE (BA)
                                                          Juarez Morais Chaves
                                                    (parte final)
      Enquanto a família se divertia com os fogos, observando e fiscalizando a “fogueira”, ainda não queimada, era visitada pelos “derrubadores”, grupos de jovens que moravam no bairro Pedrinhas, nos Paramelos, na Rua do Perau, etc, ruas da periferia da cidade e que tinham como diversão, nessa noite, derrubar as “fogueiras” e retirar todos os prêmios. 
     Eles chegavam, em pequenos grupos, balançavam o galho enterrado e pressionavam os donos da “fogueira” a colocarem fogo na pilha de lenha, pois só assim com o fogo queimando a base conseguiriam quebrar o tronco da “fogueira”. Mas o dono respondia que ainda não estava na hora e caso houvesse insistência de algum deles tentando subir no galho era imediatamente rechaçado com o uso do buscapé.
         Num determinado momento, o dono da “fogueira” levado pela pressão e também desejando fazer o uso dos buscapés que estavam estocados em casa, resolvia colocar fogo na pilha de lenha em volta do galho enterrado e cheio de presentes. Era o sinal para os derrubadores. Começavam a se aproximar, pois, calculavam que no máximo, a depender do diâmetro do tronco do galho, em 1 hora a “fogueira” estaria no ponto de de ser derrubada ou "avançada", como diziam. 
        No entanto, tentavam acelerar a derrubada pulando sobre a pilha de lenha, ainda em fogo baixo, e puxando a “fogueira” inclinando-a para, antecipadamente, colherem os presentes presos nos galhos mais baixos. Nessa hora e para evitar a derrubada precoce  precoce da “fogueira” ainda “fria”, como se dizia, os buscapés entravam em cena.
     Dois ou três desses fogos, sempre acesos e com os fachos de fagulhas incandescentes dirigidos, conseguiam manter os derrubadores afastados do tronco da “fogueira” e forçando-os a esperarem o momento que, por si só, a mesma, destruída na sua base, pelo fogo, se inclinasse e caísse ao chão. Somente nessa hora, era permitido o avanço para o saque dos presentes.
      Mas, mesmo nessa hora os donos da “fogueira”, sadicamente, continuavam com os buscapés acesos e dirigidos, agora para o grupo de derrubadores que se acotovelavam em volta dos galhos na busca de obter as melhores prendas. Procuravam basicamente dinheiro ou outro objeto mais valiosos, deixando de lado as frutas e pedaços de cana de açúcar que não valiam as queimaduras de buscapés.      Terminado o saque se dirigiam para outra “fogueira” e assim passavam toda a noite de São João até que não existisse nenhuma “fogueira” em pé, mesmo as mais modestas e pobres que eram derrubadas, agora, pelo simples prazer de derrubar.
       As famílias donas das melhores e maiores “fogueiras” sempre tiveram muita tranqüilidade e segurança no ataque, com buscapés, aos derrubadores, pelo simples fato de terem absoluta certeza de que os atacados não esboçariam reação equivalente por não possuírem dinheiro para compra desses fogos que era um dos mais caros fabricados pelo Seu Romualdo.
          Foi com base nessa observação que nos fins dos anos 50 e início dos anos 60, um grupo de estudantes, 8 a 10 jovens, na faixa dos 16 para 17 anos e residentes nas ruas onde se situavam as melhores “fogueiras”, resolveu dar uma de derrubadores. 
No começo da noite o grupo saiu visitando e conhecendo todas as “fogueiras” e antes das 20 horas já tinha elegido a do Seu Tibúrcio (nome fictício), como a melhor, a maior e a mais bem sortida daquele São João. 
        Seu Tibúrcio era comerciante e fazendeiro, residente na Praça D. Máximo e que, sempre, a cada ano, fora dono de uma das melhores e mais sortidas “fogueiras” da cidade. Naquele ano, contudo ultrapassou a todos e a sua “fogueira” destacou-se das demais, sendo por isso a escolhida pelos jovens xiquexiquenses para ser “derrubada”.
        Os estudantes, travestidos de derrubadores de "fogueira", fizeram uma "vaquinha" e compraram 3 buscapés para cada um com os quais pretendiam reagir ao ataque do dono da “fogueira” logo que a derrubada fosse iniciada. Seria uma surpresa para a família. 
       Às 20 horas, quando o fogo foi aceso, a “fogueira” escolhida foi cercada e iniciado o processo de tentar incliná-la antes do tronco estar totalmente queimado.
Nessas tentativas, por serem os "derrubadores" conhecidos do dono da fogueira, eram timidamente, ameaçados pelos buscapés, permanecendo, os estudantes, sem reagirem mas como os buscapés escondidos, dentro de cada camisa. O grupo então decidiu que às 21 horas a “fogueira” seria derrubada de qualquer maneira. Os derrubadores tradicionais tentaram varias vezes se aproximar da “fogueira” do Sr. Tibúrcio, mas quando viam a turma de mais de 10 estudantes, desistiam e partiam a procura de uma menos concorrida.
      Às 21 horas, um dos estudantes retirou da pilha de lenha um tição em brasa e o colocou estrategicamente, afastado da fornalha. Enquanto isso os dois maiores e mais pesados da turma avançaram decididamente para derrubar a “fogueira”. Nesse momento, sem pena e nem piedade todo o grupo foi atacado pela família dona da "fogueira", com vários buscapés. 
       Imediatamente cada um dos estudantes sacou um buscapé de dentro da camisa, acendeu no tição em brasa e dirigiu o facho de fagulhas em direção a casa. Foi uma surpresa e uma debandada geral. Toda a família dona da "fogueira" correu alvoroçada para dentro da casa e os seus membros sem entenderem o que estava acontecendo, protegidos pelas paredes, ficaram assistindo que a turma de estudantes, calmamente, derrubasse a “fogueira” e retirasse todos os bons prêmios que a ela estavam presos.
     E assim, os estudantes sentiram o prazer que os tradicionais "derrubadores de fogueiras" tinham só que foi uma experiência sem os riscos das queimaduras sofridas por eles. 
     Essa iniciativa dos estudantes não foi bem aceita pelos demais donos de “fogueira”, pois lhes tirava a imunidade contra os derrubadores. A partir daí, então, os estudantes não mais podiam encostar numa “fogueira” que logo eram abordados para que não repetissem a batalha que tiveram com o Seu Tibúrcio. Contudo a experiência foi primeira e única. Nunca mais os estudantes derrubaram “fogueiras”.
     A tradição das "fogueiras" ainda permanece viva em Xique-Xique e é mantida pela família Teixeira, na Fazenda Carnaúba, conforme comprovam as fotos que ilustram esta matéria e que, gentilmente, me foi enviada pelo amigo Guaracy Teixeira.

EM TEMPO: Lá em minha casa, situada na Praça D. Máximo, nunca tivemos “fogueiras”, por vários motivos. Em primeiro lugar porque minha Mãe não tinha recursos financeiros para adquirir o galho de pajeú e muito menos desperdiçar coisas que necessitávamos pregando-as nos galhos como prêmios aos derrubadores. Segundo porque tio Custódio irmão de minha Mãe e nosso vizinho de casa, comemorava naquele dia o aniversário de casamento com muito "comes e bebes" e era lá que a gente ia festejar o São João. Tio Custódio além de sempre fazer uma das maiores e melhores “fogueiras” da cidade era pródigo no fornecimento aos sobrinhos de muitos fogos relativamente inofensivos que eram gastos por nós, sem nenhuma economia.  Não havia razão, pois, para minha Mãe, sua irmã, vizinha e sem recursos financeiros, tentar fazer uma festa concorrente. Minha Mãe apenas por tradição acendia na porta de casa uma pilha de lenha de angico que ficava queimando até se consumir totalmente.

BAIXIO DE XIQUE XIQUE: O PROJETO





Informo aos seguidores e leitores deste Blog que a  população de Xique Xique (BA) não concorda com a denominação de BAIXIO DE IRECÊ dada ao Projeto de Irrigação que está sendo implantado no Município de Xique Xique (BA), local onde estão situados o BAIXIO e a ÁGUA necessários à existência do referido Projeto.
Denominá-lo de BAIXIO DE IRECÊ é um grande engano e, acredito, mesmo, que os habitantes da cidade de Irecê (BA)  não devem sentir-se confortáveis com essa indevida denominação pois, sabem, mais que ninguém, que naquele Município não tem baixio, não tem água para irrigação e fica a uma distância de mais de 100 km da margem do Rio São Francisco, local da tomada d'água.
Como acredito não serem eles os autores  da errada denominação e sim que tenha partido de algum técnico que desconhece a realidade dos fatos, bem que os habitantes da cidade de Irecê poderiam ser parceiros dos Xiquexiquenses nesse pleito de mudança do nome do Projeto para BAIXIO DE XIQUE XIQUE, a não ser que queiram compactuar com essa  usurpação.

                                  PROJETO DE IRRIGAÇÃO BAIXIO DE XIQUE-XIQUE (BA)

                  A área total do Projeto é de  95.119 ha, devendo ser utilizada na irrigação 58.659 ha, divididos em lotes para pequenos produtores. A implantação do Projeto está prevista para ser feita  em 9 etapas, assim distribuídas: 1ª etapa: 4.723 ha (em implantação); 2ª etapa: 5288 ha (em implantação); 3ª Etapa: 4.834; 4ª Etapa: 4.480 ha;  5ª Etapa 6.137 ha;  6ª Etapa 6.315 ha;   7ª Etapa  6.542 ha;  8ª Etapa 7.640 ha;  9ª Etapa 12.700 ha.
                   A Reserva ambiental total prevista no Projeto é da ordem de 192.566 ha

                 Canal de aproximação: trecho inicial comum aos módulos 1 e 2, com 160 m de extensão e vazão de 67,0 m3/s; trecho posterior para atender ao módulo 1 com 247 m de extensão e vazão de 11,2 m3/s.
                A Estação de Bombeamento Principal (EBP),  para atender o módulo 1 está projetada para uma vazão de 10,65 m3/s com 3 conjuntos motobombas de 3,55 m3/s cada. 
               A Estação de Bombeamento para atender aos módulos 1 e 2 está em fase de estudos e planejamento.
                   Culturas principais que serão implantadas na área do  Projeto: abacaxi, abóbora, algodão, banana, cana-de-açúcar, cebola, coco, feijão, goiaba, limão, mamão, maracujá, milho, melancia, melão, pimentão, tangerina, tomate e uva, café, cana-de-açúcar e pinhão manso.

                Outras atividades: O Projeto prevê também um sistema de produção baseado na caprinovinobovinocultura, consorciado a outras atividades complementares, tais como apicultura, fruticultura e avicultura.
           Benefícios previstos:  quando da conclusão do Projeto serão criados  180 mil empregos diretos e indiretos e beneficiadas 240 mil pessoas.

                Estágio atual:
                 Etapa 1ª - 4.723 ha:  as obras civis estão concluídas. As adutoras e estações de bombeamento de pressurização encontram-se em fase de montagem. Esta etapa destina-se a pequenos e médios produtores.
 O canal principal (CP-0) está concluído até o km 13. Do km 13 ao km 27, as obras estão em fase de conclusão, e do km 27 ao km 42, as obras estão em implantação. Este canal é responsável pelo abastecimento das etapas 1 e 2 que estão em implantação.
                Etapa 2ª - 5.288 km: será abastecida pelo canal CP-0 no trecho em fase de conclusão. Essa etapa será destinada a lotes empresariais e está com as adutoras em fase de aquisição e montagem.

A Estação de Bombeamento Principal teve sua primeira fase de implantação das obras civis concluídas, assim como a montagem dos equipamentos elétricos e mecânicos. A segunda fase de implantação ainda deverá ser objeto de estudos a serem executados.
                   Etapa 3ª - 4.843 km:  deverá ser a próxima etapa a ser implantada.


Ocupação agrícola:


I)       Atualmente existem 282 hectares com tomadas d´água na porta de cada lote (47 lotes necessitando apenas do desmatamento e demais serviços agrícolas).
II)      A programação para 2010 é de mais 1.200 hectares, também com água pressurizada na porta do lote, para o mesmo público;
III)   Hoje tem-se água disponível para irrigar 1.470 hectares de Superfície Agrícola Útil (SAU). Em 2010 mais 3.253,10 hectares já contarão com disponibilidade hídrica.
IV)    Em meados de 2011 está programado a disponibilidade de água para 20.000,00 hectares.

LOCALIZAÇÃO
O Projeto Baixio de Xique Xique está localizado a cerca de 500 Km de Salvador, no trecho final do médio São Francisco, nos Municípios de Xique Xique (BA) e Itaguaçu da Bahia, sendo que a tomada d'água fica situada no município de Xique Xique (BA), no Distrito de Boa Vista.

ACESSO

O acesso ao projeto se dá através da Rodovia BA-052, que liga Xique-Xique a Feira de Santana e, também por uma estrada estadual que sai diretamente da cidade de Xique Xique (BA) para o  distrito de Boa Vista, que por sua vez interliga-se à malha viária nacional através da BR-116.


CANAL PRINCIPAL
O Canal Principal tem uma extensão total de 84 km e a implantação do arranjo de obras foi prevista para execução em Etapas, sendo que a primeira corresponde à tomada d’água junto ao Rio São Francisco, no Município de Xique Xique (BA) e parte do Canal Principal com uma  extensão de 27,92 Km.


INFRA-ESTRUTURA
É composta pelos seguintes Sistemas: 1) Sistemas de captação de água no Rio São Francisco; 2) Sistema de condução de água ao longo do perímetro;  3) Sistema de drenagem; 4) Sistema viário; 5)  Sistema de distribuição elétrica.

OBJETIVOS DO PROJETO
1) Fixar o homem a terra; 2) Aumentar a produção agrícola;  3)Aproveitar terras férteis; 4) Tornar as terras produtivas com a irrigação; 5) Incentivar a implantação de agroindústrias;



                                                     USO DAS TERRAS

Área Irrigável 4.723,10 ha
Áreas Inaptas para Irrigação 1.792,70 ha
Áreas para Infraestrutura 333,30 ha
Área de Reserva Legal 3.345,20 ha
TOTAL DA 1ª  ETAPA: 10.194,30 HA

PARCELAMENTO DO PROJETO

Pequeno Produtos:  282.00 47 ha
            Médio Produtor:          1.460,90 45 ha
Grande Produtor           2.980,20 25 ha
_________________________________________
TOTAL DA 1ª ETAPA:  4.723,10 117

                               OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO

O Projeto prevê sistema de produção baseado:
Ovinocaprinocultura associado as outras atividades complementares tais como:
Apicultura;
Fruticultura;
Avicultura.


GERAÇÃO DE EMPREGO DIRETO

Agricultura: 24.375 empregos;
Produção Agrícola: 3.321 empregos nas atividades de apoio;
Produção Perímetro: 382 empregos nas atividades de apoio;
Centro de Serviços: 6.709 empregos.

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Instalação de viveiro de mudas para produção de 10.000 unidades de espécies nativas da caatinga:Aroeira;Angico;Ipê;Catingueira;Umburana de Cheiro.

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, visando a recuperação dos locais utilizados para retirada de material mineral para construção do Canal Principal.

Palestra com os trabalhadores sobre Preservação da Flora e Fauna Local e conscientização Ambiental.

Evangelho Dominical: DIA DE SÃO JOÃO


        Lucas 1,57-66,80

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas – Naquele tempo, 57Completando-se para Isabel o tempo de dar à luz, teve um filho. 58Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe manifestara a sua misericórdia, e congratulavam-se com ela. 59No oitavo dia, foram circuncidar o menino e o queriam chamar pelo nome de seu pai, Zacarias. 60Mas sua mãe interveio: Não, disse ela, ele se chamará João. 61Replicaram-lhe: Não há ninguém na tua família que se chame por este nome. 62E perguntavam por acenos ao seu pai como queria que se chamasse. 63Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu nela as palavras: João é o seu nome. Todos ficaram pasmados. 64E logo se lhe abriu a boca e soltou-se-lhe a língua e ele falou, bendizendo a Deus. 65O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos; o fato divulgou-se por todas as montanhas da Judéia. 66Todos os que o ouviam conservavam-no no coração, dizendo: Que será este menino? Porque a mão do Senhor estava com ele. 80O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel. – Palavra da salvação.

sábado, 23 de junho de 2012

Foto Antiga de Xique Xique (BA): Inauguração da BA.52

No dia histórico de 12 de novembro de 1974 o povo xiquexiquense festejou com muita alegria a inauguração asfáltica da rodovia BA.52 que liga Xique Xique (BA) a Salvador. Nesse trajeto foram beneficiadas as cidades de Itaguaçu, Central, Irecê, João Dourado, América Dourada, Morro do Chapéu, Mundo Novo, Baixa Grande e Ipirá, além das vilas, povoados, fazendas e casas isoladas próximas ou adjacentes à estrada.
 A foto, obtida nesse grande dia, registra a aglomeração que se formou na Praça D. Máximo, em frente ao prédio da Prefeitura Municipal para ouvir os discursos dos políticos que não podem perder uma oportunidade desse porte para tentar enganar o povo.
Foto cedida por Terezinha Magalhães

Parque Aquático de Xique Xique (BA): Dinossauros e Baleias

Parque Aquático Ponta das Pedras, situado na cidade de Xique Xique (BA) é o maior e único em toda a região sãofranciscana.
Inaugurado no ano de 2000 pelo Prefeito Eser Rocha é uma obra monumental, localizada ao sul da cidade  na margem do nosso Lago Ipueira, ocupando uma área de aproximadamente 150.000 m² (15 ha) e fica exatamente onde se situava a sede da Fazenda Praia, fundada há mais de 300 anos, pelo português Theobaldo José Miranda Pires de Carvalho e tida como a origem da cidade de Xique Xique (BA).
A quantidade e qualidade dos brinquedos é a grande marca do Parque e principal atração para as crianças e adultos.
Nos finais de semana o estacionamento do Parque Aquático fica repleto de veículos que, de diversos municípios vizinhos trazem visitantes para o lazer de fim de semana.



Arte Sacra na Bahia: SACRÁRIO

Sacrário do século XIX, em estilo neo-clássico, de prata lavrada e ouro, peça pertencente à Basílica do Senhor do Bonfim em Salvador (BA).
Fonte: Bahia - Tesouros da Fé.
Foto: Sérgio Benutti.

COMEMORAÇÃO DO DIA

DIA INTERNACIONAL DAS ALDEIAS SOS.

FRASE BÍBLICA

OLHAI OS PÁSSAROS DO CÉU: NÃO SEMEIAM NEM COLHEM, NEM GUARDAM EM CELEIROS, MAS O PAI CELESTE OS ALIMENTA.
Mt 6,26

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Foto Interessante de Xique Xique (BA): Procissão Fluvial

A procissão fluvial que acontece durante os festejos do Senhor do Bonfim, padroeiro de Xique Xique (BA) é um dos eventos mais bonitos e tradicionais da nossa terra. As barcas que durante todo o ano navegam pelo rio levando mercadorias e passageiros,  nesse dia se engalanam e, em cortejo, transportam o santo da devoção.

Cantinho da Seresta: "AI, QUE SAUDADES DA AMÉLIA"



 O Blog JUAREZ MORAIS CHAVES fez uma seleção de músicas genuinamente brasileiras, tocadas e cantadas na segunda metade do século passado, principalmente nos anos 1960, "cifradas" para violão e que, semanalmente, estarão sendo divulgadas.

Foto de Edson Nogueira: TORCEDORA ECLÉTICA

Em Xique Xique (BA), futebol é, também, motivo de fantasia de carnaval, como bem demonstra a torcedora ao lado que, fantasiada com as cores e o emblema do Esporte Clube Bahia, empunha a bandeira do Esporte Clube Vitória, eternos rivais.
Foto: Edson Nogueira

Fato Histórico de Xique Xique (BA): COMPETIÇÃO HÍPICA


O jornal xiquexiquense "A LUZ", em sua coluna  "Esporte Hípico", divulga os nomes  dos juízes que dirigirão as corridas de cavalos da tarde do domingo dia 06 de julho, por ocasião dos festejos do Centenário de Emancipação Política de Xique-Xique (BA):
Juiz de Partida: João Custódio
Juiz de Confirmação: Gustavo Pinheiro
Juízes de Chegada: Manoel Teixeira de Carvalho e João Ribeiro Cunha
Juiz dos Juízes: Dr. Vítor Farani. 
Fonte: "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique Chique", de Cassimiro Neto.

COMEMORAÇÃO DO DIA

DIA DO ORQUIDÓFILO.

FRASE BÍBLICA

NÃO AJUNTEIS RIQUEZAS NA TERRA, ONDE A TRAÇA E A FERRUGEM AS CORROEM, E OS LADRÕES ASSALTAM E ROUBAM
Mt 6,19

Estaleiro em Xique Xique (BA): FABRICO DE BARCAS


A  arte de fabricar barcas para navegar no Rio São Francisco está tendo um grande desenvolvimento na cidade de Xique Xique (BA).
O pequeno e modesto estaleiro  que foi construído no bairro da  Ponta da Ilha e que tinha como atividade principal  a manutenção e reforma das barcas, ultimamente  tem-se dedicado à construção dessas embarcações e na maioria dos casos utilizando chapas de aço no fabrico do  casco.
Essa é uma atividade promissora vez que a cada  dia a utilização da via fluvial se torna mais presente entre os meios de transporte.
 A tendência e o desejo  é que esses profissionais, fabricadores de barcas,  dominem tecnologia mais avançada para, dentro  em breve, estarem fabricando embarcações de grande porte para a navegação no rio.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

terça-feira, 19 de junho de 2012

FRASE BÍBLICA

PORQUE DEUS FAZ NASCER O SOL PARA BONS E MAUS, E CHOVER PARA JUSTOS E INJUSTOS.

AGRADECIMENTOS AOS NOVOS SEGUIDORES

 O BLOG JUAREZ MORAIS CHAVES AGRADECE, SENSIBILIZADO, AS CHEGADAS DE URANO ANDRADE, TIAGO PORTUGAL, REINADI SAMPAIO EUFLOR, NATE ALVES, XIQUE CHOP PEJEQUINHO, TANQUE NOVO, NEL E IF DFILHO,  PROMETENDO MANTER A MESMA LINHA EDITORIAL E ESPERANDO PODER CONTINUAR ATENDENDO AS EXPECTATIVAS DE TODOS OS QUE, GENTILMENTE, SE DIGNAM EM ACOMPANHAR ESTE MODESTO BLOG


 

 






segunda-feira, 18 de junho de 2012

domingo, 17 de junho de 2012

Esporte em Xique Xique (BA): LIGA XIQUEXIQUENSE DE DESPORTO


 No dia 17 de setembro de 1967, desportistas, dirigentes e jogadores de futebol se reuniram e decidiram criar a LIGA XIQUEXIQUENSE DE DESPORTOS - LDXX, com o objetivo de organiza e estimular a prática do esporte na cidade de Xique Xique (BA).
Entre as várias pessoas interessadas na questão, destacaram-se  o Sr. Almir Miranda, Sr. João Alves de Araújo, Dr. Hélcio Bessa, Sr.  Abvalho Pires de Carvalho e o Sr. Leopoldo Joaquim dos Santos, por serem os mais entusiastas em fundar a Liga, que teve como seu primeiro presidente o Sr João Alves de Araújo.
Desde o ano de 1984 a Liga Xiquexiquense está filiada à Federação Baiana de Futebol.

Fato Histórico de Xique Xique (BA): VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSOR


Agressão em sala de aula ao Professor João Martins Carvalho de Andrade

A Câmara Municipal de Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Xique-Xique (BA), no dia 09 de março de 1876, enviou ofício ao Presidente da Província da Bahia Dr. Luís Antonio da Silva Nunes, comunicando-lhe a agressão física perpetrada pelo inspetor paroquial Maximiano Pereira da Franca contra a pessoa do Professor João Martins Carvalho de Andrade, em plena sala de aula, quando o mesmo se encontrava trabalhando.
Informa um trecho do comunicado: "A escola funcionava, e tal foi o alarma, que os meninos debandaram em copioso pranto."
Fonte: "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique Chique - História de Chique Chique", do Professor Casimiro Machado Neto.

OBS.: Esse episódio é mais uma prova de que o Município de Xique Xique (BA) não foi emancipado no ano de 1928, tendo apenas 84 anos de idade, como querem as nossas autoridades e a festa de "aniversário" encerrada há poucos dias. Em 1876 e portanto há 136 anos, Xique Xique já era cidade possuindo sua câmara de Vereadores e prestando contas ao Presidente da Província da Bahia.

Crônica Xiquexiqueana: A FESTA DE SÃO JOÃO


O SÃO JOÃO EM XIQUE-XIQUE (BA)

(1ª Parte)

                                                 Juarez Morais Chaves

           Ah! A festa do São João em Xique Xique (BA), junto com o carnaval e a festa do Padroeiro Senhor do Bonfim, no dia 1º de janeiro, eram ansiosamente esperadas pela população da cidade. Mas, para mim, quando menino nos idos de 1953, o São João era a melhor de todas elas. Eu ainda não participava plenamente do carnaval e das festas do fim de ano, por não poder ir para os bailes noturnos que eram as partes mais animadas desses eventos.
No São João, não! Participava de tudo desde o momento em que se estava cavando o buraco da "fogueira" até quando o braseiro se apagava, lá para as 23 horas.
            Hoje, em todo lugar, o que caracteriza a festa de São João são as quadrilhas apresentando matutos e matutas estilizados, danças coreografadas e músicas eletrônicas que se apresentam durante todo o mês de junho. São até chamadas de festas juninas. Tem cidade que faz concurso de melhor quadrilha, melhor guarda roupa, melhor música, melhor coreografia, etc. Outras se auto-denominam “capital do São João” faturando com o nome do primo de Jesus para ganharem turistas e aumentarem a receita municipal. Convidam muitos artistas e músicos nordestinos com predominância de sanfoneiros e fazem grandes apresentações em palcos gigantes para uma platéia de milhares de pessoas. Exemplos disso são as festas de São João que acontecem nas cidades de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).
            Em Xique-Xique (BA), porém, nos anos 1950, a festa de São João era totalmente diferente de tudo que existe hoje. A característica era e existência das “fogueiras” “plantadas” em frente às casas para serem "derrubadas" quando estivessem “maduras”. Não conheci nenhuma cidade, mesmo na margem do Rio São Francisco, que tivesse esse hábito de fazer “fogueiras” na noite de São João.
              As “fogueiras”, como a gente chamava, não se limitavam a um amontoado de lenha e toros de madeira, para serem queimados numa determinada hora. A nossa “fogueira” ia muito além disso. No dia de São João, quando o sol estava começando a se esconder atras da Ilha do Gado Bravo, no outro lado do nosso Lago Ipueira, formado pelo Rio São Francisco,  lá para as 17 horas, começavam a encostar na “rampa do capim”, alguns "paquetes" trazendo grandes galhos de árvore medindo de 4 metros para cima de comprimento e pelo menos 15 cm de diâmetro, conhecidos como “fogueiras”, para serem vendidos a quem quisesse e pudesse comprar. Os maiores galhos eram adquiridos pelas famílias de melhor renda da cidade.
         Esses grandes galhos que virariam “fogueiras” eram retirados de uma árvore nativa denominada Pajeú, abundante nas ilhas do Rio São Francisco, principalmente na Ilha do Gado Bravo em frente a cidade. Era voz corrente que “fogueira” que não fosse de Pajeú, não servia.
      Adquirida, a “fogueira” era arrastada da beira do rio, pelos filhos ou por algum empregado, e colocada na porta da casa do comprador. A partir daí começava a segunda fase do festejo que era enfeitá-la com as mais diversas prendas amarradas em todos os galhos finos, representadas por laranjas, refrigerantes, sabonetes, perfumes baratos, pedaços de cana de açúcar e até dinheiro em espécie. Valia de tudo. Era o dono da “fogueira” que decidia como deveria ser enfeitada. E era essa decisão que iria determinar o "valor" de cada “fogueira”. Quanto mais rico o dono da casa maior e mais bem sortida era a sua “fogueira”.
           Enquanto um grupo de pessoas se ocupava em amarrar presentes nos galhos do Pajeú alguém se encarregava de abrir o buraco, com pelo menos 60 cm de profundidade, em frente à residência, para “plantar” a “fogueira”. “Fogueira” enfeitada e buraco pronto as pessoas da casa levantavam o grande galho, já agora mais pesado pelos inúmeros penduricalhos e o colocava no buraco fixando-o na vertical com o auxílio de pedras e terra. Após a “fogueira” estar na vertical e bem firme no chão, seu tronco era envolvido por uma grande pilha de lenha de angico que às vezes chegava a um metro de altura. Feito esse trabalho que se estendia até 18 horas, os donos da casa entravam para o jantar e deixavam um empregado tomando conta para evitar danos. Estava assim concluída a “fogueira” que somente lá para as 21 horas seria queimada.
            Mas, pode-se perguntar: qual era a relação entre um grande galho de árvore enfeitado e fincado no chão com a festa de São João?
Isso tinha como objetivo atrair os "derrubadores de fogueira", jovens moradores da periferia da cidade que na noite de São João iam de rua em rua escolhendo as melhores "fogueiras" para derrubarem e lançarem mãos nos prêmios alí pendurados. Mas, essa brincadeira tinha hora marcada e algumas dificuldades impostas pelo dono da casa.
           A hora marcada era quando o tronco da "fogueira" estivesse totalmente carbonizado e quase caindo por conta própria. Mas, como isso demorava um pouco, pois a madeira estava verde, os derrubadores a partir do momento em que a fogueira era acesa, começavam o assédio para derrubá-la antes do tempo.
Para evitar isso, o dono da "fogueira", logo após o jantar, postava-se, junto com todos os familiares, na porta da sua residência, armado de "buscapés", fogos de artifício de fabricação local, para impedir a "derrubada" precoce.
          Devido ao alto custo da brincadeira somente algumas famílias mais abastadas podiam dar-se ao luxo de terem “fogueiras” na porta da casa. Por isso as maiores e mais bem sortidas preferidas pelos "derrubadores de fogueira", eram em número limitado, talvez umas 20, e ficavam em poucas ruas, como a Praça D. Máximo, Avenida J. J. Seabra, Rua Góis Calmon (Rua Grande), Rua Ruy Barbosa (Rua da Amargura) e Rua Marechal Deodoro (Rua da Sete). 
        No entanto, mesmo entre essas poucas dezenas existiam umas 4 ou 5 "fogueiras" famosas que eram as mais cobiçadas pela grande quantidade de prendas que portavam. Nessas, o momento da derrubada se transformava num espetáculo original, de um lado o dono e familiares com "buscapés" acesos e dirigidos para o tronco da “fogueira” e do outro os "derrubadores", sem “armas” para se defenderem e sem proteção para as queimaduras, mas dispostos a derrubarem a “fogueira” e levarem as famosas prendas que incluía até dinheiro em espécie.
           Até as 21 horas, as famílias sentadas nas calçadas de suas casas se divertiam soltando as mais diversas espécies de fogos, cuja quantidade, beleza e efeitos, também determinavam o maior ou menor poder aquisitivo daquela casa. As pessoas abastadas colocavam, na porta da rua, a disposição dos seus familiares, grandes bacias de alumínio cheias de pequenas bombas, traques, espanta-coiós, chuvinhas, fósforo elétrico, rodinhas, diabo-doido, foguetinhos, etc, que eram queimados pelos filhos sem a menor parcimônia. 
        Os familiares adultos se distraiam soltando fogos mais sofisticados, mais caros e mais bonitos a exemplo dos vesúvios, adrianinos, pistolas, "buscapés" etc, que enfeitavam e iluminavam a frente das casas dessas famílias tidas com as mais ricas da cidade. Os "buscapés", geralmente reservados para serem utilizados quando da derrubada da “fogueira”, eram fogos especiais e consistia, basicamente, de uma taboca cilíndrica de uns 30 a 40 cm de cumprimento com até 5 cm de diâmetro cheia de pólvora e limalha de ferro e outras coisas mais que, ao serem acesos liberavam uma grande quantidade de fagulhas a uma distância de até 10 metros e que ao atingir a pele das pessoas provocava queimaduras, sendo por isso muito temido pelos derrubadores de “fogueiras”. 
         Eram feitos artesanalmente por Seu Romualdo, fogueteiro afamado que durante muito tempo abasteceu a cidade com esses fogos e outros denominados de “bombas de parede” e foguetes de vara, todos de sua produção. Devido ao alto preço somente os mais ricos e donos de grandes e sortidas “fogueiras” podiam adquirir os buscapés de Seu Romualdo.
Foto: "Fogueira" no São João da Fazenda Carnaúba (Guaracy)
                                           (Continua no dia 24 de junho).