domingo, 27 de fevereiro de 2011

Foto Antiga de Xique-Xique(BA): Rampa do Mercado

A RAMPA DO MERCADO

Esta é uma foto anterior ao tenebroso PAREDÃO.
Existiam em Xique-Xique algumas rampas que permitiam ao povo acessar com facilidade as águas do Rio São Francisco. Entre essas rampas destacava-se a RAMPA DO MERCADO, mostrada na foto, e que antes de 1950 era conhecida como RAMPA DO CAPIM.
Era nessa rampa que as barcas encostavam, os caminhões desciam para serem lavados e as aguadeiras e aguadeiros apanhavam água para consumo, antes da existência da água encanada.
Esta vista para quem está embarcado no Lago Ipueira, não é mais possível ante a existência do Paredão. É uma pena!!!














Cantinho do Seresteiro: Músicas Cifradas


O SERESTEIRO

O Blog JUAREZ MORAIS CHAVES fez uma seleção de músicas genuinamente brasileiras, tocadas e cantadas na segunda metade do século passado, principalmente nos anos 1960, "cifradas" para violão e que, semanalmente, estarão sendo divulgadas.








































Evangelho Dominical: MATEUS 6. 24-34

"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro"

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Ninguém pode servir a dois senhores: pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.Por isso eu vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com vosso corpo, com o que havereis de vestir. Afinal a vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa? Olhai os pássaros dos céus: eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em armazéns. No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta. Vós não valeis mais do que os pássaros?Quem de vós pode prolongar a duração da própria vida, só pelo fato de se preocupar com isso? E por que ficais preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Porém, eu vos digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé?Portanto, não vos preocupeis, dizendo: Que vamos comer? Que vamos beber? Como vamos nos vestir? Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso. Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo. Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia, bastam seus próprios problemas”.
OBS.: O apego ao dinheiro escraviza o homem, que acaba se enamorando por ele. O perigo que ele se transforme em senhor paira sobre todos, ricos e pobres. O dinheiro exige do homem, então, todo o empenho, todo o seu pensamento, o seu interesse, as suas forças; torna-se para ele como que finalidade da vida.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Fato Histórico em Xique-Xique (BA): A ESCOLA POLIVALENTE

ESCOLA POLIVALENTE

No dia 13 de outubro de 1971 o Governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães visitava a cidade de Xique-Xique para proceder a inauguração de um importante estabelecimento educaional na cidade: A ESCOLA POLIVALENTE.
O Projeto das Escolas Polivalentes, parceria do Estado e da União, previa a implantação de 40 grandes escolas em todo o Estado da Bahia e além da criação de sessenta mil novas vagas no ensino de nivel médio, prometia revolucionar o sistema educacional local introduzindo um aprendizado de elevado grau.
Desejando fazer justiça e honrar o corpo docente citaremos nominalmente os dirigentes e professores que atuaram no Polivalente, no período de 1990 a 2009: Rita Maria de Araújo, Jari Brito de Abreu Rocha, Adonias Gouveia, Marileda Souza de Assis Dourado, Marinalva Rocha Santos, Ruy Santana, Raul Lacerda, Solange Lacerda, Ruizita Santana, Dinorá Amorim, Pascoal Nery de Souza, Orlando Nery Nepomuceno, Marly Nery Nepomuceno, Ubiralda Setúbal, Marilene Bahia, Reasílvia Nunes Machado, Everaldo Leite Bessa, Tércio Bessa, Samuel Rodrigues Soares, Ozita Nepomuceno, Noranei Barreto, Maria Aparecida de Souza Brito, Perpétua Borges, Genir Matias, Maria de Fátima Barreto, Edilênio Barreto, Djan Santana, Maria de Lourdes Teixeira e Maria Celeste Souza.

Arte sacra na Bahia: Nossa Senhora da Conceição

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO



Imagem do século XVII proveniente do Convento de Santa Clara do Desterro. É esculpida no estilo classicista da escola de Castela, uma virgem dotada de força e tranquilidade ideais para as mulheres que concebem.
Peanha de nuvens acrescidas de querubins.
Esta imagem encontra-se no Museu de Arte Sacra da Bahia.


(Bahia: Tesouros da Fé - Foto: Sérgio Benutti)

Foto Interessante: Alegria do Pescador

A maior alegria de um pescador é quando consegue trazer do fundo das águas um grande peixe do qual tenha orgulho de exibir para os companheiros.
O pescador xiquexiquense, cumprindo o ritual, antes de retalhar o grande SURUBIM extraído, com grande dificuldade do Rio São Francisco, exibe o troféu para os companheiros e clientes no Mercado do Peixe em Xique-Xique (BA).

Pôr do Sol em Xique-Xique (BA): Praça D. Máximo

PÔR DO SOL

Já tenho aqui publicado algumas fotos do pôr do Sol em Xique-Xique, da minha autoria e da safra de outros fotógrafos, todas, diga-se, de uma beleza sem par.
No entanto, essa foto obtida pelo fotógrafo xiquexiquense João Machado extrapola todas as anteriormente divulgadas, pela forma como o Sol ao se esconder ilumina a Praça D. Máximo com um colorido incomum.
A nossa conterrânea Maria Rita, que reside na Suissa e me enviou a foto, assim se expressou:
"Obviamente do principado livre de Xique Xique. Este pôr de sol é famoso! Xique-Xique (para quem não sabe) é meu "torrão natal".
Somente o sol morrendo no Rio São Francisco consegue ser mais colorido e vibrante que nesta foto."
Bravo Maria Rita, voce se expressou de forma irretorquível como uma verdadeira xiquexiquense, não obstante estar ausente e a uma grande distância do "torrão natal".
Nada mais se pode acrescentar a não ser parabenizar o nosso João Machado por ter sido o contemplado para registrar tão importante e bonito evento.

Foto do Rio São Francisco: O VAPOR


OS VAPORES


Bons tempos aqueles da década de 1950 quando as águas do Rio São Francisco eram ornamentadas com a presença dos vapores que trafegavam de Juazeiro (BA) até Pirapora (MG) carregando gente e mercadorias.
Quando encostavam no porto de uma cidade, enquanto os "marinheiros", como eram conhecidos os estivadores, se encarregavam de colocar os sacos ou a lenha para dentro dos porões, os passageiros se davam ao luxo de fazer um passeio a pé pela cidade ribeirinha que estava tendo a elegria de receber um vapor no seu pequeno porto.
Em cada cidadezinha o vapor poderia passar até toda uma manhã e a sua retirada era precedida de apitos que convidavam os passageiros a encerrar o passeio e voltarem a bordo.

Era assim o Rio São Francisco.











































































































M

Crônica Xiquexiqueana: CARNAVAIS EM XIQUE-XIQUE (BA)

ANTIGOS CARNAVAIS
Juarez Chaves

O carnaval em Xique-Xique, pequena comunidade do interior baiano, no período de 1953 a 1960, era a festa mais esperada pela população, principalmente os jovens estudantes da cidade. A ansiedade pela chegada do carnaval era contrabalançada pela expectativa do fim das férias, pois geralmente era o último evento que antecedia o retorno para o colégio. Os foliões, devido à pobreza da cidade, usavam, nos bailes realizados no Clube Recreativo Sete de Setembro e no Clube Beneficente dos Operários, modestas fantasias produzidas em casa e com materiais adquiridos no comércio local. Na parte da manhã a movimentação do carnaval era feita exclusivamente pelos rapazes e moças da cidade. Por conta própria montavam pequenos blocos de 10 a 20 pessoas que utilizando diversos tipos de disfarces, tais como máscaras e vestuários do sexo oposto, saiam às ruas ao som de tamborins, tambores e as vezes cuícas, instrumentos rudimentares e feitos com matéria prima local, apenas para terem algo parecido com uma batucada. Essa brincadeira geralmente ia até o meio dia e se limitava a entrar nas casas dos parentes e amigos para saborear um licor ou outra bebida que fosse servida pelo dono.
Lembro-me de uma batucada que organizamos cujos tamborins foram feitos de pele de cobra estirada sobre uma armação quadrada de madeira. Cada um dos foliões fabricava o seu próprio tamborim, tambor ou outro qualquer instrumento de percussão que pudesse fazer barulho nos dias do carnaval e lá se ia, de instrumento em punho, para os ensaios da "bateria" que geralmente aconteciam no jardim da Praça D. Máximo, nos dias em que antecediam o carnaval. A foto mostra os principais filiões jovens da cidade, no "jardim" do ringue da Sete, durante o carnaval, numa pose para a posteridade.
À tardinha, lá pelas 17 horas, quando o sol esfriava, surgia o indefectível “bloco das putas”, formado pelas prostitutas da cidade que moravam na Rua do Perau, tendo a frente um conhecido homossexual que dansando e requebrando ao compasso da música levava o estandarte do cordão. O interessante era que esse bloco, composto exclusivamente de prostitutas e que percorria as principais ruas da cidade não escandalizava a sociedade da época, mas, pelo contrário sempre era esperado e as pessoas se divertiam bastante com os trejeitos e requebros das carnavalescas e principalmente do porta-estandarte.
Encerrado o desfile do bloco das meninas do perau a gente ia jantar e se preparar para o tradicional baile que sempre acontecia nos Clubes da cidade a partir das 21 horas. Era o apogeu do carnaval de Xique-Xique. Nesses dias de festa, excepcionalmente, a luz elétrica que apagava às 22:00 horas, permanecia acesa até as 3 da madrugada permitindo assim, que todos os foliões pudessem brincar e voltar, comodamente, para suas residências.
Nesses bailes aconteciam as coisas mais engraçadas provocadas, principalmente, pela cheirada ao lança-perfume, hoje proibido, mas que, naquele tempo, era legal e permitido, em todos os carnavais. Idosos e adolescentes ficavam eufóricos e, sob o efeito do lança, começavam a cantar e a dançar, numa animação nunca vista. Senhoras e mocinhas que não ousavam cheirar o gostoso perfume em público iam para o sanitário feminino e a animação era tanta que se ouviam as boas gargalhadas e gritarias dadas pela foliãs.
Quero deixar uma pequena informação sobre o famoso LANÇA-PERFUME, tão consumido no meu tempo de folião e hoje totalmente desconhecido pela geração pós 1961 ano em que foi proibida a fabricação.
O lança-perfume era um acessório indispensável ao folião que quisesse brincar o carnaval na década de 1950. Basicamente era um líquido perfumado, muito volatil, fabricado pela multinacional Rhodia e acondicionado, sob pressão, em tubos de metal cilíndrico, em volumes de 100 e 200 gramas, lacrados de modo especial para evitar o vazamento do eter perfumado. Como alternativa para as pessoas de menor poder aquisitivo existia, também, no mercado o lança-perfume da marca Colombina, acondicionado em cilindros de vidros, com menor volume, qualidade inferior e o risco da quebra da embalagem. Para se usar os lança-perfumes, era necessário extrair o pequeno pino de vedação que vinha nos tubos de metal e de vidro e substituí-lo por uma bombinha própria, vinha com a embalagem e que era enroscada no orifício da saída do jato de perfume. Lançar o perfume sobre uma moça era um ato de galanteio e que poderia ser retribuído do mesmo modo caso a jovem possuísse, também um lança-perfume e estivesse interessada no folião. Era o começo de um namoro que as vezes se estendia até depois do carnaval e muitas vezes dava em casamento. Todavia, se a moça paquerada não estivesse interessa no paquerador virava-lhe as costas e continuava a sua folia. O jato lançado em contato com a pele, provocava uma sensação de frescor e de perfume, muito agradável para quem recebia o que provocava entre os casais de namorados uma constante troca de jatos de perfume. No final da festa, as fantasias usadas pelos brincantes estavam totalmente impregnadas de perfume.
No entanto, o que era pura forma de galanteio e uma diversão inocente transformou-se numa atitude perigosa e prejudicial à saúde, quando alguém descobriu que aspirando o perfume pelo nariz ou boca, ficava embriagado e sob os efeitos de uma droga alucinógena, e, se a quantidade absorvida fosse grande, poderia provocar, inclusive, a morte do inalador. Com o passar dos anos o consumo de lança-perfume nos carnavais veio a ser utilizado exclusivamente para consumo próprio, com a utilização de lenços e pequenas toalhas envoltas no pescoço do folião que eram embebidas com o líquido perfumado e levadas ao nariz para serem cheiradas, não havendo mais o interesse do folião em lançar os jatos gelados no corpo e na fantasia da mulher amada. Por causa dessa distorção no seu uso e pela constatação de que na realidade se tratava de um tóxico impróprio para a saúde, a sua produção foi proibida em 1961, quando Jânio Quadros assumiu a Presidência da República.
A outra foto que ilustra esta crônica apresenta alguns jovens xiquexiquenses em plena folia no Clube Sete de Setembro. Notem a quantidade de lança-perfumes nas mãos dos brincantes. Este foi o último carnaval em que o lança foi livremente permitido.
O baile de carnaval, propriamente dito, naquele tempo dos anos 60, era, relativamente, pura inocência e ingenuidade. A movimentação dos foliões no salão, se dava em círculos e num só sentido para evitar choques entre as pessoas. O namorado dançava com os braços em volta do pescoço ou da cintura da namorada e essa era a maior intimidade permitida pelos pais que sempre estavam presentes e com fiscalização ostensiva. Um beijinho, sequer, quando se conseguia dar, era uma coisa muito arriscada e que poderia provocar a ida da menina de volta para casa.
O mais interessante dos carnavais de Xique-Xique eram os ensaios realizados semanas antes da festa para que os foliões aprendessem as musicas carnavalescas. Como os meios de comunicações eram deficientes e até o próprio radio era privilégio de poucos, os diretores do clube compravam em Salvador as partituras e letras musicais das marchas e sambas que estavam sendo tocadas, principalmente para o carnaval no Rio de Janeiro. De posse dessas partituras e com a ajuda do músico saxofonista Mário Torres Rapadura, de saudosa memória, ensaiavam-se todas as noites até que a gente estivesse dominando as melodias e as letras das marchinhas e sambas carnavalescos. E assim, naquele tempo, a gente ia brincando o carnaval em Xique Xique. (JMC- ago/2008).

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Evangelho Dominical: MATEUS 5. 38-48

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Vós ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda!Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto!Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele!Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado.Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos.Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa?Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito!”

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Amanhecer em Xique-Xique (BA).

Muitas fotos foram aqui publicadas registrando o bonito pôr do sol em Xique-Xique.
Nada mais verdadeiro, vez que esse fenômeno continua sendo de uma rara beleza e mesmo que os xiquexiquenses continuem impedidos de apreciá-lo, por causa do PAREDÃO, ele continua acontecendo diariamente.
Mas, a foto atual é de um AMANHECER, do mês de janeiro/2010, em Xique-Xique, vista da Av. J.J. Seabra, às 05:30 h.
Como se vê não fica nada devendo ao ocaso o que demonstra que não obstante o calor são franciscano o Sol em Xique-Xique é bonito desde o nascimento.

Foto do Rio São Francisco: O "Marinheiro"

Os "Marinheiros" eram uma parte da tripulação do vapor que, em cada porto, carregavam e descarregavam as mercadorias bem como a madeira (lenha) destinadas para as caldeiras.
Conta-se que quando outro vapor havia passado antes e levado toda a lenha os "marinheiros" iam para o mato de machado em punho, cortar madeira.
O vapor "Benjamim Constante" gastava uma média de 1.400 m³ de lenha numa viagem de ida e volta de Juazeiro (BA) e Pirapora (MG).
A foto fixa a imagem de um típico "marinheiro".

Escultores do Nordeste: SEVERINO BORGES DE OLIVEIRA (BITINHO)

Nasceu em 1940 na cidade de Taipu (RN) e, a exemplo de outros nordestinos migrou pelos estados do Ceará, Paraíba, Minas Gerais, São Paulo e, finalmente estabeleceu-se na cidade de Juazeiro (BA) onde, durante muitos anos produziu as famosas carrancas que ilustraram as prôas da barcas do Velho Chico, feitas de madeira (cedro ou umburana), sem qualquer desenho prévio, apenas com auxílio de serrote, escopo, formão, facas e torno.


(O REINADO DA LUA - Foto:Maria do Carmo Buarque de Holanda)

Foto Interessante: A Funerária do Torcedor

Em Xique-Xique (BA) existe uma funerária especializada em velórios e enterros de fanáticos torcedores de futebol.
Os caixões são personalizados e o torcedor pode ir para a câmara-ardente e o descanso eterno envolto em um ataúde com as cores e o emblema do seu time.
Caso venha a falecer durante um jogo do qual participa o seu time de futebol, o torcedor, além do caixão personalizado, com certeza terá, no velório, a companhia dos seus co-irmãos de torcida a cantar e a tocar o hino do querido clube.
Fala-se que com a subida do Esporte Clube Bahia para a primeira divisão do futebol aumentou em muito o número de torcedores desejosos da experiência da morte só para terem a oportunidade de ser inumados com as cores do BAÊÊA.











Férias em Xique-Xique:

FÉRIAS EM XIQUE-XIQUE
Juarez Morais Chaves
Acabo de retornar da visita anual à minha terra natal, Xique-Xique (BA)., carregado de boas energias para enfrentar mais um ano de trabalho e muitas matérias para alimentar o Blog por um bom período.
Passei 10 dias, sem nada fazer, a não ser perambular pelas ruas relembrando o meu tempo de menino e conversando com alguns poucos conhecidos, da minha faixa etária, colegas e contemporâneos do meu tempo de curso primário na Escolas Reunidas Cesar Zama.
Até hoje, muitos parentes e amigos me questionam como é que eu gasto, em Xique-Xique (BA), um terço das minhas preciosas férias quando poderia estar visitando outras cidades mais importantes do país ou mesmo do exterior. É uma questão sem respostas, vez que as minhas visitas anuais àquela cidade tem um valor, para mim, puramente subjetivo e por isso fica dificil ou mesmo impossível responder a tais questionamentos. Somente as pessoas que, de alguma maneira, amam a terra em que nasceram podem entender a necessidade que tenho de fazer essa "romaria" anual.
É alí, naquela pequenina cidade onde nasci e passei a minha infância e a minha adolescência que recarrego as minhas baterias e elimino todos os estresses acumulados durante os afazeres anuais. Funciona consideravelmente melhor que qualquer sessão de psicoanálise onde outras pessoas investem muito dinheiro para a obtenção de pequenos resultados. Melhor seria que essas pessoas visitassem seus torrões natais uma vez por ano para ficarem livres de todos os problemas que afligem a atual sociedade moderna.
Uma modesta conversa com pessoas que conosco cresceram, uma pequena visita a lugares onde andamos na meninice é mais do que suficiente para que o corpo e a alma fiquem limpos e leves de todos os problemas que enfrentamos no dia a dia na grande cidade.
Por tudo isso a minha visita anual a Xique-Xique tem duas vertentes: a primeira, afetiva e sentimental pela possibilidade de rever lugares por onde andei e rever pessoas estimadas e queridas com quem convivi ao longo do meu crescimento; a segunda me permite que durante um longo circuito por todas as atuais ruas e praças da cidade possa fazer uma avaliação do crescimento urbano ao longo desses últimos 20 anos.
É nessa parte que desejo fazer alguns comentários sobre o que observei no meu passeio pela cidade, vez que, com relação à primeira vertente saí plenamente satisfeito e compensado da viagem.
A cidade cresceu bastante nesses últimos anos e há quem diga estar com uma população estimada em 50.000 habitantes, sendo pois, uma comuniade respeitável e uma das principais da Bahia. No entanto, registrei alguns senões que os estou aqui colocando não com o intuito de apenas criticar a administração pública, mas, ante a minha legitimidade de xiquexiquense que todos os anos comparece à cidade, apresentar às nossas autoridades municipais alguns ítens que pela atual situação em que se encontram, não condizem com o estágio de desenvolvimento de Xique-Xique merecendo, pois, serem sanados ante a facilidade da solução.

I) PAREDÃO: como já amplamente discutido neste Blog, o "horroroso" continua enfeiando e sujando a cidade. Se a parte que fica na Rua Rio Branco, entre a Av. Getulio Vargas e a Rua Belo Horizonte já prima pelo atentado à saúde pública, o segmento situado na Rua Benjamim Constant (Rua do Perau) - foto - além da sujeira virou um covil de marginais. Já que está se tornando difícil a derrubada do monstrengo dever-se-ia, pelo menos, fechar com tijolos os buracos para impedir que durante a noite venha a se transformar em esconderijos de malfeitores;

II) MERCADO MUNICIPAL: Inaugurado no dia 25 de dezembro de 1950, pelo então Prefeito Municipal Aurélio Gomes de Miranda, o Mercado Municipal São Francisco, não obstante já estar com 60 anos e não vir recebendo das nossas autoridades municipais a devida manutenção que bem merece um equipamento destinado à venda de gêneros alimentícios, ainda se apresenta como um das mais bonitas edificações da cidade. Todavia, atualmente se encontra em total abandono onde junto à intensa sujeira transitam livremente ratos e baratas. Dígno de pena e de uma visita do representante do Ministério Público da cidade.

III) MERCADO DE PEIXE: Em situação mais precária do que o Mercado Municipal São Francisco, o local onde se vende o peixe fresco em Xique-Xique é um verdadeiro atentado à saúde pública. Merece, também, com a maior urgência possível uma visita do Ministério Público. Em mesas imundas ao lado de vísceras de peixe jogadas no chão, ainda mais sujo e disputadas por cães vadios, o pescado é oferecido sem nenhum constrangimento à população. O povo já está tão acostumado com a sujeira que nem sente o fétido odor de tripas podres e nem a imundície sobre a qual os peixes estão acomodados. É um caso de horror. Só vendo para acreditar.

IV-HOSPITAL JULIETA VIANA: No dia 13 de junho de 1970, era inaugurado o Hospital de Xique-Xique com a presença do Prefeito José Barbosa e Silva, do Governador da Bahia Luiz Viana Filho e sua mulher D. Julieta Viana, do deputado estadual Dílson de Souza Nogueira, muitos prefeitos de municípios vizinhos, médicos,enfermeiros e demais profissionais da saúde. Foi um momento de festa e muita esperança para toda a região que sempre foi carente de casas de saúde. Hoje, passados 40 anos o Hospital Julieta Viana regridiu, está em completo abandono, com péssimas instalações, o mato tomando conta e, sem nenhuma dúvida, é a mais despreparada casa de saúde da região, não merecendo sequer o honroso título de HOSPITAL, pois não dispõe de uma simples UTI-Unidade de Tratamento Intensiva. Está mais para um Posto de Saúde. O pior disso tudo é que tanto os pacientes quanto os médicos estão correndo um grande risco quando se submetem ou praticam uma cirurgia, pois os primeiros estão em risco de vida e os segundos estão sujeitos a serem acionados judicialmente, em caso de insucesso, pela prática de uma medicina imprudente. A situação atual do nosso "HOSPITAL" está a merecer uma visita urgente das nossas autoridades xiquexiquenses representadas pelo Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário e Ministério Público. A foto à direita,empeto e branco, foi obtida no dia da inauguração.

V) GINÁSIO DE ESPORTES GOV. OTTO ALENCAR: Andando a esmo pela querida Xique-Xique, deparei-me com um grande equipamento denominado Ginásio de Esportes Gov. Otto Alencar em completo abandono e total deterioração. Até a coluna da cesta de basquete estava lançada no meio da rua. Acredito que o equipamento pertença ao Município. Verifiquei, também que o Ginásio fica ao lado do Colégio Luiz Eduardo. Assim, poder-se-ia doar o Ginásio ao Colégio para que este o mantivesse e o utilizasse na prática de esporte dos nossos jovens. Fica aí a sugestão para as nossas autoridades municipais.
















MMMM

Foto Antiga de Xique-Xique (BA): Placa da Rua Mons. Costa

Rua Monsenhor Costa.
Concretizando uma homenagem que a Pia União das Filhas de Maria da Paróquia de Xique-Xique desejava fazer ao Reverendo Monsenhor Costa, que por muitos anos fora Pároco na cidade, o Prefeito José Barbosa e Silva (1967/1971) honrou aquele sacerdote com a colocação do seu nome numa rua central.
A foto registra o momento em que a placa indicativa da Rua Monsenhor Costa, era afixada na casa da Srta. Tonica Teixeira, a primeira da rua, imóvel onde atualmente está sediada a loja Maia.
Na foto a presença unânime das Filhas de Maria, do Padre José de Oliveira Bastos, do Prefeito José Barbosa e do Juiz de Direito Dr. Heitor entre outras pessoas ilustres da cidade.
















José Barbosa (1967/1971)







































ARTE SACRA NA BAHIA: CRISTO DO PILAR


Trata-se de uma imagem que à primeira vista reduz-se a uma concepção neo-clássica, cujo principal objetivo seria retratar Cristo como o ser humano perfeito, com proporções correspondentes aos cânones da escultura clássica, sem contudo expressar grande carga emocional, margeando unicamente o território do sentimentalismo. Entretanto uma vez observada atentamente, esta imagem desvela sua transgressão, sua fuga à tradicional superficialidade do estilo. A sutil expressão de desistência, o embaçamento que começa a roubar a luz dos olhos, a profunda tristeza da despedida expressadas em seu rosto somam-se ao bem-sucedido realismo da pintura de sua encarnação para falar da fragilidade e temporalidade da carne, prenúncios de morte da beleza olímpica do corpo_que poderia ser de um jovem deus grego no tocante à sua estrutura. É de se notar o interessante perizôneo drapeado, equilibrando-se precariamente em uma corda torcida, que lhe descobre a ilharga. Belo trabalho de entalhe da barba e dos longos cabelos que caem em ondas sobre os ombros. O nicho do altar lateral confirma o estilho neo-clásico, emoldurando a imagem com rebuscada pintura de florões e ramagens. Pinturas e douramento de José Teófilo de Jesus e obra de talha de José Nunes Santana (entre 1803-1804).
Acervo da Igreja da Venerável Ordem Terceira do Carmo.

(Bahia: Tesouros da Fé (2000). Foto: Sérgio Benutti)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

AGRADECIMENTOS AOS NOVOS SEGUIDORES


O BLOG JUAREZ MORAIS CHAVES AGRADECE, SENSIBILIZADO, AS CHEGADAS DE ISISDEUSADALUA, AÇUDE TERRA AMIGA, PAIS, MÃES E FILHOS DA TERRA, BLOG DE ALLAN MELLO, MARY GOLDEN E SANDRA ARAUJO PROMETENDO MANTER A MESMA LINHA EDITORIAL E ESPERANDO PODER CONTINUAR ATENDENDO A EXPECTATIVA DE TODOS OS QUE, GENTILMENTE, SE DIGNAM EM ACOMPANHAR ESTE MODESTO BLOG.