segunda-feira, 30 de maio de 2011

Fato Histórico de Xique-Xique (BA): A ESCOLA PERDIDA

Xique-Xique perde a chance de ganhar uma escola pública.

Segundo o nosso ilustre pesquisador, Professor Cassimiro Machado Neto, no longínquo ano de 1865 o Presidente da província da Bahia, Dr. Luís Antonio Barbosa de Almeida, enviou à Câmara Municipal de Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique, Ofício datado de 05 de maio daquele ano, perguntando se existia na cidade alguma casa disponível para instalação de uma escola pública.
Foi a seguinte a resposta dos nossos edis;
“Em vista de sua insignificante receita, como deve constar dos demonstrativos a essa presidência, remetidos anualmente, não pode esta Câmara presentemente concorrer com semelhante objeto, aliás de tão suma utilidade.
Não olvidando de o fazer, se a Província lhe emprestar a quantia de hum mil réis, para comprar o terreno.”
Vejam que resposta medíocre e que culminou com a não instalação da Escola ante a falta de interesses dos nossos legisladores de então.
A pequenina e carente Xique-Xique do século 19 não poderia nunca ter perdido essa oportunidade de contar com uma escola e, por conta disso, teve que esperar 72 anos para contar, em 1937, com a Escolas Reunidas Cesar Zama, primeira escola estatal da cidade.
Assinaram a resposta ao Ofício do Presidente da Bahia, os seguintes vereadores: Cel. José Rufino de Magalhães – presidente, Cel. Manoel Pereira Bastos, Cel. João Batista Avelino, Cel. Joaquim Alves Machado e Cel. José Antonio Garrido.

Foto Aérea de Salvador (BA): Marina e Forte de São Marcelo

A MARINA E O FORTE


Interessante a atual convivência entre o Forte de São Marcelo e os barcos de luxo ancorados na vizinha marina.

O Forte da São Marcelo, na época do Brasil Colônia, construído para evitar a entrada de navios na Baía de Todos os Santos, hoje assiste, passivamente, a liovre entrada e saída desses barcos.

Mudança dos tempos.

Foto Antiga de Salvador: LADEIRA DA MONTANHA

Essa era a principal ladeira que as pessoas usavam para ter acesso à Cidade Baixa.

Vê-se, ao fundo, o famoso Elevador Lacerda, ícone da cidade e que até hoje transporta, diariamente, milhares de pessoas da Cidade Alta para a Cidade Baixa.

Enchente do rio em 1979 - Foto Inédita: A PRAÇA D. MÁXIMO

NAVEGANDO PELA PRAÇA

A enchente do Rio São Francisco em 1979, atingiu grande parte da cidade de Xique-Xique e somente foi menor que a de 1949.

Na foto vemos algumas pessoas passeando pelo lado leste da Praça D. Máximo e pelas remadas tudo indica que a profundidade das águas era mais do que suficiente para a navegação do "paquete".

Vê-se claramente a residência do Sr. Janjão, a Igreja Matriz do Senhor do Bonfim e lá na frente, o prédio da Prefeitura Municipal.

Aniversário de Xique-Xique (BA)





O ANIVERSÁRIO DE XIQUE-XIQUE (BA).

O aniversário de Xique-Xique, vem sendo comemorado no dia 13 de junho, festa anual surgida em conseqüência do Decreto Municipal nº 50 de 23.12.1969, projeto apresentado pelo então vereador Edvando de Assunção Fontoura (Vaninho), tendo sido realizada pela primeira vez no ano de 1970 na gestão do Prefeito Municipal José Barbosa e Silva, ano em que, se comemorou os 42 anos de emancipação do Município, vez que se admitiu que esse evento ocorreu no dia 13 de junho de 1928. Em assim sendo, quando da próxima festa comemorativa que deverá ocorrer no próximo dia 13 de junho, a cidade estará comemorando apenas 83 anos de existência.

Acontece que, segundo o nosso historiador maior CASSIMIRO MACHADO NETO, em seu livro “Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique” Ed. 1999, "o Município de Xique-Xique (BA) foi emancipado do Município de Jacobina (BA) no dia 06 de julho de 1832, por Decreto do Conselho Provincial da Bahia, tendo sido instalado no dia 23 de outubro de 1834, com a posse da primeira Câmara de Vereadores, composta por 7 vereadores eleitos pelo povo.”

Informa ainda o nosso historiador que “...a sede do município permaneceu durante 96 anos com a denominação de VILA, pois, pela Constituição Imperial, de 25 de março de 1824, esse era o nome dado a todo município que fosse criado cuja sede tivesse menos de (5.000) cinco mil habitantes. Somente em 13 de junho de 1928, quando a sede do município atingiu a marca de 5.000 habitantes, recebeu a denominação de CIDADE, através da Lei Estadual nº 2.082."

Essa afirmação do nossos pesquisador é correta e se ampara em procedente pesquisa haja vista que, no dia 06 de julho de 1932 o então Prefeito Municipal de Xique-Xique, Cel. José de Souza Nogueira comemorou o centenário da cidade e, para marcar tão importante data mandou construir, no pequeno largo situado nos fundos da Igreja Matriz uma pequena área ajardinada tendo no centro um modesto obelisco e dando a esse logradouro o nome de “Praça 06 de julho”, que ficou conhecida por todos os xiquexiquenses como “O Pirulito” e que, atualmente, por abrigar a velha caldeira, passou a ser conhecida como a “Praça da Caldeira”, mas, ainda está lá, a placa com o verdadeiro nome da praça, afixada na parede do Clube Operário.

Assim, a nossa cidade fará no próximo dia 6 de julho de 2011, 179 (cento e setenta e nove) anos de existência como cidade, e não os 83 (oitenta e três) anos, no dia 13 de junho, como querem os organizadores da festa do "Dia da Cidade".

Precisamos, pois, retificar as nossas datas históricas.

domingo, 29 de maio de 2011

Crônica Xiquexiqueana: MESTRE CHICO

MESTRE CHICO.

Juarez Morais Chaves
Em Xiquexique (BA), a primeira Escola Pública para ensino primário foi construída em 1937 e se denominou Escolas Reunidas César Zama, ou “O PRÉDIO”, como era conhecido por todos. Para a época foi uma grande construção, mas, com o passar do tempo e o crescimento populacional da cidade transformou-se numa pequena escola com apenas 4 salas de aula. Não obstante isso ainda hoje demonstra pujança e é um referencial respeitado por todo o professorado da cidade.

Eu fiz todo o Curso Primário na Escolas Reunidas César Zama no período de 1950/1954. Na época, era a escola preferida por todos e ali estudavam os filhos dos comerciantes, dos profissionais liberais e dos servidores públicos municipais, estaduais e federais e demais profissões da cidade, pois ainda era a única escola públicana cidade.

Todavia, em paralelo à Escolas Reunidas César Zama, funcionavam pequenas escolas particulares com aulas sendo ministradas nas próprias residências de professores sem formação pedagógica e com serviços remunerados pelos pais dos alunos. De um modo geral o público atendido por esses professores particulares era formado de pessoas que não estavam muito interessadas em que os filhos obtivessem a formação primária completa que naquela época era de 5 anos e somente poderia ser ministrada por professores com o Curso de Pedagogia ou pelo menos o Curso Normal. Esses pais ficavam satisfeitos que os filhos aprendessem apenas as 4 operações matemáticas, soubessem ler, escrever e fazer conta. No entanto, não era raro que também estudassem nessas escolas particulares alunos matriculados no César Zama, a título de castigo imposto pelos pais, por estarem tendo pouco aproveitamento no PRÉDIO ou simplesmente para se habituarem com a disciplina outro ponto forte desses mestres alternativos, cuja pedagogia e metodologia utilizadas se baseavam no uso da palmatória.

Foram várias as pessoas em Xiquexique que exerceram a nobre missão de professor particular e por isso se tornaram cidadãos e cidadãs conceituados e prestigiados por toda a cidade inclusive pelos professores que ensinavam no César Zama. Ficaram famosos os mestres Virgílio Bessa, D. Enedina, D. Sinforosa, Mestre Chico e outros. Como a pedagogia utilizada por eles era sempre a mesma, comentarei apenas a atuação de Mestre Chico, em face da fama adquirida e por tê-lo conhecido ainda em plena atividade.

MESTRE CHICO era um negro esbelto e simpático que instalou em sua residência, situada na Rua São Francisco, uma escola particular dedicada, principalmente, ao ensino da leitura, da escrita e das 4 operações matemática, destinada às pessoas que por algum motivo não conseguiam ou não queriam se matricular no Grupo Escolar César Zama ou mesmo alunos do próprio César Zama que precisavam de uma forte disciplina para conseguir um melhor aproveitamento nos estudos.

Apesar de ser adepto da correção utilizando a palmatória e outras formas de castigos corporais, Mestre Chico tinha um carinho especial para com todos os seus alunos, sem contudo abrir mão da férrea disciplina que imperava na sala de aula. Eram famosas as suas argüições sobre tabuada que aconteciam geralmente aos sábados. Nessas ocasiões as janelas da escola ficavam repletas de pessoas que queriam assistir aquelas avaliações, motivo de orgulho do professor.

Naqueles idos da década de 1950 como não existiam as máquinas de calcular todas as operações matemáticas e os mais variados cálculos eram feitos na ponta do lápis. As pessoas que se destacavam como boas fazedoras de “conta” eram tidas como estudiosas, inteligentes e preparadas. Isso porque, para “fazer contas” era indispensável um conhecimento perfeito e total da Tabuada. E ali, com Mestre Chico, os alunos tinham que decorar e saber, “na ponta da língua” as tabuadas de somar, diminuir, multiplicar e dividir, ferramentas utilizadas integralmente nas atividades comerciais daquele tempo.

Mestre Chico ensinava que o conhecimento da Tabuada tinha que ser automático, pois não dava para raciocinar, segundo ele, no resultado de uma multiplicação de 9 x 8 ou pior quando a conta envolvia a Tabuada Grande quando se tinha que saber, automaticamente, o resultado da multiplicação de 12 x 19, por exemplo. As respostas a essas questões tinham que ser dadas como uma espécie de condicionamento, de reflexo e não era permitido que o aluno passasse algum tempo demonstrando que estava raciocinando, pois, nada tinha para pensar.

A argüição de tabuada, pois, era o momento solene que exigia perfeito conhecimento e dedicado estudo, principalmente quando essa argüição era feita pelo Mestre Chico, que, adotando pedagogia própria inovara na forma de avaliar os conhecimentos dos seus alunos nessa parte tão importante do saber da época.

A argüição ou sabatina começava com a colocação dos meninos em semicírculo à volta da mesa do Mestre. De frente para os alunos e sob o olhar dos curiosos nas janelas, Mestre Chico iniciava a cantilena a partir de uma das extremidades da meia lua, perguntando a um aluno, por exemplo, “quanto era 16 dividido por 4”. Obtida a resposta dada pelo aluno de que o resultado era 4, imediatamente o Mestre se deslocava, aleatoriamente, para um outro aluno e simplesmente perguntava: “vezes 8?” A pergunta “vezes 8”, significava que o Mestre Chico desejava saber qual o resultado da multiplicação do número 8 pelo numero 4 respondido anteriormente o que daria um total de 32. Se o aluno não respondesse levaria um bolo de palmatória numa das mãos para se manter atento durante a argüição feita. Aplicada a pedagogia da palmatória, a argüição continuava sem solução de continuidade e o número 32, resultado da multiplicação de 8x4, era a bola da vez. Esse número tinha que estar memorizado por todos os alunos de pé em volta da mesa do professor, pois com certeza a próxima pergunta de Mestre Chico, a qualquer aluno, seria: “Dividido por 2?” A resposta pela metodologia explicada seria o número 16, resultado da divisão de 32/16, que, de imediato seguiria nova pergunta, por exemplo, “Menos 10 ?”, cuja resposta correta seria o número 6 resultado da operação 16-10 e assim seguia a argüição por mais ou menos 15 minutos, exigindo que todos os alunos acompanhassem, mentalmente cada pergunta e cada resposta para não perder o fio da meada sob pena de apanhar de palmatória ou se sujeitar a outros castigos corporais.

Devido ao exercício semanal os alunos estavam tão treinados na metodologia de Mestre Chico e com a Tabuada tão memorizada que a argüição se processava, praticamente sem interrupções, com pouco uso da palmatória e, a velocidade nas perguntas feitas e nas respostas obtidas, imprimia um ritmo melodioso e característico nas argüições do Mestre Chico. Era uma verdadeira cantoria.

Além da palmatória que era usada nas argüições da tabuada realizadas no sábado, Mestre Chico tinha, também, como instrumento disciplinar uma fina vara de madeira de uns 2 metros de cumprimento, contendo numa das extremidades uma esfera de cera de abelha endurecida, com aproximadamente 5 cm de diâmetro. Essa disciplina era utilizada para chamar a atenção dos alunos que às vezes viravam as costas para o professor e mantinham animada conversa com o colega que sentava na carteira atrás. Como a sala era pequena, Mestre Chico podia facilmente, mesmo sentado, utilizando a vara de madeira, acertar a cabeça do conversador com a bolota de cera da extremidade da vara. Era um santo remédio e o aluno indisciplinado e desordeiro imediatamente se virava e passava algum tempo massageando o couro cabeludo no local atingido pela bola de cera.

Hoje esses métodos pedagógicos utilizados pelo Mestre Chico estão totalmente defasados, abandonados e até mesmo condenados pelos pedagogos de plantão. Mas, naquela época a punição e castigo em sala de aula, eram não só aceita, mas até estimulada pelos pais dos alunos por ser uma forma a mais de levar os meninos a estudarem. O professor, fosse o que ministrava aula no César Zama ou o mestre particular que utilizasse sua residência como sala de aula, era tido como um aliado dos pais na formação dos jovens e por isso, julgava-se no direito de castigar fisicamente, a indisciplina e a falta de aproveitamento escolar dos alunos. Mestre Chico educou, ensinando a ler, fazer conta e escrever toda uma geração de pessoas que até os dias de hoje ainda vivem em Xique-Xique e não se cansam de fazer os devidos elogios àquele senhor humilde que dedicou toda a sua vida ao magistério.
O Mestre Chico faleceu no dia 08.set.1968, véspera do meu casamento e, por isso, encontrava-me em Xique-Xique e pude participar do seu enterro. Pela quantidade de pessoas presentes ao enterro constatei o quanto Mestre Chico era ainda querido por todos os seus ex alunos. Não havia entre os presentes nenhum sinal de traumas ou constrangimentos pelos castigos corporais sofridos durante o período em que foram alunos do Mestre que agora sepultavam. Havia sim muitas recordações, histórias sendo contadas e recontadas cheias de gratidão por aquele homem que lhes ensinara muitas coisas úteis.

Em gratidão pelos nobres serviços prestados à cidade, o Poder Público Municipal resolveu, merecidamente, colocar o nome de Mestre Chico numa das ruas da nossa Xique-Xique.
JMC/

Foto Denúncia: Quadra de Esporte em Abandono

O GINÁSIO ABANDONADO
Existe em Xique-Xique (BA), uma quadra coberta para a prática de esportes que está totalmente abandonada e sendo destruída pelo tempo e depredada por marginais. Até a coluna que sustenta a rede para o jogo do basquete, está largada no meio da rua totalmente enferrujada. É uma quadra muito bonita, muito ampla e que recebeu o nome de "Ginásio de Esportes Gov. Otto Alencar", por ter sido construída por aquele político que foi governador da Bahia (abr/2002 a jan/2003).

Pelo que está escrito na fachada, já quase ilegível, o equipamento foi feito em um convênio com a Prefeitura Municipal de Xique-Xique na gestão do Dr. José Magalhães (2001/2005).

Já que as nossas autoridades estaduais e municipais não têm interesse na restauração de tão importante equipamento o Colégio Modelo Luiz Eduardo poderia fazer gestões junto ao Governo Municipal no sentido de que essa quadra fosse integrada ao patrimônio do Colégio para, após sua restauração, ser utilizada pelos jovens estudantes. A adoção da quadra pelo Colégio fica ainda mais facilitada pelo fato de um estar ao lado do outro como bem mostra a fotografia que ilustra.Não podemos é deixar que se acabe uma quadra de esportes de tal porte quando muitas cidades não dispõem de equipamento semelhante.
Vamos recupera e zelar pelos nossos equipamentos públicos.

Foto Antiga de Xique-Xique (BA): CASAMENTO EM XIQUE-XIQUE (BA)

O CASAMENTO

Esse casamento marcou época na cidade e mexeu com toda a elite xiquexiquense. Dizem os entendidos que, em termos relativos foi mais importante que o recente enlace que ocorreu na nobreza britânica.

A foto é do casamento da Srta. Gacy de Souza Nogueira, filha do Coronel da Guarda Nacional Sr. Hermenegildo de Souza Nogueira, influente político e gande empresário na cidade nos ramos do comércio e da agropecuária.

Seis jovens casais xiquexiquenses, que estão ladeando os nubentes, foram escolhidos para abrilhantarem a solenidade.

A Velha Guarda de Xique-Xique, com certeza identificará os seis rapazes e as seis moças, cavalheiros e damas de honra do famoso casamento.

Arte Sacra na Bahia: Evangelista São João

SÃO JOÃO EVANGELISTA

Imagem com 76 cm de altura, em madeira policromada e prateada, pertencente ao Museu de Arte Sacra de Salvador (BA).
Bahia: Tesouros da Fé
Foto: Sérgio Benutti

Normandia Ontem e Hoje: Estalagem reconstruída.




Observem a recuperação da estalagem que foi praticamente destruída pelos bombardeios nazistas, durante a Segunda Grande Guerra.

Isso demonstra como o europeu gosta de conservar a sua cultura e seus costumes






Moradias de Alto Risco:Casas no Penhasco

Não sabia que os europeuos gostavam tanto de morar perigosamente.

Essas casas construídas à beira de um grande penhasco são mais perigosas que as dos morros cariocas.

Lago Ipueira em Xique-Xique: Porto de Xique-Xique

O PORTO

No que pese o seu avantajado tamanho, o porto natural do Lago Ipueira, em Xique-Xique (BA), principalmente nos fins de semana, fica abarrotado de barcas a motor, de todos os tamanhos, que trazem passageiros e mercadorias para a feira da cidade.

Também é comum ancorar barcas especiais, espécie de currais flutuantes, utilizadas no transporte de gado bovino entre as cidades ribeirinhas.
Essas barcas, pela própria finalidade são bem maiores que as utilizadas no transporte de pessoas.

Com grande esforço, a barca "Titanic" conseguiu encontrar um brecha para lançar sua âncora e ficar espremida entre um desses currais flutuantes e a grande "Arca da Aliança" .







Por do Sol em XIQUE-XIQUE (BA): AUTORA BOREAL

ESTRANHO FENÔMENO


O Astro Rei em Xique-Xique (BA), não se conforma em, diariamente, apresentar um bonito ocaso.

A cada dia ele procura superar o seu desparecimento no ocidente e, eventualmente, quebrando a bela rotina se apresenta de uma maneira totalmente diferente como vemos nesse bonito flagrante, que foi colhido pelo conterrâneo Marcelo.

O nosso Pôr do Sol, nesse dia nada ficou a dever à famosa AURORA BOREAL

Evangelho Dominical: JOÃO 14, 15-21



O ESPIRITO SANTO CONTINUA A OBRA DE JESUS


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 15Se me amais, guardareis os meus mandamentos, 16e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça sempre convosco: 17o Espírito da Verdade, que o mundo não é capaz de receber, porque não o vê nem o conhece. Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e estará dentro de vós. 18Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós. 19Pouco tempo ainda, e o mundo não mais me verá, mas vós me vereis, porque eu vivo e vós vivereis. 20Naquele dia sabereis que eu estou no meu Pai e vós em mim e eu em vós. 21Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele.

Cantinho da Seresta: MÚSICAS POPULARES




O Blog de JUAREZ MORAIS CHAVES fez uma seleção de músicas genuinamente brasileiras, tocadas e cantadas na segunda metade do século passado, principalmente nos anos 1960, "cifradas" para violão e que, semanalmente, estarão sendo divulgadas.



sábado, 28 de maio de 2011

Foto Interessante: FÁBRICA DE PÊTAS EM XIQUE-XIQUE

AS PÊTAS

Podemos dizer que PÊTA, uma forma de biscoito feito com tapioca (goma) e ovos é alimento característico e predominante em Xique-Xique. Não conheço outra cidade em que a PÊTA seja tão divulgada e consumida principamente no café da manhã ou no café da tarde.

Apesar de a feitura da massa (pasta) ser uma unanimidade entre as "peteira", a forma do biscoito varia de fabricante para fabricante.

Não existe um xiquexiquense que ao chegar na cidade não procure, de imediato comprar pelo menos 1 quilograma de PÊTA para, com café, matar a saudade. É um arraigado costume.

A foto é de uma das mais famosas fabriquetas de PÊTA, comandada pela Sra. Amanda, que, ao perder o marido, padeiro, continuou aproveitando o forno da padaria para assar suas próprias PÊTAS e alugar para outras fabricantes a ociosidade do equipamento.

A PÊTA faz parte da culinária xiquexiquense e precisa ser divulgada.

Foto Aérea de Xique-Xique: Xique-Xique à noite


VISÃO NOTURNA DA CIDADE

Nessa tomada o nosso cineasta Édson Nogueira conseguiu uma linda vista noturna de uma das nosas avenidas.

Ao fundo, um pouco á dreita vê-se as torres da Igreja do Senhor do Bonfim.

Bonita foto!

Foto do Rio São Francisco:TRANSPORTE DE BOVINOS

DESLOCAMENTO DO GADO

Antes da existência das represas de Três Marias (MG) e Sobradinho (BA), o Rio São Francisco tinha cheias e vazantes incontroláveis. Nas grandes cheias as ilhas costumavam ficar totalmente cobertas pelas águas.

Desde os tempos imemoráveis de Garcia D'Ávila (Casa da Torre) e Guedes de Brito (Casa da Ponte) grandes fazendeiros que dominaram o Vale nos séculos XVI e XVII, o rebanho bovino existente no Vale era criado de forma extensiva e ocupava, também as inúmeras ilhas do arquipélago que existe no Município de Xique-Xique.

Assim, quando ocorriam as grandes cheias a primeira preocupação dos fazendeiros, até antes da construção das duas barragens, era a retirada dos animais das ilhas e transportá-los para terra firme.

Nessa hora o transporte usado era uma espécie de curral construído sobre dois "paquetes", como vemos na foto.

Foto: Marcel Gautherot

sexta-feira, 27 de maio de 2011

AGRADECIMENTOS ÀS NOVAS SEGUIDORAS: GELIANE ROCHA E SANBAHIA

O BLOG JUAREZ MORAIS CHAVES AGRADECE, SENSI


BILIZADO, AS CHEGADAS DE GELIANE ROCHA E SANBAHIA


PROMETENDO MANTER A MESMA LINHA EDITORIAL E ESPERANDO PODER CONTINUAR ATENDENDO AS EXPECTATIVAS DE TODOS OS QUE, GENTILMENTE, SE DIGNAM EM ACOMPANHAR ESTE MODESTO BLOG.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Foto Aérea de Salvador: MERCADO MODELO

Mercado Modelo ao entardecer visto da cidade alta nas proximidades do Elevador Lacerda.

Cantinho da Seresta: MÚSICAS DE SERESTA


O Blog de JUAREZ MORAIS CHAVES fez uma seleção de músicas genuinamente brasileiras, tocadas e cantadas na segunda metade do século passado, principalmente nos anos 1960, "cifradas" para violão e que, semanalmente, estarão sendo divulgadas.





































Tópicos da História do Brasil: AS ROTAS DO COMÉRCIO


A CONQUISTA DO MAR

As especiarias eram coletadas por comerciantes indianos e chineses em todo o Oriente e transportadas em grandes caravanas através do continente aisático até o litoral do Mediterrâneo.

Alí eram compradas por mercadores turcos ou italianos e depois redistribuídas pelo interior da Europa.

A viagem por mar, apesar de todos os perigos, era bem mais rápida - e menor o número de intermediários.

Por isso, cada travessia bem-sucedida gerava lucros enormes, vindo daí a tentação da conquista.
História do Brasil de Jorge Caldeira.

Moradia de Alto Risco: FAVELA CHIQUE

FAVELA EUROPEIA

Fosse em Salvador (BA), era favela mesmo.
Mas, na Europa???

domingo, 22 de maio de 2011

MILTON PORTO: Personagem Histórico de Xique-Xique

MILTON PORTO

Todos os estudantes de Xique-Xique (BA) que freqüentavam os bailes do Clube Sete de Setembro, na década de 1960 com certeza conheceram ou ouviram falar do personagem MILTON PORTO, que, mesmo sendo filho da vizinha Central (BA)., constantemente aparecia em Xique-Xique, principalmente nas datas dos grandes eventos da cidade.
Na época era uma figura interessantíssima, com um bom papo e contador de muitas estórias principalmente as que se passavam no ambiente político da cidade de Salvador (BA), onde, dizia, trabalhava no gabinete do vice-governador da Bahia.
Era um rapaz de boa aparência, simpático, bem falante e pródigo em arrematar galinhas assadas nos leilões da “Sete”, para alegria do fã clube feminino que sempre o acompanhava nos bailes da cidade.
O tempo passou, os estudantes ficaram adultos, cada um foi cuidar da própria vida e Milton Porto hoje é um importante servidor público municipal da Prefeitura de Camaçari, onde assessora o grande Prefeio Luiz Caetano.
Mas, Milton Porto, pelo temperamento e modo de viver, não pode ficar eternamente no anonimato. E, hoje, foi grande a minha surpresa quando recebi de Custódia Moraes, cópia de matéria que foi publicada, no jornal A TARDE, de Salvador, e que, segundo ela, não pode afirmar, mas, acredita que o relato foi narrado pelo próprio Milton. Vejam, na íntegra, a história "Glória Traída":















































































IRMÃ DULCE - O ANJO BOM DA BAHIA

BEATIFICAÇÃO DE IRMÃ DULCE NESTE DOMINGO EM SALVADOR (BA).
Hoje a cidade do Salvador (BA), vai parar para render graças à IRMÃ DULCE, a Santa Baiana, o Anjo Bom da Bahia. A partir das 14 horas, no Parque de Exposições da Bahia terá início um dos maiores atos de fé já assistidos pelos católicos baianos: a cerimônia de beatificação de irmã Dulce, falecida há 19 anos, que a colocará a um passo da santificação. A beata terá o dia 13 de agosto como data oficial de celebração de sua festa litúrgica. A cerimônia começará às 14h, com a exibição do espetáculo "Nasce uma Flor", com a participação de 500 alunos do Centro Educacional Santo Antônio - que integra as Obras Sociais Irmã Dulce - com idades entre 6 e 15 anos, que relatará passagens memoráveis da vida da religiosa principalmente em cenas marcantes, como a do galinheiro onde ela acolhia doentes e que deu origem ao Hospital Santo Antônio.
Espera-se um público de 70 mil pessoas de toda a Bahia, do Brasil e até do exterior que há 11 anos esperam para chamar irmã Dulce de "Bem-aventurada Dulce dos Pobres".
Às 17h, acontecerá a celebração canônica com uma missa, concelebrada por centenas de padres, seguida da liturgia de Beatificação do Vaticano, constando o pedido feito ao Papa, pelo arcebispo de Salvador, dom Murilo Krieger, para que inscreva, na lista dos santos e beatos da Igreja Católica, o nome da freira baiana. Logo em seguida, será apresentada aos fiéis uma imagem da nova beata, enquanto uma procissão solene apresentará uma relíquia da religiosa.
Presente a tudo isso estará a sergipana D. Cláudia Cristiane Santos Araújo, cuja cura de uma hemorragia foi reconhecida pelo Vaticano como milagre atribuído a irmã Dulce. Em sinal de gratidão, ela depositará flores aos pés da imagem. Com a proclamação da freira como bem-aventurada, será encerrada a cerimônia.

Foto Antiga de Salvador: CAMPO GRANDE





Era assim o "Campo Grande", no tempo do transporte puxado a burro.







Normandia Ontem e Hoje: IGREJA RECONSTRUÍDA


















Pela estrago que as bombas fizeram na Igreja, em outros locais o templo seria demolido para evitar o risco de desabamento.

Na França, contudo, a cultura do povo foi mais forte que o temor e a Igreja, para felicidade do povo religioso foi totalmente recuparada.

Pôr do Sol em Xique-Xique (BA): BARCAS ANCORADAS

HORA DO REPOUSO

É fim de tarde e começo da noite. Nessa hora os pescadores já retornaram às suas casas com o produto da pesca e para o descanso diário.

Os "paquetes" já estão ancorados ao lado das barcas cujos barqueiros também descansam em seus domicilios.

Até o Sol, que brilhou inclemente durante todo o dia, também procura, no horizonte, um local para descansar.


Foto Antiga de Xique-Xique (BA): PASSEIO NO LAGO

O passeio de "paquete" pelo Lago Ipueira já foi uma diversão mais cultivada em outras épocas, principalmente antes da existência do PAREDÃO, quando se podia ter uma bela vista da cidade.

A foto é de um grupo de rapazes que, com certeza, num dia de domingo, foram até o meio do Lago para uns mergulhos e pescar algum mandim.

Precisamos voltar a praticar esse tipo de lazer e desfrutar do que a mãe natureza nos deu gratuitamente.

Foto Aérea de Xique-Xique: ILHA DO MIRADOURO

PONTA DA ILHA

Bela fotografia aérea de Xique-Xique (BA), onde aparece com toda a pujança o belo Lago Ipueira banhando toda a cidade.

No canto superior esquerdo o braço do Rio São Francisco que aparece na foto forma a Ilha do Miradouro, que é vista parcialmente.

Esse início da Ilha do Miradouro é conhecido na cidade como "ponta da ilha.

Bela foto do nosso cineasta Édson Nogueira.


LAGO IPUEIRAS: BARCAS ANCORAM AO ANOITECER

O LAGO

À tardinha, o Lago Ipueira em Xique-Xique (BA)., se alegra com a chegada das grandes barcas a motor transportando diversas mercadorias que, diariamente, são comercializadas ao longo do Rio São Francisco.

Também chegam pequenas embarcações (paquetes) dirigidas por um remador que passaram o dia navegando pelas muitas ilhas no entorno da cidade à cata de pescados.

Crônica Xiquexiqueana: A MALÁRIA E O DDT

A MALÁRIA E O DDT
Juarez Morais Chaves
Nos anos 50, antes, portanto da construção das represas Três Marias em Minas Gerais e Sobradinho na Bahia, o Lago Ipueira, braço do Rio São Francisco que banha Xique-Xique (BA), em determinadas épocas do ano se transformava numa chocadeira de ovos do mosquito Anopheles transmissor da malária ou paludismo, como era mais conhecida a doença. Quando o volume das águas do Rio São Francisco baixavam e as águas do Lago Ipueira ficavam paradas ou com uma imperceptível corredeira, os ovos eclodiam e os mosquitos proliferados atacavam a população, a partir das 18 horas, obrigando-a ao uso diário do indispensável mosquiteiro para poder dormir.
Mal escurecia, a luz elétrica ainda não havia sido acesa pelo servidor Zezinho da Prefeitura e nem tãopouco rezada a Ave Maria na Voz do Barranco, serviço de auto-falantes local, já sentíamos nas pernas muitos mosquitos procurando se alimentar com o nosso precioso sangue. Jantávamos às pressas, os mosquiteiros eram imediatamente armados sobre as camas e todos se dirigiam para se sentar nas calçadas das casas, onde o vento reduzia a quantidade do ataque dos mosquitos. Mas, mesmo na porta da rua ainda era grande o número dos bichinhos que pousavam sobre os nossos braços e pernas descobertos e, nessa hora a única alternativa era nos valer de galhos de fícus com os quais nos abanávamos para espantar os pernilongos.
Essa também era a época em que a Campanha de Erradicação da Malária – CEM, através dos seus agentes mata-mosquitos, iniciava a aplicação da perigosa droga denominada de Diclorodifeniltricloroetano, conhecida por todos como DDT. Esse produto químico era aplicado de casa em casa e por toda a cidade, independente do mal que causasse ou viesse a causar ao cidadão.
Para que a casa fosse preparada para receber o DDT borrifado, o Posto da Malária distribuía com a população uma escala que permitia a determinação do dia em que os agentes estariam na sua rua para fazer a aplicação do líquido leitoso prejudicial à saúde dos homens e dos bichos, mas que, na época, era necessário para se evitar o mal maior da malária. Era um dia de festa para a meninada e um inferno para a dona de casa que teria de cobrir com lençois todos os móveis e quadros e outros objetos que pudessem ser prejudicados pelo DDT. Os pequenos animais, principamente os pássaros, eram retirados para outros locais, pois o contato direto com o líquido poderia matá-los.
No dia marcado, estivesse ou não preparado o ambiente, os mata-mosquitos chegavam, acompanhados do “caminhão da malária” uma caminhoneta de cor prata metálico, carregada com o sinistro pó branco acondicionado em toneis e, quase sem pedir licença, adentravam pela casa, começando de imediato a borrifar o chão, paredes, teto, cômodo por cômodo incluindo os quartos de dormir, os sanitários, banheiros e cozinha, com um líquido leitoso de cheiro forte e característico. Para a realização desse serviço utilizavam uma bomba ou pulverizador manual, acoplado às costas, possuindo um longo cano de quase 2 metros de cumprimento pelo qual saia o borrifo do DDT líquido. Como a casa tinha que ficar dedetizada por pelo menos 24 horas para que os mosquitos, larvas e ovos fossem destruídos a gente era obrigada a dormir sob aquele cheiro forte de inseticida que por certo provocava grandes danos à saúde de todos os beiradeiros.
A medida que acabava o líquido contido na bomba pulverizadora o agente se dirigia ao “caminhão da malária” que estava estacionado sob os frondosos pés de ficus plantados em frente às casas e, alí mesmo, preparava mais uma carga, misturando o pó do DDT com água. Todo esse procedimento, desde o preparo do líquido leitoso até a borrifação nas casas, era feito sem a preocupação de proteger a população e os agentes sendo que estes, que tinham um contato direto com o DDT, não usavam nem máscaras e nem luvas, naturalmente pelo desconhecimento de que estavam manipulando um perigoso veneno que durante muito tempo foi utilizado nos paises mais pobres para o controle das pragas e endemias. Por ser altamente solúvel na água é bastante perigoso para a espécie humana pois se acumula com facilidade na glândula tireóide, fígado e rim. Felizmente desde 1985 o DDT não é mais utilizado no Brasil.
Somente as pessoas que viveram em Xique Xique (BA) e generalizando, nas demais cidades ribeirinhas do Rio São Francisco, nos anos 1950, podem testemunhar a eficácia do DDT não obstante o grande mal que causou à população. Mas, naquele tempo e com o pouco conhecimento que se tinha da periculosidade da droga, a população somente sentia a sua parte boa que era a eliminação do mosquito que mal maior trazia com a malária e no mínimo incomodava sobremaneira com as constantes, inúmeras e insistentes picadas nas pernas e braços dos barranqueiros.
Logo no dia seguinte à aplicação do DDT, como por milagre, toda a nuvem de mosquitos que era comum se ver a partir das 18 horas estendendo-se pela madrugada adentro, cujo estrago somente era impedido pelos que dispunham de mosquiteiros, desaparecia e as noites ficavam tranqüilas e com relativo conforto, mesmo porque se os mosquiteiros impediam o ataque dos mosquitos aumentava sobremaneira o calor que já era muito na cidade tornando as noites insuportáveis principalmente pela ausência de energia elétrica que impedia o uso de ventiladores.
O mais interessante dessa história é que nunca ouvi falar de alguém em Xique Xique que tivesse sido acometida de malária. Não sei se os mosquitos da beira do rio São Francisco não transmitiam essa doença ou se os xiquexiquenses eram imunes ao vírus. Também, até hoje não ouvi falar de que alguém que viveu ali, naqueles anos 1950, tivesse tido algum problema de saúde relacionado com o fato de haver dormido em uma casa totalmente borrifada de DDT e durante toda a noite, em ambiente fechado, respirando aquele ar contaminado pela droga. O que se sabia e o que se notava de imediato era que com o DDT a população estava livre de dois males: um maior que era a possibilidade de ser picado por um mosquito contaminado de malária e um mal menor que era o incômodo de lutar contra a picada do mosquito durante toda a noite.
Por tudo isso, pesando-se os prós e os contras, com todos os perigos que o DDT trazia para os que com ele tomaram contato direto, essa droga leitosa e mal cheirosa sempre foi muito bem recebida pela população de Xique-Xique principalmente os menos favorecidos que não dispunham de mosquiteiros para se livrarem, pelos menos durante o sono, das picadas anofélicas.

JMC/2006

Fato Histórico de Xique-Xique (BA): ESCRAVOS EM XIQUE-XIQUE (BA)

LEI DO VENTRE LIVRE

Segundo as pesquisas do nosso ilustre Professor CASSIMIRO MACHADO NETO e publicadas no seu livro "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique (História de Chique-Chique)" no dia 15 de julho de 1879, o Vereador Felipe Nery Teixeira, na função de Vice-Presidente da Câmara Municipal de Xique-Xique e, no que pese o grande conflito político que estava se abatendo sobre a cidade, endereçou Ofício ao Presidente da Província da Bahia Dr. Antônio de Araújo de Aragão Bulcão, informando-lhe que possivelmente haveria no municipio de Xique-Xique, filhos de escravos em condições de serem alforriados com base Lei do Ventre Livre, promulgada no ano de 1871. Iria fazer uma pesquisa nos livros de registro de escravos e oportunamente voltaria ao assunto.

Foto do Rio São Francisco: FEIRANTES ESPERANDO O PAQUETE

Terminada a feira livre que todas as semanas acontece em cada cidade ribeirinha, os feirantes, residentes nas ilhas e nos pequenos povoados se postam na beira do rio a espera do transporte para levá-los de volta às suas residências.

Ja venderam toda a mercadoria que trouxeram, geralmente produtos agrícolas e com o dinheiro já compraram os bens que ncessitarão durante a semana.

Essa é a rotina do beiradeiro.












































































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Foto Interessante: O DESEMBARQUE

A foto registra o momento em que as passageiras das barcas, tudo indica que feirantes, e preparam para o desembarque em Xique-Xique.

Ante a precariedade e mesmo da ausência de um porto apropriado, essas pessoas são obrigadas e usar um estreito passadiço lateral da barca para terem acesso à "prancha" de desembarque.

É uma operação arriscada e que no mínimo pode levar as passageiras a, escapulindo do passadiço, tomar um belo banho.

Evangelho Dominical: 5º DOMINGO DA PÁSCOA

EVANGELHO DE JOÃO 14,1-12 Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1”Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. 2Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós 3e, quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. 4E, para onde eu vou, vós conheceis o caminho”.5Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” 6Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. 7Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”.8Disse Felipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Felipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai, que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai”.Palavra da Salvação, Glória a vós Senhor!