sábado, 22 de março de 2014

Recordando as Copas: 1958 Suécia

                 COPA DE 1958 
O primeiro título do Brasil e o surgimento do Rei
          
A sexta Copa, com 35 jogos e 126 gols,  foi realizada na Suécia no ano de 1958 e pela primeira vez  o Brasil  sagrou-se  campeão  mundial. O jogo final foi realizado contra a  Suécia que perdeu por 5 x 2. Fontaine, da França, com 13 gols,  foi o da Copa.
Foi a primeira é até hoje única Copa que contou com a participação de todas as seleções do Reino Unido: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Só os dois últimos se classificaram para o mata-mata  e caíram no primeiro jogo. 
Brasil e Inglaterra protagonizaram o primeiro O x O da história das Copas.
Depois do jogo, o técnico Vicente Feola escalou Zito, Garrincha e Pelé no time principal, dando adeus à retranca. A seleção engrenou. 
Feito em cima da hora para a Copa, o hino brasileiro "A Taça do Mundo é Nossa" virou hit nacional. A música foi cantada por muitos carnavais nos anos seguintes.
Pelé era apenas um garoto de 17 anos quase desconhecido quando chegou à Suécia, em 1958, para disputar a sexta Copa do Mundo da história. Mas a goleada por 5 x 2 sobre os donos da casa na final e uma atuação de gala ao lado de outro gênio, Garrincha, foram suficientes para dar início à mística que até hoje cerca aquele que depois foi chamado de “Atleta do Século”.
Após a frustração diante da própria torcida, em 1950, o Brasil enfim chegou ao título no Estádio Rasunda e se tornou o primeiro país a erguer a taça fora de seu continente. A Copa na Suécia também consagrou o atacante francês Just Fontaine, cujo recorde de gols (13 em seis jogos) permanece até hoje.
A maior novidade foi que o torneio teve cobertura televisiva internacional pela primeira vez. Três seleções estrearam em Copas do Mundo: União Soviética, País de Gales e Irlanda do Norte. Os dois últimos, ao lado de Inglaterra e Escócia, garantiram que os quatro selecionados britânicos disputassem juntos uma Copa do Mundo da FIFA pela primeira e única vez até hoje.
Os ingleses não foram muito longe e acabaram eliminados pelos soviéticos, embora tenham conseguido segurar o primeiro 0 x 0 da história das Copas, diante do Brasil. Já o País de Gales e a Irlanda do Norte venceram as partidas de desempate da primeira fase contra Hungria e Tchecoslováquia, respectivamente. Nas quartas de final, os galeses tiveram pela frente os brasileiros. Resultado: 1 x 0 para o time canarinho, com gol de Pelé, o primeiro dos 12 marcados por ele em quatro edições da Copa do Mundo.
A anfitriã Suécia permitira que jogadores profissionais atuassem pela seleção nacional e, assim, conseguiu fortalecer seu time, que, mesmo desacreditado, despachou os soviéticos e depois a Alemanha Ocidental para chegar à final.
Sob o comando do técnico Vicente Feola, a seleção brasileira treinou forte por três meses e excursionou pela Europa antes de chegar à Suécia. A inovação tática do sistema 4-2-4 era uma aposta do treinador, mas o time só deslanchou a partir da última partida da fase de grupos, quando Pelé e Garrincha foram escalados: 2 x 0 na União Soviética.
Na semifinal, jogo duro entre França e Brasil. Vavá abriu o marcador e Fontaine empatou, mas os brasileiros foram para o intervalo em vantagem no marcador graças a um gol de Didi. No segundo tempo, a seleção brasileira aproveitou que os franceses ficaram com um homem a menos, por causa da lesão do zagueiro Bob Jonquet, e coube a Pelé a tarefa de definir a vitória. Ele marcou três gols e selou os 5 x 2.
Seleção campeã.
Outra goleada viria na grande decisão. O Brasil entrou com camisas azuis, já que a Suécia jogava de amarelo. E foram os donos da casa que saíram na frente, logo aos 4 minutos, com gol de Liedholm.  Mas Vavá e Pelé marcaram dois gols cada e Zagallo fechou a conta. Com a simpatia dos suecos desde o começo do torneio, os brasileiros fizeram a festa no Estádio Rasunda, dando a volta olímpica com a bandeira da Suécia. O público também presenciou um nobre encontro: o rei sueco Gustavo Adolfo foi ao gramado felicitar os campeões do mundo, incluindo Pelé, que começava seu próprio reinado.
Fonte: Fifa
 
 

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